Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 4
Caminhos errados, confusões certas.


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, como vão vocês? U.u eu estou ótima!!
É, eu consegui terminar outro capitulo!! Isso, vamos glorificar de pé na igreja irmãos... kkkkkk
Era para mim ter postado esse capitulo bem mais cedo, mas meu Word resolveu brincar de travar hoje a tarde toda então só consegui terminá-lo agora (e antes que vocês perguntem, sim eu escrevo todas as minhas histórias no Word antes de postara aqui, acho bem melhor).
Enfim, chega de enrolação e espero que gostem do capitulo.
BOA LEITURA!! :D
PS: Gente como eu peguei as fotos dos personagens na net eu não tenho mais o link, ou seja, se vocês quiserem "conhecê-los" terão que se conformar com a foto da capa mesmo Ok? Desculpa mesmo por isso...



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Continuamos a correr por mais uns 15 min. isso até eu tropeçar em alguma coisa e sair rolando.

— Merda! – praguejei tentando me levantar.

— Você está bem estressadinha? – o do fuzil perguntou me estendendo a mão.

— Meu nome não é estressadinha! – retruquei enquanto ele me ajudava a levantar e eu batia a mão na calça para tirar um pouco da terra.

— Mas você...

— Isso me lembrou uma coisa, antes que vocês comecem a discutir outra vez que tal nos apresentarmos? – o do machado interveio.

A garota suspirou e olhou pra trás.

— Acho que eles não vão nos seguir – o do machado assegurou – E como ninguém quer fazer as honras eu começo, eu sou o Dylan e ele é o Alex. – ele disse gesticulou para o do fuzil e agora com um pouco mais de luz e eu pude perceber que o do fuzil ou Alex como acabei de descobrir tem olhos azuis e cabelo escuro enquanto que o Dylan é um pouco mais alto e tem tanto os olhos quanto os cabelos escuros – E vocês têm nomes?

— Eu sou a Megan, mas pelo amor de Deus me chamem só de Meg – ela disse fazendo careta, Meg tem os olhos verdes e cabelo comprido assim como o meu.

Todos se viraram pra mim e eu levei uns dois minutos pra entender que era a minha vez de me apresentar.

— Meu nome é Elizabeth, mas prefiro Liz se não se importarem – disse.

— Ta tudo muito bom, ta tudo muito lindo, mas é melhor nós continuarmos andando, que tal? – Dylan disse sorrindo, pelo que eu entendi ele é o piadista da dupla sertaneja.

Voltamos a sair do lugar só que dessa vez andando, então olhei em volta e uma coisa me ocorreu.

— E agora? – perguntei do nada quebrando o silencio constrangedor que havia se formado.

— E agora o que? – Alex perguntou.

— Como bem... – as palavras começaram a se embaralhar na minha garganta, isso que dá ficar tanto tempo sem usa-las – Vamos só continuar andando?

— Quanto mais nos distanciarmos deles melhor não?

— É isso eu sei, mas não é disso que eu estou falando, vamos continuar andando juntos por ai?

Todo mundo parou de uma vez, aparentemente ninguém estava esperando essa minha pergunta, bem que minha mãe dizia que eu falava de mais.

— Por que não? – Dylan perguntou simplesmente.

— Por que nós mal nos conhecemos?

— Bem, sobre isso a estressadinha tem razão – Alex provocou e eu revirei os olhos.

— Então vamos fazer o que? – Meg perguntou.

— Que tal continuarmos nosso caminho como se nada tivesse acontecido?

Nós todos nos entreolhamos tentando tomar uma decisão, é a coisa não vai ser tão fácil quanto eu imaginei, passei só algumas horas com eles e já estou quase cogitando a idéia de que se eu passar mais algumas horas com eles não vai matar, quase.

Suspirei e dei um meio sorriso.

— É isso então né? – perguntei ajeitando a alça da minha mochila no ombro – Vejo vocês por ai, e Alex, obrigada por me salvar.

— Não foi nada – ele deu de ombros e se virou pro Dylan – Temos que ir, ainda não terminamos o que viemos fazer aqui.

— É mesmo, tchau meninas.

— Tchau – Meg acenou com a cabeça e se virou pra direta, eu fui pra esquerda e os meninos seguiram em frente.

É, foi melhor assim.

Andei por mais alguns minutos, mas tive que parar afinal seres humanos precisam de comida e água e só depois do terceiro gole que eu finalmente parei para respirar e me dei conta que não como dês de ontem. Me sentei no pé de uma arvore e abri a mochila a fim de encontrar qualquer coisa comestível, e por sorte acabei achando um pacote de biscoito daqueles água e sal, é digamos que não é a melhor “refeição” do mundo, mas no momento eu não posso ficar escolhendo muito.

Depois de comer recarreguei os cartuchos das minhas pistolas, me amaldiçoando por não ter conseguido recarregá-las durante a confusão de mais cedo, se eu estivesse sozinha teria virado uma daquelas gelatinas verdes mais conhecidas como zumbis.

Quando fiquei de pé e joguei a mochila outra vez nas costa quase me bati, serio mesmo como é que eu fui me esquecer da minha AK 47 presa as costas? Podia muito bem ter usado a para estourar os miolos deles, mas não minha idiotice e talvez o medo impediram meu cérebro de pensar.

Suspirei desistindo do meu monólogo interno, estava prestes a dar mais um passo quando ouvi um grito de puro terror.

Parei e fiquei estática.

Era a Meg com certeza.

Depois que consegui recuperar os movimentos do corpo me virei quase imediatamente na direção em que o som veio. Estava prestes a dar um passo e seguir o som, mas uma coisa me ocorreu, por que tenho que fazer isso afinal de contas? Foi escolha nossa nos separarmos não foi? Eu devia ir embora e ignorar tudo e... Que se dane! Foi meu ultimo pensamento antes de correr em direção oposta a que eu devia ir.

Menos de cinco minutos depois eu cheguei a ela e entendi o motivo do grito, Meg estava meio deitada, meio sentada no chão com as costas escoradas em uma arvore, com a perna direita sangrando, com seu arco na mão, mas sem nenhuma flecha e se isso já não fosse ruim o suficiente ainda tem mais de dez das gelatinas verdes a cercando, então fiz a primeira coisa que me veio à cabeça. Gritei.

— Hei seus idiotas eu estou aqui! – gritei e alguns deles se viraram pra mim, mas outros continuaram indo na direção dela, tudo bem então se é assim que vocês querem é assim que vai ser – Meg! Se abaixa! – gritei e ela o fez, então comecei a estourar os miolos deles, estava quase terminando com o ultimo quando um machado passou voando pela minha direita, decapitou um deles e ficou preso na arvore acima da cabeça dela, quando o ultimo caiu sem explicação eu sabia que a dupla sertaneja estava de volta.

— Vocês dão uma festa e nem nos convidam, que falta de consideração! Somos assim tão chatos? – Dylan perguntou divertido.

— O que estão fazendo aqui? Não tinham ido embora? – perguntei mais do que direta quando me virei e os encarei.

— Nossa, quanta delicadeza – Alex debochou – Acho que viemos fazer o mesmo que você, ajuda-la.

Estava prestes a lhe dar uma resposta quando Meg se pronunciou.

— Pessoal – ela gemeu – Dá pra dar uma mãozinha aqui?

Quando me virei vi que Meg estava com o rosto quase branco enquanto pressionava a perna ferida e evitava um gemido de dor.

— Merda – murmurei e fui até ela, me ajoelhei ao seu lado e examinei e corte grande e profundo que sangrava horrores, não me admira que tivesse tantos deles aqui – Como foi que você conseguiu isso? – perguntei tirando a mochila das costas e pegando o meu kit de primeiros socorros.

— Cai da arvore – ela apontou pra cima.

— E por que você estava lá? – Dylan perguntou antes de mim.

— Estava com fome e se vocês ainda não perceberam esse é um pé de manga.

— Mas... – Dylan começou e eu o interrompi.

— Certo depois você nos conta a versão completa, agora o mais importante, como você se cortou assim? Cair de uma arvore deveria deixar você com alguns hematomas e talvez um braço quebrado e não um corte desses.

Meg respirou fundo e eu vi que até isso a casava dor.

— Tive o azar de cai encima disso – ela apontou para a própria perna e eu percebi pela primeira vez uma ponta meio transparente saindo do corte – Um lindo pedaço de vidro.

— Merda, merda e merda – praguejei tirando do kit o antisséptico, algodão e alguns esparadrapos.

— A julgar pela sua expressão e a palavra que usou para descrever a situação a coisa vai mal certo? – Meg quis saber, só então percebi que todos os três estavam me encarando.

— O que a faz achar que eu sei o que eu estou fazendo? – perguntei.

— O jeito que você está tirando as coisas do kit e aparentemente analisando o machucado de todas as formas possíveis – Alex respondeu por ela.

— Tudo bem – suspirei vencida, ele é muito observador tenho que admitir – Vocês vão ter segurá-la.

— Por quê? – Meg perguntou em pânico.

— Tenho que tirar isso daqui – apontei para o pedaço de vidro enterrado na sua perna – E tenho certeza que você não vai achar exatamente agradável meus métodos de extração.

— Não, não, não... – Meg tentou fugir, mas os meninos a seguraram, Alex os braços e Dylan a cintura – Liz... – ela suplicou.

— Desculpa – disse sinceramente – Mas isso não vai se curar se não tirarmos isso daí.

— Certo – ela respirou fundo.

Assenti com a cabeça e segurei a ponta do caco de vidro fazendo-a se contorcer de dor, então o puxei de uma vez como se fosse um band-aid, coisa que não era nem de longe e a ouvindo dar um grito tão alto que pode muito bem ser ouvido lá na china.

— Pronto – disse encarando o caco de vidro do tamanho da palma da minha mão cheio de sangue – Podem solta-la, que eu vou limpar o ferimento.

— Você é um ser humano horrível – ela disse fazendo uma careta, mas estava rindo – Pode esperar que vai ter troco.

Eu ri.

— Não obrigada, agora fica quieta – mal terminei de falar e alguma coisa fez barulho a esquerda, não deu tempo nem de eu pedi para que eles cuidassem desses, por que menos de um minuto depois ambos estavam com as armar em punho apontando para o que quer que tenha feito barulho um minuto atrás.

Três zumbis apareceram do local.

— Isso não vai ser muito difícil então Liz, você cuida da Meg que nós cuidamos deles – Alex disse com um meio sorriso.

— Certo, tomem cuidado e... – mais um apareceu atrás dos primeiros.

— Não precisa se preocupar por que... – Alex se perdeu por que mais quatro apareceram à direita e antes que pudéssemos ao menos pensar em falar outros dois apareceram atrás de nós e eu fiquei paralisada por alguns instantes.

— Mas que merda... – Dylan começou mais eu o interrompi.

— Meninos – chamei - Melhor vocês darem uma olhadinha para trás.

Eles se viraram e arregalaram os olhos. Agora já eram dez dessas gelatinas verdes e irritantes e tenho certeza que mais estão por vir.

— Mas por que tantos? – Meg perguntou.

— Eu não... – parei no meio da frase por que o liquido vermelho e pegajoso em minhas mãos já estava me dando à resposta – O sangue – murmurei – Aposto que a quantidade de sangue que está saindo da sua perna chamou a atenção de todos os zumbis num raio de pelo menos 200 metros, ou seja, isso não é bom de jeito nenhum por que o sangue atrai zumbis e se você continuar a perder sangue assim pode morrer.

— Ótimo – Meg murmurou – Além de morrer posso matar vocês.

— Matar a gente? – Dylan pareceu ofendido – Não seja boba, isso vai ser uma ótima brincadeira, certo Alex?

— Com certeza – o moreno concordou – E Liz agiliza ai por que pos mais divertido que isso possa ser ainda prefiro me divertir num lugar mais tranquilo.

Eu ri.

— Pode deixar, vocês os mantém longe eu cuido da Meg.

Mal terminei de falar e um deles avançou pra cima de mim, mas Alex foi mais rápido e estourou seus miolos antes que ele fizesse algum estrago, mas decidi me focar no meu trabalho e não no deles, minhas mãos estão tremendo, mas não tenho certeza se é por causa da situação, do lugar ou o simples fato de Meg ser minha primeira “paciente” digamos assim.

Mas ignorei tudo isso e comecei a limpar o ferimento com algodão e antisséptico vendo Meg morder o lábio para reprimir possíveis gemidos e vendo também pelo canto do olho Alex e Dylan tentando ao máximo manter os malditos zumbis longe de nós.

— Meg – chamei e ela olhou pra mim – Agora eu vou ter que costurar o ferimento então você vai ter que aguentar certo?

Ela começou a acenar com a cabeça, mas parou de súbito.

— Você vai o que!?

— Costurar, se eu não fizer isso ele vai abrir outra vez vai sangrar mais, você vai ficar fraca e vai trair mais deles e...

— Ok – ela me interrompeu – Eu já entendi, manda a ver.

— Certo.

Peguei a agulha arrumei a linha e comecei meu trabalho quando dei o primeiro ponto Meg mordeu com tanta força o lábio que eu vi o sangue escorrendo em sua boca.

— Liz atrás de vocês! – Dylan gritou e eu por instinto saquei uma de minhas pistolas, havia dois deles vindo por trás, não pedi tempo e estourei seus miolos.

— Merda! – Alex praguejou - Isso está ficando cada vez pior, vocês vão demorar muito ai?

— Ta achando ruim? – perguntei irritada dando outro ponto em Meg que reprimiu um grito – Vem fazer!

— Talvez eu vá mesmo! – ele gritou em resposta.

— Ótimo!

— Ótimo!

— Dá pra vocês pararem de namorar e prestarem atenção no que estão fazendo? – Dylan se intrometeu enquanto decapitava outro deles.

Não respondi tinha que terminar o mais rápido possível, por que mesmo detestando admitir isso, Alex tem razão, o que está nos prendendo aqui somos eu e Meg.

— Pronto – disse uns cinco minutos depois terminando de prender o esparadrapo envolta do corte de Meg agora esterilizado e costurado – Terminei, podemos ir e...

Parei a frase no meio quando percebi que estava acontecendo.

Entrei em pânico.

Alex estava cercado.

Se estava usando o fuzil? Sim estava, mas digamos que não do jeito certo, ele dava golpes às cegas nas gelatinas verdes usando o fuzil como uma espécie de taco de baseball.

— Merda! Saiam da frente seus pedaços de carne podre! – Dylan esbravejava enquanto os cortava e tentava abrir caminho até Alex.

Olhei em volta não tinha nada que eu podia fazer, todos estavam o cercando como uma rodinha na escola quando dois alunos brigavam só que ninguém estava brigando, na verdade era Alex que estava tentando não apanhar.

Só então me dei conta de que não havia mais deles em nossa pequena clareira, estavam todos ao redor dele, mas por quê? Foi então que eu vi alguma coisa manchada de vermelho vivo em um de seus bolsos, era um dos algodões que eu havia usado para limpar o ferimento de Meg, ele deve tê-lo usado como isca para atrair os malditos.

Agora está ai prestes a ser comido vivo, que merda.

Então finalmente lembrei da minha AK 47 em minhas costas e a peguei.

— O que você vai fazer – Meg perguntou, ela está me ajudando a catar todas as coisas que estávamos usando na sua “operação” – Não dá pra atirar daqui sem correr o risco de acertá-lo.

— Não vou atirar – disse dando um meio sorriso e ficando de pé – ALEX! – gritei e ele e alguns zumbis se viraram pra mim – AQUI! – gritei um minuto antes de atirar a arma com tudo na direção dele, fazendo com que ela batesse na cabeça de alguns zumbis antes de cair na sua frente.

Ele e todo mundo pareceu um tanto quanto chocados com aminha atitude só que um segundo depois o choque passou e Alex pegou a arma e fez um sinal para que Dylan e eu nos abaixássemos e assim fizemos e então ele começou a atirar, menos de 10 min. depois mais da metade deles estava no chão e Alex já tinha desfeito a “rodinha” que estava ao seu redor. Então Dylan decapitou dois deles e eu atirei no ultimo.

— Vocês já terminaram ai? – Alex perguntou se aproximando, ele está mais desarrumado que o normal e um pouco ofegante, mas no geral parece muito bem.

— Sim – disse – Mas Meg não pode andar, pelo não menos por enquanto, se não os pontos vão arrebentar e vai começar tudo de novo.

— Desculpa – Meg disse parecendo constrangida.

— Não é culpa sua – Dylan disse divertido – Espera, é sim.

Ela o chutou com a perna boa.

— Ai, isso doeu.

— Era pra doer mesmo.

Alex pigarreou e todos olhamos pra ele.

— Voltando ao assunto temos mesmo que sair daqui, mas se ela não pode andar como vamos fazer isso?

— Assim – Dylan disse se abaixando e passando um braço pelas costas e outro pelos joelhos de Meg a içando do chão.

— Hei! – ela protestou – O que acha que está fazendo?

— Carregando você – ele disse simplesmente – Agora fica quieta que você é pesada.

Ela fez menção em dizer alguma coisa, mas achou melhor ficar quieta, então só cruzou os braços e fechou a cara.

— Vamos? – Dylan nos chamou enquanto seguia para o norte.

— Você vem? – Alex me perguntou indo atrás do Dylan.

Pensei um pouco, mas nenhum motivo para não ir com eles me ocorreu, e pra falar a verdade eu me diverti/quase morri mais vezes hoje do que em todos os seis meses em que eu estou nessa merda, então dei um sorriso, a resposta é obvia.

— Você devia se livrar disso – apontei para o algodão cheio de sangue em seu bolso – Eu já tive emoções de mais para um dia só.

Ele deu um sorriso e atirou o algodão longe.

— Dessa vez eu tenho que concordar com você. – ele disse e eu revirei os olhos enquanto seguíamos Dylan para só Deus sabe onde.


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?
Gostaram?
Vão comentar sim ou com certeza?
Please não me deixem no vácuo Ok?
Enfim, beijocas e até o proxímo capitulo!! ;*



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