Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 16
Novos começos.


Notas iniciais do capítulo

Então meus amores, dessa vez eu não demorei... u.u
Esse capítulo está bem legal, pelo menos eu gostei :) grandes decisões e novos começos, aquela coisa assim, bem básica #Adorooo
Enfim, espero que gostem e BOA LEITURA!! :D



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Acordei com Amy me chamando e levei alguns segundos para me lembrar onde estava, mas assim que o fiz alcancei minha faca e me sentei de uma vez quase batendo minha cabeça na dela.

 - O que foi? – perguntei olhando em volta ainda meio tonta pelo sono – Aconteceu alguma coisa?

  - Não! Está tudo bem – ela garantiu e eu vi Ben dar uma risadinha da minha reação – É só que temos que ir, lembra?

  - Claro – disse acalmando a respiração e guardando minha faca, fiquei de pé batendo a terra da calça – Vocês já estão prontos?

  - Há umas duas horas – Ben disse divertido terminando de jogar terra na fogueira para que parasse de soltar fumaça – Você está atrasada.

  - Dá próxima vou ver se lembro de ligar o meu despertador – disse irônica e ele riu – Vamos logo.

  - Andar sem rumo outra vez? – ele perguntou, mas não parecia irônico, só curioso.

  - Não, dessa vez eu sei pra onde ir – garanti.

  Começamos a andar e pra nossa sorte conseguimos um carro, assim como eu e Alex quando estivemos aqui da primeira vez, e isso foi ótimo, ninguém aguentava mais caminhar, seguimos pela estrada que eu sabia (pela primeira vez nesses três dias) que daria direto na entrada do bunker.

  Olhei para o céu tentando me identificar, mas como não vi o nascer do sol era difícil ter noção das horas, eu estava exatamente como me sentia no bunker, perdida.

  - Devem ser umas dez ou onze horas da manhã agora – Amy disse como se tivesse lido meus pensamentos, ou a minha expressão o que é mais provável. – Acho que você dormiu umas cinco horas – completou e eu a olhei perplexa.

  - Tudo isso? Por que não em acordaram?

  - Pra que? Se não aconteceu nada? – Ben perguntou do banco de trás, depois de uma melhor de três emocionante de jokenpo Amy conseguiu o direito de ir no banco da frente.

  - Ok, vocês venceram, mas não precisava disso tudo, podiam ter me acordado antes.

  - Não sei pra que – Amy disse vasculhando os CD’s – Podemos ligar o radio?

  - Acho que a bateria vai morrer igual a do outro – disse e ela suspirou derrotada e eu sorri – Mas não vejo o mínimo problema nisso.

  Ela abriu um sorriso enorme.

  - Você é de mais Liz!

  - Radio? Serio? Isso não é perigoso pelo barulho ou sei lá? – Ben perguntou colocando a cabeça no vão entre os bancos.

  - Não sei, talvez – dei de ombros – Mas quem liga? Um pouco de música não vai matar.

  - Bem, se é assim eu quero escolher – ele disse.

  - Nada disso! – Amy o olhou feio – Eu escolho!

  - Eu escolho! – ele disse.

  - Eu!

  - Eu!

  - Calem a boca! Ou eu vou escolher isso – disse com raiva. - Par ou impar, quem ganhar escolhe e eu não quero ouvir nem mais um pio sobre isso.

  Eles se entreolharam e Amy sorriu.

  - Par.

  - Impar – disse ele.

  Eles jogaram e Ben ganhou.

  - Passa esses CD’s pra cá – disse todo animado e Amy revirou os olhos lhe entregando os CD’s.

  Depois de 10 min. e algumas reclamações da Amy estávamos seguindo pela estrada ao som de The Lazy Song do Bruno Mars, e a parte mais legal era que além cantarmos como se não houvesse amanhã ainda fazíamos a coreografia com a cabeça todos juntos.

  A música acabou e outra veio, Ben ia passar, mas eu não deixei.

  - Amo essa música, é tão linda – disse - It's a beautiful night we're looking for something dumb to do, hey, baby i think I wanna marry you — cantei.

  - Is it the look in your eyes or is it this dancing juice? — Amy continuou.

  - Who cares, baby? I think I wanna marry you — Ben acabou cantando também e nós rimos, continuamos nosso caminho ao som de Marry You.

  A nossa viagem durou menos do que eu achei que ia durar, não sei se pelo fato de estarmos de carro ou a nossa cantoria que nos distraiu, mas antes do que eu esperava estávamos na estrada cheia de carros abandonados que dava pra a entrada do bunker, não vi o jipe que nós tínhamos usado quando eu e Meg chegamos aqui e não sabia se isso era uma boa noticia ou não.

  Olhei em volta e parecia tudo igual e ao mesmo tempo diferente, os carros continuavam no mesmo lugar, as placas, as árvores, mas havia mais corpos de zumbis, tanto mortos quanto andando sem rumo. Eu sabia que a entrada estava tomada e que não tinha ninguém lá dentro, mas para o meu desespero não tinha ninguém aqui fora também.

  - A entrada é por ali, não é? – Amy perguntou apontando para direção em que mais a frente realmente ficava a entrada do bunker.

  - Sim – assenti – Mas achei que você não saísse muito.

  - E não saia, mas já tinha vindo aqui fora algumas vezes com os meninos e a Clary, só para respirar um pouco de ar puro.

  - Entendo – murmurei sem ter ideia do que fazer agora.

  - Se é aqui, cadê os amigos de vocês? – Ben fez a pergunta de um milhão de dólares.

  - Boa pergunta – disse antes que pudesse me conter e eles me olharam de forma interrogativa. – Acho melhor esperarmos e vermos se alguém aparece.

  Eles assentiram e continuamos a ouvir Bruno Mars, e como se precisássemos de mais alguma coisa para o momento ficar melhor, começou a tocar Talking To The Moon, a letra descrevia mais ou menos o que estávamos fazendo agora, esperando por eles.

  E nós continuamos esperando dentro do carro, não fizemos barulho de modo que as gelatinas verdes não nos incomodaram, mas ninguém apareceu, esperamos por dois dias, dormindo dentro do carro e comendo o que conseguíamos encontrar nos carros abandonados e em suas respectivas malas e matando zumbis ocasionalmente quando começavam a incomodar ou chegar muito perto, já fazia uma semana que o bunker tinha sido atacado e não tínhamos nem sinal de ninguém.

  - Temos que ir – disse fazendo com que ambos olhassem pra mim, eles tinham achado um jogo de xadrez em um dos carros e estavam jogando no banco de trás, Ben estava ganhando.

  - Como assim ir? – Amy perguntou confusa. – Não íamos esperar o pessoal?

  Eu não queria dizer isso, ou fazer isso, por que era muito doloroso, mas o fiz assim mesmo.

  - Acho que eles não vem Amy – disse vendo o semblante da ruiva escurecer – E nós temos que arrumar comida e um lugar de verdade para ficar. Não podemos continuar aqui dentro do carro onde podem facilmente nos cercar.

  - Mas... – ela murmurou a beira das lagrimas – Você prometeu que acharíamos eles! Você prometeu!

  Aquilo acabou comigo, não só o que ela disse, mas ver seus olhos verdes marejados daquele jeito.

  - Eu... Eu sinto muito Amy – murmurei – Mas temos que seguir em frente, se nós tivermos que achar eles, vamos achar, só que agora temos que pensar em nós...

  - Você prometeu... – ela murmurou cobrindo o rosto com as mãos e eu tentei alcançá-la e ela recuou.

  - Amy, por favor... – pedi – Me ouça, eu não desisti, você acha mesmo que eu vou desistir de encontrar o Alex ou qualquer um dos outros? Nunca vou desistir assim como nunca vou desistir de você, mesmo que me odeie agora, nós não podemos continuar assim, já estamos aqui há dois dias e ninguém apareceu, eles devem estar em outro lugar, talvez até procurando por nós, a gente vai embora daqui, mas isso não quer dizer que desistimos.

  Pra minha surpresa isso a fez chorar ainda mais, só que agora agarrada a mim, eu chorei também, por que depois de quase oito meses reprimindo me permiti senti, dor, pela perda do meu pai e da minha mãe, raiva por não poder salva-los, e por quando finalmente achei outra família ela foi arrancada de mim também, medo por não saber onde estão ou se estão bem, eu e Amy ficamos assim por uns minutos, Ben não disse nada, só ficou lá fingindo olhar pela janela e nos dando o máximo de privacidade que se podia ter dentro de um carro.

  Amy e eu precisamos de uns minutos para nos recompormos e pararmos de chorar, mas assim que o fizemos chegamos a um consenso de que o melhor a fazer era realmente ir trás de um lugar para ficar e comida.

  Voltamos por onde viemos, por que esse era o único caminho que eu conhecia para a cidade, passamos outra vez em frente a loja de conveniência, e resolvemos descer e tentar a sorte, mas dessa vez não conseguimos nada, nosso estoque de comida se resumia à um pacote de biscoito água e sal que achei perdido dentro da minha mochila e três garrafas de água de 500ml, uma cheia, outra pela metade e outra completamente vazia.

  Quando chegamos à cidade já havia escurecido, então resolvemos passar a noite dentro do carro mesmo e começar as buscas no dia seguinte. Ben se ofereceu para vigiar primeiro e dessa vez eu não recusei, Amy já tinha dormido e eu escorei a cabeça na janela e apaguei também. Em algum momento no meio da noite Ben me acordou e trocamos de lugar, depois disso não demorou muito para amanhecer.

  - O que vamos fazer agora? – Ben perguntou enquanto comíamos nosso ultimo pacote de biscoito e bebíamos água.

  - Compras – disse sorrindo – Vamos arrumar roupas novas, comida e se tudo der certo um lugar para ficar.

  Eles se entreolharam sorrindo.

  - E o que estamos esperando? – Amy perguntou.

  Nós terminamos o nosso café super nutritivo e seguimos pelas ruas desertas, apenas com um ou outro zumbi e paramos assim que encontramos uma loja de departamentos, tudo bem que roupas não eram nossa prioridade agora, mas estávamos precisando.

  Descemos todos do carro depois de uma pequena discussão sobre se Amy ia ou não comigo e Ben, no fim decidimos que era melhor não nos separarmos. Seguimos em direção a loja com facas em punho, afinal só Ben tinha uma arma carregada.

  - Armas – disse, enquanto invadíamos a loja empoeirada e escura pela porta da frente que já estava quebrada. Acendi uma lanterna e nós seguimos em frente.

  - O que? – Ben perguntou confuso.

  - É disso que precisamos tanto quando comida, ou ao menos, munição.

  - Está ai uma verdade inquestionável – Amy disse divertida e foi ai que um zumbi apareceu do nada e agarrou seu braço, Amy gritou, Bem fez menção em atirar nele, mas eu fui mais rápida e enterrei minha faca em sua cabeça, ele desabou no chão e eu me virei para Amy.

  - Você está bem? – perguntei a analisando de cima a baixo e vi que ela estava tremendo, ou seja, a resposta é meio obvia. – Amy, ele arranhou você? – mudei a pergunta, mas ela também não respondeu – Amy!

  - Eu estou bem – ela garantiu, mas ainda estava tremendo – Não, ele... Ele não me arranhou.

  - Ótimo – Ben disse olhando em volta – Por que temos que sair daqui, seu grito vai atrair mais deles.

  Ninguém discutiu quanto a isso, e seguimos em frente, apareceram mais cinco zumbis do nada, mas além do susto que eles nos deram não foi difícil acabar com eles, convenci Ben a só usar sua arma como ultimo recurso, em parte pelas balas que eram poucas e em parte por que o barulho causado por ela só serviria para atrair mais deles.

  Finalmente chegamos à sessão das roupas e eu e Amy fomos para a feminina e Ben para a masculina, normalmente eu enrolaria e ficaria indecisa com o que pegar, mas aqui não podíamos nos dar a esse luxo, por isso não gastamos mais que 15 min. para escolher algumas peças e as colocar na mochila, e felizmente pra nós a nossa saída foi bem menos animada que a entrada, só encontramos uma gelatina verde pelo caminho, em questão de minutos estávamos no carro outra vez, atrás de algum lugar onde poderíamos achar comida.

  O nosso grande problema não foi achar lugares onde podia ter comida, o nosso problema mesmo, foi achar a comida, por que lojas de conveniências e mercados tinham aos montes, o difícil era encontrar um que não tivesse sido completamente saqueado.

  O sol já estava alto quando as coisas começaram a mudar pra gente. Encontramos para nossa surpresa uma porta trancada em uma das lojas de conveniência, e quando a abrimos convictos de que o que acharíamos seria no mínimo vários zumbis, nos surpreendemos com uma dispensa cheia e completamente organizada, e a poeira encima das latas e pacotes me dizia que ninguém ia ali a um bom tempo.

  - Tiramos a sorte grande! – Ben comemorou e eu ri.

  - É tiramos mesmo, agora me ajudem a empacotar tudo ele levar para o carro.

  - Sim senhora! – disseram juntos e bateram continência, revirei os olhos e fui trás de umas caixas.

  Depois de umas duas horas empacotando coisas tínhamos pegado tudo o que deu, só sobraram coisas como pães e laticínios, o que era um desperdício, por que eu daria tudo por um sanduíche de queijo. Voltamos para o carro e comemos cada um uma lata de carne, e sim, eu estava precisando disso.

  - Vamos atrás de uma casa agora? – perguntei mais do que satisfeita depois da nossa refeição, afinal agora além da barriga cheia, tínhamos quatro caixas de comida no porta-malas.

  - Só se for agora – Amy disse. – Queria ver se eu conseguia tomar um banho.

  - Vai que nós conseguimos – disse ligando o carro.

  - Amém! – Amy disse levantando as mãos para o alto fazendo eu e Ben rimos.

  Dirigi pelas ruas iluminadas pelas cores do por do sol, que tinham alguns zumbis andando pra lá e pra cá, analisando as casas sem ter certeza de qual escolher.

  - Acho que nós só devíamos escolher uma e pronto – disse Ben.

  - Tá, mas qual? - perguntei.

  - Aquela ali – Amy apontou para uma casa branca de dois andares, a porta da entrada e as janelas eram azul-marinho, e sim ela era bem bonita, mas foi então que vi o que provavelmente chamou a atenção dela, a janela do lado esquerdo do andar de cima estava aberta e lá dentro se podia ver as paredes rosa do quarto e uma estante cheia de bichos de pelúcia. – Por favorzinho – ela disse fazendo bico e juntando as mãos.

  - Não vejo por que não tentar – disse rindo – Ben, o que acha? – perguntei me virando pra ele.

  - Por mim – disse dando de ombros.

  - Vocês são de mais! – Amy disse e só faltou quicar no banco de animação.

  Estacionei o carro enfrente a casa e entramos cautelosos, mesmo que a porta estivesse trancada nós não íamos abaixar a guarda. Vasculhamos todos os cômodos, mas como esperado, mão encontramos ninguém, nem vivo, nem morto.

  - Bem – disse abaixando a minha faca – Acho que é isso, bem-vindos ao seu novo lar, pelo menos até resolvermos o que vamos fazer.

  - O quarto cor-de-rosa é meu! – Amy gritou subindo as escadas.

  - Aquele cheio de revistas em quadrinho é meu! – Ben gritou a seguindo.

  - Ótimo! Por que a suíte no fim do corredor é minha! – gritei para eles que já tinham sumido no andar de cima e fui fechar a porta sem ter muita certeza do que esperar de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram?
Que, que vocês acham que vai dar desse novo começo, e o pessoal volta ou não?
Vai ver, morrem todos kkkkkkkkkkkkk Ok, parei u.u
Beijocas e até o próximo capítulo!! :*



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