Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 7
Observando... E sorrindo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo :3



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Percebi-me acordando. Estranho, eu achei que não pudesse dormir mais. Ainda tenho muito a aprender sobre a "coisa" que virei...

Eu estava com o cotovelo apoiado no braço da poltrona da qual estava sentado enquanto minha mão estava apoiando a minha cabeça pra não cair, já que eu havia adormecido. Enquanto isso a minha outra mão segurava o livro do qual estava lendo e que a única coisa que o impediu de fechar e eu ter que procurar a página da qual parei era o meu dedo indicador.

Agitei minha cabeça para despertar, botei algo para marcar a página e deixei o livro na escrivaninha do escritório. Encarei a pilha de livros que deixei ao lado da poltrona e que já havia lido. Eram uns dez. Puxa... Quanto tempo os fiquei lendo? Não sei se os li rápido ou simplesmente não reparei o tempo passar...

Olhei para a janela. Apesar de ver muito claramente até que consigo diferenciar bem o dia da noite. Estava de noite, não havia ninguém na floresta, apenas uns pequenos animais... Ficar tanto tempo lendo livros me deixou um pouco entediado, apesar de eu gostar de ler, então, já que é noite, creio que não há problema sair de casa um pouco.

A noite é mais segura. Ninguém é louco o suficiente para sair na floresta numa noite da qual apenas um pouco da luz da lua a ilumina. Prefiro assim. Posso sair de casa que ninguém virá aqui, e, mesmo se vier, não perceberá que não sou uma criatura humana, ao menos a primeira vista. Se eu quiser posso até me esconder se necessário for. Não há problema. Não há perigo.

Saí de minha casa e andei entre as árvores. Era um caminho do qual nunca segui antes. Sempre fui pelo mesmo caminho, seguindo a trilha, todos os dias... Isso por anos. Ir por um caminho diferente era meio estranho, mas ao mesmo tempo acolhedor, já que ficarei sozinho.

De repente aquela sensação... Sinto aquela sensação de estar sendo observado de novo, mas, onde? Posso sentir tudo a minha volta, mas não não cosigo achar o que está me observando. Pare... Pare de brincar comigo!

Percebi algo se movendo. Parecia ser um animal quadrupede, não muito grande nem muito pequeno. Ele estava se movendo rápido, então eu não consigo sentir com maior precisão o que era. Segui na direção que "aquilo" estava indo. Vez ou outra eu usava o meu poder de me transportar, tendo todo o cuidado para não dar de cara com uma árvore, até que percebi que aquela coisa estava correndo para o lago. Fui imediatamente pra lá. Cheguei antes dele.

Encontrei a coisa parar imediatamente quando se topou comigo à beira da margem. Mas era só um cão. Fiquei tão agitado e tenso por estar sendo observado por um cão?! Droga, mas que patético que fui...

Era um cachorro da raça husky, com a pelagem preto com branco. Não consigo entender, esse animal me causa uma sensação estranha.

"He he he he he!"

Quê? Que risada foi essa? Pensei isso olhando em volta.

"Só por estar involuntariamente me fazendo saber o que você está pensando está óbvio que não consegue se controlar ainda, hu hu."

Encarei e cão. Agora ele estava sorrindo. Um sorriso estranho, macabro e assustador.

"V-Você falou?!"

"Sou tão capaz de falar como você, hehe."

"O que é você? Por que está aqui? E na parte de 'não sei me controlar', você por acaso sabe o que eu sou?!"

"Pare de ficar tão tenso, he he he. Se continuar tão agitado vai acabar fazendo minha cabeça explodir, ha ha ha!"

"Responda as minhas perguntas."

"Vixi! Como você é instável... Nem o Rake ou o Carazi chegam a ser assim, ha ha ha! Certo, direi logo... Primeiro, sou um cão, isso é óbvio e os humanos me chamam de Smile Dog, por motivos óbvios também. Segundo, eu estava apenas te observando a um tempo, você é o último de sua família e eu estava apenas curioso em saber o que iria acontecer contigo, aliás, Rake também estava."

"O que é Rake?"

"Uma criatura de pele acinzentada que tem o hábito de observar as pessoas quando elas dormem. Ele é meio 'manso', mas se você o olha diretamente e, claro, ele percebe isso, ele pode te matar."

Essa criatura... Então era aquilo que vi naquele dia! Aquilo era real!

"VOLTANDO a o que eu tava falando... Na terceira parte, sim e não, na questão de eu saber 'o que' você é. Não sei exatamente o tipo de coisa que você virou, a única coisa que sei é que és uma junção do que você é com a maldição."

"Maldição? Do que está falando?"

"Começou no dia em que seu avô me viu, huhu. Eu sou assim sou um cão amaldiçoado e quando um humano vê meu sorriso ele cai numa maldição que segue para toda sua descendência... Ela varia de pessoa pra pessoa e nem todas são 100% afetadas, mas o padrão é que tragédias acontecem."

Tragédias...

"Como exatamente é essa maldição, que caiu sobre minha família?"

"Eu sou Smile Dog e não 'Speaker Dog'! (cão falante, tagarela, numa tradução mais BR) Já falei coisas de mais... O resto você terá de saber por conta própria."

Esse história de maldição é intrigante... Com isso, qual a possibilidade de alguém da minha família ter também se tornado "algo como eu"? E que outras coisas podem fazer parte da maldição?

"Como essas são perguntas internas vou ignorá-las e não responder..."

"Ei! Saia de minha cabeça!"

" Você que saia da minha! Precisa controlar um pouco isso, pode chegar a assustar ou chamar a atenção de algum humano se ficar compartilhando todos os seus pensamentos integralmente."

"Certo... Irei tentar..."

"Adeus, 'Slenderman'."

Smile Dog se virou e correu para dentro da floresta até um ponto que eu não conseguia mais senti-lo. Estou confuso com isso tudo. Maldição, tragédia, o "o que" do qual sou... Essa conversa foi um tanto confusa. Quais pontos será que tiveram a ver com a tal maldição?

Fiquei um bom tempo lá, refletindo, quando percebi que logo amanheceria decidi voltar. Devo organizar a minha mente e focalizar em entender isso tudo.

Quando estava quase em minha casa gelei. Na posta dela estava Isabella.

"Hum... Será que ele está em casa?" ela pensou. É, acabei entrando na mente dela sem querer. Ela se sentia preocupada, mas por que?

Fiquei atrás de uma árvore esperando ela desistir e tentando me concentrar para não fazer com que ela percebesse a minha presença por conta de minha telepatia. Ela se sentou num dos degraus da escada da entrada. Por favor, vá embora...

Ela não saía do lugar. Por que ela persiste tanto em estar aqui? Não tem outro jeito, vou ter que arriscar.

Me concentrei na sala e imediatamente apareci lá. Só espero que ela não perceba que minha voz vem da cabeça dela...

"Isabella?"

– Ah! Andrew, digo, Collin...

"Não tem problema... Me chamar pelo primeiro nome"– idiota! Não seja tão bonzinho! - "Por que está aqui?"

– Posso entrar?

"Não."

– Por quê?

"É complicado..." – sou sincero de mais...

– Hum, tudo bem. Está doente, não é? Aquele senhor que é dono da farmácia onde você trabalha me contou que a uns dias você não aparece por lá, então achei que poderia ser por isso.

"Por que se importa com isso?"

– O quê?

"Devo repetir?"

– Há algo errado? Se tiver eu posso ajudar.

"Ninguém pode fazer nada por mim, ninguém se importa com isso, Por que você se importaria?!"

Um lado de mim sente dor ao dizer tais palavras, o outro está simplesmente estava descontando a minha raiva de tudo que passei pra cima dela.

– Por que está falando assim comigo?

"Vá embora..."

– O quê?

"Eu disso pra ir embora! Me deixe sozinho!"

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, então disse:

– Tudo bem. Você não parece estar em um bom dia... Desculpe-me por incomodar.

Isabella se virou e foi embora. Cheguei perto, cheguei muito perto. Eu estava com tanto medo que ela descobrisse, com tanto medo de me descontrolar e machucá-la que fique muito agitado. Os tentáculos estava bem nítidos em minhas costas. Tenho que me controlar não quero que as pessoas descubram, não quero que elas tenham medo de mim, não quero.

Estou com medo...

Depois de um tempo me acalmei. Terminou que nem sei exatamente por que Isabella estava aqui; e por que ela veio aqui, depois de eu ter feito o noivo dela em pedaços? É óbvio que ela não sabe que fui eu quem fez aquilo, mesmo assim, não era pra ela estar preocupada por ele ter sumido? (duvido que dê para identificá-lo no estado que o deixei)

Bem, não tinha como ficar conversando com ela pra saber, se ela ficasse tempo de mais correria o risco de descobrir sobre mim. Fiquei um tempo encarando os meus tentáculos ao meu lado se movendo e depois os recolhi. Estou entediado de novo...


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Notas finais do capítulo

E essa foi a participação especial do nosso cachorrinho, bichinho de estimação do Capiroto, Smile Dog!

Até mais, minna o/



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