Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 38
Capítulo Extra: Enderman


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, quero avisar que esse capítulo é um extra (e o último capítulo preciso fazer uns ajustes antes de soltar). Pode ser considerado um “one-shot spin-off”, não sei. Enfim, também aviso que (pra quem leu o capítulo anterior e não havia imagens) soltei no capítulo anterior uma imagem do Mr. Creepypasta para quem estava curioso em saber como ele é. Alguns não devem o conhecer, ele é mais relevante nos EUA, mas, em resumo, A imagem é meio que um avatar de um youtuber com esse nick, que narra várias creepypastas conhecidas. Quem sabe inglês, indico, quem não, vem cá chorar comigo por que também não sei, hehehe X’D.

Enfim, vamos ao capítulo!



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Houve um segundo de dor, que logo em seguida cessou. Os pulmões pararam de respirar, o coração parou de bater e o corpo ficou pesado, porém, por algum motivo, era possível perceber o que acontecia ao redor. 

― É, finalmente acabou… Quê?

― Hum, tem razão.

― Os corpos tem várias opções, mas e o parque?

― Isso aí é um trabalho pro piromaníaco aqui.

― Piro-o-q… EI!

Os outros dois soltaram um riso leve, mas rapidamente cessou por algo “dito” pela entidade diante deles. 

― Certo… Faremos isso.

Uns segundos depois o ser desapareceu. Houve uns segundos de silêncio, até cada um dos proxies fazerem alguma coisa. Dois deles pegaram os corpos nos braços, outro foi pro o carro e voltou com um tanque de gasolina.

― Olha aí o profissional…

― Não enche. Eu só causei um incêndio UMA vez!

― Na pior das hipóteses a gente deixa você virar churrasco.

― Ha-Ha! Muito “engraçado”!

― Podem parar de gracinha porque carregar um cara não é tão mole quanto uma garota baixinha ou um galão de gasolina.

― Xi! Estresse!

― Tou mesmo, repararam no tom que ele “falou” quando disse que ia atrás da Kate?

― É… Ela tá muito ferrada…

― Ou morta.

― Bom… Mas isso tem nada a ver com a gente mais, não quero irritar ele.

Eles começam a andar, enquanto o com o galão despejava um pouco de gasolina no caminho. Um deles comenta que espera que não acabem sem querer presos por causa da “barreira invisível” que prendeu Slender na floresta.

Os três chegaram numa área com vários tanques, que é a região central do parque, então colocaram os corpos no chão.

― Ainda sobrou?

― Até que bastante. Eu sei, eu sei, vou espalhar por aqui…

― Não disse nada, hehe.

Toby terminou de espalhar todo o combustível, uma parte ao redor, outra sobre os cadáveres. Após isso, eles saíram do local. Alguns segundos depois, um rastro de fogo seguiu em direção à área onde estava os corpos do garoto e da garota e rapidamente envolveu tudo. 

O calor tomava conta de tudo ao redor, ao menos os mortos não são capazes de sentir dor, se não estaria gritando agora. Diante de toda a situação, ficando aí, sem poder se mover tudo por causa das ações arquitetadas por aquele monstro, poderia agora por dentro estar com raiva, ódio por ter perdido o pai e a morte da única pessoa nessa cidade que ao menos não o via de forma estranha. Porém o sentimento que vinha era de tristeza e culpa.

Se tivesse morrido logo, se não tivesse voltado à floresta ou envolvido Sophia naquela situação, se tivesse avisado que estava indo mais cedo pro colégio, ela não teria morrido, seu pai não teria morrido. Tudo era culpa dele, a entidade era apenas um ponto do qual ele devia ter lidado sozinho e não envolvido as outras pessoas.

Agora a única coisa que restava era aguardar o próprio corpo virar cinzas e assim o consciente sumir da existência. Então é isso a “vida após a morte”, continuar existindo no próprio corpo, sem se mover, até que este seja totalmente destruído pela decomposição ou por qualquer outra coisa.

Essa situação é uma pena… A mãe dele em breve saberia que perdeu o marido e o filho no mesmo dia. Isso seria triste.

De repente o calor cessou, mas a estranha consciência continuava, porém, havia um leve vazio na mente. O que aconteceu? Por que uns segundos atrás estava triste?

O corpo estava pesado e a visão turva. Não conseguia entender nada. Dava para olhar para as próprias mãos e braços, tudo completamente preto, carbonizado. Conseguia lembrar que uns segundos atrás estava morto e o corpo sendo queimado, mas não compreendia como foi parar aí e como estava “vivo”, nem mesmo fazia ideia de quanto tempo estava no estado anterior. 

Ao olhar em volta, o lugar ao mesmo tempo estranho era familiar. Reconhecia um prédio abandonado ou outro, apesar de estar de noite, de repente, se lembrou de onde viu, na memória do cara de moletom amarelo.

“Por que estou aqui? P-Pai…”

Vinha flashs em sua cabeça, as lembranças que não eram dele, mas foram colocada em sua cabeça pela entidade sem rosto. Esse momento de confusão, não durou muito tempo, policiais estavam vagando por essa área, então um o encontrou e o encarou assustado. Não estava fazendo nada, mas a primeira reação do policial foi apontar a arma. Isso o irritou, não era apenas pela ameaça, era o jeito que a pessoa o encarava. Ele grunhiu e avançou pra cima do policial.

O homem atirou na criatura diante dele, mas o ser não parou. Surgiu atrás dele e o golpeou com as garras compridas que surgiram em seus dedos. Ele atacou novamente antes que o policial pudesse reagir, dessa vez em direção da garganta, causando um corte profundo e fazendo jorrar muito sangue.

O policial caiu agonizando de dor e cuspindo sangue, então ele se aproximou para dar o golpe final, até que nesse instante voltou a si. Não sabia o que estava fazendo, simplesmente por instinto o atacou. Ele recuou, então de repente estava numa outra área da região. Talvez não houvesse ninguém, por hora. Era melhor assim, pois sua cabeça não conseguia processar o que estava acontecendo.

Uns minutos depois, começou a chover. A sensação das gotas de chuva em sua pele era como se fosse ácido, então ele se transportou para dentro de um prédio.

Olhando para si mesmo, o que restou de suas roupas estavam o trapo, sua pele toda escura tinha uma textura grossa e pelos, como cabelo, praticamente destruídos e, vendo o pouco do seu reflexo que dava para enxergar através de uma poça no lado de fora, seus olhos emitiam um brilho púrpura. Bem familiar…

Sua mente estava confusa com isso tudo, porém, ao mesmo tempo, ele só queria ficar sozinho. Não queria que ninguém o visse assim.

 

“Aqueles que não conhecem a histórias, estão fadados a repeti-la.”

Edmund Burke

 


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Notas finais do capítulo

Bem, nessa terça as minhas aulas voltam, mas vou ver se não demoro muuuuuito pra soltar o próximo capítulo, hehe X'D

Enfim, o que acharam desse extra? Curtiram? Acharam desnecessário? Diz aí XD

Até mais o/



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