Can I help you, Miss Stark? escrita por Bree
Las Vegas, Nevada - Cerca de vinte anos atrás.
A Lamborghini branca para com um tranco em frente ao cassino Bellagio. Seu ocupante afrouxa a gravata antes de descer. Estava sozinho, o que era raridade, mas depois de férias prolongadas em Ibiza cercado por modelos francesas, ele sentia-se confortável assim. Seus pés mal tinha tocado o solo e centenas de flashs o alcançaram, estava acostumado, sorriu e jogou a chave para o manobrista. Era jovem, bonito e rico. Estava descobrindo a vida como um nadador explora uma piscina, mas nada de precaução: Tony Stark se jogou de cabeça.
Os seguranças do hotel e cassino cuidaram dos fotógrafos e jornalistas, eles tinham as mesmas perguntas tolas sobre a morte de Howard Stark, e Tony já tinha se cansado de respondê-las havia mais de um ano. Sentia falta do pai, mas também se sentia vivo demais para se entregar eternamente as lágrimas. O caminho até o bar foi rápido, analisou rapidamente o local e pediu uma garrafa de uísque. Foi parado por alguns curiosos, alguns conhecidos...de quem ele nem sequer lembrava o nome mas a quem respondeu com frases como ''Quanto tempo, como vai a vida?''
Não demorou muito tempo para que a mesa do Sr. Stark se enchesse. Risadas, mais garrafas de uísque, champanhe e várias partidas de Blackjack. Do outro lado da sala, mas nada indiferente a presença do jovem Stark, estava Gustine Hummels. Enfermeira por profissão, mas que tinha descoberto que ganharia mais como garçonete. Vestida com o tradicional uniforme do Bellagio, ela desfilava entre as mesas com uma graciosidade que não passaria despercebida nem mesmo a um cego, quanto mais a Tony. Seus cabelos lhe cairiam sobre os ombros em lindas ondas negras, não fosse pelo coque bem feito.
Stark ergueu a mão quando ela passou por ele, Gustine o focalizou com seus enormes olhos castanhos.
– Posso ajudar, senhor?– Perguntou, trabalhava ali há quase seis meses, sua voz era programada para ser sempre educada e atenciosa.
– Meu bem, acho que você é a única aqui que pode me ajudar.– Disse Stark, levantando-se da poltrona de couro que ocupava. Ergueu duas garrafas vazias no ar, lançando a Gustine o melhor sorriso que podia. - Estou em dúvida entre mais uma garrafa de Moët & Chandon ou Veuve Cliquot. Se bem que eu dispensaria as duas para ter a chance de saber seu nome.
Gustine piscou duas vezes, antes de sorrir lhe tirando as garrafas da mão.
– O senhor vai gostar de saber que a Moët & Chandon teve um índice de vendas maior.– Explicou, tentando permanecer profissional.
– E...o seu nome? – Insistiu.
– Hummels, Gustine Hummels.– Disse e fez menção de sair, mas Tony se adiantou bloqueando seu caminho.
– Lindo nome, uau, é alemão? Sem dúvida é. Anthony Stark, Tony. Então Gustine, será que seu chefe ficaria muito chateado se eu lhe roubasse um instantinho?– Perguntou, estudando minuciosamente as reações da atendente.
– Sr. Stark, eu tenho que voltar até o bar, se me dá li...– Começou a se justificar e foi interrompida.
– Ora, eu estou tentando fazer amigos aqui, quero apagar da história de Nevada minha última estadia aqui. Que tal um copo de vinho comigo?– Sugeriu Stark.
– Achei que preferisse Champanhe.– Rebateu Gustine.
– Sente-se comigo e lhe deixarei apar de todas as minhas preferências.– Disse, sugestivamente, com um leve aceno.
Como, no fim daquela noite, Gustine acabou em uma das mais caras suítes do hotel com o herdeiro de um império tecnológico, é um quadro desfocado. Ela estava longe de ser uma acompanhante atrás de quem pagasse mais. Era jovem, bonita e profundamente cativada por Anthony. No dia seguinte suas vidas se separaram completamente, ele foi embora da cidade e ela voltou ao trabalho. Trabalho esse que abandonaria em menos de quatro meses.
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