Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 21
Partidas & Especial Ally Dawson


Notas iniciais do capítulo

Oii, cá estou com um capítulo especial e ao mesmo tempo triste. Será longo, Ally irá narrar TUDO, porque eu meio que estive querendo mostrar como a Ally se sente ao longo da fic e não tive oportunidade melhor do que esta! Enfim, enjoy it, right?



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Ally

Aquele momento era o melhor. Mágico, muito bom. Talvez a expressão "sem palavras" coubesse perfeitamente em nossa situação, definindo tudo o que eu estava sentindo. Estávamos exatamente às mil maravilhas, a chuva não nos incomodava, o tão clichê e sempre esperado beijo molhado fora concretizado, eu e Austin estávamos juntos nova e oficialmente. Algo poderia realmente estragar? Eu creio que não.

Movi meus pés para trás, afastando-o lentamente contra a minha própria vontade; eu não queria separar-me do garoto louro, porém era necessário se não quiséssemos pegar uma gripe forte - principalmente para Austin, que partiria no outro dia.

Partiria. Novamente.

Eu somente devo acreditar que tudo dará certo desta vez. Estaremos distantes, é claro, mas eu tenho a obrigação de acreditar nele. Somos namorados, estamos juntos, eu o conheci por tempo suficiente para ter consciência de que Austin não o faria se não realmente quisesse.

–Vamos pegar um resfriado forte se continuarmos aqui. - sussurro, agora deixando minhas lágrimas misturarem-se à chuva. - Eu gosto muito de você.

Eu o queria tão próximo a mim como jamais havia me dado conta. Não existia um mundo quando ele estava por perto, éramos tão real e tão surreal, várias contradições de emoções. Observei o sorriso forte nascer em seu rosto novamente e sua mão enlaçou minha cintura, e eu fiz o mesmo, abraçando-o de lado.

–Eu também gosto muito de você. - Austin murmurou contra a minha cabeça, logo depositando um beijo doce mo topo. Eu sorri, sentindo certa vontade de chorar novamente. Estava sentindo-me tão estranha, como se milhares de sentimentos misturavam-se em minha mente. - Ally?

–Desculpe, fiquei um pouco aérea. - ele me encarou um pouco, preocupado, e eu o admirei hipnotizada. Enrubesci quando notei que havia estado parada demais contemplando-o. Aus riu. Senti minhas bochechas queimarem. - Vamos levar isso para o restaurante? Podemos pegar um táxi depois.

–Prefiro ir a pé com você, se não se importa. - eu sorri, mostrando todos os dentes, sentindo meu coração descompassado. Austin deu o sorriso que eu tanto amava, envergonhado com a proposta, embora não houvesse um motivo.

–Claro que não... - respondo, e seu sorriso aumenta, prendendo-me contra ele em um ato protetor. Eu o enlaço com meus braços, apertando-o mais. - Não me solte, por favor. Não vá embora.

–No dia em que eu for embora por escolha própria, eu definitivamente devo procurar um psiquiatra. Eu só partirei se for da sua vontade, Ally. - eu choro agora compulsivamente contra o seu peito, com memórias ruins em minha mente, rondando-a terrivelmente. Eu não deveria pensar nisso enquanto estou em uma hora simplesmente perfeita com Austin, mas não posso evitar com suas palavras tão doces.

–Eu amo você. - sussurro, e assim surpreendo-me comigo mesma. Eu jamais havia dito aquilo a ninguém, com exceção de meus pais e Trish, não no sentido romanticamente como agora. No entanto, agora que apenas joguei para fora o que eu sentia, estou sentindo-me muito bem. Sei que Austin não está pronto pois não tem certeza, e eu só respeito, pois conheço seu passado. Sei que fui eu quem o ajudou a superar o seu medo de relacionamentos sérios, como mostrado agora, porém compreendo que tenha medo de arriscar-se no Eu te amo.

Não obtive resposta, somente alguns cochichos rápidos românticos de Austin que me fizeram sorrir ainda mais largamente e deixar o choro quieto em um canto. Não culpei-o; nem eu mesma havia ouvido-me, e não saberia que pronunciara tais palavras se não fosse eu.

Se permanecêssemos ali, pegaríamos uma gripe forte. Descolei-me de Austin lentamente, ainda abraçada a ele. Eu não iria soltá-lo, não agora, não até amanhã, quando seu avião saísse.

Entretanto, tivemos que fazê-lo. Peguei as duas cadeiras enquanto Aus levava a mesa rapidamente, e coloquei uma por cima de minha cabeça, imitando-o. A chuva batia contra a cadeira enquanto caminhávamos de volta para o restaurante, sem nenhuma pressa.

Colocamos o conjunto em uma parte coberta do restaurante, juntamente com as outras mesas que se protegiam da tempestade, agora ainda maior. Sentei-me confortavelmente em um degrau, quase no fim do telhado protetor, enquanto esperava que Austin terminasse de pagar a conta. Olhei para trás a fim de vê-lo, e contemplei o modo como era de costas. Ele sempre fora tão bonito, doce e gentil.

Eu o amava. Somente agora poderia dizer com certeza. Eu o amava. E as palavras juntas formando a frase tão famosa não ficava estranha em minha mente. Era como se eu a compreendesse, sem nenhuma explicação.

Despertei dos devaneios que perseguiam-me quando avistei Austin caminhando até mim. Seus braços me envolveram novamente e uma de suas mãos foi até o meu rosto, levantando-o para ele. Fixei meus olhos nos seus, como sempre ocorria quando estávamos próximos, e Austin pressionou a sua contra a minha.

Senti seu beijo como se ele mesmo houvesse ansiado por aquilo durante anos. Era desesperador. E eu correspondia do mesmo modo, porque era isso que nós dois sentíamos. Era isso o que eu queria sentir.

Fomos nos afastando aos poucos, sorrisos em nossas faces. Algumas pessoas nos encaravam, alguns maliciosos, outros pareciam felizes por nós. Envergonhei-me um pouco com aquela simples atenção, e apertei-o mais.

Por fim, apenas pegamos rapidamente um táxi que passamos por ali, Austin nos cobrindo da chuva com o casaco já encharcado. O taxista nos olhou estranhamente quando nos jogamos no banco de trás, dando as coordenadas, porém não disse nada. Nós trocamos um olhar cúmplice.

–Eu não acredito que já está indo embora novamente. - digo, tristemente. Seu sorriso se apaga e seus olhos transformam-se em cinza, deixando todo o brilho castanho que continham. - Você promete que voltará?

–Eu sempre irei voltar para você, não importa quais as circunstâncias. Jamais duvide isso. Há algo que eu quero te dizer, mas não acho que seja uma situação apropriada. - diz ele, e eu prendo o riso quando aponta mal humorizadamente para o motorista, que nos ignora, cantando uma canção qualquer e infantil.

Eu amo você, repito em minha mente. É um sentimento muito sólido, entretanto, resolvo ocultá-lo por um pouco mais de tempo. Irei dizer quando sentir que Austin está pronto, pois não pretendo pressioná-lo.

Nós chegamos em nosso ponto, após várias trocas de carícias discretas e alguns selinhos roubados no banco de trás. A casa ainda estava intacta, mesmo com Trish e Dez por ali sozinhos, e as luzes do quarto e da sala estavam acesas. Austin e eu pulamos para fora do táxi rapidamente, porém parando na esquina.

–Eu queria te prender a mim para sempre. - Austin segura minha mão, e eu sorrio. Há milhares de fogos de artifício dentro de mim, explodindo todos juntos. - Eu não quero ir amanhã. Você sabe que eu poderia ficar, mas não quero deixar Trish e Dez irem sozinhos.

–Eu também não quero isso. E você também tem que ser maior da idade para deixar a casa e a guarda de Gabe, lembra-se? Vamos, Aus,é apenas três meses. Logo vocês estarão de volta! Faremos a faculdade de música que sempre quisemos, não é?

–Isso. E eu não pretendo sair daqui até o fim da minha vida. Bem, talvez para visitar Gabe, quem sabe? - ri ele. Repentinamente, Austin trocou o tom comediante para um sério. - Por que não contamos a eles?

–Acho que você está certo. Por que não contamos? - digo sinceramente após alguns segundos silenciosos, que eu percebi que estavam matando-o interiormente. Eu somente não queria que se sentissem culpados por terem de voltar e interromper nosso namoro, pois não era isso que estava acontecendo. Abraço Austin com uma mão e seguramos as nossas por trás. Sinto-o curvar-se rapidamente para dar um beijo em minha testa.

Adentramos a casa após alguns momentos e damo-nos para com uma cena divertida e preocupante. Os cabelos ruivos de Dez estão despenteados, e ele está massageando sua cabeça com uma expressão emburrada. Trish está da mesma forma, exceto pelos cabelos enrolados intocados, em uma das poltronas. Sua respiração está acelerada e sua boca contorcida, como quando está zangada. Eu e Austin nos entreolhamos, assustados.

–Uh, o que aconteceu aqui? - pergunto, fazendo-os se darem conta de nossa presença. Não retiro minha mão da de Austin, ao contrário, aperto-a com mais força. O olhar de ambos vão rapidamente para elas e novamente para nós.

–Primeiramente, somente uma briga. Em segundo, o que aconteceu com vocês? - Trish perguntou, vindo em nossa direção com Dez em seu encalço, os dois com sorrisos abobados em seus rostos. Viro meu olhar para encarar o chão, e sinto meu corpo ser pressionado contra a lateral do de Austin, seu braço em meu ombro.

–Reatamos. - conta, simplesmente, e eu subo meu olhar para descobri-lo sorrindo para mim. Eu sorrio de vola, inclinando a cabeça. Dez bate palmas e irrompe em soluços, chorando. Nós o encaramos em choque. - Dez, você está bem?

–É como se eu estivesse vendo o melhor filme romântico de sempre. - reviro os olhos ainda sorrindo. Trish bufa, batendo o pé impacientemente.

–Como aconteceu? Austin, você nem me contou nada! - diz Trish maldosamente, como se estivesse mesmo ofendida. Nós rimos.

–Foi perfeito. Canção, um jantar, uma praia, foi... o melhor de todo o mundo. - desabafo, despejando tudo de uma vez. Sinto Austin rir ao meu lado. - Está cedo. - comento, encarando o relógio.

–Vamos dormir? - Trish oferece, bocejando. - Quero acordar muito cedo amanhã. Mas eu vou aproveitar o dia amanhã com Ally. Vocês dois, não. Austin já aproveitou muito, não é?

–Mas eu sou o namorado dela! - um sorriso o acomete logo após. Até para mim, é muito satisfatório poder dizer a verdade novamente. - Eu tenho que ir com vocês.

–Tudo bem. - Trish bufa. - Mas eu e Dez temos mais direitos do que você, Austin, admita! - ele grunhiu ao meu lado, concordando. - Ótimo. Amanhã dividiremos o tempo de Ally. Olhem, Dez fica com o turno das seis da manhã até às onze. - Dez e eu trocamos um high-five, empolgados. - Eu e Ally ficamos a partir das onze e meia até às três da tarde. Vocês dois ainda terão duas horas e meia para ficarem juntos de melação. - rio satisfeita com a minha agenda do dia seguinte.

Nós nos despedimos brevemente enquanto caminhamos para a sala de jantar para pegar algo que ainda esteja no ponto para comer. Pego algumas bolachas e dividido com Trish, em meio a brincadeiras sem graça porém ao mesmo tempo engraçadas, revendo os velhos tempos. Dez também nos desperta nosso lado musical, mostrando os vídeos que costumávamos gravar. Sinto falta dos que Kira aparecia, mas permaneci em silêncio, sabendo que era o melhor para mim.

Ao fim de tudo, nós nos despedimos com certo sono e fomos para os quartos de cima. Estava fazendo muito frio, portanto, concordamos em ligar os aquecedores nos quartos de Trish e Dez para que não dormissem juntos. Eu e Austin, por concordância mútua, ficaríamos exatamente como na última noite.

–Eu ainda estou com frio. - comento, aconchegando-me ainda mais a ele. Austin ri fracamente, me embalando em seus braços, e eu enlaço sua cintura com a cabeça apoiada contra seu peito.

–Eu gostaria que ficássemos assim para sempre. - murmura ele. - Ei... eu já disse que você é simplesmente a garota mais linda que eu já vi?

–Isso não é verdade. - rio. - Mas eu já te disse que você é perfeito?

–Você sabe que não é verdade. - diverte-se ele também. - Mas sabe o que seria perfeito? O seu nome em minha aliança.

–Bem, então apenas falta o seu nome gravado nela. - concordo. Beijo sua bochecha demoradamente, e logo ele vira o rosto para encarar o meu. - Imagina se nós tivéssemos algum filho. - ele ri, e eu também.

–É, o nosso filho correndo por aí... Eu gostaria que tivesse os olhos da mãe, pois teriam um brilho clássico e invejável. - corei.

–Eu gostaria que tivesse o sorriso do pai, encantador e hipnotizante. - ele sorriu, como se em uma provocação.

–Eu gostaria que fosse nosso.

–E eu tenho certeza de que será.

Ficamos algum tempo em silêncio ouvindo o vento rugir contra a nossa janela, provocando-me alguns arrepios. O cair da chuva também não contribuía, e eu apenas encolhia-me em seu peito, enrolando-nos ainda mais nos cobertores que usávamos, a cada barulho novo e assustador que o temporal produzia.

Nós nos beijamos algumas vezes apaixonadamente, e eu resisto a vontade de imaginar como será amanhã, solitariamente de novo. Eu subo um pouco para cima, querendo livrar-me um pouco dos cobertores que tentam sufocar-me por debaixo e fico da mesma altura de Austin na cama. Seus olhos que estavam fechados abrem-se, sorrindo.

–Eu gosto muito de você, Ally. - ele sussurra.

–Eu também, Aus. - digo. Não completo a frase no momento, sabendo que tudo o que quero dizer é que eu o amo.

**

–Dez, nós já não jogamos esse jogo? - pergunto pela quinquagésima vez. Eu e Dez havíamos saído meia hora antes do programado pois queríamos aproveitar ainda mais o nosso tempo juntos, apenas deixando um bilhete explicando o desaparecimento na geladeira.

–Duh, é claro que já, Ally. - reviro os olhos com sua lógica ilógica e volto a jogar contra o seu personagem.

A verdade é que somos muito ruins no jogo de combate, perdendo ao mesmo tempo, entretanto não deixa de ter graça. Rio quando ganho pela primeira vez, deixando-o indignado e começando a fazer-me cócegas.

Corremos um pouco pelo fliperama, o que nos rendeu algumas reclamações de algumas crianças visitantes, que ignoramos rindo. Quando voltamos novamente à entrada, resolvemos que seria melhor irmos comer algo no Starbucks ou no Mc, talvez.

–Vou querer um chocolate branco quente. - peço. Dez concorda comigo atrás. - Dois. - corrijo.

Jogamos e nos divertimos, e até mesmo fizemos algumas compras relaxadas de coisas que não necessariamente precisaríamos, porém era legal ter por perto, como um material para encher bexigas.

A hora do fim do turno aproximava-se rapidamente e eu me senti muito mal por não ter passado mais tempo com Dez nesses três dias.

–Não! - ele grita meia hora depois, choroso. Começo a preocupar-me, olhando em sua direção. - O nosso turno acabou!

–Austin não se importará se ficarmos mais quinze minutos. - sorrio simpaticamente e agarro sua mão, correndo mais uma vez até o fliperama.

**

Austin havia compreendido muito bem, por sinal. Ele sorrira quando contei o que havia acontecido, e passamos o nossos quinze minutos restantes conversando e trocando diálogos românticos.

–Então, como você e Austin estão? - Trish. Sorri envergonhada. - Não tente desviar, eu quero saber tudo sobre ontem.

–Ele me disse que iria me levar para um encontro na praia. - começo a relatar. Seus olhos brilham enquanto me puxa, ainda atenta a conversa, para uma sorveteria italiana. - Quando chegamos lá, ficamos realmente na beira do mar, com mesa e tudo. A comida estava muito boa, até demais, e Austin fez o pedido. Ele cantou uma música que compôs para mim e tinha a gravação do violão no celular, dançamos e ele... - mostrei a aliança. Trish cobriu a boca com as mãos e se levantou, puxando-me para um abraço e pulando. Repeti.

–Chega de Austin. - diz ela, encerrando o assunto com um olhar determinado. Eu aprovei a ideia, deveríamos ter um tempo para nós duas. - Que tal irmos até a Chanels?

–É claro.

**

–Está quase na hora. Vinte minutos. - sussurra Austin em meu ouvido. Já estávamos esperando o voo ser anunciado há pelo menos dez minutos, terminados todos as etapas necessárias. Eu segurava o choro, tentando não imaginar o resto.

Trish e eu havíamos tido um dos melhores momento revividos naquelas horas. Agora, estávamos prestes a nos despedir novamente. Enxugo algumas lágrimas discretas que não passaram despercebidas por Austin, tentando controlar a mim.

–Nós voltaremos. Você sabe que é provisório. Eu gosto muito de você. - ele beija meu nariz, e logo em seguida partimos para um beijo triste. Eu me apoio em seu peito, deixando todas as lágrimas rolarem. - Ally, serão apenas três meses. - mas em sua voz eu noto o esforço para não chorar.

–Você... não... precisa f-fingir. - digo, referindo-me ao choro. Com minha fala, seus olhos irrompem em cachoeiras, assim como os meus, e seu rosto afunda em meu cabelo. Não pode ser real. Não agora.

O momento é ainda mais desesperador e incontido do que eu havia imaginado. Nós não estávamos armando uma despedida completa, com direito a todo o drama. Prendi o choro, imitando-o, ao encará-lo.

Não era hora de chorar. Deveríamos apenas aproveitar enquanto ainda temos um ao outro por perto.

– Passageiros do voo 403 com destino a Nova Iorque dirijam-se ao portão 37, local de embarque. – a voz metálica da mulher anuncia. Austin confere e me encara apavorado.

Nós nos encaminhamos em direção ao portão 37 em silêncio. Dez e Trish juntam-se a nós de cabeças baixas e eu repreendo o meu choro, não querendo causar-lhes mais tristeza.

–Eu vou entrar porque eu não quero que você me veja chorando. - Dez diz, os olhos muito marejados. Eu deixo uma lágrima inútil escapar. - Tarde demais.

Nós nos abraçamos e o deixo chorar compulsivamente em meus cabelos, segurando o meu próprio. Ficamos parados por mais de dois minutos, quando Trish o arranca de mim e ocupa seu lugar. Somente tenho tempo de ver o vulto de seus cabelos ruivos desaparecer para dentro do avião.

Trish e eu sussurramos promessas de compras para o seu retorno, e ela se vai. Novamente. Eu respiro pesadamente agora, trocando soluços, e quase desabo quando chega a vez de Austin.

–Vou sentir sua falta. - diz ele, parado a centímetros de mim. Meus olhos em meio a lágrimas focam nos seus.

–Vou sentir sua falta também. - respondo. -Nós não deveríamos estar tristes! Nós iremos voltar em três meses. Não é tanto tempo para se preocupar!

–Na verdade, são 94 dias. - diz ele, abaixando a cabeça. O último anúncio do voo é feito, e tudo para. Nós nos abraçamos, e eu choro em seu ombro. - Não se esqueça, nunca, de que você é a minha garota. Sempre foi e sempre será.

–Você sempre será o meu sonho. O meu objetivo de perfeição. Você sempre será o meu amor. - respondo, encarando-o.

–Eu gosto muito de você, Ally. Eu vou voltar por você. - diz ele, uma lágrima escapando.

–Eu sei disso. E eu gosto muito de você também.

Com isso, Austin retira algo de seu bolso traseiro e vejo sua aliança cintilar. Eu sorrio um pouco. A concha que eu havia lhe dado na praia ainda estava com ele. Ele retribui o sorriso e eu apenas o vejo desaparecer. Os rostos de Trish e Dez estão lançados na janela pequena do avião. Eu aceno, reprimindo as lágrimas, ainda.

–Eu amo vocês. - sussurro. Austin me dá um último olhar antes de adentrar o avião e eu aceno novamente, sorrindo.

Pela janela, encaro o avião partir céu aberto e desabo em lágrimas, absorta na dor de perdê-los pela segunda vez. Mas agora eu sei que voltarão. Eles voltarão por mim.

Austin

Os assentos estão todos ocupados. Conseguimos ficar juntos com apenas um homem desconhecido ao nosso lado.

Trocando de lugar com Trish, tenho tempo de ver Ally perder-se em um ponto pequeno.

Eu voltarei por ela. Não há quase nada que me prenda em Nova Iorque e será aliviante sair da pressão.

Nós iniciaríamos uma vida juntos.


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Notas finais do capítulo

Triste e muito dramático? Quase chorei escrevendo T.T mas não se preocupem, p próximo capítulo é muito mais alegre U.U



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