MARVEL: Legião Vermelha escrita por Beyond B Nat


Capítulo 33
Legião Vermelha


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por demorar tanto pra postar esse capítulo. Rolou muita coisa, tinha eu tendo que estudar pro ENEM (de novo!) e tive muito branco neste capítulo, sério, não vinha nada! Aí quanto mais eu demorava mais eu me sentia mal, porque sei bem como a galera abandona fic que demora pra atualizar aí isso estava me desmotivando um pouco aí mais branco vinha (ufa! falei de mais).

Bom, esse é o último capítulo da fic, ao menos o principal. Fora ele, farei alguns uns extras (pode ser um ou mais capítulos), para não deixar em branco algumas coisas que teriam importância pra segunda temporada que, bem, infelizmente não vai rolar, pois é bem provável que o reboot será transformando numa fic original. Isso se eu escrever.

Lamento pela fic não ter apresentado tudo que prometia, estive muito enrolada e isso já faz tempo..

Enfim, decidi escrever esse capítulo todo em 3ª pessoa, pois acho que ficaria meio ruim pra escrever mudando toda hora o ponto de vista narrativo.Apesar disso, espero que gostem.



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Nessa noite, Fisk fará uma festa na torre principal de sua empresa, será o momento perfeito. A segurança estará concentrada no evento, basta um pequeno descuido de Fisk, um único momento longe dos seguranças, ou numa área com um ou dois, e Antony poderia acabar com ele.

Uma pequena oportunidade era o que ele precisava, era isso que vinha em sua mente enquanto se aproximava da Torre Fisk. Devil estava sério e focado no que queria fazer. Aquilo que ocorreu com o seu pai era culpa do Rei do Crime. Mesmo que fazer isso fosse sua passagem só de ida para o inferno, havia em Antony um ódio, um desejo de acabar com o mal “pela raiz” para vingar a morte de seu pai e também impedir que alguém mais passasse pelo mesmo que ele passou.

Enquanto isso, no terraço de um prédio ao lado da Torre, Ben estava no local fazia poucas horas. Ele havia encomendado com os gêmeos uns drones com câmera e captação de áudio. O aparelho era do tamanho de um celular e bem silencioso, daria perfeitamente para usar isso e descobrir planos do Rei do Crime mais discretamente e com risco menor de ser detectado. Na festa haviam algumas pessoas importantes, principalmente ligados à política e outras empresas, sem dúvida havia chance de ocorrer uma reunião num momento oportuno e estes “falarem de negócios”.

Ben estava usando um tablet para controlar os drones e olhar suas câmeras, quando de repente ele percebeu um movimento no lado de fora do prédio.

— O que é isso?

Ele observa com atenção, era alguém que não dava para ver direito quem era, pois estava de máscara, mas esta o chamou levemente a atenção, era uma máscara com chifres sobre a testa. Ele lembrou levemente de uma gravura que estava no Clarim na notícia sobre a “Legião Vermelha” uns meses atrás. “Seria esse um daqueles caras?” Ben se questionou.

Ele posicionou um drone ainda de olho em Fisk, outro na pessoa que ele avistou e ficou observando ambos. Não parecia que a pessoa estava nos planos de Fisk ou que na realidade trabalhava pra ele, pois o Rei do Crime seria informado pela secretária ou algum segurança nesse momento.

O arqueiro viu o “demônio” entrando pela ventilação e o veio dúvidas do que devia fazer. Alguma coisa não o cheirava bem e por isso ele não poderia simplesmente ignorar aquele desconhecido entrando no prédio, seja lá por qual motivo.

Devil desceu pela saída de ar até onde ele reparou um corredor. Não havia som de passos nem nada que indicasse presença de alguém, então ele desceu e a partir daí seguiu tentando ver se achava o que procurava. Havia nele dúvidas se o seu plano daria certo ou não, mas não tinha mais volta.

Andando um pouco, ele acabou encontrando no fim de um corredor uma sala que aparentava ser um escritório. A esquerda uma prateleira de livros e um sofá e a direita algumas pintura, enquanto ao fundo, centralizado, estava uma mesa e uma enorme poltrona, fora a vista da cidade que poderia se ver através das enormes janelas. Provável que fosse o escritório de Fisk.

Antony escuta um som e se vira de imediato, daí acerta com sua arma algo que estava “voando” atrás dele. Ele vê um aparelho pequeno caído no chão, até que percebe entrando pela porta um cara usando um sobretudo vermelho com capuz e uma máscara de hockey sobre o rosto, fora o fato dele possuir um arco e um conjunto de flechas nas costas.

— Pera aí. Não vim lutar. - Ben fala numa voz calma com um gesto de rendição e encarando Devil. No fundo da sua mente ele via que a atitude seria “levemente” idiota.

— Quem é você?

—Costumam me chamar apenas de “Arqueiro”, por motivos óbvios. - Ben dá de ombros e indica o arco em suas costas - E você… Devil, correto?

— Sim. Por que está aqui? - Devil abaixa levemente a guarda, mas se mantém alerta.

— Não sei muito se é o mesmo que você, mas acho que não.

— Chute.

Antony não estava gostando da presença de Ben. Estava evidente a “enrolação” por trás do papo furado.

— Estou aqui para tentar arrumar meios de descobrir e acabar com os planos do Rei do Crime, mas os seus métodos aparentemente são outros.

— Eu estou aqui pra fazer isso.

— Não, não está.

Devil o encarou sério e não disse uma palavra.

— Você pretende matar Fisk, não é?

Mesmo tendo perguntado, Ben já sabia a resposta. Por mais que quisesse  o fim de Fisk, esse não era o jeito certo.

— Não posso permitir que faça isso. - o arqueiro falou dando um passo a frente.

Devil avançou na direção dele com a arma no formato de bastão e atacou com um movimento rápido, que Ben bloqueou rapidamente usando seu arco como apoio e logo em seguida o afastou. Antony avançou novamente e o arqueiro esquivou seu movimento e o deu um soco, do qual foi revidado pelo “demônio” com um chute que o jogou contra a prateleira de livros, deixando alguns caírem. Devil o atacou novamente e o Arqueiro o afastou o com um chute e logo em seguida pegou uma flecha especial de choque e atirou, porém Devil se esquivou, mas logo em seguida Ben avanço contra ele para golpeá-lo.

De repente, eles escutam um barulho vindo do vidro e quando olharam estava lá uma pessoa usando um moleton vermelho e “grudada” na janela e essa empurrou o vidro um pouco aí falou:

— Não quero atrapalhar a luta de vocês nem nada, mas vocês se tocaram que estão quebrando tudo no escritório do Rei do Crime, né? Tem uma porrada de seguranças vindo pra cá!

Antes que eles questionassem alguma coisa, entraram uns homens armados no local que começaram a atirar. Devil e Arqueiro desviaram, avançaram contra os seguranças que chegaram e enquanto aparecia mais deles, Latro entrou na luta derrubando alguns homens e “cegando-os” com suas teias.

— Avistou quantos chegando? - Ben perguntou enquanto dava uma cotovelada em um segurança, o batendo na parede.

— Não contei, só vi bastante. Se abaixa!

Ben se abaixou e Jenny jogou uma teia no rosto de um segurança, assim Arqueiro o dá uma rasteira o derrubando no chão.

— Vamos sair daqui!

Devil deu um soco nocauteando um dos seguranças e quando notou os outros heróis saindo, ele lutou para sair de lá com eles também.

Eles lutaram contra uns seguranças no caminho do corredor, até chegar num trecho com mais tranquilo, onde era possível ver a entrada para as escadas.

— Vamos ir lá pra cima! - Latro falou - É o único jeito que dá pra sair!

Eles foram para lá e deram de cara com um segurança, mas Ben o deu um soco e os outros logo em seguida foram para as escadas. Enquanto corriam em direção ao terraço, Arqueiro e Latro quase não notaram Devil ir pro lado oposto. Mesmo numa situação dessa, ele ainda queria arriscar tentar matar o Rei do Crime.

— Ah, não vai não!

Assim que Devil estava quase abaixo deles, Arqueiro atirou uma flecha para prendê-lo com umas cordas, mas o demônio conseguiu desviar, só não previu Latro ter atirado também, aí acabou enrolado nas teias sintética, enquanto ela segurava uma das pontas.

— VEM LOGO PORRA!

De repente uns seguranças, com armamento mais pesado que os quais os flagraram no escritório, entraram na área das escadarias e Devil aproveitou o apoio da corda para balançar e dar um chute num segurança que estava a frente dele, mas isso quase não deu certo. Latro foi pega de surpresa com essa e quase seria puxada junto se Arqueiro não tivesse a segurado por reflexo.

— Suba logo! - Arqueiro gritou - O número deles só vai aumentar, o único jeito de cairmos fora INTEIROS é por cima!

Antony suspira, não teria outro jeito, então voltou a subir com os outros enquanto alguns seguranças continuavam atrás deles.

Eles chegaram no terraço, em poucos minutos os seguranças os alcançariam, então precisavam pensar rápido em como sair de lá. Ben com um canivete cortou a teia de Devil e depois pegou um dos seus equipamentos e prendeu um dispositivo de pressão na lateral do prédio e atirou com sua flecha junto de um cabo e essa ficou presa no prédio ao lado.

— Esse cabo pode aguentar a gente - ele diz enquanto pega a tirolesa - apenas não sei se…

— Vão vocês dois, eu tenho o meu jeito!

Jenny fez um impulso e se jogou do prédio, logo em seguida, no ar, ela jogou uma teia e balançou em direção ao prédio logo a frente.

“Esse garoto é suicida…” Ben pensou enquanto encaixava seu equipamento no cabo e assim desceu, e Devil logo atrás dele. Assim que saíram, alguns seguranças tentaram atirar neles e erraram, Ben soltou o cabo, daí eles fugiram através de prédios vizinhos para sumir de vista. Finalmente eles se encontraram numa situação mais “tranquila”.

— Que bom, nos safamos. - Latro falou com alívio.

— É… - Ben concordou

— Vocês não deviam ter se metido!

“Lá vem…” Jenny pensou. Ela conseguiu perceber parte da treta antes de avisá-los que os seguranças estavam vindo.

— Você que teve uma atitude idiota! - Ben retrucou

— Eu poderia acabar com ele!

— Acabar com ele?! Mesmo se eu não tivesse feito nada, os seguranças iriam te notar! Que babaca pensaria em invadir aquele prédio e achar que ficaria tudo bem?!

— E você invadiu!

— Pra te impedir de fazer merda! Não importa o motivo que você tenha pra matar o Rei do Crime, NADA o que você fizer vai desfazer o que ele fez ou seja lá o que for que tenha acontecido!

Latro ficou no “só observo” com os dois discutindo, de repente, ela escutou o barulho alto de sirene de caminhão de bombeiros e foi dar uma olhada. Do prédio onde estavam, dava para ver uma luz amarelada de incêndio. Os outros dois nem notaram o que tá rolando e continuavam discutindo.

— Oh “madames”, dá pra parar de brigar?! Tem um incêndio acontecendo aqui perto!

— Quê?

— O quê?

— Vocês eu não sei, mas EU que não vou ficar aqui vendo vocês dois fazendo xilique!

Jenny se vira e salta com suas teias em direção à área de incêndio. Ben e Antony se encaram e ambos decidem ir também.

Eles se deslocaram indo de prédio em prédio até chegar em um logo ao lado do prédio em chamas, onde Latro parou. Podia-se ver os bombeiros tentando apagar o incêndio, mas o fogo estava muito forte e havia pessoas tentando sair do local ainda.

“Esse fogo vai se espalhar rápido se os bombeiros não apagarem a tempo…” Ben pensou.

— Decidiram aparecer, é? - Latro falou - Não acho que todo mundo conseguiu sair…

— Você também, se entrar sozinho. - disse Ben.

— Eu sei me virar.

Latro fez um impulso e saltou pra uma parte do prédio que ainda não estava pegando fogo e entrou por uma janela. Arqueiro e Devil também entraram e os três andaram pelo prédio tentando encontrar alguém.

Antony, no meio do estalar de coisas queimando, ouviu o som de um choro e um pedido de ajuda, então correu para a porta de um apartamento, que estava obstruído por parte da estrutura que cedeu.

— Tem alguém aí dentro!

— Se afasta!

Ben soltou uma flecha com uma explosão fraca, que destruiu parte do bloqueio pra facilitar a entrada.

— Vou pegar a criança que está aqui! - Antony falou - tem alguém no andar logo acima!

— Como sabe disso?!

— Melhor não questionar, vai logo! Dou cobertura aqui! - Ben falou ficando entre a porta do apartamento e a escada, então Jenny decide subir.

A porta no andar de cima estava trancada e Jenny tentou derrubar com um chute, sem sucesso. “Por que não tenho super força?!” Ela deu uns passos para trás e tentou arrombar lançando o próprio peso contra a porta.

No andar de baixo, Antony andou um pouco no meio do fogo e descobriu que a criança estava escondida num armário. Era um garoto de cinco anos e estava assustado.

— Ei, calma, vou te tirar daqui.

A criança estava com muito medo e ainda chorando, mas ele conseguiu pegá-lo e o segurou no colo enquanto saia do apartamento.

— Cadê o outro?!

— Ainda tá lá em cima!

Dava pra ouvir um estalo bem alto. O prédio estava perto de ceder.

No andar de cima, Jenny havia conseguido entrar no apartamento e a pessoa que estava presa lá estava perto, porém, uma viga caiu sobre a perna desta e ela não estava conseguindo tirar.

— Me ajuda, por favor!

— Estou tentando, calma! - Gritou Jenny, enquanto tentava fazer força numa tábua que estava usando como apoio para subir a viga.

Ela não teria força suficiente sozinha.

Devil e Arqueiro chegaram lá e assim que viram a situação se aproximaram para ajudar. Com o apoio dos três houve espaço suficiente para a moça sair de baixo da viga, apesar de ter torcido o tornozelo com o ocorrido.

— Se apoie em mim - Ben falou com a moça e logo em seguida disse pros outros - E alguém pegue o garoto, precisamos sair, rápido!

— O prédio está caindo aos pedaços, vai tudo desabar antes de chegarmos lá em baixo!

— Não se cortamos caminho!

Latro foi para uma janela próxima, que dava pro prédio ao lado. Ela jogou umas teias formando uma rede ligada aos dois prédios.

Jenny pediu pra criança ficar em suas costas e os outros ajudaram a moça a ir pra rede. Na rua umas pessoas notaram a ação deles e os bombeiros assim que viram fizeram um apoio para eles descerem e todos conseguiram sair.

— Beleza, em, macaco-aranha. - Latro falou tirando o garoto das suas costas.

Houve ajuda com a moça que eles ajudaram e os pais do menino apareceram aliviados. No trio havia uma sessão boa por terem conseguido salvar essas pessoas.

De repente, era possível ouvir outro som de sirene, dessa vez da polícia.

— Melhor darmos o fora, se for pela invasão da Torre Fisk, estamos ferrados.

— Concordo. - Devil e Latro disseram ao mesmo tempo.

Eles correram para um beco próximo e subiram pela escada de incêndio até o topo do prédio. Dava pra ver um pouco a movimentação na área do prédio incendiado, mas um pouco distante.

— Que bom que conseguimos ajudá-los… - Devil falou.

— É, mesmo você querendo fazer coisa errada antes. - Ben ironizou.

Antony apenas suspirou.

— Hum, você foi um herói, apesar de tudo, nós três, na verdade. - Latro falou

— Pelo o que eu saiba, heróis fazem a coisa certa e ajudam as pessoas. Você deveria fazer isso. - Ben complementou.

Veio em Antony uma lembrança de seu pai. Ele foi um herói, sempre tentou fazer o certo e se sacrificou por Antony. A morte dele diante de seus olhos era dolorosa, mas, Devil devia admitir, se vingar com a morte não vai mudar o fato de seu pai estar morto e não seria algo que Matt gostaria de ver “do outro lado”.

— É… Devo concordar com vocês. Mas então, como o Rei do Crime seria parado?

De repente Antony percebeu seu celular vibrando e ele deu uma olhada. Era Leon e dava pra ver notificação de n ligações anteriores dele.

— Um minuto…

Ele recuou um pouco e mesmo assim dava pra ouvir Leon gritando no celular:

= Antony, eu vou arrebentar sua cara seu filho da puta!!

— Calma aí…

= “Calma aí” o caralho!! Eu falo contigo, tento te convencer a deixar pra lá e você mesmo assim vai atrás do Rei do Crime, porra! Vou pegar sua cara e arrastar no asfalto e depois de arrancar seu couro vou tacar sal!!

Era possível ver que dava pros outros ouvir, pois Latro quase riu da ameaça.

— Já acabou?

= Vá pro QG, agora! E aproveita e vá com o “garoto-aranha” e o arqueiro também! Sei que eles estão com você!

— Quê?!

= Eu disse agora!!

Leon desligou antes que Antony desse resposta. Só deu pra Devil pensar “Depois sou eu quem perdeu o juízo…”

— Seu nome é Antony?

— Deu pra ouvir, né… Nem sei pra que tenho que levar vocês pra lá, mas deve ser algo sério.

“Apesar de tudo, isso tá muito estranho.” Devil pensou.

— Ok, você indica o caminho. - Ben falou dando de ombros.

Antony concorda com a cabeças e eles seguiram por alguns minutos o caminho para o prédio abandonado onde Antony e Leon costumam treinar e entram no local pela escada de incêndio. O gerador estava ligado e dava pra ver a luz fraca do local, mas Leon não estava à vista.

— Cara, você tá aí?

— Esse é o tal lugar? - Latro questionou.

— É só “coisa nossa”, digamos assim. Nem entendo por que ele chamou nós três e nem como saberia que vocês estavam comigo no momento.

De repente o computador que estava no local ligou sozinho, e uma voz disfarçada falou por ele, enquanto no monitor era mostrada a tela toda vermelha com uma interrogação branca.

— Lamento por levá-los numa situação “suspeita”, mas eu precisava de um jeito de falar com os três juntos.

Eles encararam a tela confusos.

— Quem é você?! E como acessou esse computador?!

— Da mesma forma que peguei trechos do seu correio de voz para convencê-lo a vir pra cá. Não é muito “difícil”, digamos assim. Mas boa parte do dito é original, seu amigo está bem irritado. E vocês podem me chamar de Anônimo, é como me conhecem.

— O que escreve informações da existência dos heróis num site escondido na Deepy Web. - Latro falou. Ela lembra bem que ele de algum jeito conseguiu contactá-la pelo seu computador.

— Sim, e já tivemos um leve contato, Latro.

— E qual é seu objetivo em falar com a gente? Por que nos trouxe aqui? - Ben questionou.

— A quase duas décadas atrás, existiam pessoas como vocês, heróis, que lutavam pelas pessoas e simplesmente pelos desentendimentos entre humanos e “supers” houve uma guerra que terminou com a derrota dos super poderosos e com existência deles apagada. Acredito que apagar o passado está errado, o mundo não pode simplesmente esquecer os heróis, o mundo precisa deles. Sei que vocês enxergam isso, da própria forma, e entraram nisso cada um pelos seus próprios motivos. Vocês se tornaram heróis separados, cada um por si, mesmo assim, acredito que vocês podem agir bem juntos.

— Então era pra isso que quis trazer a gente aqui? Juntar a “Legião Vermelha”.

— Bom, isso é só uma parte. Através de uns contatos, tenho tentado conseguir informações. Deduzo que vocês saibam sobre As Cartas, o grupo de mercenários que atacou vocês. Informações sobre eles vazaram na rede e, basicamente, todos estão mortos, incluindo a lider deles, a Cartomante.

— Quê?! Mortos? - Latro ficou surpresa. Pro Devil e o Arqueiro não era novidade alguns deles estarem mortos, mas não sabiam que isso se aplicava a todos.

— Sim, parece que o Rei do Crime, o contratante principal, estava com um risco em relação a eles, ou tinha um plano maior, daí se livrou usando vocês como isca e resultou num caos que os desmoronou de dentro pra fora, com informações sobre as Cartas vazadas, talvez isso possa ser uma desvantagem para eles. Ainda não sei o objetivo dessa ação, mas essas são as informações que consegui.

— Desestabilizar o inimigo de dentro pra fora…. Isso é um método típico do Estrategista. Então foi por isso que Fisk o contratou.

— Sim. E tem outro ponto…

Anônimo mostrou na tela um noticiário que estava acontecendo no momento, era referente à invasão deles. Fisk estava sendo entrevistado pelos repórteres e ele se dizia preocupado com a situação e falava que esses caras da “Legião” não passavam de um grupo querendo desordem, além de que estava obviamente dando uma de bom moço.

— Filho da puta.

— Estávamos o causando problemas e ele queria nos queimar e caímos nessa direitinho. - Latro falou.

— Vocês são um pequeno obstáculo, ele sabe os problemas que os heróis podem causar. E, devo dizer, separados, poderá ser fácil ele tentar outro método e se livrar de vocês um por um, mas juntos as chances dele caem drasticamente.

— Faz sentido.

— Acredito na força que possuem. A união da Legião, claro, é escolha vocês, mas Nova York precisa de heróis, e vocês agora são o que a cidade tem.

Os jovens se entre olharam. De certa forma, Anônimo estava certo, se eles não fizessem nada, quem faria?

— Bom, Voltarei a fazer contato em breve. Até mais, heróis.

O computador se desligou e os heróis ficam quietos por alguns segundos.

— Então… O que acham disso?

— De nos tornarmos um time? Francamente, pra mim não custa nada, desde que vocês dois não tentem se matar. - Ben deu de ombros.

— Circulo pela cidade me balançando, isso já é quase suicida. Até que a gente trabalhou bem no incêndio, acho que a gente poderia tentar. E somos um “probleminha” pro Rei do Crime, acho que ele não terá a menor chance com a gente junto.

— Devo concordar. - Antony falou.

— Então, somos um time? - Latro estendeu a mão com o punho fechado, então os outros concordaram com a cabeça e encostaram no dela em punho também. - Bom, tenho que ir agora, até mais.

— Até. - eles falaram juntos enquanto Latro seguia pra janela.

— Você questionou como o Rei do Crime seria derrotado sem ser morto. - Ben disse sério pro Devil - Ele pode se for provado os crimes dele e ele ser preso.

— Mas ele é alguém influente.

— Outros vilões já foram, mas caíram.

Antony dá de ombros, meio que concordando.

— Bem, vou embora. A gente se vê por aí.

— Beleza.

Após Ben ir embora, Antony ficou sozinho no QG, pensativo. Ele teria umas coisas para pensar em relação com o que ocorreu nessa noite.

***

O computador teve o monitor desligado, mas não queria dizer que “O Anônimo” não estava observando a conversa dos heróis.

— Eu disse que eles aceitariam, não disse?

— É, foi além do que eu esperava. E você falou bem.

— Ela e os garotos possuem uma ousadia. Mesmo o nosso site sendo parte da motivação, eles têm o senso de justiça, talvez um pouco quanto os heróis que existiriam.

— Sim, apesar de não terem super poderes.

— Você também não tem, mesmo assim acabava com vilões de centenas de metros com sua tecnologia.  

— Que seja.

— Bom, apenas o tempo dirá como as coisas vão andar de agora em diante. Por hora, ainda temos coisas para descobrir. O governo está planejando algo e o nosso “contato” não nos dá sinal desde o incidente na base subterrânea.  

Os outros concordaram com a cabeça.

***

No dia seguinte, Jenny foi na casa de Mike e o contou o que aconteceu na noite anterior. Ele ficou bem surpreso.

— Vocês três de uma vez no mesmo lugar e ainda esse contato do Anônimo?! Que loucura!

“Isso foi um golpe do destino! (o_o)”

— Sem dúvida, foi bem louco!

— E vocês agora são um time mesmo? Lamentável, Jenny… E você dizendo que prefere trabalhar sozinha…

— Fazer o que, né? Ha ha!

“A gente quer ajudar e ela não colabora! <(e_é<)”

“Cala a boca, Joker!”

Joker não parava de falar na cabeça de Mike, ao menos ele estava conseguindo bem “conversar” com ele sem chamar atenção.

— Estou um tanto curiosa de o que poderá rolar com isso. Pode ser interessante.

— É isso que pensei, he. Hum… E das Cartas estarem mortas… Eu meio que já tava sabendo, sei lá, sentia isso.

— Sério?

— Sim, é meio louco, pode ser de ligação que Cartas têm, vai saber. Isso dos poderes é meio loucura e pra mim ainda é estranho. Bom, de qualquer jeito, mesmo tendo dois caras pra cuidar de você, pode contar comigo se precisar.

— Ha! Eu que vou cuidar deles.

— Se acha, em…

— Ha ha ha!

De repente o celular de Jenny fez um toque de mensagem e ela deu uma olhada, ao ler o que recebera, ela fez um olhar confuso.

— O que foi?

***

Após uma longa bronca de Leon na noite anterior, pois Antony aproveitou que estava lá para chamá-lo pro QG e explicar tudo, as coisas se acalmaram um pouco, apesar de Leon ter ficado bem irritado, não só por Antony ter tentado matar o Rei do Crime como também por ele ter trazido pessoas “de fora” pro QG, mesmo ele explicando que achava que era o Leon que tinha dito isso antes do Anônimo se revelar.

Eles aproveitaram que era fim de semana para treinar, e após uma série de treinos eles pararam para descansar.

— E ai? Depois de me ameaçar de morte, você tá de boa depois de ontem?

— Vou ficar. Você foi um idiota.

— Eu sei que fui.

— E como você tá?

— Ainda estou com raiva do Rei do Crime, mas não vou tentar matá-lo de novo. Se é para ele pagar pelos seus crimes, vai ser atrás das grades.

— Aí sim! Finalmente um pouco de juízo na sua cabeça!

— He he! De qualquer forma… Tem várias vezes que penso que eu poderia ter evitado a morte de meu pai. Ele se sacrificou por minha causa e viver com isso é difícil.

— Você vai superar.

Antony concorda com a cabeça. Depois de uns segundos de silêncio, Leon puxou assunto:

— E aqueles caras vão passar por aqui de novo?

— Talvez, não temos outro ponto em comum pra se encontrar. E quase não caiu bem a ficha de “oficialmente” sermos um time agora.

— Ótimo, aproveito pra te fazer passar vergonha.

— Sério?!

— Você que entregou o localização do NOSSO GQ, agora me ature.

Antony dá um soco no braço de Leon e ele ri e o outro acaba soltando um leve riso também. O celular de Antony tocou, ao ver o que era, ele achou bem estranho.

***

Ben teve um leve trabalho para recuperar sua moto após os heróis terem sido descobertos e ainda tinha um trabalho da faculdade para fazer que simplesmente havia esquecido a data de entrega. Depois de quebrar um pouco a cabeça com isso, analisou as gravações que conseguiu com os drones. Ele pode ter entrado no prédio para impedir Devil de fazer besteira, mas deixou uma das câmeras de olho em Fisk.

Ele pegou imagens das pessoas que “trocaram ideias” com Fisk, muitas pessoas importantes, empresários e políticos. Fazer ligação para saber os que têm ligação com esquemas criminosos seria complicado.

Ben não sabia 100% o que deveria fazer para conseguir provar de que Fisk era do Rei do Crime e os esquemas dos quais o empresário estava envolvido. Por hora, ele só poderia “ser uma pedra no sapato dele”.

O arqueiro nem tinha total certeza se estava no caminho que queria fazendo isso. É bom dar uma de herói e ajudar as pessoas, mas não se pode ajudar todo mundo e alguma hora a vida dele pode ficar em xeque.

“Talvez eu seja tão idiota quanto aqueles garotos…” Ele pensou.

De repente seu celular apitou, era uma mensagem de texto, porém, o número não era identificado. Ele checou desconfiado e a mensagem dizia “Tem uma encomenda pra você”.

— Quê?

Ben ao olhar pela porta de seu apartamente, viu uma caixa, olhou em volta e não havia ninguém, ele a pegou e com um canivete a abriu com cuidado. Dentro da caixa havia uma espécie de comunicador, um tanto menor que um celular atual e apenas um papel com uma interrogação no verso escrito “Faça bom uso.”

— Anônimo…

Ele riu de leve, pois entendeu de cara a situação. De fato a Legião Vermelha era um time agora e esse era um método providenciado pelo anônimo para os heróis manterem contato.

De repente, o comunicador apitou e ele atendeu:

ANÔNIMO: Olá, Legião, vejo que encontraram os comunicadores.

LATRO: Ideia interessante, mas inesperada.

DEVIL: Porque está nos ligando?

ANÔNIMO: Está ocorrendo um incidente nas proximidades do Central Park, parece ser uma perseguição policial.

ARQUEIRO: E quer que a gente vá lá?

ANÔNIMO: Sim.

ARQUEIRO: Já fui!

LATRO: Ha! Vou chegar primeiro!

DEVIL: Ei! Não me deixem de fora!

Cada um dos heróis saíram para a “missão”. Esse é o começo da volta da era do heróis, o ressurgimento da esperança em meio ao caos. Cada um pode ter seus motivos para seguir esse caminho, mas ser heróis é o que eles têm em comum.

Essa é a Legião Vermelha.


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Notas finais do capítulo

Foram muitos dias escrevendo esse capítulo e dou graças a Deus por ter terminado X’D Não sei se no fim das contas foi bom ou não, mas espero que tenham gostado e, bom, talvez nos “veremos” em breve.

Até mais o/

(*eu escrevendo a cena sobre o Anônimo: Só escreve e sai correndo, kkkk)



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