"Caiam diante dos meus pés, doces homens ingênuos..."

(Rainha de Ouros)

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Rainha de Ouros

Ai, ai... Nunca me canso de usar esse meu dom pra seduzir os pobre e indefesos homens... O escolhido dessa vez, sobre as ordens d'A Cartomante, claro, é Ben Carter. Ele é um gato, mesmo se não fosse por meras ordens e sim o tivesse encontrado por acaso nesse bar, eu o seduziria de qualquer jeito, hu hu.

Ele estava no balcão tomando uma bebida, então sentei-me no banco ao seu lado. Quase que imediatamente ele olhou por um segundo pra mim, hu hu. Até mesmo os que não querem nada acabam sedendo por coisas pequenas que faço.

Fui sutil, porém provocante. Fiz pequenos gestos que chamaria a atenção de qualquer homem. Pedi uma bebida e enquanto esperava enrolava uma mecha dos meus longos cabelos vermelhos, mordia levemente meus lábios inferiores e me inclinava no balcão algumas vezes vendo se o barman estava chegando. Algo aparentemente simples, mas vindo de mim é algo bem sexy, tanto que quase nunca dá pra deixar de chamar a atenção.

Barman: Desculpe-me pela demora, senhorita.

Alison (Rainha): Tudo bem. Mas seria melhor o senhor deixar a garrafa aqui por garantia. Não há problemas quanto a isso, ai-je raison*? (*estou certa?)

Barman: Sim, não há problema algum.

Dessa vez ele olhou para mim novamente. Não adiante disfarçar ♥ , hu hu.

Alison: Não pude deixar de notar que olhou para mim - dirigi-me a ele quando o barman foi embora - E não foi a primeira vez.

Ben: Me desculpe por isso.

Alison: Não me incomodei, huhu. Chama-me Alison, e você?

Ben: Ben. Hum... Seu sotaque... É francesa, não é?

Alison: Oui*! (*sim!)

Ben: Como suspeitei... Tive uns amigos franceses quando morava na Inglaterra.

Alison: Sério?! Morou na Inglaterra?

Perfeito, já começou a dizer coisas pessoais. Consigo tudo tão fácil ♥

Ficamos conversando por um tempo. Num momento oportuno, bem longe do álcool da bebida que eu estava tomando fazer efeito, comecei a agir como se estivesse levemente bêbada. Não há como adivinhar a tolerância alcoólica de uma pessoa mal a conhecendo, então, se fingir bem, dá pra fazer acreditar de que seja baixa. Os homens são safados, uns podem apenas ajudar por gentileza, mas outro ajudam mesmo pra aproveitar a oportunidade e ir pra cama com a mulher.

Alison: Hum... Me desculpe por isso, tou me sentindo um pouco tonta... - falei aparentando estar mal pela falta de jeito.

Ben: É melhor você pegar um táxi.

Táxi? Sério? Ora, não tente fugir da oportunidade, sei que você quer. Tudo bem, posso continuar a usar minha estratégia. Nossa, mas como ele está sendo lento...

Aceitei a ideia e nos dirigimos à saída do bar. Ao menos ele foi gentil em pagar a minha bebida, mas pra mim não faria diferença de qualquer forma. Assim que o taxista chegou, continuei a fingir que estava “drog” e me enrolei para informar o endereço de onde eu morava, simplesmente como se estivesse com dificuldade para raciocinar e ao menos lembrar o endereço.

Finalmente ele disse:

Ben: Senhor, pode esquecer – falou ele pro taxista, depois dirigiu-se a mim - Posso te levar à minha casa para passar uma noite, tudo bem?

Alison: Ah, és tão gentil. – Eis aí ele caindo facilmente.

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Ben

A levei na minha moto, dei um capacete a ela e fomos direto em direção a prédio onde moro. Tive um pouco de receio de ela cair da moto por estar bêbada (ia dar merda!), mas ainda bem que não aconteceu nada e ela me segurou firme.

Meu apartamento é de um tamanho suficiente para um cara que mora sozinho, mas tem um quarto extra, já que alguns colegas da faculdade acabam vez ou outra passando a noite lá, pra estudar, ficar de bobeira e etc. Bem que faz uns dias que ninguém passa ali, mas dane-se...

Abri a porta pra Alison para que ela entrasse, então disse:

Ben: Se estiver se sentindo cansada, o quarto de hospedes é o primeiro à direita no corredor. Pode ir lá, tenho que arrumar umas coisas.

Ela sorriu pra mim e logo em seguida seguiu pra lá. Sorte que o que tenho do “Arqueiro” só é acessível pelo meu quarto, se não fudeu uma mulher que mal conheci saber quem eu sou, não é? Segui pro meu quarto e apenas verifiquei como as coisas estavam. Onde estava os meus arcos e minhas flechas, tudo ok, o meu computador que uso pra acessar a 4ª camada*, também ok. Certo, parece que tudo está tranquilo no momento.

Andei para o quarto de hóspedes pra ver como ela estava e ela me surpreendeu. De repente, quando vi, ela estava apenas de lanjerie e roçando os seios em meu corpo e quase me encostando na parede. (admito: me pegou de surpresa!)

Ben: O q—

Alison: Ah... Tava me sentindo tão carente... Você conseguiu melhorar a minha noite. Que tal eu melhorar a sua, humm? Tenho certeza de que está louco pra curtir um pouco.

Atá... Já entendi. (Anônimo+Autora: CRIANÇAS! SAIAM DA SALA!!!)

Então ela me beijou e retribuí... (N.A.: Não vou detalhar, se não vou ter que subir a classificação da fic pra 18+, mesmo se essa for a única cena mais “picante”).

Estão estava eu sobre ela na cama, quando de repente percebi um movimento, então me esquivei e coloquei as algemas que estavam em sua mão nela e na cabeceira da cama, além de evitar o punhal que, provavelmente, ela deve ter colocado em baixo do travesseiro antes de eu entrar no quarto. Sim, percebi isso.

Alison: Quê?! Mas como você... Me solta!

Ben: Até parece. – Falei me levantando e logo em seguida indo pegar minha calça de volta. Se eu não tivesse percebido o movimento em falso dela, teria sido apunhalado com certeza. – Quem é você? Por que tentou me ferir e, possivelmente, me matar?

Alison: Minha boca é um túmulo. Vai ter que me dar um “pedacinho” de você para TALVEZ eu falar alguma coisa. Ou algo mais “interessante”, se preferir.

Ben: Não tente me provocar.

Alison: Como pode resistir aos meus encantos assim, seu maldito! Nenhum homem resiste a mim! Nenhum! A menos que você seja....... VOCÊ É GAY?!

Ben: E se for? – falei erguendo a sobrancelha.

Depois de alguns segundos dela com cara de choque soltei um leve riso e disse que estava brincando (Nat: Troll =P).

Ben: A questão só é que não sinto atração sexual por ninguém. Nem mulher nem homem, só isso (sou indiferente). Além disso, até parece que eu cairia fácil nessa de uma mulher que mal conheci num bar querer transar comigo do nada. Só se fosse armação ou uma prostituta desesperada por dinheiro.

Alison: Seu pedaço de merda...

Ben: Agora responda minhas perguntas.

Alison: Sou a Rainha de Ouros e você é quem chamam de Arqueiro. Isso significa algo pra você?

Ben: Uma Carta, hum... Vocês são um grupo de mercenários meio difíceis de achar informação ou contratar pela Deepy Web, teria que ter contato com alguém que já chegou a contratar vocês ou que tenha contato com um de vocês. Quem os contratou quer “a minha cabeça”.

Alison: És bem informado.

Ben: O suficiente pra suspeitar que o Rei do Crime está por trás disso. Estou certo?

Alison: Bingo.

Ben: Me diga tudo que você sabe sobre as cartas e o que o Rei do Crime pretende.

Alison: Ha ha ha! Acha que isso vai adiantar?

O que ela queria dizer?

Alison: Você perdeu no minuto que me deixou sozinha.

Ela mostrou o anel que estava em seu dedo. Aquela coisa estava piscando... Merda!

Narrador on

Num momento que estava dirigindo pela rua, indo em direção a sua casa, de repente o velho senhor ouviu um grande estrondo, como se fosse uma explosão. Mal podia se acreditar... Ao sair do veículo para tentar descobrir de onde vinha o som, mesmo estando a noite era possível avistar uma fumaça.

Narrador off

Rei de Paus

Já estava perto de eu me frustrar por jogar pela terceira vez com aquele garoto (e mesmo por pouco, perder) devo admitir, esse garoto é um prodígio, mesmo assim... De repente senti algo que chamou minha atenção, na verdade, a falta de algo que era pra eu estar sentindo.

Yuzo: King? É sua vez. Oi....

Rei: Cartomante!

Cartomante: O que foi?

Rei: A Rainha...

Valete (acabando de chegar): O que tem a Rainha?

Rei: Não consigo mais senti-la.

Valete: Como assim?!

Cartomante: Que trágico... Ela deve ter usado aquela medida... Bem, mas se ela usou não tinha mais jeito, mas, de qualquer modo, não tem como ela errar nisso já que existe apenas uma chance, obviamente.

Yuzo: Estou boiando...

Rei: Quando a missão é de assassinato, caso os encantos da Dama não funcionem, ela tem como última alternativa explodir todas as bombas que ela espalha pela casa do alvo quando surge oportunidade.

Yuzo: E se não der pra espalhar? A bolsa dela explode?

Rei: Sim.

Yuzo: Vixi...

Valete: Precisa contar tudo sobre nós para esse moleque?!

Cartomante: Não há por que se irritar, Valete. Yuzo me é um conhecido a um bom tempo.

Valete: Tá. E o Ás?

Rei: Está bem. E pelo o que parece ele está voltando pra cá.

Valete: Menos mal.