Com a minha chegada, Bruce pediu alguns dias de folga para Pepper, que não se opôs ao pedido. Estava animada com minha nova vida, e Bruce também parecia estar animado com a nova vida como pai.

Em seus dias de folga, fomos visitar alguns apartamentos para alugar, mas não gostei de nenhum. Nenhum deles tinha aquela atmosfera de aconchego que o apartamento do Bruce tinha. Com algum esforço consegui convencê-lo a continuar naquele apartamento, então apenas compramos um sofá-cama para colocar na sala, e concordamos em alternar os dias de quem dorme na cama.

Já no quesito educação, Bruce usou a carta “Sou pai e eu mando”, e escolheu a escola que vou começar a frequentar na próxima semana sozinho. Ele escolheu uma escola particular localizada perto da Torre Stark onde ele trabalha para podermos ir e voltar juntos para casa.

Devo admitir, estava adorando ter um pai.

Ter alguém para me proteger, me amar, e até discutir às vezes. Não que a Tia Jen não fizesse essas coisas, mas não é igual. Tia Jen me protegia, mas adorava conversar sobre meninos, me ajudava a escolher roupas, me encorajava a sair à noite, coisa que meu pai não sabe lidar muito bem, primeiramente porque ele é homem, e nunca vai chegar para mim e perguntar: “Ele beija bem?”, ou soltar “Ele tem uma bunda linda” que nem Tia Jen fazia. Mas adoro acordar de manhã e ter um pai que quando eu acordo de manhã tem panquecas prontas para o café da manhã, que ganha de mim em Scrabble sem roubar, que fica com ciúmes toda vez que um menino olha na minha direção, com quem consigo falar de coisas que somente ele entende.

Ainda estamos nos conhecendo, indo com calma, mas posso dizer com certeza que estou feliz, apesar de tudo, e não pretendo deixar nada nem ninguém estragar a vida que eu tenho agora.