Só podia ser você! escrita por Malia Marescotti


Capítulo 23
Incompetência


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Tudo bem com vocês? Eu quero agradecer com mil e um beijos a quem tem comentado, vocês são incríveis! Aos leitores fantasma eu volto a dizer: comentários motivam o escritor... sabiam?
Antes de deixa-los ler eu quero perguntar: Quem já tem O Sangue do Olimpo??? Eu tenho!!! o/
Boa leitura!



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POV Annabeth

Já se passaram alguns minutos desde que acordei nesse lugar, é frio e mal iluminado, parece um galpão abandonado. Meus pulsos estão doendo por estarem amarrados com força na cadeira, assim como os meus pés.

Eu estou indefesa e não sei o que fazer, não consigo me mexer. Não estou usando meu vestido, apenas a roupa que usei para dançar no baile. Pelos deuses... o baile! Quanto tempo será que fiquei apagada? Será que as meninas estão bem?

Escuto passos se aproximando de mim por trás, mas não posso virar a minha cabeça que está latejando. Se eu estou aqui por causa do que consigo me lembrar, a pessoa atrás de mim é...

— Que bom que está acordada. — disse Luke parando na minha frente. — Fiquei entediado por um bom tempo, mas você dormindo até que foi uma atração e tanto. — ele passa a mão na minha face e eu tento evitar seus toques.

— Não encoste em mim. — eu digo com uma voz feroz, considerando que estou amarrada em uma cadeira, usando uma roupa muito curta e apertada, além de estar com as pernas abertas.

— Por que não Annabeth? — Luke desce sua mão até pará-la na minha coxa. — Se você não lutar eu prometo que não irei te machucar.

— Não. Encosta. Em. Mim. — meu coração está batendo rápido. Quando Luke sobe sua mão e aperta meu seio direito com força eu me contraio de dor.

— Esqueça o merda do seu namorado, ele não tem nem metade do talento que eu tenho! — ele olha para mim (na verdade ele não está me olhando, ele está me comendo com os olhos, como se ele tivesse visão de Raio-X ou algo do tipo) malicioso e aperta meu seio esquerdo com menos força.

— Como você sabe disso? Além do que, não é ele quem está me obrigando a transar por causa de uma vingança idiota.

— Eu não estou fazendo isso por causa da vingança. Eu estou tendo todo esse trabalho, porque eu quero você. Ele te roubou de mim, nós estávamos namorando, porra! — ele parece estar com raiva, mas está tentando controlar. Meu corpo todo treme, estou com frio e medo de que o Luke tente alguma coisa a mais comigo. — Eu quero o seu corpo desde o momento em que eu te vi na livraria. Castigar Percy com o que eu quero é só um bônus.

Castellan segura meu rosto com as mãos e se abaixa para me beijar. Eu mantenho a boca fechada, mas ele força muito e consegue colocar sua língua para dentro. Estou sentindo como se tivesse traindo Percy. Mesmo que eu não queira o beijo, estou incapacitada de afastá-lo e o peso está sobre minhas costas. Ai me vem uma idéia: eu mordo a língua dele.

— Ai sua vadia. — ele me agride com um tapa no rosto. Minha bochecha esquerda está formigando, lágrimas embaraçam a minha visão, mas não as deixo escapar. — Você me mordeu. Já que não vai ser por bem, vai ser por mau. — Luke apanha do chão uma fita isolante cinza bem grossa e coloca na minha boca com agressividade. — Odeio privá-la de sua boca, mas ela é muito perigosa.

A fita isolante é mandada para longe e o som que ela produz quando acerta o chão é muito alto e causa eco. Luke pede uma tesoura e um homem de preto o atende em menos de dois minutos.

— Agora sim vai começar a diversão, querida. — ele se posiciona de frente para mim e corta a minha camisa. Agora, a única peça de roupa que cobre os meus seios é o meu sutiã tomara que caia bege.

***

Percy POV

Já se passaram uma hora desde que minha Annie foi raptada. Eu não consigo raciocinar direito. Espero que isso seja apenas um pesadelo. Tive que explicar para meu pai e Atena o que tinha acontecido e não foi fácil, primeiro Atena disse que era minha culpa, mas depois ela começou a chorar e meu pai foi confortá-la. Achei estranho que meu pai estava abraçando a mãe de Annabeth assim, mas não é o momento para perguntas.

Depois de todo o drama da verdade aos pais, meu pai tomou uma atitude e foi falar com a polícia. Grover já tinha tentado falar com os policiais, mas não acreditaram nele e ameaçaram prende-lo por estar fazendo uma falsa chamada. Acho que acreditaram no meu pai ou então estão fazendo isso por saberem quem ele é.

Com a chegada da policia, tudo virou um caos. As meninas voltaram a chorar e ficaram todas abraçadas a Atena no sofá. Leo entrou para o quarto dele, o procedimento que ele está usando é meio que ilegal, mas logo depois voltou.

— Vocês já tentaram conseguir os vídeos das câmeras de segurança da escola para ver em qual carro o Luke está? — perguntou Leo ao meu pai.

— Para que fazer isso? — perguntou Poseidon.

— Não sei, talvez, seja possível olhar as câmeras de segurança, descobrir o carro em que o Luke saiu da escola e rastrea-lo. — Leo mostrou o computador e vimos que ele conseguiu encontrar o carro. Ele achou o esconderijo do Luke. — Poseidon, acho que seria melhor você encontrar pessoas competentes para invadir esse lugar. Esses policiais não estão fazendo nada para nos ajudar.

— Podemos contratar pessoas da confiança de Reyn e que ele conheça. Assim vai ser mais fácil. — Meu pai concorda. — Vou chamá-lo. — ando até o canto em que Reyn está. De onde ele está é possível ver tudo que está acontecendo. —Reyn, eu preciso que você chame algumas pessoas de confiança para nos ajudar a salvar Annie.

— Eu posso fazê-lo, mas deve sair caro, senhor.

— Não me importa, temos que resgatar Annabeth e esses incompetentes — aponto para os policiais. — estão apenas se deliciando do nosso café com esses traseiros colados em nossas cadeiras. —digo com raiva.

— Vou conversar com eles e informo ao seu pai. — o segurança anda um pouco para ter privacidade em suas ligações e eu volto para Leo e meu pai.

— Ele está fazendo as ligações. — eu me jogo no sofá e afundo a cabeça em minhas mãos. Atena está certa, isso é tudo culpa minha. Eu sou um idiota. Enquanto minha namorada estava sendo refém no banheiro, eu estava há dois metros de distância conversando com os meus amigos. Não notei que ela tinha passado muito tempo no banheiro e tive que ser alertado pelo segurança que contratei para protegê-la.

Minha garganta está queimando e meus olhos ardendo com as lágrimas que estão de volta. Uma mão é colocada em meu ombro e eu olho para a dona da mão. Atena. Ela olha para mim com uma cara solidária e me puxa para um abraço. Fico surpreso, a mãe de Annabeth nunca demonstrou realmente gostar de mim, mas acho que essa é uma situação em que precisamos um do outro.

— Fique calmo Percy. — Atena se desfaz do nosso abraço e arruma o meu cabelo bagunçado com as mãos. —Eu sei que é desesperador não saber o que está acontecendo com quem você ama, mas precisamos ser fortes por ela. — abri a boca para falar, mas fui interrompido por um dos policiais.

— Ela tem razão meu jovem. Tenho uma boa noticia, nós descobrimos em qual carro Luke saiu do baile. — um... dois... três... quatro... cinco... seis... sete... oito... nove... dez.

— Nós já descobrimos onde ela está. — Atena me solta e eu levando do sofá abruptamente para encarar o policial. Meus olhos estão impenetráveis e minha raiva é palpável a minha volta. — Enquanto vocês estavam se deliciando com o meu café, meu amigo já rastreou o carro e descobriu a localização deles. — a cara de espanto do policial e seus dois colegas são impagáveis. — Não precisamos de incompetentes aqui, a única coisa que devem fazer agora é ligar para o merda do pai do Luke.

— Filho, se acalme. — meu pai me puxa pelos ombros e me coloca sentado ao lado de Atena que segura a minha mão, o que me acalma um pouco. Ele caminha até os policiais e percebo que está usando o rosto não se meta comigo, eu sou o alfa. —Não precisamos mais de vocês. Isso aqui é um caso muito sério, mas pelo visto não para vocês. A única coisa que devem fazer para que eu não denuncie o comportamento de vocês, que pode prejudicar a minha nora, é ligar para o Hermes Castellan. Se vocês não puderem fazer isso em menos de dez minutos eu mesmo faço a ligação e entro com um processo na justiça contra vocês. E senhores, vocês sabem muito bem quem vai ganhar.

Os três homens engolem em seco e procuram pelo celular de Hermes Castellan. Meu pai se senta ao meu lado e pega a minha mão que não está sendo segurada por Atena. Ele sorri pra mim, mas o sorriso não chega a seus olhos cobertos de preocupação e raiva.

Reyn se aproxima e com a permissão do meu pai ele começa a falar:

— Consegui sete pessoas de confiança, eles já estão a caminho e prontos para qualquer situação.

— Quando vou poder paga-los? — pergunta meu pai.

—Depois conversaremos sobre isso, senhor, mas devo dizer que você tem bastantes amigos e gente que te deve algo. Não será tão caro quanto eu esperava.

— Não me importo com o dinheiro, quero apenas que Annabeth seja traga de volta o mais rápido possível e em segurança. — diz meu pai.

A campainha toca e Nico vai atendê-la. Depois de alguns minutos sete homens vestidos de preto entram na sala de estar carregando armas na cintura. Reyn vai até eles e nos apresenta. Enquanto meu pai conversa com eles meu celular treme no bolso da minha calça. Me levanto e me afasto das pessoas ao meu redor.

Fico de pé em frente à grande janela da sala de jantar e pego meu telefone em meu bolso. Digito a senha pela primeira vez, mas não consigo desbloquear o meu celular. Meu corpo está tenso e tremendo. Assim que consigo vou até a última mensagem recebida e a abro. O conteúdo da mensagem me da vontade de chorar e de quebrar algo.

A raiva e a mágoa me possuem e eu soco o vidro da janela com toda a força que tenho. O vidro, a prova de furacão, se estilhaça com um barulho alto o suficiente para chamar a atenção das pessoas no outro cômodo.

Meu pai e Atena entram correndo e chagam até mim. Eu estou acabado. A mãe de Annabeth pega minha mão direita, a mão que usei para socar a janela, com delicadeza e fica preocupada. Quando olho para minha mão vejo que está encharcada de sangue e com alguns cacos de vidro dentro da minha carne.

— Alguém me arranje um kit de primeiros socorros. — ninguém se mexe. — AGORA! — Jason sai correndo e volta como um jato.

— Por que você fez isso? — pergunta meu pai ainda me segurando.

— Recebi uma mensagem, do Luke. — respondo tentando esquecer a dor na mão que nem havia sentido na hora em que quebrei a janela. Todos olham para mim com olhos arregalados. Thalia, que estava varrendo os cacos de vidro junto com Piper, Silena e Juniper, deixa a vassoura cair e corre até mim. Ela pega o meu celular antes que eu consiga impedi-la.

— Como você sabe a minha senha? — eu pergunto chocado. —Eu não quero que você vej...

— Ai meus deuses! — Thalia começou a chorar e me devolveu o celular. Atena parou de enfaixar minha mão e colocou a mão na boca, seus olhos estavam arregalados e focados na tela do meu celular.

— Ele está fazendo isso com a minha filha? — Atena começou a chorar e soluçar com a imagem de Annabeth com os pulsos e os tornozelos presos na cadeira. Sua boca está coberta por uma fita isolante grossa e cinza. Seu rosto está molhado com as lágrimas e ela está nua da cintura para cima.


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Notas finais do capítulo

Ai meus deuses... O que será que vai acontecer???
Não se esqueçam de comentar! Xoxo