As Crônicas de um Amor escrita por MitilTenten


Capítulo 5
Uma esperança para Sakura




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Uma esperança para Sakura

Estava sentada na sua cama dentro de um quarto com decoração em branco e lilás. A sua frente tinha um manequim com um belíssimo vestido de noiva. Era rendado com alças e uma faixa de cetim envolvia a cintura. Na cabeça tinha uma tiara florida com strass. A morena observava cada detalhe com atenção. Era sem dúvida um belo vestido. Havia sido feito sob medida para ela.

— Shizune – ouviu seu nome ser chamado por sua mãe. – Está tudo bem?

Uma mulher alta com seus loiros cabelos presos num coque baixo, vestida num tailleur branco que mostravam seu avolumado busto entrou no quarto. Seus olhos cor de mel pousaram na figura da filha sentada na cama

— Sim, kaa-san. – respondeu - Por quê?

— Por que há horas eu estou te chamando e você não responde.

— Perdão, kaa-san. Estava olhando o vestido.

A mulher que acabara de entrar no quarto se virou para olhar o vestido de noiva no manequim. Aquela tinha sido uma boa escolha.

— Combina com você. – disse enquanto sentava ao lado da filha. – Não consigo me acostumar com a ideia de ver você casando. Parece que até ontem você era apenas uma garotinha correndo pela casa sem se importar com nada.

— Okaa-san. – falou a morena abraçando a mãe.

A mais velha acabou por derramar algumas lágrimas. Mal podia acreditar que sua filha de fato crescera e estava de casamento marcado. Lembrava-se com saudade da infância da filha. Seu marido andava de um lado pro outro já sentindo a falta de Shizune.

— Bom, chega de nostalgia. Vim aqui te chamar prá trabalhar. Hoje é meu primeiro dia como diretora do hospital e não posso chegar atrasada, certo?

— Certo kaa-san. – Shizune respondeu sorrindo.

Tsunade estava empolgada com a ideia de ser a nova diretora do Hospital Geral de Kyoto. Agora que o Sr. Danzou se aposentara, o conselho decidiu que Senju Tsunade seria uma boa diretora. Formada em medicina a mais de vinte e cinco anos com especialização em obstetrícia, Tsunade mostrou ao longo de sua carreira competência suficiente para dirigir um hospital. E isso ninguém questionou.

Já sua filha Shizune trabalhava no hospital há alguns anos. Começara logo que se formara. Fizera seu estágio no hospital e a direção ficara satisfeita com seu trabalho. Desde então vem desenvolvendo seu trabalho e sua carreira no hospital, apesar de também trabalhar na clínica dos irmãos Sabaku.

Quem mais comemorava a troca de diretoria do hospital era Neji. Suportara por muitos anos o velho Tenzou e com saída do velho poderia trabalhar com mais tranquilidade. Conhecia Tsunade, a nova diretora, pelo que outros médicos falavam. De tudo o que escutara sabia que a nova diretora era muito competente e preocupada com o bem estar dos pacientes no hospital. E não era implicante!

— Melhor assim! Enfim posso trabalhar em paz. – falou Neji para um dos médicos com quem conversava. – Não terei mais que dar explicações do porque tenho cabelo comprido pra ninguém. Mas agora preciso ver a paciente do 231. Até mais Dr. Matsuda.

— Até mais Dr. Hyuuga. – respondeu o médico.

Neji andou por um longo corredor até chegar ao quarto de sua paciente.

— Bom dia Haruno-san. Como passou esta manhã? – perguntou demonstrando certa alegria. – Ainda sente alguma dor?

— Não sinto mais tanta dor, doutor. – respondeu Sakura, ainda cansada do parto no dia anterior. – Estou melhor hoje.

— Isso é ótimo. Fico aliviado por você estar se recuperando bem. Seu parto foi difícil e prematuro, mas você suportou bem. Você é muito corajosa.

— Obrigada, Doutor. – agradeceu com o sorriso fraco nos lábios.

Assim que Neji saiu do quarto Sakura baixou os olhos que logo se encheram de lágrimas. Estava cansada, o parto foi difícil e seu bebê estava na UTI neonatal. E para piorar tudo não tinha mais para onde ir. O que faria assim que saísse do hospital? Não fazia ideia do que fazer para sustentar o bebê e a si mesma. Estava realmente sem rumo. Foi quando lhe ocorreu de perguntar para uma das enfermeiras onde poderia arranjar emprego. Precisava de informações para saber o que fazer da sua vida. Virou-se pra enfermeira que estava ao seu lado e perguntou:

— Mika-san, você pode me dizer onde eu posso arranjar emprego? Preciso trabalhar quando sair daqui e...

— Mas você não está de licença-maternidade, Sakura-san? – perguntou a enfermeira um pouco surpresa com a pergunta da rosada.

— Na verdade não. Fui demitida antes porque meu patrão não queria me pagar durante a licença ao mesmo tempo em que pagava um funcionário para me substituir. Não tinha tanto dinheiro pra bancar dois empregados. – respondeu com uma mistura de tristeza e constrangimento. - Por causa disso também fui despejada do apartamento em que morava. Sem emprego não tinha mais como pagar o aluguel. – acrescentou com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

A enfermeira a encarou bastante surpresa com sua história. Nunca tinha escutado nada igual. Como se não bastasse uma gravidez na adolescência... Arriscou fazer mais uma pergunta a Sakura.

— Mas você não recebe seguro desemprego?

— Não recebo nada. Não sei como vou pagar a conta do hospital. – respondeu fungando.

— Na verdade eu nem sei onde você pode arranjar um emprego ou um lugar para morar. Posso conversar com alguns funcionários para saber.

— Você pode fazer isso por mim? – perguntou a rosada com os olhos brilhantes de esperança.

— Vou fazer. – respondeu a enfermeira com confiança.

Sem que as duas percebessem Neji escutara toda conversa encostado na parede ao lado de fora do quarto. Não poderia imaginar que a vida da jovem fosse tão complicada. Simpatizara com a menina apesar de nunca conversarem efetivamente. Durante o pré-natal foram poucas as vezes que entabularam uma conversa, mas ainda assim eram amenidades, nunca conversaram sobre sua vida pessoal. Sabia que Sakura era inteligente e poderia dar um jeito de se virar, mas com um filho as coisas ficavam muito difíceis. Tinha consciência disso, pois passara por esta situação quando sua filha nasceu. Decidiu conversar com a rosada mais tarde.

Tsunade jamais imaginou que seria tão bem recebida no hospital. Pelo que constava o doutor Danzou não era muito querido por ali. Mas estava decidida e não se deixar levar pela receptividade das pessoas que trabalhavam no hospital. Desejava ser justa com todos e consigo mesma. Portanto a primeira atitude foi conhecer os médicos, enfermeiros e demais funcionários. Precisava saber com quem estava trabalhando para ter ideia do que realmente esperar de seu novo cargo. O primeiro médico com quem teve contanto foi justamente Neji. Sabia que ele era o chefe da área neonatal, pelo menos era o que constava na prancheta que lhe entregaram. E sabia, também, que era bastante competente, mas ficou bastante surpresa ao vê-lo pela primeira vez: seus cabelos eram compridos. Quis sugerir que cortasse, mas decidiu não fazer tal sugestão. Sábia decisão.

— Então esta é a ala neonatal, certo? – perguntou a loira para Neji

— Sim. – reponde o médico – E no momento estamos com uma paciente em situação complicada. – acrescentou.

— Complicada? Por quê?

— Nem sei por onde começar a explicar a situação dela.

— Pelo começo é uma ótima ideia. – sugere Tsunade.

— Está bem! Pelo começo....

Neji começou a contar a história de Sakura para Tsunade que ficou impressionada com a situação da garota. Ex-estudante de medicina e agora com um filho para criar. Sem sombra de dúvida o nascimento de Sorata fora um milagre, mas o calvário de Sakura ainda estava por começar.

— E como ela vai fazer para criar esta criança? – perguntou Tsunade, já bastante comovida com a história da menina.

— Aí é que vem a pior parte da história. Ela não tem a menor condição de criar este bebê. Está desempregada e não tem onde morar. E nem poderá trabalhar, pelo menos até a criança completar seis meses. Até lá ela só pode alimentá-lo com leite.

— Isto é terrível. – falou a loira com uma pontada de desolação.

— Com certeza.

— Ela já pensou na possibilidade de entregar a criança para adoção? – perguntou Tsunade.

— Eu acho que não. Em momento algum ela pareceu cogitar esta opção. Acredito que ela não queira se desfazer da criança. – responde Neji.

— No caso dela seria o melhor a ser feito.

— Acho que não tenho coragem para fazer esta sugestão. Sakura poderia ter abortado a criança e não o fez. Optou por prosseguir com a gravidez. Algum motivo ela deve ter.

— Engraçado, não? – comentou a mulher – E qual seria este motivo? Você alguma vez a questionou?

— Não. Nunca conversamos de forma aprofundada. Sei de sua situação, por que logo que procurou o hospital para dar início ao pré-natal ela comentou que não tinha muito dinheiro para pagar um tratamento mais caro. De resto eu mal a conheço.

— Hum – foi a resposta de Tsunade.

Alguns dias depois, enquanto almoçava, Neji ouviu seu celular tocar. Olhou no visor do aparelho e viu o nome de sua prima Hinata. “O que será que ela quer?” pensou. Atendeu com desconfiança.

— Nii-san, sei que você está ocupado, mas preciso que venha até aqui na sua casa. É a Mathilda. Acho que ela não está nada bem e eu não faço ideia do que ela possa ter.

— Já estou indo. – falou Neji enquanto se levantava e pegava seu casaco.

Sem falar com ninguém saiu correndo do hospital em direção a sua casa. Sua preocupação só aumentava na medida em que se aproximava de sua residência. O que será que poderia ter acontecido à Mathilda?

Ao chegar em casa encontrou Hinata a beira do desespero. Mathilda estava em seu quarto, na cama, ardendo em febre e completamente suada. Mal conseguiu erguer a cabeça para ver seu pai. Com todo cuidado Neji sentou-se ao lado da cama da menina e tentou conversar com ela, mas sua filha não conseguia falar. Apontou para a garganta. Mais que depressa Neji olhou para onde ela apontava e percebeu a inflamação que assolava o local.

— Você chegou a vê-la antes de sair hoje de manhã? – perguntou Hinata aflita.

— Não – respondeu Neji sussurrando – Não a vi hoje cedo.

A culpa começou a tomar conta de Neji. Como ele não percebeu que sua filha estava doente? Como ele não deu sequer uma olhada nela antes de sair de casa? Foi negligente com a menina e iria se culpar pelo resto de sua miserável vida por conta de seu descuido. Prometera a Tenten que cuidaria dela e não cumpriu a promessa. Sua esposa deveria estar furiosa com ele. Estava com pressa pra chegar ao hospital, pois precisava ver como estava Sakura. Precisava verificar se estava tudo bem com ela com o bebê. Não! Nada justifica o que fizera. A culpa era sua e ponto final.

— Hinata, me ajuda a colocá-la no carro. Vou levá-la para o hospital.

— Está bem. – respondeu a morena.

Em menos de dez minutos eles chegaram ao hospital com a menina. Rin, uma das médicas da área pediátrica, os recebeu. Ela examinou a menina e a diagnosticou com pneumonia. Decidiu que a internaria, pois além da doença a garganta estava tão inflamada que precisaria deixar a pequena sob efeitos de antibióticos para controlar a infecção. Não poderia correr riscos naquela situação. Mais que depressa preparou o prontuário da criança enquanto algumas enfermeiras a levavam para um quarto. Neji acompanhou tudo, impotente, sem forças para fazer qualquer coisa. Hinata observava o primo e não tinha palavras para descrever o que via. Sem que ele soubesse havia invertido o papel de pai para mãe. Neji não se comportava como um pai, mas como uma mãe, o que era raro em homens.

— Neji nii-san, a tarde eu precisarei estar na universidade. Também não vou pode ficar com a Mathilda no período da noite e... Receio que não poderei mais te ajudar tanto com ela. – falou Hinata com certa calma para não exaltar os ânimos de Neji.

— Mas, Hinata... Eu não poderei ficar com ela também hoje.... Eu tenho meus pacientes, meu trabalho. E como assim você não poderá mais me ajudar? Hinata, eu preciso de você. – respondeu Neji quase a beira do desespero.

— Neji, acredito que precisamos ter uma conversa mais tarde. Tem algumas coisas que eu preciso te contar. Por hora preciso ir. – disse já se esquivando do primo – Tenho que estar na universidade antes das 13h. Abrace a Mathilda por mim, sim? Até mais tarde.

Sem que Neji pudesse dizer qualquer coisa, Hinata já havia deixado a ala pediátrica rumo à saída do hospital. Sem saber o que fazer Neji teve uma breve conversa com Rin que prometeu cuidar da menina. Sem mais na a fazer, Neji voltou para sua área no hospital. Teria que trabalhar de qualquer forma.

Sem perceber Neji rumou para o quarto 231. Sua mente se resumia a um nó. O que será que Hinata queria conversar com ele afinal de contas? E Mathilda? Será que ficaria bem? Sem bater entrou no quarto. Sakura o olhou surpresa. Mais uma visita do médico? O que terá acontecido agora? Já havia arrumado suas coisas e dentro de instantes iria sair do hospital. Esperou que Neji dissesse alguma coisa, mas ele se limitou a olhá-la. Sem entender, Sakura decidiu se manifestar:

— Está tudo bem, doutor?

Como se acordasse de um transe, Neji olhou para a jovem a sua frente. Sua mente continuava embaralhada, mas como uma luz, uma ideia brilhou em sua cabeça. Sakura poderia ser a solução para seu problema! Antes de destrinchar a ideia, ele a afastou da mente. Por mais que a rosada precisasse de ajuda, Sakura ainda era uma estranha para ele. Não poderia simplesmente colocá-la dentro de sua casa para cuidar de sua filha. Além do mais ela tinha seu próprio filho para cuidar.

Sakura olhava curiosa para ele. O que poderia estar acontecendo? Há cinco minutos que ele está no quarto sem pronunciar uma única palavra.

— Está tudo bem, doutor? – disse com um pouco mais de receio. – Você quer falar alguma coisa para mim?

— Sakura-san... – disse repentinamente – Eu... Eu só queria saber como você está. – falou sem muita convicção, aliás, por que ele se preocupava tanto com ela?

— Eu estou bem, mas e você? Está?

— Sim! – respondeu com altivez quase cômica – Estou muito bem.

— Está bem, então! – respondeu a rosada ainda com um pouco de desconfiança.

— Na verdade não estou bem! Estou preocupado! Minha filha está internada aqui no hospital e eu estou preocupado demais. Ela nunca ficou doente a este ponto! A ponto de ficar internada, me refiro!

Sakura apenas o fitava sem dizer nada. Percebeu que o médico precisava desabafar. O seu silêncio foi um incentivo para Neji continuar seu desabafo.

— Tenho o costume de passar no quarto dela antes de sair para trabalhar, mas hoje estava tão preocupado em ver se você estava bem que me esqueci de passar no quarto dela. Na hora do almoço minha prima me ligou me relatando a situação e mais que depressa fui pra casa ver o que estava acontecendo. Ao chegar lá me deparei com a pequena ardendo em febre, com a garganta inflamada. Nem conseguia falar. Trouxe ela às pressas pra cá e Rin a examinou. Pneumonia! A internação se deu pela infecção. – balançou a cabeça enquanto respirava fundo – E eu aqui enchendo você com os meus problemas – disse em meio a um sorriso sem graça.

Sakura ficou bastante surpresa quando o médico contou que se preocupava com ela, porém se sentiu culpada por conta disso. Será que ela o estava o preocupando tanto a ponto de ele esquecer sua própria família?

— Desculpe-me por causar preocupações a você. – disse se curvando ligeiramente para frente num gesto de sincero arrependimento. – Não quero que você se preocupe mais comigo do que com sua filha.

O médico ficou surpreso ao ver a atitude de Sakura. Não quis em momento algum culpá-la pela situação em que estava. Observou sua expressão adquirir um semblante de culpa e tristeza.

— Sakura – foi em direção a jovem – A culpa não é sua. Perdoe-me se deixei você entender dessa forma. Você não é culpada de nada. – disse colocando suas mãos nos ombros da rosada.

Sakura levantou a cabeça e olhou para o médico. Olhou profundamente nos olhos dele. Sentiu uma agitação em seu interior e desviou o olhar.

— Tudo bem! – conseguiu dizer – E como está Sorata? – perguntou ao se lembrar que seu filho ainda não estava bem.

— Ele ainda está na UTI neonatal. – respondeu o médico retirado as mãos dos ombros de Sakura.

A rosada se sentiu desprotegida quando o médico retirou suas mãos, mas logo se recompôs e prestou atenção às palavras dele.

— Mas acredito que ele vai se recuperar o mais rápido possível. E então você poderá leva-lo para casa. – disse sem se lembrar da conversa que escutara ainda de manhã.

— Doutor, há algo que você precisa saber. – falou a rosada abaixando novamente a cabeça.

— Diga.

— Eu não faço ideia de como vou pagar a conta do hospital. Não tenho mais emprego e não tenho para onde ir com o meu bebê. – falou tudo de uma vez.

Não adiantava esconder. Sua situação era a mais precária possível. Só continuara ali porque conseguira um emprego que, na teoria, poderia dar conta de pagar a conta do estabelecimento, mas não contava com o fato de ser despedida e entrar em trabalho de parto antes da hora.

— Eu não tenho para onde ir. Essa noite provavelmente vou passar ao léu. Não tenho um iene no bolso nem para ficar em um motel ou albergue.

Neji a olhava pasmo. Nunca imaginou que esta era a real situação de Sakura. Não conseguia dizer nada.

— Durante os dias em que estive aqui eu pensei muito. Cheguei a pensar em... – já não conseguia conter as lágrimas que escorriam pelo rosto – Pensei em... – não estava conseguindo falar aquilo – Eu pensei em entregar Sorata para adoção. – falou de uma vez.

Não conseguiu mais segurar o choro. Soluçava forte. Sentia-se culpada por aquele pensamento, mas chegou ao ponto de não ver mais nenhuma solução para sua situação. Entregar Sorata para adoção era a última coisa que queria fazer, mas não via mais nenhuma saída. Ainda aos soluços sentiu as mãos do médico pousarem em seus ombros. Olhou para cima e, pela segunda vez naquele dia, se deparou com o olhar de Neji. Sem pensar agarrou-se ao jaleco dele. O moreno nada fez a não ser retribuir o abraço.

— Eu não quero me desfazer de Sorata! Eu não quero! – soluçava. – Eu lutei demais para ter que me desfazer do meu filhinho! Tudo por causa daquele desgraçado! – falou com raiva enquanto apertava ainda mais o jaleco de Neji.

Neji nada dizia. Não sabia o que dizer. Ouvia em silêncio o lamento de Sakura. Afinal de contas: quem era o pai do filho de Sakura? Poucas vezes a jovem tocara neste assunto. Tinha curiosidade de perguntar, mas nunca se atreveu.

— Sakura...Por favor, fique calma – finalmente falou. – Vai dar tudo certo.

Não sabia por que havia dito aquilo, mas sentiu um forte desejo de confortar a jovem. Sentiu raiva do cara que a abandonou. Este cara que causava tanta dor para Sakura. Mas por que estava sentindo aquilo? Raiva de uma pessoa que nunca viu? Isto seria apenas empatia com a jovem? Afastou a jovem para olhá-la melhor. Viu as lágrimas que ainda escorriam pelo belo rosto dela. Novamente a ideia surgiu em sua cabeça.

— Acho que tenho a solução para o seu problema.

 


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal! Resolvi reescrever a história e dar uma melhorada, explicar mais profundamente alguns pontos. Vocês vão notar que eu juntei alguns capítulos transformando em um só! Acredito que dessa forma fique mais fácil para eu escrever e dar continuidade nesta história! Espero que gostem e deixem seus comentários! Abraços, Mitil!!



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