The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Pessoal, eu adorei os comentários de vocês! Trouxe esse novo capítulo porque não consegui aguardar mais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522065/chapter/2

Acordei com o som irritante do despertador. Arrastei-me até a ponta da cama e desliguei o aparelho. Em seguida fui até o banheiro e tomei meu banho.

Eu realmente não queria levantar da cama, mas quando hoje é o primeiro dia de aula e seu namorado irresponsável está assistindo desenhos animados no andar de baixo eu não tenho opções.

Já devidamente arrumada, peguei meus livros e desci, encontrando Cato com uma tigela de cereal nas mãos e rindo de alguma besteira daquele desenho. Revirei os olhos e segui para a cozinha. Sentei em um dos altos bancos pretos da bancada e peguei apenas uma maçã; não estava com muita fome. Alguns segundos depois, senti algo puxando levemente as pontas do meu cabelo.

– Bom dia – Cato falou logo após jogar sua tigela dentro da pia.

– Bom dia – murmurei e terminei meu café da manhã.

A esse ponto Cato já tinha terminado de beber sua água e estava novamente na sala se dedicando aqueles desenhos animados idiotas.

Todo dia era assim, ele simplesmente queria ficar em casa feito uma criança. Desde que meus pais morreram em um acidente e Cato parou de falar com os seus, nós resolvemos vir morar juntos nessa antiga casa da mãe dele – meu namorado ainda fala com sua mãe, mas prefere manter a distancia dela, pois assim manteria também de seu pai. Não que nosso relacionamento ainda fosse “perfeito” igual ao começo; nós brigávamos por besteiras, existia ciúmes no meio, mas eu realmente amava ele e tenho certeza que ele sente o mesmo.

Depois de arrumar a cozinha, caminhei até a sala e encontrei Cato deitado no sofá. Eram sete e meia, ele estava pensando o que?! Que iriam deixar a gente entrar atrasados no primeiro dia de aula?

– Dá para você desligar essa televisão?

– Não.

Certo, ele não iria deligar, mas eu iria. Caminhei rapidamente até ele e puxei o controle de suas mãos, deligando a TV logo em seguida.

– Podemos ir agora?

– Temos outras opções? – ele perguntou, porém não respondi.

Saímos de casa e andamos silenciosamente até a escola onde eu estudava. Cato estava no seu primeiro ano na faculdade enquanto eu estava no último ano do ensino médio, então estávamos em escolas diferentes. Ao chegarmos em frente a que eu estudava, me virei para ele.

– Precisamos mesmo ir atrás de emprego? – Cato perguntou antes de eu poder falar algo.

– Sim. Não podemos viver apenas do dinheiro que sua mãe manda ou que minha irmã manda. Por Deus, você já tem dezoito anos!

– Eu sei, mas... E se eu não conseguir?

– Você vai conseguir – falei e sorri. – Nos vemos as duas?

– As duas. – ele repetiu e puxou meu rosto para um selinho.

Observei Cato parti para a sua faculdade e virei para o enorme prédio azul atrás de mim. Logo pude ver uma Katniss correr alegremente e me abraçar fortemente.

– Clove, Clove, Clove, que saudades!

– Katniss, nos vimos ontem – falei enquanto ela me puxava para dentro da escola.

– Eu sei, mas eu estava com saudade. Oh, olhe! Nossos armários continuam no mesmo lugar, perto um do outro!

Às vezes eu odiava essa alegria toda de Katniss. Desde que nos conhecemos ela sempre foi alegre, divertida e super exagerada nas coisas que fazia (e isso foi há dezessete anos. Sim, eu conhecia Katniss desde quando saímos da barriga de nossas mães). Mas não posso negar que eu a amava. Ela sempre estava do meu lado e sempre me apoiava.

Depois de ajeitar minhas coisas no armário e ouvir minha melhor amiga falar sobre os alunos novatos e veteranos, seguimos para nossa primeira aula que era de matemática.

Sinceramente, ter uma Katniss Everdeen toda animada em plena aula de matemática não combinava muito.

***

Eram exatamente meio dia e meio quando saímos da escola. Expliquei a Katniss que precisava ir atrás de emprego e ela ficou mais animada quando falou que também precisava de um. Confesso que eu também fiquei animada nessa parte, talvez nós poderíamos trabalhar juntas.

– Certo, começaremos no pet shop e...

– Pet shop? – a interrompi. – Você está louca?

– Ah, é mesmo, você é alérgica a animais peludinhos e fofinhos. Que estranho. Mas o que você quer? Trabalhar como garçonete? – ela perguntou e eu abri um largo sorriso.

Eu queria um emprego fácil, onde eu realmente saberia fazer as coisas. Acho que servir mesas não seria tão difícil.

Em minutos, eu e minha amiga estávamos em frente a lanchonete mais frequentada do bairro. Era bonitinha, sua fachada era de uma cor verde claro com umas mesas brancas; dentro não era muito diferente. Caminhamos até o balcão onde, logo acima de nossas cabeças, estava escrito “Caixa”. Uma moça com os cabelos no tom rosa claro e muita maquiagem na cara sorria para nós. Antes que Katniss pudesse falar algo, comecei:

– Oi! Bem, estamos aqui porque precisamos de emprego. Achei que...

– Oh, que coisa boa! – a mulher deu um grito que eu tenho quase toda certeza que fiquei surda. – A cada dia que passa nossa lanchonete cresce e com isso precisamos, sim, de mais pessoas trabalhando por aqui. Ultimamente nossas duas garçonetes não estão dando conta sozinhas e isso faz com que eu tenho que ficar servindo mesas. Argh!

– Então, conseguimos o emprego? Fácil assim? – Katniss perguntou sorrindo.

– Claro! Comecem amanhã, mas antes conversem com Glimmer e FoxFace. Hã, garotas... – a mulher que ainda não sabíamos o nome levantou o braço e chamou duas garotas que estavam um pouco distante. – Ajudem essas aqui.

E saiu. Certo, ela era meio estranha.

– São as novas garçonetes? Ah, graças a Deus! – uma loira exclamou. – Sou Glimmer e essa é FoxFace. – ela apontou para uma ruiva ao seu lado que sorriu. – Aquela maluca é Effie, ela é a gerente e dona daqui. Lá dentro, na cozinha, temos Josh. É isso, sejam bem-vindas!

– Obrigada! Sou Katniss e essa é Clove. Hm, onde conseguimos esses uniformes? –Katniss perguntou. – Porque o uniforme é realmente bonito e acho que cairia bem em mim.

Revirei os olhos. É, aquele uniforme tinha seu charme. Era tipo um vestido, indo até um pouco acima dos joelhos, de cor verde. Existia também um avental azul escuro amarrado na cintura com alguns detalhes em branco.

– Por aqui, temos alguns sobrando e acho que ficarão bem em vocês – a garota ruiva, FoxFace, nos conduziu até um pequeno quarto ao lado da cozinha.

Não pude evitar a expressão de surpresa surgir em meu rosto quando entramos no quarto. As paredes estavam pintadas de um rosa bebê, existia em um canto um sofá de couro branco e uma televisão, do teto “caiam” luzes que piscavam coloridas, uma pequena mesa de madeira estava posicionada na frente do sofá e ainda tinha um grande tapete de veludo marrom espalhado pelo chão todo. Qual é, tinha até um pequeno armário naquele quarto!

– O que vocês fazem aqui? – foi a primeira coisa que perguntei.

– Bem, nada de mais. As vezes FoxFace e eu passamos a noite aqui. Sabe, tipo uma noite de garotas. Mas fica meio sem graça com apenas duas pessoas. – Glimmer explicou enquanto caminhava até o armário.

– Oh, nós poderíamos nos juntar a vocês! Se vocês quiserem, claro. – e adivinha quem teve essa brilhante ideia... Sim, a boca grande da Katniss.

– Seria uma ótima ideia! – a loira falou e se aproximou da gente. – Acho que esses uniformes vão servir. O banheiro fica ali, mas podem experimentar amanhã. Não se preocupem em começar um pouquinho atrasadas, Effie nunca percebe mesmo.

– Certo. Hã, devemos colocar nossas roupas naquele guarda-roupa? – perguntei, já que todos tinham calado a boca e ficou um silencio horrível.

– Sim, dá para nós quatro. – FoxFace falou.

Olhei para o relógio pregado na parede e vi que já eram uma e meia. Droga!

– Merda, precisamos ir. – Katniss me olhou de uma maneira reprovadora por conta do palavrão e eu apenas sussurrei um “desculpe”.

Já estávamos saindo do quarto quando Glimmer nos chamou novamente:

– Ei, podem usar esses saltos junto com o uniforme! – ela apontou para uns saltos brancos ao seu lado e eu percebi que Katniss estava com um enorme sorriso no rosto enquanto eu estava com uma careta.

– É obrigado trabalhar com isso? – perguntei.

– Não, mas ficaria ótimo em você. – Glimmer sorriu e eu me permiti fazer o mesmo.

***

Cheguei em casa exatamente as uma e cinquenta. Assim que coloquei a mão na maçaneta da porta, olhei para o lado verificando se Cato estava chegando. E ele estava. Porém ele estava sendo acompanhado por uma garota.

Quando eles chegaram mais perto percebi que nunca tinha visto aquela garota na vida. Ela tinha os cabelos claros com mexas azuis nas pontas, sua pele era branca e, quando Cato falou alguma coisa engraçada e ela arregalou os olhos antes de gargalhar, pude perceber que eram azuis. Era bonita.

Fiquei parada na porta esperando por Cato. Depois de poucos segundos eles se despediram e meu namorado correu até mim. Ele me deu um selinho e sorriu. Fiz o mesmo e entrei na casa.

– Quem era aquela garota? – perguntei, seguindo até a cozinha.

– Está com ciúmes?! – Cato perguntou em seu tom brincalhão de sempre. Idiota.

– Talvez. Quem é ela? – repeti, sentando em cima do balcão.

– Conheci na faculdade. Seu nome é Amy e ela me ajudou a me “localizar”. Ela também tem uma banda. E adivinha Clove! Eu consegui um emprego! – ele estava tão feliz e animado em contar a história que eu só consegui sorrir. – Amy me ajudou, mas eu realmente consegui!

– Como assim ela te ajudou? – perguntei, mas na minha voz não existia um pingo de ciúmes. Certo, talvez só um pouquinho, mas só isso.

Cato se levantou e caminhou até onde eu estava e se posicionou entre minhas pernas. O balcão não era tão alto, mas Cato ainda conseguiu ficar maior que eu.

– O pai dela é dono de uma sorveteria e quando eu falei que precisava de um emprego, ela me levou até lá. Foi fácil conseguir a vaga, começo amanhã! – ele sorriu e eu o abracei. – E você, conseguiu?

– Sim. A partir de amanhã serei garçonete naquela lanchonete aqui perto. – falei e dessa vez foi Cato que me abraçou, tirando-me de cima do balcão. – Cato, tá apertando!

– Desculpe. – ele falou e beijou minha testa. – Estou tão feliz por nós.

Fala sério! Ele estava feliz pelo fato de ter arranjado um emprego? Ok, eu também estava, mas não era pra tanto. Porém eu respondi:

– Eu também.

E lhe abracei de novo. Cato me separou de seu corpo e me beijou. Sorri entre o beijo porque já fazia um tempo que Cato Evans não era assim carinhoso comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. Adorei escrever esse capítulo!
Gente, no próximo capítulo vamos descobrir um pouco mais sobre a Amy. Caso alguém queira ver a foto dela, me avisem que no próximo eu posto!
Bem, espero encontrar vocês nos comentários



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Only Reason" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.