Eles não eram o casal perfeito...

– Em comparação aos outros casais, nós somos estranhos.

– Ser estranho é legal, não acha?

– Acho.

Brigavam por besteiras...

– Não acredito que você está gritando comigo por causa de um jogo!

– Eu não estou gritando... Mas era importante.

Eram ciumentos...

– Eu não acredito que você estava flertando com ele na minha frente.

– Ah não. Por favor, me diga que eu não escutei isso.

– Desculpe... Mas parecia que você estava dando em cima dele.

– Parece que você está me traindo com a Amy, mas eu nunca falei nada.

Mas se importavam um com o outro...

– Cato, você não pode ficar em frente a televisão o tempo todo!

– Sim, eu posso.

– Não, não pode. Sai de casa, vai tomar um banho de sol, você vai ficar doente.

– Você não iria se importar.

– Você não pode ter certeza disso.

Ele cuidava dela...

– Você não pode ir para a escola assim. Está queimando em febre, Clove!

– E daí? É só uma febrezinha de nada.

– Febrezinha? Você deve está com mais de 38°! Eu vou ficar com você.

– Não pode faltar aula.

– Não posso te deixar sozinha.

Ela cuidava dele...

E lá estava ele, sentado sozinho com seu braço engessado e cabeça baixa. Ao olhar para a entrada e me ver, sua expressão se tornou mais aliviada. Ele pensava mesmo que eu não viria? Eu nunca deixaria ele sozinho em um hospital com um braço quebrado depois de um acidente.

– Você veio.

– Nunca te deixaria de lado.

Por que sabiam que o amor que sentiam pelo outro era maior que tudo...

– Olha só, dá pra me deixar em paz?

– Não.

– Não?

– Não. Porque eu sei que você não quer isso. Você me quer perto tanto quanto eu quero você por perto. E, Clove, não negue. Está estampado nos seus olhos.

– E o que mais você pode ver nos meus olhos?

– Que você me ama. Clove, eu também te amo.