The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu queria agradecer aos 100 comentários! OBRIGADA GENTE! Segundo: Não, não esqueci da fanfic! Apenas tive uns probleminhas... Toda vez que eu escrevi uma frase, era como se não estivesse bom o suficiente :XXXX Mas aqui estou eu e tenho certeza que vão gostar do capítulo. Ou vão querer me matar.



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A noite caiu e o tempo frio veio junto. Eu usava apenas um short preto e uma blusa longa roxa. Estava na cozinha tentando fazer alguma coisa para comer. Cozinhar nunca foi meu forte, sei fazer apenas o necessário, mas meu estômago implorava por algo diferente.

Mas como eu já falei, cozinhar não era meu forte. Então optei por ficar sentada em cima do balcão apenas encarando o nada. Afinal, eu não tinha absolutamente nada de interessante para fazer.

Cato, que antes estava na sala, entrou na cozinha com Chuck.

– Onde ele vai dormir?

– Em qualquer lugar – suspirei e continuei -... menos no nosso quarto.

– Mas, Clove, ele não pode ficar em baixo sozinho! – Cato falou e eu cocei meu olho esquerdo.

– Faça o que quiser – murmurei e pulei do balcão.

Eu estava pronta para ir para o meu quarto, mas Cato agarrou meu braço e me puxou para mais perto.

– O que você tem? – ele sussurrou e eu tive vontade de estapeá-lo.

Cínico! Eu não aguentava mais esse cinismo de Cato. Droga, eu faço de tudo para salvar nosso relacionamento e o máximo que ele faz é apenas se desculpar. Sinceramente, eu estava cansada disso.

– Estou cansada – sussurrei e olhei para o meu braço. – Pode me soltar agora?

Ele soltou e eu caminhei até meu quarto. Suspirei

Isso não estava mais certo.

***

Apenas uma coisa me deixou feliz essa semana: férias. Eu fiquei tão feliz em saber que não iria para a escola por quase três meses, que até esqueci meus problemas com Cato por um momento. Mas só por um momento mesmo. Aí eu lembro que ele voltou a falar tão intimamente com Amy, que ele foi visita-la três vezes na semana no hospital...

Hoje era quinta e eu estava no quintal da minha casa, recolhendo os brinquedos de Chuck, já que já era noite e ele não ficaria aqui fora sozinho. Ele era meu outro problema. Bem, não era bem um problema. A senhora Miller apenas disse que precisava ficar mais de uma semana na cidade onde a filha mora, então ainda ficaremos com Chuck por mais tempo. Eu estava tomando meus remédios para alergia, o que significa que o cachorrinho, de alguma forma, sabe e quer ficar o tempo todo comigo.

Após ficar observando o pequeno animal, resolvi que era hora de eu comer alguma coisa. Entrei dentro de casa, com Chuck atrás de mim, e logo encontrei Cato, que ficava me encarando. Durante todos esses dias, ele ficava assim, me olhando, e não dizia sequer uma palavra. Mas hoje foi diferente, ele segurou meu braço, como se não quisesse me deixar passar.

– Olha só, dá pra me deixar em paz? – perguntei rapidamente para Cato enquanto espantava Chuck com a perna.

– Não.

– Não?

– Não. Porque eu sei que você não quer isso. Você me quer perto tanto quanto eu quero você por perto. E, Clove, não negue. Está estampado nos seus olhos.

– E o que mais você pode ver nos meus olhos? – zombei.

Mas tudo o que ele falou era verdade. Eu odiava ficar sem falar com ele e, por algum motivo, eu precisava dele por perto. Ele me faz me sentir protegida.

– Que você me ama. Clove, eu também te amo.

Eu não estava mais me importando se ele estava apertando meu braço, apenas olhei para baixo. Não sei a razão dessa declaração dele agora, mas eu me sentia bem em escutar aquilo. Eu tinha a enorme vontade de dizer que eu amava ele mesmo, mas meu orgulho era maior.

– É – poxa, eu preciso deixar esse orgulho de lado! – Eu te amo.

Ainda olhava para baixo, mas eu jurava que Cato estava sorrindo. Ele me puxou para mais perto e beijou minha testa. Eu amava aquele ato, aquilo sim me fazia sentir protegida.

***

Uma chuva meio forte caia, as gotas batiam contra a janela. Desliguei a televisão quando um relâmpago apareceu no céu.

Ajeitei-me na cama e fiquei tentando imaginar como seria minha vida sem Cato. Talvez fosse sem sentido; nós estávamos juntos há tanto tempo que já nos acostumamos um com o outro. Eu amo tanto que ele só de pensar em viver sem ele doía. Porém isso poderia ser o melhor para nós...

Não sei por quanto tempo fiquei pensando nessas possibilidades, mas percebi quando a porta foi aberta levemente e outra pessoa deitar ao meu lado.

Cato tirou meu cabelo do pescoço e depositou um beijo ali; ele sabia que eu estava acordada. Sua mão foi parar na minha coxa e Cato apertou-a. Mordi o lábio tentando prender um gemido. E mesmo querendo pedir para ele parar, eu precisava daquilo.

***

Acordei nessa bela manhã de sábado, mas eu não me sentia bem. Não era dor nem nada parecido.

Noite passada, Cato e eu transamos. Não foi minha primeira vez, mas eu me sentia mal por perceber que hoje de manhã ele me ignorou.

Então, logo após tomar banho e vesti meus favoritos short curto e blusa longa, desci e caminhei até a cozinha.

– Qual o seu problema? – perguntei, levantando minha voz, e encarei Cato, que brincava com Chuck em cima do balcão.

– O que?

– Me faz transar com você e logo depois me ignora!

– Está dizendo que eu te obriguei a transar comigo? Não foi isso que pareceu ontem quando você gemia de prazer o meu nome.

Arregalei meus olhos em um misto de surpresa e raiva, e a única coisa que eu fiz foi tacar minha mão na cara de Cato. Deve ter sido forte, já que sua bochecha ficou vermelha.

Sai da cozinha e não consegui segurar minhas lágrimas. Não foi legal o que ele disse, de certa forma me machucou, me ofendeu.

Sentei no sofá e agarrei meus joelhos. E chorei mais, muito mais. Era como se toda a tristeza e raiva acumulada de Cato estivessem saindo por meus olhos.

– Clove... – sua voz soou pela sala e eu apenas me encolhi ainda mais. – Não vou te machucar, longe disso. Ei...

Ele se aproximou de mim e passou a mão nos meus cabelos, fazendo carinho. Soltei um soluço. Depois outro.

– Desculpe, eu não queria falar aquilo – ele sussurrou e agarrou minha mão, me puxando para ficar em pé. – Não chora.

– Esse é seu defeito, você fala sem pensar – falei baixinho e olhei para o chão.

– As pessoas falam sem pensar – Cato comentou. - Desculpe. Me dar um abraço?

Eu queria gritar pedindo para ele parar de se desculpar, para ele tomar as decisões certas. Mas ao invés disso apenas o abracei. Foi um abraço desajeitado, de maneira que meu cotovelo tacou na sua barriga. Cato soltou um gemido de dor, mas passou seus braços por minha cintura.

Eu ia pedir desculpas pela cotovelada. Mesmo sendo sem querer. Foi sem querer, e eu cansei de ficar me desculpando por coisas que eu não fiz.

– Vá embora – sussurrei no momento que as lágrimas caiam novamente.

– Oi? – ele pareceu confuso no começo, mas havia escutado e sabia que eu falava a verdade.

– Vá embora – repeti e olhei mais uma vez para o chão, a fim de não deixar Cato me ver chorando.

Em vão. Ele segurou meu queixo e levantou minha cabeça.

– Você está brincando, não é? Clove, você... Você está me colocando para fora? Quer que eu vá embora?

– Não, eu não quero! – afastei-me dele e gritei. As lágrimas queimavam minhas bochechas e minha garganta estava apertada. – Mas é preciso! Você só sabe se desculpar e acha que está tudo bem. Gosto das suas palavras, mas quero atitudes!

– Está terminando comigo? – ele perguntou em um tom baixo e chateado.

– Não, apenas dando um tempo... – fechei os olhos e suspirei. – Por favor... Não complique mais as coisas.

– Mas eu não quero! Não quero ir embora, não quero te deixar!

– Desculpe! Desculpe se eu estou de machucando, eu só não quero mais me machucar – sequei a única lágrima que ainda caia pelo meu rosto. – Cato... Sinto muito.

O abracei pelo que parecia ser a última vez. Não, não era. Nós ainda íamos nos encontrar. Afinal, nós não estávamos terminando. Era apenas um tempo que nós passaríamos longe do outro. Esse tempo era preciso. Preciso para por nossos pensamentos em ordem, para descobrir se o que sentimos um pelo outro ainda era amor. Era só isso que eu precisava saber.

Eu... Clove, eu não... – uma lágrima única escorreu pelo seu rosto. Era a primeira vez que Cato chorava enquanto discutíamos, pois ele sabia que estávamos em uma situação grave.

E aquilo me machucou de todas as formas possíveis. Era horrível vê-lo chorando, vê-lo triste, chateado... Aquilo me matava.

– Cato, não! – pedi e o abracei mais uma vez. – Não complica as coisas para nós dois. Apenas...

– Entendi! Tenho que ir... Só vou... – ele apontou para o andar de cima e eu apenas concordei com a cabeça.

Sentei novamente no sofá e agarrei meus joelhos, voltando a chorar. Eu só queria gritar; gritar que estava doendo perder Cato cada vez mais.

Em todos esses anos de namoro, eu nunca pensei que nossas brigas levariam a isso. Mas nós precisávamos desse tempo! É complicado aceitar, porém eu não queria mais me machucar, muito menos machucar Cato.

Não sei por quanto tempo eu fiquei chorando, mas parei. Parei quando senti a mão de Cato passar na minha cabeça e logo depois ele depositar um beijo ali.

A porta se abriu, mas não se fechou. Apesar de ainda estar com a cabeça baixa, eu podia ver Cato parado em frente a porta, olhando para mim.

Mas depois de alguns segundos, ela se fechou. E a única coisa que podia ser ouvida era meus soluços.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM! Gente isso foi necessário. É um tempo que eles precisam e é com esse tempo que eles vão amadurecer mais.
Uma péssima notícia para vocês: capítulo que vem é o último :(
Uma boa notícia para vocês: não quero deixar a história meio enrolada, então Cato voltará no próximo. E não direi mais nada :X
Não sei se gostam, mas próximo capítulo será baseado em uma música. É a música que me deu a ideia de fazer a fanfic, mas só descobrirão capítulo que vem!
É isso. Comentem e comentem!