Equilíbrio escrita por Diane


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um Pássaro Psicopata na Cozinha


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais please



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Era por volta de meia-noite, a lua refletia no orvalho da grama enquanto as estrelas reluziam.

Sentada sobre uma rocha elevada no monte onde podia ver toda Narnia embaixoestava uma garota de pele morena clara. Os olhos escuros reluziam de raiva e os longos cabelos castanhos tremulavam com o vento.

Qualquer um que visse a cena acharia que era uma simples jovem tomando o ar da noite. Mas não, ela não era uma simples jovem camponesa, ela era a maior inimiga de Narnia. Um dia ela fora princesa dessa terra, pensou enquanto contemplava a vista. No mesmo instante ela sentiu ódio de si mesma por não ter percebido o que acontecia anos antes. Ela fora iludida por longos anos.

Ah, mas agora não. Ninguém mais a pararia. Nem mesmo Aslan.

^.^

New York, 06 de julho de 2014

Acordei caindo ... da cama.

A pior coisa do mundo é acordar caindo da cama, existe um sério risco de você achatar a cara na queda. Acredite, não é um modo muito legal de acordar, geralmente considero isso como azar logo na madrugada.

Caso desejem saber, meu nariz não gostou da queda.

Desde o meu aniversário de dezesseis anos estou tendo sonhos estranhos. O sonhos são como cenas, tão reais que parece ser impossível que seja um simples sonho. E o pior depois que acordo, não consigo mais fechar os olhos e dormir, é como se as cenas se repetissem enquanto estou de olhos fechado. Pode parecer drama falando assim, mas se fosse você garanto que não iria gostar nada.

Eu não conseguiria dormir, então fui para a cozinha tentar achar alguma coisa para comer no armário. Geralmente quando faço isso minha mãe fica furiosa, e olhe que é raro conseguir irrita-la.

No armário tem todo tipo de coisas gordurosas e deliciosas que você possa imaginar : Cheetos, doritos, biscoitos, chantili, pedaços de pizza para esquentar no micro-ondas... Realmente é um milagre que eu não tenha 200 quilos.

Peguei um salgadinho cheetos e abri. Quando abri ouvi um som estranho, quedefinitivamentenão era o som de um salgadinho sendo aberto.

O som lembrava o ruído de uma faca raspando o ar. Pode não parecer mas uma cozinha pode ser bem aterrorizante de madrugada. As sombras lançadas pelos armários e mesas deixam com um aspecto assustador e o silêncio é suficiente para assustar.

Christine Maureen Caudermoon, você não devia ficar assistindo filmes de terror antes de dormir,pensei.

Nesses dias eu ando particularmente assustada com qualquer coisa, um único ruído pode ser capaz de me fazer pular.

Eu geralmente prefiro pensar que isso é efeito de assistir filmes de terror demais.

Novamente o barulho se repetiu. E eu senti vontade de sair correndo da cozinha e ir dormir no quarto da minha mãe, mas tenho certeza que isso não pareceria muito heroico.

Deve ser só a Idia unhando o sofá, pensei tentando me acalmar.

Isso não funcionou. Sabia que isso não era o som da minha gata unhando o sofá.

Espera um pouco, desde quando eu sou uma garotinha assustada ? Poupe-me, não vou sair dessa cozinha correndo !

Eu não sou o tipo de menina que sai correndo e gritando. Eu iria ficar naquela cozinha até descobrir o que estava fazendo esse barulho estranho. Sim, eu sou teimosa e irritante.

Então de repente senti meu braço queimar e depois eu senti algo escorrer dele. Sangue.

Tinha alguém oualgona minha cozinha que fez isso.

A maioria das pessoas teriam um colapso cerebral causado por medo se isso acontecesse com elas. Mas eu nãosoua maioria das pessoas.

Eu fiquei furiosa, é claro. Como alguém tem a ousadia de invadir a minha casa e depois me cortar?

Meu braço estava sangrando muito, quase formando poças de sangue no chão. Era impossível que um corte pequeno pudesse sangrar tanto...

Pense, pense Christine

Tirei a minha blusa de moleton e amarrei-a de modo que estancasse o sangue do braço. Mais tarde possivelmente eu teria que levar pontos no braço.

Novamente eu ouvi aquele som estranho.

Dessa vez fui rápida, me virei a tempo de ver a coisa.

Era uma espécia de ave de rapina, com penas pretas reluzentes. Eu teria achado que era um passarinho normal se ele não tivesse olhos vermelhos e fosse do meu tamanho. Bem, vai ser preciso uma gaiola bem grande para prende-lo, com certeza.

Resumindo, ele não é um passarinho normal.

Ok, ok. Tem um pássaro gingante e psicótico na minha cozinha, será que dá para ligar para o IBAMA ?

–--Filha da noitee shsh -–- sibilou ---Hoje você sera minha refeição. Traidora! Cruel!

Talvez eu tenha entendido errado mas, tive a leve impressão que aquele "adoravél" animal pretendia me fazer delanchinho noturno.

–--Ah, eu não acho simpático chamar uma pessoa de traidora e cruel. Também não acho simpático almoçar seres humanos inocentes. Que tal comermos um salgadinhos cheetos enquanto conversamos amigavelmente ? --- Sugeri sorrindo.

Opassarinhorosnou, talvez ele não gostasse muito de cheetos...

–--Traidora! Assassina ! ---Ele berrou.

Por um momento fiquei confusa, é muito estranho ter um pássaro psicótico te chamando de assassina e traído. Obiviamente ele devia estar me confundindo com alguém, é claro. Nunca matei ou traí alguém, exceto uma vez que dei uns peixinhos de aquário para minha gata comer, mas tenho a leve impressão que meu amiguinho passarinho não estava se referindo a isto.

Nem tive tempo de pensar, o animal voou na minha direção com o pico afiado apontado para o meu pescoço. Instantaneamente, me abaixei e o bichinho bateu o bico na parede.

Logo em seguida ouvi um estrondo. Por incrível que pareça, o animal atravessou a parede, deixando um buraco enorme nela.

Ele era um pássaro psicopata assassino de paredes !

Isso era estranho, com todo esse barulho, minha mãe deveria ter acordado ... Muito suspeito ...

Em menos de um segundo o pássaro estava de volta. Eu realmente precisava fazer alguma coisa, senão eu iria virar comida de passarinho psicopata. E virar comida de passarinho não é modo muito heroico de morrer.

Então tive uma ideia louca. Era suicidio, mas era melhor que virar comida de passarinho.

Peguei um dos pratos da pia e joguei no animal. Não causou muito dano mas foi o suficiente para deixar ele confuso, certamente ele nãol pensou que eu seria tão doida a ponto de jogar a louça nele.

Eu aproveitei esse momento e comecei a jogar as louças nele. Pratos, panelas, copos, tudo voando pela cozinha. Pelo menos isso tinha um lado bom, amanhã se eu sobrevivesse eu não teria que lavar a louça, já que tudo era cacos.

Caramba, a mamãe vai surtar quando ver a cozinha,pensei quase rindo.

A pia estava vazia e o pássaro no chão. Pode não parecer, mas pratos voadores causam sérios danos á saúde de animais gigantes.

O bicho estava quase morto. Eu bem que podia deixar ele ali e chamar minha mãe para ver o que achei na cozinha, mas não, vai que ele não estivesse tão ruim e me atacasse por trás ?

Peguei uma faca grande de cortar carne e arremessei no peito do animal.

–-- Olhe, eu não queria fazer isso, mas era eu ou você.

^.^

Entrei no quarto da minha mãe correndo.

Antes que a conheça quero dizer algumas coisas sobre ela : Minha mãe ésimplesmenteuma pessoa maravilhosa. Ela se chama Elayne Caudermoon e tem 41 anos. Conheceu meu pai quando tinha vinte e dois anos, e três anos depois eles se casaram. Quando ela estava grávida de mim meu pai morreu num acidente de carro, nem deu tempo de eu conhence-lo. A maioria das mulheres viúvas que eu conheço, são senhoras depressivas e chorosas, minha mãe obviamente não é assim. Ela trabalha na NASA, é uma pessoa simática, embora tenha um gênio forte e seja um pouquinho irônica, coisa que herdei dela.Fisicamente não sou parecida com ela, embora tenhamos feições do rosto parecidas. Ela é bem branca, tem cabelos claros e olhos cinzas, e eu tenho pele morena clara e cabelos cor de chocolate. Embora tendo 41 anos, minha mãe aparenta ter por volta de 25, quem vê ela na rua acha que ela é minha amiga ou irmã, não minha mãe. Sempre que pergunto o segredo da juventude dela, ela ri e diz " Um dia você vai saber".

–-- O que foi ? --- Ela perguntou abrindo os olhos.

Olhei para o meu braço. A blusa ainda estava amarrada nele, mas não estava coberta de sangue como estava antes. Ergui a blusa e vi : meu braço estava liso, sem nenhum arranhão.

–-- Nada --- disse e sai correndo do quarto antes que ela pudesse fazer mais perguntas típicas de mãe.

Quando passei na cozinha percebi algo estranho. A cozinha esta intocada, a louça estava na pia, a parede estava sem nenhum arranhão.

E não tinha nenhum sinal que algo havia acontecido.

–-------

Leiam as notas finais caso desejem entender a História.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu sei. Vocês não entenderam nada.A história vai ficar muito confusa, vocês só vão entender o que está acontecendo daqui uns capitulos. Outra coisa, para entender a história vocês tem que ler o texto em itálico. Sei que a maioria que vai ler isso já leu A Princesa do gelo. Tenho coisas a esclarecer para eles :Lembra daquela adorável época que eu postava um capitúlo todo dia ? Não vai dar mais meus pais não gostam que eu escrevo na net e agora o PC está na sala,ou seja, eu vou demorar para escrever capitulos disfarçadamente. Vai ser um capítulo por semana no máximo. Sei que também devem estar se perguntando : Oque esse cap tem a haver com a Diana, eu respondo : Tudo.Daqui uns caps vocês irão descobrir quem é a Christine.