Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Geeente, eu sei que demorei um pouco para postar, mas acho que esse capitulo ficou bem legal, espero que gostem! Beijão e deixem reviews! ;P



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P.O.V. Bill


 


Assim que Jane abriu a porta com aquela cara de louca (O.o), ela logo suspirou, sabendo que alguma coisa tinha acontecido.


 


- Você se descontrolou, não é Liza? – disse Jane olhando calmamente para Elizabeth, enquanto estávamos encharcados lá na porta.


 


- Eu não tive culpa! Eu falei umas dez vezes que era pra gente conversar em casa e ele continuou insistindo! Aí deu no que deu! O motor do carro deu perda total e tivemos que vir caminhando até aqui e eu estou morrendo de frio e ele só reclamou o caminhou inteiro e eu acho que peguei uma pneumonia e... ATCHIM! – ela própria se interrompeu com um espirro.


 


- Vamos Liza, você tem que tomar um bom banho e tirar essa roupa molhada antes que realmente fique doente – disse Jane rebocando Elizabeth para dentro de casa.


 


Fiquei parado lá na porta igual um retardado até que ouvi Jane gritar lá de dentro:


 


- Entre Bill! Fique à vontade, Michael está na sala olhando televisão!


 


Entrei hesitantemente e logo vi um cara sentado no sofá assistindo um programa sobre músicos da década de oitenta. Só podia ser o tal Michael.


 


 


MICHAEL 


 


Sentei em uma poltrona mais afastada de onde ele estava e o encarei de cima a baixo. Apesar de ser homem até eu tinha que admitir que ele dava de dez a zero em mim T-T. é, baixa auto-estima pegando brabo.


 


Michael virou para onde eu estava e, quando viu quem eu era, logo abriu um sorrisão. Eu, hein, sou homem, totalmente heterossexual e gosto de MULHER, então PARA DE ME OLHAR ASSIM, DESGRAÇA!


 


- Prazer, sou Michael, o namorado da Jane. Você deve ser o Bill, do Tokio Hotel, não é? – disse ele indo para o outro lado do sofá, aproximando-se de mim.


 


 Prazer Capitão Óbvio, você adivinhou tudo isso sozinho? ¬¬’


 


- Prazer – eu respondi me afastando um pouco com a minha poltrona dele.


 


- Sabia que eu também sou cantor e toco numa banda? O problema é que minha banda definitivamente não é tão conhecida como a sua!


 


Dei um sorriso forçado. Caralho, a pirralha me mete nas piores situações até quando não tem intenção.


 


- Mas olha cara, não foi legal o que você fez com a Liza! – ele disse pondo a mão no meu ombro. - Ela não merecia isso! – eu já estava me coçando para tirar aquela mão de mim. - Você devia ver a cara dela enquanto ela estava aqui, parecia que ia matar alguém, só mesmo a Jane para acalmar a Liza quando a garota fica assim.


 


PORRA MEU, SERÁ QUE O CARA PRECISA REALMENTE MANTER CONTATO FISICO ENQUANTO FALA COM ALGUÉM?!


 


- É, eu imagino... – eu disse com a maior calma do mundo enquanto tirava a mão dele discretamente do meu ombro.


 


- Pois é, foi assustador! Eu nunca tinha visto a pequena daquele jeito! – disse Michael se recostando no sofá, encostando os braços na cabeceira para se sentir mais confortável.


 


E eu mais desconfortável, já que quando ele abriu os braços o cheiro de asa tomou o ambiente.


 


Jane, Samara, por favor, me salvem!


 


P.O.V. Elizabeth


 


- Garota, para de tremer, pelo amor de Deus! Você já está me assustando! – disse Jane esfregando meus braços que estavam cobertos pela toalha.


 


Eu tinha acabado de sair de um banho super quente, e ainda assim morria de frio.


 


- Vem, vou te conseguir uma roupa bem quente, precisamos dar um jeito nessa tremedeira! – disse Jane me levando para seu quarto, abrindo o guarda-roupa e tirando uma roupa qualquer de lá para eu poder vestir. – Agora se vista que eu vou rapidinho até a cozinha fazer um chá de camomila para você, ok?


 


Eu sorri com isso. Jane sabia que eu amava chá de camomila e sempre me tratava como uma irmã mais nova. Quem me dera eu tivesse a sorte de meu pai deixar eu ficar aqui na casa da Jane enquanto ele morava em Munich!


 


- Tudo bem, Jane, vai lá, eu não vou demorar muito aqui também – eu disse, já começando a me trocar.


 


P.O.V. Bill


 


Depois de muito eu rezar e ouvir aquelas merdas que o Michael me falava enquanto insistia com o contato físico, Jane passou pela sala correndo em direção a outro cômodo. Com muita delicadeza, eu saí da sala pedindo licença e fui ao encontro da Jane, na cozinha onde ela mexia rapidamente nos armários, procurando algo.


 


- Hey, Jane! – eu chamei.


 


Sem se virar na minha direção, ela respondeu:


 


- Desculpe, Bill, não posso falar agora, estou procurando um remédio para gripe ou algo do tipo e tem que ser rápido, então será que você pode voltar para a sala e ficar mais um pouquinho lá com o meu namorado até eu e a Liza irmos até lá?


Saco, quando eu penso que vou me salvar ela me manda ficar mais um pouco com aquela coisa que chama de namorado.


 


- Claro, sem problemas! – eu respondi desanimado enquanto me arrastava de volta para a sala.


 


Maldito dia que eu resolvi dormir até tarde!


 


P.O.V. Elizabeth


 


Já estava pronta, mas continuava tremendo de frio. Fui até o armário da Jane e peguei um cobertor, me enrolei igual um croquete e sentei na cama, esperando ela vir.


 


- Liza, vem, vamos para a sala, aparentemente o Bill não gostou muito do Michael e teremos que salvá-lo do meu namorado extremamente falante! – disse Jane chegando no quarto e me entregando a xícara do meu chá e um remédio para gripe.


 


- Por mim podia deixar ele morrer de tédio – eu murmurei enquanto engolia o remédio com um bom gole do meu chazinho.


 


- Conversaremos sobre isso na sala – avisou-me ela e logo eu soube que não sairia imune sem um bom sermão.


 


P.O.V. Bill


 


Quando eu estava prestes a me matar por não agüentar mais Michael falando sobre a porcaria da banda dele e sobre como eu poderia dar um jeito para a banda dele abrir os nossos shows e aquela merda daquele contato físico que ele INSISTIA em manter, Jane chegou na sala rebocando uma Samara nem um pouco bem.


 


Ao me notar, só faltava a Samara soltar labaredas pelos ouvidos, enquanto Jane me analisava, vendo que eu continuava molhado.


 


- Você bem que podia ter emprestado uma roupa sua para o Bill, amor! – disse Jane para seu namorado.


 


Samara deu uma risada debochada.


 


- Acho que ele terá que pegar emprestado uma roupa sua, Jane! As do Michael são muito grandes para o Bill – disse Samara dando-me um sorrisinho.


 


O pior é que ela estava certa. Vocês viram o tamanho do cara? Ele era enorme!


 


- Duvido que uma roupa minha serviria nele – disse Jane descartando a idéia com a mão.


 


- Acredite, serviria! – ela disse enquanto sentava na poltrona que tinha ao meu lado, o único lugar que tinha sobrado já que Jane ocupou o assento no sofá ao lado do namorado dela.


 


- Eu estou aqui – eu falei, já sabendo que ela me cortaria.


 


- E daí? – ela disse como se não se importasse nem um pouquinho com o fato de eu estar no mesmo ambiente que ela e ainda assim ela estar falando mal de mim.


 


O que era a verdade.


 


Eu bufei. Sabia que ela falaria aquilo e ainda assim meti meus dedos na frente dela para ela poder cortar. Eu devo gostar de ter meus dedinhos decepados, já que a garota está toda hora me cortando. Graças a Deus não literalmente, é claro.


 


- Quer ajuda para catar os dedinhos? – perguntou Michael extremamente solidário.


 


É sério, eu normalmente sou uma pessoa totalmente contra a violência, mas eu estou totalmente disposto a bater nesse cara que aparentemente não tem cérebro.


 


- Tudo bem, parem de briga vocês dois, foi por causa de uma dessas que vocês estão aqui, a Liza totalmente mal e o Bill completamente molhado... – começou Jane, mas Elizabeth a interrompeu:


 


- Mas...


 


- Não quero saber! Eu pedi para você se controlar e você não me ouviu! Eu falei umas quinhentas vezes que não era para você discutir no carro, com toda essa chuva e você NÃO ME OUVIU! E você! – Jane apontou para mim, levantando a voz conforme falava – Você tinha um compromisso! Liza é menor de idade, não tem carteira, não tem idéia de como chegar em casa, não tem o endereço e NUNCA pegou um ônibus! Ela tinha te avisado um milhão de vezes para não esquecer e ainda assim VOCÊ ESQUECEU! – ela parou de brigar um pouco e tentou se acalmar, tomando fôlego. – O que eu faço com vocês dois?


 


Eu e Samara estávamos de cabeça baixa, ouvindo o sermão. Ambos sabíamos que Jane estava certa, mas eu tinha certeza que tinha feito uma burrada maior que a de Lizzie.


 


Elizabeth levantou a cabeça humildemente e baixinho, falou:


 


- Nos leva para casa? – isso mais soou como uma pergunta, é claro.


 


Jane bufou.


 


- Eu tenho pena do Tom que convive com vocês dois juntos diariamente! Eu já consegui me estressar em um único dia que vejo os dois um perto do outro, que dirá o coitado que convive com as brigas de vocês a cada segundo! – disse Jane pegando a chave do carro e levantando, caminhando em direção a porta.


 


Logo a Samara a seguiu e eu saí caminhando rapidinho atrás delas. Nunca mais eu voltava aqui quando o louco do namorado da Jane estivesse por perto!


 


- Tchau, Bill! Foi legal te conhecer! Pensa bem sobre aquilo que eu te falei! Seria muito maneiro viajarmos juntos em turnê com a minha banda abrindo os shows da sua! – gritou Michael quando eu já estava praticamente fora da casa.


 


Apenas abanei e o mais rápido possível entrei no banco de trás do carro da Jane, que dirigia com uma Samara enrolada igual um croquete no cobertor no banco do carona.


 


Com um silencio profundo no carro, fomos até em casa sem dizer uma palavra além de mim que indicava por onde Jane tinha que ir.


 


Chegando em frente à casa, Samara se desenrolou do cobertor e pegou um guarda-chuva, descendo do carro e correndo até a porta, deixando-me para trás para eu subir todos aqueles degraus embaixo da chuva.


 


Sem querer começar uma nova discussão, apenas me chacoalhei como um cachorro molhado para tirar o excesso de água antes de entrar em casa.


 


- Sabe, se a Jane que mal me conhece já deu esse sermão, estou com medo do que o Tom vai dizer! – eu comentei, realmente com medo do meu irmão.


 


Pela primeira vez no dia Samara concordou comigo e nos dois fomos passo ante passo em direção ao resto da casa, tomando um susto ao ouvir um barulhão vindo do quarto do Tom.


 


Nós dois viramos os olhos e começamos a andar normalmente em direção ao quarto do meu irmão, abrindo a porta estrondosamente e vendo ele deitado na cama dormindo e roncando igual um porco gordo.


 


- Acho que não teremos que nos preocupar com o sermão do Tom tão cedo! – disse Samara enquanto caminhávamos pelo corredor, ela indo em direção ao seu quarto e eu caminhando em direção a cozinha.


 


- Será que poderíamos não contar ao Tom sobre o incidente, deixando ele nos dar sermão apenas sobre o carro batido? – eu pedi com uma ultima esperança que ela me perdoasse pelo menos um pouco.


 


Elizabeth olhou bem para a minha cara, totalmente incrédula, mas logo relaxou a expressão e olhou maliciosamente para mim.


 


- Claro, no entanto o resto da semana a responsabilidade de me levar e buscar é sua! E é bom você não me esquecer, a menos que queira que eu conte o que aconteceu hoje para o Tom! – ela disse entrando no quarto e batendo a porta na minha cara, me deixando de boca aberta olhando para o nada.


 


Suspirei derrotado. Tudo para não dar o gostinho do Tom saber que ele fez uma coisa mais correta que eu!


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