31 days in New York escrita por Beatriz


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey! Prontas para mais um dia na vida de Aurora em NY? Hoje ela vai ter uma baita dança com... Leiam para descobrir.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520063/chapter/3

02 de julho de 2014

Acordei com o despertador gritando freneticamente, estava cansada, havia ido dormir muito tarde tentando instalar alguns programas no notebook e agora precisava levantar cedo para ir ao curso.

Hoje começaria as aulas, as próximas duas semanas seriam de curso de inglês todos os dias, das oito da manhã às duas da tarde, mas eu estava animada, afinal vim aqui para isso.

Bom dia. cumprimentei as duas mulheres da recepção do hotel e sai em direção ao Starbucks.

Eu não podia ter escolhido um hotel melhor, era praticamente em frente ao Central Park, há um pouco mais de 10 minutos da Times. Comprei um frappuccino de morango e fui direto para o curso que não ficava longe dali.

Apesar do calor, não era ruim andar isso tudo, eu ia caminhando devagar, tinha tempo, tirava fotos, admirava as lojas, os carros, as pessoas, tudo. Estava completamente maravilhada.

***

Depois de quatro horas de aula com apenas uma pausa de quinze minutos, finalmente fomos liberados para almoço. Tínhamos trinta minutos e eu estava morrendo de fome, o frappuccino havia sido tudo o que eu havia ingerido desde cedo.

–Olá. - uma menina me cumprimentou. Ela tinha cabelo cor de rosa e bem lisinho na altura dos ombros e o olho bem puxadinho. Acho que o nome dela era Yoko, me lembrava dela da hora das apresentações.

–Olá, Yoko, certo?

–Sim, e você é Aurora? ela falou meu nome de um jeito fofo e engraçado.

–Sim, eu mesma. Indo almoçar?

–Sim, e vim saber se você não quer ir comigo. Eu odeio ficar andando sozinha então tomei coragem de te chamar, você parece legal. - dei um sorriso para ela e concordei em almoçarmos juntas.

***

Faltando cinco minutos para as aulas recomeçarem, eu e Yoko saímos do restaurante que ficava praticamente ao lado do prédio onde se localizava o curso e foi então que o vi.

–Só pode ser o destino. - ele deu aquele sorriso sexy e ao mesmo tempo irritante porque tinha um ar de sarcasmo.

–Eu não acredito, o destino está sendo muito ruim comigo. - falei cruzando os braços e parando na frente dele.

Yoko olhou para ele e depois para mim com uma cara de não estou entendendo nada não a culpo, nem eu entendi porque o destino estava fazendo aquele brincadeira de mau gosto comigo.

–Olá querida, como vai? - ele pegou a mão de Yoko e a beijou. Mas o cara era demais mesmo.

–Vou bem, prazer em conhece-lo.

–O prazer é todo meu de conhecer uma mulher tão bonita como você.

–Ok, já chega. Vamos Yoko, não perca seu tempo com ele.

–Nossa, é assim que se tratam os amigos? - tive que rir. Amigos?

–Adeus. - peguei a mão de Yoko e sai puxando-a e o deixando para trás.

–Porque você o tratou assim? Ele parece tão legal, vocês brigaram?

–Não, eu nunca briguei com ele, porque eu não o conheço.

–Vocês pareceram estar brigados.

–Vai ver é porque nunca nos intendemos, na verdade.

***

Já era noite e eu estava no hotel me arrumando para sair com Yoko e outra menina do curso chamada Verena. Ela era alemã e muito fofa. Iriamos para uma boate bem famosa que só era permitida para maiores de 21 anos, mas pessoas a partir de 18 podiam entrar contanto que não consumissem qualquer bebida alcoólica.

Depois de alguns minutos no trânsito eu encontrei as meninas na frente da balada e fomos para fila. Estava bem grande, mas não iriamos voltar atrás.

Após quase uma hora na fila nós finalmente entramos e o local estava simplesmente lotado, música alta, gente dançando e bebendo para todos os lados. Socorro, cadê o ar desse lugar.

–Garotas, tem certeza que nós vamos ficar aqui... Não consigo nem respirar direito de tanta gente.

–Vamos sim, nem que seja por uma hora. Passamos um tempão na fila para nada? - Verena disse.

–É, vamos ficar nem que seja uma horinha, depois a gente sai andando por aí e procura outra coisa para fazer.

Fomos até o bar e pedimos uma água para ver se o calor melhorava. Depois de alguns minutos resolvemos nos arriscar na pista de dança.

–Aurora! - Yoko gritou meu nome, tentando fazer com que sua voz se sobressaísse no meio de tantas outras.

– Sim. respondi o mais alto que pude.

– Aquele não é o seu amigo não amigo? - percorri meus olhos até onde Yoko havia apontado e o holofote focava bem nele e nas quatro, não, seis garotas que o cercavam.

–É, é ele, mas vou fingir que não vi e acreditar que Deus ainda me ama.

–Quem é? Porque você não gosta dele?. - Verena assumiu um ar de curiosidade mórbida e Yoko logo nos puxou de volta para o bar para lhe contar tudo que eu a havia contando sobre Cristopher. O japonesinha fofoqueira.

–Sério que você não dá nem uma chance de nada para ele? Certo que ele parece metido e arrogante pelo o que a Yoko falou, mas se ele é bonito, o que tem demais você ficar com ele? Não vai ser para sempre, afinal você vai embora ao fim do mês. - Verena era louca? Eu aqui achando que ela era uma menina fofa e inocente e a menina me mandando ficar com o louco do restaurante.

Não, absolutamente não. E nunca ficaria com uma pessoa só para ter alguém por uma noite e só.

–Quando eu digo que o destino está trabalhando ao seu favor... - Deus, porque?

Virei-me devagar sabendo que eu veria os olhos azuis de Cristopher ou O louco, chame como quiser, e o sorriso sexy/lindo e agora com o adicional sarcástico.

– Ao meu favor? Bem, não vejo nada ao meu favor ocorrendo por aqui.

– Mas eu vejo em dois dias você viu minha beleza três vezes. ri alto.

–Na lista dos convencidos você passou quantas vezes? Umas 1000? - ele chegou mais perto, perto demais.

–Posso até ser convencido, mas é porque sei o qual lindo eu sou e sei também que aí dentro você está louca para dançar comigo. - o empurrei e levantei do banco. Yoko e Verena riam discretamente. Só elas e aquele convencido estavam achando graça daquilo tudo.

– Primeiro: você nunca conseguiria acompanhar meu ritmo, eu sou brasileira, nem todos os brasileiros sabem dançar como vocês estrangeiros pensam, mas EU sei. E segundo: eu N-Ã-O quero dançar com você.

Peguei minha bolsa e sai andando, mas é claro que ele me impediu.

–Vamos fazer o seguinte, você dança comigo e arrasa e mesmo que eu te veja peladinha na minha frente eu não vou nem passar na mesma calçada que você, mas se você não dançar eu vou achar você até no inferno.

Respirei fundo uma, duas, dez vezes e resolvi topar o desafio. Eu era boa, eu sabia que era.

–Aceito. - entreguei minha bolsa para Verena peguei na mão de Cristopher e sai para o centro da pista de dança.

O DJ então colocou uma música que reconheci rápido, Promiscuous da Nelly Furtado, a música era antiga, mas lembrava bem da letra e do ritmo.

–Essa é para você. - ele sussurrou no meu ouvido.

No inicio fiquei meio pressa, estava envergonhada, e estar perto dele era como ser a árvore de natal da Times Square, todos queriam ver, mas eu precisava me soltar, era minha chance de me livrar dele, apesar de algo me dizer que ele não cumpriria a promessa.

Aproximei-me mais dele e então deixei o meu corpo se comportar sem interferência da minha consciência. Quando vi estava com minhas duas mãos em seu peito e fui descendo a mão pelo seu corpo, que abdômen, desci até o chão me levantando da forma mais sexy possível. Peguei em sua mão e rodei e comecei a desfilar. Ele me olhava com ar de desejo e eu estava chocada comigo mesma. Eu nunca havia feito aquilo ou qualquer coisa parecida, na verdade eu nunca havia beijado ninguém e sim eu ia completar 19 anos em poucos meses.

Dei a volta e o deixei de costas para mim, as pessoas começavam a abrir espaço para o nosso show fiz alguns movimentos bem próxima do corpo de Cristopher e depois voltei a encará-lo.

–Agora é sua vez. - ele me encarou por alguns segundos e respondeu.

Na hora certa.

Timbaland: Promiscuous girl
Wherever you are
I'm all alone
And it's you that I want

Nelly Furtado: Promiscuous boy
You already know
That i'm all yours
What you waiting for?

Timbaland: Promiscuous girl
You're teasing me
You know what I want
And I got what you need

Ele não era um dançarino, mas saiu dançando de uma forma sexy e que fazia as pessoas gritarem.

Aquela música, que eu achava até legal antes, estava começando a me irritar. A música insinuava coisas que eu com toda certeza não sentia por ele. A música chegou ao fim depois de dançarmos mais um pouco.

–Fiz o prometido, nunca mais fale comigo ou ande na mesma calçada que eu estiver passando. - eu ainda estava com o corpo colado no dele e ele me segurava com força.

–Mas bem, você não se saiu tão bem quanto eu. - em momento nenhum foi dito que aquilo seria uma aposta.

–Isso não foi uma aposta, foi um favor, você nunca teve uma mulher como eu em suas mãos.

–Tem razão querida, eu não tive apenas uma mulher como você, eu tive várias.

Foi à gota. Descolei meu corpo do dele e fui em direção à saída. Após uns cinco minutos, Verena e Yoko apareceram e disseram que eu havia arrasado, mas eu nem dei bola, peguei o primeiro taxi que apareceu e fui para o hotel. Eu definitivamente odiava Cristopher Homell... Calma, até o sobrenome dele eu lembrava agora... Quem ele achava que eu era? Uma daquelas garotas que pareciam querer fazer de tudo para ser a escolhida da noite? Eu definitivamente o odiava.

03 de Julho

Sair para a balada ontem a noite não havia sido uma boa ideia. Primeiro porque eu havia encontrado aquele idiota e ele estragou minha noite e segundo porque acabamos chegando depois da meia-noite e as meninas resolveram ficar um pouco comigo no hotel e nós conversamos até bem tarde.

Estava terminando de trocar de roupa para ir a aula quando meu celular começou a tocar, era minha mãe. Assim que cheguei nem NY liguei para ela e depois disso não havia dado mais nenhuma notícia.

–Mate sua mãe do coração Aurora. - ela nem começou com um "Bom dia, como está a viagem?".

–Desculpa mãe, eu esqueci totalmente, saindo para conhecer a cidade, as aulas que já começaram, estou perdida com o tempo.

–Vou perdoar dessa vez, mas tente me enviar nem que seja uma mensagem. Você está do outro lado do mundo, fico preocupada.

–Pode deixar, irei enviar nem que seja uma mensagem de "MÃE TO VIVA AINDA."

–Ok, você está fazendo o que agora?

–Estou saindo para aula agora e por isso vou ter que desligar.

–Ok então, cuidado, amo você e compre presentes para mim. - ri e depois me despedi.

***

Cheguei no curso alguns minutos atrasada, mas por sorte a professora, que por sinal era muuuito fofa, ainda não havia chego.

Verena e Yoko estavam sentadas juntas no fundo da sala e quando me viram pararam a conversa que estavam tendo antes e ficaram sérias.

–Hey! Não posso ouvir a conversa? Eu cheguei e vocês ficaram com essa cara. - Yoko levantou-se e disse para que eu me sentasse.

–Jura que você não vai me matar? - Verena virou-se para mim e estava com uma cara de preocupada.

– Verena, o que foi? A gente se conheceu ontem e já estamos no nível do assassinato? - Falei brincando.

–Por favor, jura.

–Ok, eu juro. - Verena respirou fundo três vezes e então falou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam da noite de Aurora na balada. O que será que Verena fez?
ATENÇÃO: HOJE TERÁ MAIS UM CAP TAMBÉM DO DIA 3 DE JULHO PARA QUE FIQUE COM AS DATAS BEM CERTINHAS. ELE SERÁ POSTADO ÁS 20:00.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "31 days in New York" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.