31 days in New York escrita por Beatriz


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o penúltimo cap :' (. espero que vocês gostem desse penúltimo cap e do último que será postado hoje, dia 31, e PRESTEM BEM ATENÇÃO: terá epílogo amanhã.



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30 de julho

Havíamos pego o resultado da prova no curso e todos, eu, Verena, Gale e Yoko, tiramos nota máxima. Pegamos os nossos certificados, Kaya fez um pequeno discurso agradecendo a todos que haviam escolhido aquela escola para estudar e depois disse para aproveitarmos o resto da nossa viagem e nos desejou felicidades.

Sempre que eu olhava para ela lembrava de Cristopher. Será que eles iriam para sempre sem falar um com o outro? Eu sabia que Kaya queria uma chance de reaproximação, mas Cris, nas duas vezes que falei sobre ele tentar conversar com ela, ficou bravo e disse que não falaria com ela de jeito nenhuma, preferia conversar com um bêbado a falar com ela.

–E aí, tudo certo para a comemoração na casa do Cris? – Gale perguntou quando já estávamos na porta do edifício onde ficava o curso.

–Sim, claro, ele está super animado sabia?! Ele está vindo me buscar, vamos passar em um supermercado para comprar algumas coisas e de lá vamos para o apartamento dele arrumar tudo.

–Vocês não querem ajuda? Eu posso encontrar vocês lá. – disse Yoko. Eu estava com um pouco de pena dela. Seriamos dois casais e ela sozinha, o namorado estava do outro lado do mundo.

–Não Yoko, não vai ser nada de mais, conseguimos fazer tudo sozinhos.

–Tudo bem então.

Alguns minutos depois Cristopher chegou me despedi do pessoal, confirmamos a hora mais uma vez e eu entrei no carro de Cris.

–Hey. – ele falou me dando um beijo. – Você está muito bonita hoje, mas do que estava ontem.

–Huuum, obrigada. – falei sentindo meu rosto queimar. Essa coisa de ter namorado pela primeira vez era constrangedor.

Eu sempre fui muito tímida para essas coisas, do tipo que nem beijo de filme de amorzinho consegue ver e agora tinha Cristopher que toda vez que me via me dava um beijo na boca, dizia que eu estava linda e sempre falava coisas fofas para mim. Muitas vezes eu ficava surpresa, quem diria que Cristopher poderia ser um namorado tão perfeito, daqueles que eu sempre sonhei. Digno de filme de amorzinho.

–Vamos au supermercado, compramos as bebidas e vamos para o meu apartamento. – ele disse já ligando o carro e saindo da vaga onde estava estacionado.

–Precisamos comprar coisas para decorar também e as comidas.

–Não precisamos não, eu já providenciei tudo.

–Como assim.

–Não queria lhe dar trabalho, então contratei um chef para fazer o jantar e alguns aperitivos e uma pessoa para decorar, mas não se preucupe, disse que eura uma decoração simples.

–Cristopher eu não acredito, isso é um gasto desnecessário.

–Você vai embora em dois dias Aurora, nada que seja para você é desnecessário e mais uma coisa, eu amo quando você fica vermelha quando te elogio.

Eu não falei mais nada, não gostava que Cristopher gastasse sem necessidade, ainda mais comigo e além do mais ele havia lembrado aquele detalhe que estava colado na minha mente e eu não conseguia esquecer. No dia 1º de agosto eu estaria pegando um voo para o Brasil.

***

Depois de compramos as bebidas fomos para o apartamento de Cristopher. A decoração já estava pronta e estava linda e simples. Pendurado no teto havia várias bandeirinhas do Brasil, da Alemanha, do Japão e também dos Estados Unidos. No centro de mesa que havia na sala haviam potes com alguns aperitivos e em volta do centro almofadas grandes para sentar. Os dois sofás estavam encostados na janela deixado a sala mais espaçosa para dançar. Vi que na escada havia um caminho de velas e perguntei a Cristopher o porque delas, mas ele disse que eu só descobriria mais tarde.

–Hey Cris, espero que os aperitivos estejam de seu agrado. O jantar já está pronto, antes de consumi-lo deem uma pequena esquentada.

–Muito Obrigada Mike, mande beijos para Mary e para as crianças.

–Claro mandarei, você tem que ver o Rich e a Naomi, nem parece que nasceram a alguns dias.

–Irei lá em breve, prometo.

Eles deram aqueles abraços de homem que parece que a verdadeira intenção é esmurrar o outro e depois Mike virou-se para falar comigo.

–Aurora, você tem nome de princesa, mas é uma fada viu. Qual foi o feitiço que você usou para concertar esse daqui?

–Hahaha, ele só precisava de alguém para ajustar os parafusos que estavam soltos na cabeça dele. – Mike riu e depois foi em direção ao elevador guiado por Cristopher.

–Está vendo? Decoração simples, nada de mais.

–Ainda quero saber sobre as velas e o Mike é aquele amigo que você foi ver os filhos na maternidade?

–Sobre as velas eu já disse que só mais tarde e sim, é ele mesmo. Ele e a Mary namoram desde o colégio, os dois são de Londres, mas se mudaram para cá por causa de ambas as profissões, a Mary é atriz e o Mike chef de cozinha, eles receberam propostas de emprego aqui e acabaram se mudando, sempre tentaram me ajudar, mas só você conseguiu.

Ele veio me abraçando e começou a beijar o meu pescoço e depois foi subindo para a minha boca e ficou lá durante um bom tempo.

Nós saímos andando até achar o sofá que agora estava lá perto da janela e nos deitamos. Cristopher sempre ficava fazendo caminhos pelo meu corpo o que me dava nos nervos, pois meus hormônios ficavam loucos. Eu ainda era virgem, mas com 18 anos os nossos hormônios começam a ficar nervosinhos demais a qualquer oque mais intimo e Cristopher parecia saber disso. Ele tirou minha blusa e eu puxei a blusa dele que era de botões. Ouvi os botões se espalharem para todos os lados.

–Eu gostava dessa blusa. – ele disse sorrindo.

–Ela estava atrapalhando minha visão – respondo alisando o abdômen dele.

–Cristopher, você não pode fazer essas coisas.

–Fazer o que? Eu só estou te beijando.

–É melhor a gente parar, o pessoal vai chegar e a gente está aqui. – o tirei de cima de mim, coloquei minha blusa de volta e fui até o banheiro.

Comecei a pentear meu cabelo com os dedos e a pensar nos últimos minutos.

Eu não aguentava mais. Quando era mais nova pensava que iria ter um namorado e passaria meses até que eu finalmente chegasse aos finalmentes com ele. Mas eu namorava a 1 semana com Cristopher e as coisas já estavam tão demais para mim. Sempre fui envergonhada com esse tipo de coisa e sempre tive medo. E se eu fizesse sexo com Cristopher hoje e depois, quando eu já estivesse no Brasil ele simplesmente mandasse uma mensagem falando “Hey, tudo bem, então eu percebi que isso de namoro a distância não é para mim, é melhor a gente terminar. Beijos Cristopher”

Escutei vozes e outras pessoas na sala e logo deduzi que o pessoal havia chego. Lavei o rosto e sai do banheiro.

–Hey! – falei abraçando Yoko e Verena que estavam com as malas do lado delas, de lá elas já iriam para o aeroporto voltar para os seus respectivos países e Gale também pegaria o voo para Alemanha duas horas depois.

–Hey, que linda essa decoração, simples e bonita, tem a bandeirinha dos nossos países. – disse Verena animada e já indo até os potes de aperitivo e dizendo que estava tudo uma delicia e lindo e que ela queria um apartamento daquele.

***

Eu, Verena e Yoko ficamos comendo e conversando enquanto Gale e Cristopher falavam sobre carros e depois foram até a sala de vídeo games de Cris. Sim, ele tinha uma sala com vários tipos de vídeos games.

–Meninas, eu preciso perguntar uma coisa a vocês. – eu falei assim que vi Cris e Gale saírem do meu campo de visão.

–O que foi você está vermelha, está tudo bem? – falou Yoko preucupada e já colocando a mão na minha testa.

–É , droga, nunca sei falar essa palavra em inglês, sempre esqueço.

–E eu não sei traduzir alemão. – eu disse rindo.- Mas não é doença, é outra coisa. Yoko há quanto tempo você namora?

–Faz 3 anos que eu estou com o Yoshi, porque?

–Ai meu Deus, não sei como falar isso, estou morrendo de vergonha, mas eu preciso. - respirei fundo e falei. – Você já... dormiu... sabe, sexo... Com seu namorado?

–Era isso Aurora? Nossa não precisava de tudo isso. Eu também tinha vergonha de falar sobre isso, mas hoje em dia eu consigo falar disso melhor. Olha, eu comecei a namorar o Yoshi como 17 anos, eu era virgem e morria de medo da minha primeira vez, com uns 4 meses de namoro nós estávamos sozinhos na casa dele e as coisas começaram a ficar mais quentes sabe. – ela parou e olho para mim, eu devia está vermelha porque ela deu um risinho, mas continuou a história. – Nós começamos a nos beijar e quando via a gente já estava no quarto dele ele então parou e olhou pra mim, eu estava com medo, mas quando olhei nos olhos dele eu vi paixão, amor e a cima de tudo confiança, que queria que minha primeira vez fosse com ele e com mais ninguém então eu balancei a cabeça afirmativamente e então ele disse que me amava e continuou a me beijar. Ele foi tão delicado, perguntava se estava me machucando, foi a melhor noite da minha vida.

–Owwwwww. – foi tudo o que Verna falou.

–Mas porque você quer saber disso Aurora? Você e o Cristopher... – ela falou dando um sorrisinho de lado e me empurrando.

–Não, é, ai gente, eu tenho vergonha.

–Fala logo! – Verena disse impaciente.

–Sabe, a gente namora a uma semana, mas as vezes as coisas começam a ficar quentes demais, mas eu nunca sonhei assim sabe. Eu não quero ser garota de uma noite. Ele já disse que me ama e eu respondi que também o amava, mas sei lá...

–Olha Aurora, eu demorei 4 meses, tenho amigas que namoram a 1 anos e ainda não chegaram aos finalmente com o namorado, mas tenho amigas que no segundo dia já tinha feito sexo, mas isso não quer dizer que ela foram de uma noite.

–Olha Aurora, eu e o Gale já dormimos juntos, sim, sim, eu não contei nada porque sei lá, mas alguns dias depois ele foi me levar até o meu hotel e eu chamei ele para subir, nós ficamos conversando e simplesmente rolou. Ele perguntou se eu tinha certeza e disse que se eu não quisesse não ia me forçar, ele queria o que me fizesse feliz e eu disse que o que me fazia feliz naquele momento era ele, então rolou.

Eu não esperava que Verena e Gale já tivessem... Sabe né, odeio falar essa palavra, fiquei impressionada.

–O que fala não é o tempo Aurora, mas sim se você está segura, se ele é o cara certo e se vocês se amam. – assim que Yoko falou aquilo os meninos voltaram.

–Interrompemos algo? – Gale perguntou indo sentar do lado de Verena e Cristopher veio para o meu lado.

–Estou me sentindo um castiçal. Dois casais do lado e eu aqui.

–Oww meu Deus, coitada. – Cristopher disse bagunçando o cabelo dela.

Nós ficamos conversando e depois de umas duas horas o pessoal disse que tinha que ir embora para o aeroporto. Rolaram algumas lágrima, muitas na verdade, eu chorei, a Yoko chorou e a Verena se afogou nas própria lágrimas, mas nós prometemos manter contato.

–Lembre-se, o que vale é o sentimento, não o tempo. – Yoko falou no meu ouvido antes de entrar no elevador.

Cristopher me abraçou e enxugou as lágrimas dos meus olhos. Ficamos assim por alguns minutos e então ele falou que estava na hora de eu saber o porque das velas.

Nós subimos as escadas e ele me levou até a porta do quarto dele, nesse momento meu coração deu uma batida extra.

–Eu quero que você saiba que isso não é pressão tá? É só uma surpresa de despedida, só para a gente ficar aqui namorando.

Ele abriu a porta do quarto e naquele minuto se meu coração estivesse ligado naquelas máquinas de hospital que acompanham o batimento cardíaco, eu sabia que o hospital todo escutaria as batidas aceleradas do meu coração.


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Notas finais do capítulo

O último cap deve sair por volta das 22:30 e o epílogo amanhã por volta do 20:00



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