Um pedido, um tempo e um casamento escrita por Alexandra Watson


Capítulo 29
Expulsa... Meu orgulho


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vida, tenho uma notícia (que alguns podem considerar boa e outros, ruim): eu finalizei a fic. Tipo, não nesse capítulo, não se assustem, mas finalizei. Tem mais um monte de capítulos precisando ser revisados, mas que no geral já estão prontos. Doeu muito escrever o final da fic e eu juro que comecei a chorar (vocês vão ver porque), mas vi que era necessário, porque deuses, Percy e Annie, assim como todos que possuem alguma parte mortal em sua composição, envelhecem, então eu precisava escrever isso. Não, eu não matei eles, mas tive que finalizar. Era isso.
*Divirtam-se*



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Era um dia normal a princípio. Estava na empresa terminando alguns projetos até que recebi uma ligação.

– Senhora Jackson? Bom dia. Aqui é da escola da Zoe e nós queríamos saber se a senhora e seu marido poderiam vir aqui neste exato momento.

– Bem, eu posso ligar para meu marido e acho que será possível. A Zoe está bem?

– Sim, ela está, foi um problema que aconteceu aqui e que nós precisamos de uma explicação, a qual ela não quer nos contar.

– Irei ligar para meu marido. Obrigada por avisar.

– Obrigada a senhora.

Desliguei e liguei para Percy. Ele disse que estava saindo de uma reunião e já passava para me buscar. Chamei Jane e disse que precisava sair.

Desci e esperei Percy do lado de fora. Quando ele chegou, entrei no carro e disse para ele ir para a escola de Zoe.

– E então? O que aconteceu?

– Eu não faço ideia. Só me ligaram dizendo que aconteceu alguma coisa e que Zoe não queria contar.

– Será que Charlie está bem? – ele já havia entrado na escola também, Zoe estava com sete e ele com quatro anos.

– Ela não mencionou uma vez sequer o nome dele. Mas pode ser qualquer coisa.

Chegamos na rua da escola e meu coração quase parou. A escola tinha dois andares, um parquinho na frente e uma quadra do lado direito. Ao lado esquerdo ficava o estacionamento.

Tanto a quadra, quanto o parquinho estavam destruídos. Brinquedos foram arrancados do chão, a caixa de areia estava com um rastro de um corpo enorme, porém vazio e a rede de vôlei e as cestas de basquetes estavam ambas no chão e pegando fogo.

– Percy ... acho que ...

– É, eu sei.

Entramos na escola e fomos para a secretária. Lá dentro encontramos Zoe sentada em uma cadeira com Charlie no colo. Eu diria um “anw”, pela cena fofa, mas a cara da diretora não era nada boa.

– Senhora Annabeth, senhor Percy – ela se levantou para nos cumprimentar. – Por favor, sentem-se.

Fizemos o que ela disse e escutamos o que tinha a dizer.

– A questão é que, durante a aula de educação física de sua filha aconteceu alguma coisa que ela não quer nos contar.

Olhei para Percy e depois para Zoe. Ela estava olhando para Charlie fixamente, sem desvia para nós ou para a diretora.

– Diretora, a senhora se importaria de nos deixar a sós com eles? – perguntei.

– Claro, fiquem a vontade – ela se levantou e saiu.

Depois que ela fechou a porta, Zoe colocou Charlie no chão e pulou no colo de Percy. Olhei preocupada para ele e ele abraçou-a. Coloquei Charlie sentado em minha perna e passei a mão pelas costas de Zoe.

– Hey, princesa – Percy disse se afastando dela gentilmente. – O que foi?

– Foi horrível, papai – Percy passou a mão por uma das lágrimas que caiam de seu rosto. – Nós estávamos na quadra, brincando de bola, então eu vi alguma coisa se mexer nas árvores e, quando a coisa saiu de lá, era um cão infernal – eu havia dado uma breve aula de monstros para Zoe, para que ela soubesse diferencia-los dos animais. – Ele me atacou e as outras crianças correram. Eu peguei a adaga que a mamãe me deu, que ela deixou comigo em forma de presilha por precaução.

Percy me olhou interrogativamente.

– Magia de Hazel. Não podia correr o risco – dei de ombros.

– Ok, e o que aconteceu depois, Zoe?

– Eu joguei a adaga nele e consegui acerta-lo, não antes que ele tivesse derrubado a rede de vôlei e as cestas de basquete. Eu fui até minha adaga e a recolhi. Já ia dizer as palavras pra ela voltar a ser uma presilha, mas então – ela olhou para Charlie – eu olhei pra trás e vi que tinha um outro monstro vindo e Charlie ainda estava lá, sozinho. A professora gritava seu nome, mas a porta fechou e trancou ela e as outras crianças lá dentro e ... eu não me lembro o que aconteceu depois, só que eu precisava salvar o Charlie.

Passei a mão no rosto de Zoe e limpei as outras lágrimas que teimavam cair.

– Zoe, o que você fez foi muito corajoso. A mamãe está orgulhosa de você, ok? Não importa o que aconteça.

– Eu também, princesa – Percy beijou sua testa.

– Zoe, quando a diretora entrar aqui, eu quero que você fique quietinha com o Charlie, pode ser? Deixe que eu e o papai cuidamos disso.

– Sua mãe tem razão. Nós dois temos bastante experiência nisso, em ataques surpresas – ele estava sorrindo e eu, involuntariamente, acompanhei-o, só de lembrar de quando éramos crianças, mas logo paramos quando a diretora entrou novamente na sala.

– Então? Temos uma confissão?

– Me desculpe, diretora, mas meu filhos não tem culpa de nada.

– Então como a senhora me explica a destruição de nossa quadra esportiva e do parquinho?

– Se eu tentar explicar a senhora não vai acreditar, então por que a senhora só não deixa que paguemos o estrago e tudo fica certo?

– Acontece que eu não posso permitir que sua filha continue estudando aqui se eu não ouvir alguma confissão ou testemunho. Seu filho pode continuar, ele foi um mero observador, mas quanto a ela, sinto muito, mas muitas mães poderiam pensar que ela ameaça a segurança de suas crianças.

– Eu sinto muito que tenha que ser assim, mas meu filho não vai estudar longe da irmã – me levantei, levando Charlie comigo. Percy fez o mesmo com Zoe. – Mande a conta para minha empresa, por favor.

Saímos da sala e fomos para o carro. Percy foi dirigindo porque, segundo ele, se eu dirigisse não ia me importar de matar alguns pedestres já que estava tão brava.

– Mamãe, a senhora acreditou em mim? – Zoe perguntou baixinho do banco de trás.

– É claro que sim, meu amor. Por que pergunta isso?

– Porque é meio difícil de acreditar nessa história.

– Zoe, quando se vive nesse mundo de semideuses por mais de vinte anos você sabe quando as pessoas estão sendo verdadeiras sobre monstros. E você nunca nos deu motivo para desconfiar de você, amor.

– Obrigada, mamãe.


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Notas finais do capítulo

Porque a primeira expulsão a gente nunca esquece