Um pedido, um tempo e um casamento escrita por Alexandra Watson


Capítulo 28
Percabeth 2.0.0


Notas iniciais do capítulo

Sim, mais Percabeth pra vocês amores



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[Dia nove de abril. Casa.]

Acordei com um braço em minha cintura e uma perna por cima de mim. Me virei de frente para o dono deles e sorri. Um pequeno filete de baba escorria de sua boca. Levei minha mão na direção de sua baba e a limpei delicadamente, mas os instintos de semideus fazem com que você acorde com praticamente tudo. Com exceção de Percy, porque o filho de Poseidon dormia como uma pedra, mas mesmo assim acordou o meu toque.

– Hey, desculpa te acordar.

– Bom dia, amor – beijo na testa. – E então? Você não cumpriu sua promessa ontem à noite.

– Ué? Por que não?

– Você disse que nós íamos ficar acordados a noite toda. Mas teve gente que dormiu três e meia da manhã, logo que ficou dois minutos deitada – ele estava apoiado no cotovelo.

– Desculpa, Cabeça de Alga, mas é que eu tava morta. Essa semana acabou comigo. Haviam muitos projetos pra fazer e o Charlie não tava bem nos primeiros dias da semana e ...

– Calma, Annie – ele me puxou para cima dele. – Eu tava só brincando, eu sei que você anda muito ocupada desde que sua secretária mudou de cidade, mas mesmo assim você me aguentou o dia e a noite inteira praticamente. Amo você por isso.

– Eu sei, eu tento – dei um rápido selinho nele. – Eu vou tomar banho. Já são onze horas e nós temos que almoçar e buscar as crianças para leva-las para a casa de meu pai.

– Ok, me chame quando eu tiver que tomar meu banho.

– Ué, pensei que iria querer tomar esse banho comigo – disse já dentro do banheiro. Contei até três e pronto, um Perseu acordada e bem disposto na minha frente. Sorri com isso e entrei debaixo do chuveiro, não dava tempo de tomar banho de banheira hoje.

Depois de prontos, fomos para a casa de tia Sally. Percy bateu na porta.

– Eu atendo vovó – escutei a vozinha de Zoe.

Ela abriu a porta e, assim que nos viu, pulou em Percy, que estava mais perto dela.

– Charlie! A mamãe e o papai chegaram!

Então ela me deu um abraço do colo de Percy e eu peguei Charlie, que veio correndo em nossa direção. Então Sally veio e disse para entrarmos.

– Sally, nós temos mesmo que ir – eu disse depois de dez minutos. – Marcamos um compromisso e ainda temos que passar no meu pai.

– Tudo bem, mas tragam meus bebês aqui de novo – ela disse apertando cada um com um braço. – A vida de escritora é boa, mas chega um momento em que você cansa.

– Não se preocupe mãe – Percy beijou sua testa. – Nós traremos eles de novo.

– Ok – ela deu um beijo em cada um, incluindo a mim e Percy.

Nos despedimos dela e de Paul e fomos em direção à casa de meu pai. Ele não estava, então deixei as crianças com Marie e voltei para o carro.

– Então? Pra onde nós vamos?

– Que tal ir ao cinema? Filme de terror?

– Filme de terror – respondi com um sorriso. Era engraçado ver filmes de terror com Percy porque 1) ele ficava com medo em algumas partes e 2) ele começava a discutir com o filme sobre seu enredo. Chegamos ao shopping e fomos comprar ingressos, mas a sessão mais perto era dali uma hora, então fomos dar uma volta no shopping até a hora do filme.

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– Annie, eu não estava com medo – ele disse pela sétima vez naquele dia.

– Sim, Percy, você estava. Até a garotinha da frente percebeu – passamos pela porta e ele trancou-a.

– Ah, aquela garotinha do demônio. Ela ficava tentando me assustar.

– Só admita que foi engraçado porque ela tinha a idade da sua filha, Percy.

– Ok. Talvez tenha sido um pouco engraçado.

Ri da cena e dei um beijo em sua bochecha.

– Eu vou tomar um banho, Cabeça de Alga.

– E eu vou com você – ele disse se aproximando.

– Nem pensar, espertinho – coloquei a mão em seu peito. – Você me prometeu uma lasanha, lembra?

– Mas Annie ... – cara de cachorro pidão.

– Percy ... – cara de cachorro pidão da Annie e que o Percy nunca, mas nunca consegue resistir.

– Não faz essa carinha, droga.

– Você me prometeu, Percy – fingi que ia chorar.

– Ai meus deuses, não chora, tá legal? Eu vou fazer sua lasanha, mas não chora! – ele entrou em desespero.

– Jura pelo Estige?

– Juro, juro mesmo – ouviu-se um trovão ao longe.

– Ótimo – sorri. Ele já havia prometido. – Daqui a pouco eu desço e, se a lasanha já estiver no forno, você pode ir tomar banho.

– Você é um monstrinho desprezível – mas ele estava sorrindo e me puxando para ele.

– Aprendi com o melhor – dei um rápido selinho nele e corri para cima.

Subi e entrei no banho. Me demorei um pouquinho mais lá, mas não podia ficar lá pra sempre, então desci. Percy estava colocando a assadeira no forno.

Ele não percebeu que eu desci, então cheguei por trás dele e o abracei. Ele retesou os braços por um segundo (reflexo de semideus, agradeça aos monstros), antes de relaxar e colocar as mãos em cima das minhas. Aproveitei para dar uma pequena mordida em suas costas e ele soltou um pequeno gemido.

– E então? Como anda minha lasanha?

– Acabei de colocar no forno, loira – ele se virou de frente para mim. – Agora posso ir tomar me banho?

– Tem certeza? – puxei-o pela nuca e selei nossos lábios. Ele apertou minha cintura e puxou minhas pernas para cima. Ele andou comigo até o balcão e me colocou sentada ali.

– Não vai dizer que esse não é lugar pra essas coisas já que nós comemos aqui?

– Cala a boca, Cabeça de Alga – comecei a morder seu pescoço. Ele começou a rir e puxou minha blusa para cima. Me separei um pouco dele para que ele pudesse tira-la. Então tirei sua blusa e ele puxou meu shorts para fora de meu corpo.

– Hey, por que a gente não faz o seguinte? – ele disse em minha orelha. – A senhorita fica ali no sofá por dois minutos, desse jeito mesmo, enquanto eu tomo o banho mais rápido da minha vida e volto pra gente terminar isso?

– Qual é o problema de terminarmos isso agora? – bufei, frustrada. Filho de Poseidon idiota.

– Porque eu estou todo sujo, amor. E você tá toda limpinha e cheirosa – senti ele inspirar em meu pescoço.

– Tem razão. Vai logo antes que eu mude de ideia.

Ele correu escadas acima e eu fui atrás de minhas roupas. Sentei no sofá e liguei a TV e, para minha sorte, o último episódio de minha série favorita estava para começar. Percy que me perdoe, mas eu precisava assistir aquilo.

Quando ele desceu, dois minutos (literalmente) depois, ele se sentou ao meu lado e passou o braço por meus ombros.

– Pensei que nós íamos fazer outra coisa, Sabidinha.

– Agora você vai esperar, meu amor. Tá passando o último episódio da minha série favorita e eu não vou perder isso por nada nesse mundo...

– Nem se o seu namoradinho disser que está totalmente excitado e pronto pra você?

– Nem por isso – disse sem desgrudar os olhos da tela.

– Droga, Annabeth! Você não pode mudar assim tão de repente!

– Se você não tivesse feito gracinha e cortado o clima, nós estaríamos em um lugar bem diferente agora.

– Não vai me dar atenção mesmo?

– Não. Só daqui a vinte minutos, pode ser?

– Pode né, fazer o que. Eu vou lá ver a lasanha de vossa majestade.

– Valeu.

Enquanto ele ia andando para a cozinha, dei uma olhada rápida e pude ver que sua situação era a mesma que ele acabara de descrever. Ri disso; agora ele nunca mais iria fazer esse tipo de gracinha, espero. Ele voltou em algum momento e se encostou em mim.

A série acabou e eu desliguei a TV. Olhei para o lado e, surpresa, tinha um Percy dormindo e quase babando em mim.

– Amor, a série acabou.

– É? Legal – ele virou pro outro lado e voltou a dormir.

– Percy, você não se esqueceu de nada não?

– Ah é – ele se ergueu um pouco e beijou minha bochecha. – Boa noite, Annie.

Não sabia se deveria rir ou chorar. Chamei-o de novo, mais alto dessa vez.

– O que foi?

– Vamos comer ai depois você pode dormir, ok?

– Mas eu quero dormir agora ...

– Perseu Jackson, vai pra cozinha agora!

É, ele obedeceu. Tem que ter pulso forte com essas crianças. Segui-o até a cozinha e vi que ele já estava tirando a lasanha do forno. Acho que o cheiro de comida o fez acordar.

Jantamos e ele me ajudou com a louça. Quando terminamos, peguei sua mão e levei-o em direção a nosso quarto. Chegando lá, fiz menção de ir me deitar, mas ele segurou o meu pulso.

– Você não quer terminar aquilo?

– Mas você está quase dormindo em pé e ...

Então ele puxou minha cintura e num só movimento fez com que minhas pernas fossem parar ao redor de sua cintura.

– Parece que alguém acordou ...

– É né, fazer o que.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente esse era o último capítulo Percabeth que eu tinha. Sim, acho que vou escrever outros, mas a inspiração por enquanto não vem, então aguardem. Mas tem uns capítulos ai que eu gostei bastante de escrever e acho que vocês vão gostar.
Até o próximo.
Beijinhos.
— A



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