Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 6
A História de Verena - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente eu sei que vocês devem estar querendo me matar, mas, por Odin, me perdoem, vamos às explicações:
Eu sei que não posto capítulos novos há uns dois meses, mas tenho tido muitos problemas. Primeiramente minha net nunca esteve tão horrível, está falhando TODO O SANTO DIA e toda a vez que eu tentava postar o cap ela caía de novo. Além disso deu um problema com a minha conta do Nyah! e eu não consigo postar capítulos novos em NENHUMA das minhas fics há dois meses, só agora tudo voltou ao normal. Além do fato de eu também estar com uma grande falta de inspiração que agora está voltando aos pouquinhos e de eu estar e em semana de provas.
Eu queria pedir desculpas à todos vocês e agradecê-los, principalmente:
— À Jana que me cobrou muito o novo cap, me mandou até MP e me acompanha desde o início e que inclusive recomendou minha fic :) :3. Obrigada mesmo por ler sempre e me apoiar Bjs.
— À Theury, uma das minhas escritoras favoritas aqui do Nyah! Que lê e comenta minha fic, te adoro! :3
— À Gwen Stacy Parker a primeira a comentar a fic e ter me feito continuar e rir de tanta alegria.
— À Temperana, Little Turtle, Biazinha, Bia Tauro, Akemi Homura, DWolf, kaidou das cem bestas, lunamalfoy, Dreams And Wishes, Letícia Black Lightwood, Let me Dream, Luizarm, e a todos os outros leitores que lêem, acompanham, favoritaram e comentam, assim sempre me apoiando.
— Agradeço também ao meu amigo Marco ( que não tem conta no Nyah!) que é um excelente desenhista e humilha todos os meus humildes desenhos ( pelo menos eu desenho o Banguela melhor que você, tá? Seu bobo! rsrs). E que desenhou vários dragões que me inspiraram a inventar essa nova classe que vocês vão ver aí embaixo depois. Os desenhos dele também me deram a ideia de fazer uma ilha em preto e branco, pelo fato de ele usar apenas lápis de grafite para desenhar e nunca utilizar lápis de cor. Então valeu mesmo Japa!
Espero que eu posso me redimir com vocês e que vocês gostem do cap!
P.S.: Gente eu sei que eu não posto há um tempão, então eu já vou avisando que semana não vai ter capítulo novo, porque eu vou viajar (vou na Sagas Convenction yey! Se algum de vocês vai também me manda uma MP, talvez a gente se encontre lá no Rio). Então desculpa mesmo.



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"... Lá estava eu, sobrevoando o oceano, montada em Vinola, como de costume. Depois de um tempo encontrei uma ilha muito grande, que não seria visível para qualquer viking que passasse por lá de barco, pois estava rodeada por névoa e nuvens densas. Eu tinha uns quinze ou dezesseis anos. De longe o lugar parecia deserto, quando desci um pouco mais um vulto enorme passou logo abaixo de mim.
Era um dragão, um dragão que eu nunca havia visto. Tinha tons de cinza, preto e branco. Possui um chifre sobre o focinho, como Tempestade e Vinola, e uma ponta afiada logo abaixo do queixo. Alguns espinhos dos dois lados da cabeça alongada e, assim como um Suspiro ou um Grito da morte, não tinha pata alguma, voava com suas as de formato estranho em um movimento idêntico ao de uma serpente.
Ele foi embora sem nem notar que estávamos lá, mas alguém havia notado. Outro vulto passou veloz e zunindo por nós e acabou me derrubando das costas de Vinola. Ela mergulhou para me pegar e me salvou segundos antes de eu me chocar contra o chão. Quando vi já estávamos cercadas, uns dez dragões e uns dez vikings nos rodeavam, alguns deles estavam montados nos cuspidores de fogo, todos totalmente novos para mim, as únicas semelhanças entre aqueles dragões eram as pontas em cima do focinho e abaixo do queixo e a coloração limitada ao preto, branco e cinza.
Todos os homens estavam armados, suas facas, espadas, seus machados apontados para mim eu meu dragão. Em meio ao meu pavor comecei a ficar tonta e só tive tempo de vê-los abrindo caminho para um grande vulto negro passar, antes de eu desmaiar.
Quando acordei, com a cabeça ainda latejando, me encontrava em um caverna, fracamente iluminada por tochas. Acima de mim vi uma mulher de cabelos negros, sentada em uma cadeira, encarando-me com olhos castanhos muito escuros.
– É uma pena que você tenha caído justamente nesta ilha, querida, tão nova, tinha a vida toda pela frente. - ela me disse.
Eu me lembro de ter perguntado quem ela era, o que havia acontecido e onde eu estava, e lembro de ela ter respondido:
– Me chamo Griselda. Você está em Svart og Hvitt, caiu aqui com seu dragão ontem a tarde, desmaiou, estou cuidando de você desde então.
– Onde está Vinola? O dragão? - perguntei.
– Está presa com os outros. - respondeu Griselda.
Eu fiquei desesperada. Nunca havia ficado longe de Vinola, mas a mulher disse que depois me levaria para vê-la. Só depois de um tempo reparei no restante do seu corpo, nos elementos ao meu redor, no lugar onde eu estava, parecia que faltava alguma coisa... Cores.
Tudo era como aqueles dragões, preto, cinza e branco, sem graça, sem sentimentos, como o coração daquele que governava a todos que moravam lá, algo que, mais tarde, eu viria a descobrir. Eu olhei para mim mesma, mas estava normal, cabelo castanho, blusa verde, eu era a única cor que restava ali. Svart og Hvitt, havia dito Griselda, em noruegues, Preto e Branco.
– Por que esse lugar é assim? - perguntei, de repente.
– Ah, você se refere às cores? Bem, foi uma maldição de Odin, não costumamos tocar nesse assunto. - respondeu a mulher, resolvi deixar quieto.
– Você sabe o que vai acontecer comigo? - questionei, mudando de assunto.
– SInceramente, se não for mantida como prisioneira e depois executada, será tida como serviçal ou escrava. - engoli em seco. Queria ir embora.
– Tranquilizador.
– Talvez consigiga fugir, me parece uma garota bem esperta. - ela tentou ajudar, não adiantou muito. - Vem, vou te levar até o seu dragão. Só, por favor, faça silêncio, não era para eu estar tirando você daqui, Drago vai ficar furioso se souber, Odin sabe o que ele iria fazer!
– Tudo bem, vou ficar quieta, mas quem é Drago? - essa foi a primeira vez em que ouvi falar de Drago Sangue Bravo:
– Ele é nosso líder. Acho que é a pior pessoa que já conheci, a mais cruel, a mais violenta, a mais amarga. Um idiota! Tome cuidado, garota.
Griselda me levou para ver Vinola, ela estava bem, porém presa com um monte de dragões pretos e brancos muito maiores do que ela. Griselda me contou que eles faziam parte de uma antiga e desconhecida classe de dragões, caracterizada pela ponta abaixo do queixo e em cima do focinho e pela pele sem cor, os Dragões Ervinos.
Eu dormi naquele enfermaria mais uma noite, e Vinola em uma jaula. No dia seguinte me convocaram para falar com Drago. Era o homem mais terrível que eu já havia visto. Cicatrizes em toda a parte, olhos negros, opacos e cruéis, do tipo que vê sangue ser derramado sem se importar. Cabelos e barba negros e trançados, na época ele ainda tinha os dois braços. Enrolado em uma capa de pele de dragão, parecia uma sombra cruel.
– O que eu farei com você, menina? - a voz que saiu da sua boca fez meu corpo todo tremer, era muito grave e severa, bem próxima ao tom do urro de um dragão sendo morto, um som que eu jamais conseguiria suportar. Reuni toda a pouca coragem que ainda me restava e falei:
– Se está indeciso eu tenho uma proposta. - Ele soltou uma risada maníaca e exagerada.
– O que faz com que você pense que aceitarei uma proposta sua, criança? - perguntou.
– Primeiro ouça, depois faça o que você quiser. Liberte a mim e meu dragão e eu irei ajudar você. Sei bastante sobre dragões, posso lhe fornecer informações valiosas, ilhas repletas de dragões, novas espécies poderosas. - Ele hesitou um pouco, mas falou:
– Eu sei quem você é, se não soubesse já teria te matado há muito tempo, você é filha de Valka Hooligan uma de minhas maiores inimigas. Estaria realmente disposta a trair sua própria mãe, lutar ao nosso lado e permanecer na ilha de Svart og Hvitt?
– Mas é claro. Eu me sinto presa ao lado de minha mãe, por isso fujo. - aquilo até que, no fundo, era verdade. - Por isso quero... Ahn... Juntar-me à vocês, eu estou me identificando com o povo dessa ilha e adoraria colaborar com o grande e terrível Drago Sangue Bravo. - claro que tudo aquilo era uma grande mentira, mas, às vezes, você precisa enganar algumas pessoas para salvar a si mesmo e aqueles que você ama.
– Bem, eu irei pensar na sua proposta, mas até lá, levem-na para o calabouço agora, seus baldes de bosta de dragão, antes que eu jogue vocês para a boca de um Grito da Morte! - ele disse.
Eu fiquei naquela cela imunda durante uma semana, sem ver Vinola ou qualquer outra alma viva além do guarda medroso e magricela que me entregava duas horríveis refeições por dia. Meus acabaram se acostumando com a falta de cores. Depois de alguns dias dois outros guardas me libertaram e disseram e Drago havia aceito meu acordo, então pude rever Vinola.
Meu dragão estava muito magro e triste, me senti culpada por forçá-la à ficar naquele lugar, mas havia outro modo? Eu sabia que uma hora ou outra iríamos fugir. Os dias se tornaram semanas que se tornaram meses. Acabei me tornando o braço direito de Drago, quer dizer, o esquerdo, pois foi esse que ele perdeu.
Depois do acidente com um dragão, que eu vi pessoalmente e que aleijou Sangue Bravo ele passou a confiar mais em mim, não sei bem o por quê. De certa forma isso foi bom, pois quanto mais ele confiava mim menos eu corria o risco de ser morta.
Testemunhei e lutei em batalhas que atormentam meus pesadelos até hoje. Por mais que as pessoas de Svart og Hvitt me asseitassem era praticamente impossível fugir de lá, vikings e dragõs enormes cercavam a ilha toda e não deixavam niguém entrar nem sair. Eu me contentava em sentar em uma colina branca e observar o mar cinzento até a sua divisa com o mar azulado do qual eu sentia tanta saudade.
Tudo o que aquelas pessoas faziam me enraivessia e o fato de eu ter que aceitar, não poder fazer nada e ter de fingir concordar só me deixava cada vez mais amarga. Eu me sentia como se estivesse derretendo, aquele lugar afetava meus sentimentos como uma flecha afeta um corpo sem armadura.
Meus sentimentos se esvaiam, eu via Drago e seus capangas assassinarem milhares de animais e pessoas inocentes todos os dias e tinha que fingir indiferença. Fingia concordar com tudo que eles diziam ou faziam e aquilo me matava, a necessidade que eu sentia de sair de lá se tornava cada vez mais forte. Se eu me rebelasse, se eu não concordasse se eu ousasse qualquer coisa eles me exterminariam. Quanto mais os dias passavam mais presa eu me sentia.
Depois de oito meses naquele maldito inferno eu já conhecia os hábitos de cada um daqueles idiotas, sabia de suas estratégias, fraquezas e brechas e o melhor de tudo, eu sabia como fugir.
Por volta de meia noite Oscar, o guerreiro que guardava o lado leste da floresta, escapava para comer um lanchincho sem que ninguém, além de mim, soubesse, e voltava lá pelas vinte para a uma. À meia noite e meia Walter, o guarda das jaulas dos dragões, tirava um cochilo. Era simples demais.
Eu morava na taberna de Griselda, que fora minha única amiga naquela ilha, no andar de baixo. Sai pela porta à meia noite e meia, pois Walter demorava um pouco para pegar no sono de verdade, mas quando pegava não havia Besta Implacável que o acordasse. Peguei as chaves penduradas na parede, abri a jaula de Vinola e saí andando com ela, me escondendo nas sombras.
Como éramos os únicos pontos coloridos naquela paisagem não deveria ser nem um pouco difícil de nos ver, porém, os vikings de Svart og Hvitt podiam até ser ótimos guerreiros e ferreiros, mas eram, ao mesmo tempo, incrivelmente burros. Me escondi o máximo que pude, não poderia voar, o céu era muito melhor protegido do que a terra.
Depois que cheguei na floresta foi fácil, fazendo o menor barulho possível cheguei até a costa, onde Oscar deveria estar, chamei seis Trasformasas para nos camuflar e finalmente pus Vinola no ar pelos enormes dragões que nos tornavam invisíveis assim como eles. Ao chegar em um ponto seguro, aonde o mar já era azul, os dragões foram embora e eu pude, enfim, voltar para casa."
Quando Verena terminou ela tinha lágrimas nos olhos, e eu estava boquiaberta. Deuses, pelo que mais aquela garota havia passado? Ninguém meresse algo assim. Quando consegui falar disse:
– Por Odin, Verena...
– Sabe Astrid, eu nunca contei isso para ninguém além da minha mãe e de Brenna e Naldo, por que eu me sinto muito culpada, me desculpa. - as lágrimas começaram a cair de seus olhos verdes.
– Como assim? Verena, culpada pelo quê, do que você está falando?
– Eu revelei muitas coisas para Drago. Foi minha culpa ele ter invadido nossa ilha, minha culpa ele ter roubado os dragões de vocês, foi minha culpa toda essa guerra e a morte do meu pai. Nada disso teria acontecido se eu não fosse tão curiosa ou teimosa nada disso teria acontecido...
– Ei! Pode parar por aí! - eu a interrompi. - Você não tem culpa de nada disso. Se você não tivesse avisado sua mãe sobre Drago nenhum de nós teria descoberto sobre os planos dele que seriam colocados em prática com ou sem suas informações. E a morte de Stoico foi um acidente. O único culpado por tudo isso é Drago, mais ninguém.
– Garotas? - chamou uma voz na entrada da arena, Soluço. - Vocês não vêm jantar?
– Só um pouco, nós já estamos indo. - disse.
– Tudo bem, eu vou esperar lá fora. - ele respondeu e saiu andando.
– Verena, você não pode culpar a si mesma por algo dessas porporções e que não tem nada a ver com você. - retomei.
– Eu ainda acho que tem alguma coisa a ver comigo...
– Ai que saco Verena!
– ... Mas obrigada Astrid, eu me sinto muito melhor por ter contado isso a você.
– Pode contar comigo, tá bom?
– Todo mundo pode né?
– Bem, quase todo mundo, o Melequento ainda não está nessa lista. - ela riu e esse foi um som maravilhoso de se ouvir.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, comentem por favor, desculpem os prováveis erros de ortografia quis postar rápido e não revisei.
Bjs!



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