Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 27
O Livro Asgeir


Notas iniciais do capítulo

oi genteee, desculpa a demora meus lindos, meu wi fi ficou falhando so consegui postar agora. Desculpem se esse capítulo ficou meio monótono, não estava muito inspirada, juro que o próximo vai ser melhor, tá?
De qualquer forma, espero que gostem :3



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– Deuses, não aguento mais! - Verena exclamou se atirando sobre a cadeira. - Já procuramos por tudo, tudinho, meu nariz não aguenta mais tanto pó!
– A gente não pode desistir agora, gente! - tentei incentivá-los. Estávamos todos exaustos e com fome, havíamos passado todo o resto da tarde dentro da biblioteca caçando informações em meio a um trilhão de livros extremamente velhos. - Precisamos achar uma solução pra isso o mais rápido possível, é impossível que não tenha pelo menos um mísero livro aqui que possa ajudar!
– Brenna está certa. - concordou Astrid. - Não podemos desistir agora, quanto antes acharmos informações mais rápido terminaremos com isso de uma vez.
Depois de quase uma hora, empoleirando-se nas prateleiras mais altas, espalhando livros e mais livros por todos os lados, lendo até os olhos doerem e encontrando milhares de histórias sobre assuntos completamente vagos, ouvimos uma voz exclamar um extremamente aliviador:
– Achei! Bem, pelo menos eu acho... - Alvina tinha um livro grande e grosso nas mãos, parecia pesado e muito, muito velho, mais do que os restantes, sua capa era de um tom de vinho escuro e não mostrava título, apenas um simbolo em prateado cuja aparência não me era estranha.
Todos nos aproximamos rapidamente dela, minha vontade era de abraçá-la com toda a minha força, se não fosse por ela eu morreria procurando aquela porcaria, mas me contive. Alvina entregou o livro para Astrid com cuidado, todos nos sentamos ali mesmo, no chão, formando um circulo.
– Você conhece esse símbolo, Verena? Acho que já o vi em algum lugar... - perguntei para a minha amiga. A garota apenas afirmou com a cabeça e virou de costas, lentamente ela ergueu os longos cabelos e abaixou um pouco a gola da blusa com os dedos, e um pouco abaixo da sua nunca foi possível ver o mesmo símbolo do livro, desse vez negro, gravado em sua pele. Como eu nunca havia reparado que ela tinha aquilo?
– Por que você tem esse símbolo pintado na nuca, Verena? - Astrid perguntou.
– Não está pintado, eu nasci com ele, é uma marca, a marca dos Ageirs, todo Asgeir tem um. - ela respondeu virando-se novamente para nós.
– E você, conhecia esse símbolo, Alvina? - questionei. Minha nova amiga pareceu um tanto incomodada com a pergunta.
– Ahn... não... eu... eu nunca vi isso, apenas li uns trechos do livro e vi que falava sobre magia, por isso achei que seria útil... - respondeu ela, apertando o ombro esquerdo com sua pequena mão.
– Ah ta, bem vamos lê-lo então.
Verena encontrou o título da obra em sua primeira página, "Asgeirs, os desconhecidos". Todas as runas do livro pareciam ter sido desenhadas desleixadamente e com rapidamente, havia muitos trechos em que a tinta estava borra, e havia diversos pingos pretos nas páginas.
No começo contava a história dos Asgeir, mas nada muito além do que Verena já havia contado. Depois iniciaram as categorias, o que era uma novidade, cada capítulo tinha uma runa como título, falava sobre uma classificação e suas característica, a primeira era Laguz, a água, provavelmente, uma das categorias de Verena. Porém, lendo o livro, descobrimos que a classificação não se dava apenas pelo significado literal da runa, mas também por sua essência, e Laguz, era também a runa dos poderes psíquicos.
– Vocês acham que os poderes que Erick teoricamente tem, também se aplicam aqui? - Verena perguntou franzido severamente as sobrancelhas.
– Bem, se ele foi mesmo o responsável do que aconteceu hoje, a característica se encaixa bem, mas não é só isso... - Astrid respondeu.
Viramos a página, Kenaz, runa da tocha. As características literais dadas encaixavam-se perfeitamente com o poder de Erick que tínhamos visto no navio aquele dia. :
"Asgeirs de Kenaz podem possuir diversos poderes relacionados ao fogo, resistir a altíssimas temperaturas, produzir chamas ou calor e até mesmo invocar substâncias como lava. Asgeirs com características dessa runa normalmente aparentam agressividade, criatividade, imposição e, possivelmente, crueldade."

Fomos lendo cada capítulo, eram muitas runas, muitas categorias e características, eram citados poderes que nunca sequer tinhamos imaginado. Os deuses capricharam bastante nesse lance de testar os seres humanos.
Mais para o fim do livro uma das runas nos chamou, aparentava ser uma das poucas com mais características negativas do que positivas, Hagalaz, o granizo. Asgeirs daquela runa não tinham poderes específicos, poderiam adquirir qualquer capacidade com o poder de produzir algum tipo de obstáculo, e só. A definição era tão superficial quanto os antigos dados do Fúria da Noite no livro dos dragões. Era algo um tanto aleatório, sem uma informação específica, misterioso...
– Pelo que eu entendi, qualquer poder pode se aplicar em Hagalaz se utilizado como uma complicação, um empedimento. - Verena comentou.
– Granizo, os de Hagalaz são tipo, uma pedra no caminho, ou algo assim? - disse Alvina.
– Bem, creio que talvez essa seja uma boa definição. - dirigi-me para ela.
– Olha, acho que precisamos estudar isso com mais paciência e cuidado. - Astrid disse severa. - É muita coisa para uma noite só, depois das categorias ainda tem toda as explicações de feitiçaria aplicada dos poderes. - ela disse folheando o livro com cuidado.
– Meus deuses, parece que estou tendo aulas de novo... - meu irmão disse colocando o queixo sobre a mão. - Só, por favor não façam uma prova sobre isso depois... - nós rimos, algo que não faziamos há algumas horas.
– Verdade, Astrid, já está tarde, nem jantamos ainda. Vamos continuar amanhã. - Soluço disse logo depois soltando um bocejo. - E, Alvina, obrigado por ter encontrado o que precisamos, sua ajuda foi essencial.
– Ah, imagina, que nada, ainda preciso fazer muito para compensar a ajuda que vocês me deram.
– Vamos então, estou com tanta fome que daqui a pouco vou comer todos esses livros. - Verena brincou, eu ri:
– Olha acho que eles não devem ter um gosto muito bom.


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Notas finais do capítulo

IMAGENS DAS RUNAS CITADAS NESSE LINK (O NYAH NÃO COLABOROU PARA EU COLOCA-LAS NO TEXTO):
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=As_Runas_Sagradas
É resumido, mas bem interessante.
Bjs comentem por favor!!!



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