Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 20
Mente Alterada - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente que saudade! Vou ser breve nas explicações kk Nos dois útlimos fim de semanas em que não postei aqui tive evento, então fiquei numa função só e não consegui nem sentar na frente do computador.
Já vou avisar que é bem provável que eu fiquei ainda mais ausente agora porque outubro vai ser horrível, tenho bastante compromisso esse mês, então já vou antecipando minhas desculpas.
Espero que gostem



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– Onde você quer chegar com isso, Soluço? - murmurei, levantando lentamente minha cabeça.
– Você vai ver. Bem, Erick pediu para falar comigo, no início eu desconfiei, claro, mas fui até ele. Erick me alertou sobre algumas coisas, as quais venho me questionando se são ou não verdadeiras. Ele pediu para tomar cuidado com Verena, quando eu ouvi isso fiquei furioso, mas ele começou a explicar. Contou que minha irmã tem tantos segredos que nem podemos imaginar, segredos obscuros e graves, falou que ela não é completamente confiável...
– Soluço, eu não consigo crer que você realmente acreditou nisso.
– Eu não acreditei! Quer dizer, em parte. Bom, sei que Verena tem sim segredos, mas eu confio nela, só que quando ela revelou sobre ter poderes e que Erick também os tinha, fiquei pensando se as personalidades de ambos não tendem a ser semelhantes, e se existir a possibilidade de Verena se alguém como Erick?
– Pelo amor do deuses! Como você pode pensar em algo assim? Ela é sua irmã! É uma pessoa maravilhosa! Compará-la àquele cafajeste é a pior das ofensas!
– Eu não acho que seja o caso, Astrid! Mas não consigo tirar isso da minha cabeça!
– Deuses! Você ouviu isso do Erick, do Erick! E mesmo que ela tenha segredos, que se dane, quem não tem? Ah, por favor, você vai ficar evitando-a e olhando-a de canto para sempre?
– Não! É claro que não! Eu só queria saber um pouco mais sobre ela...
– Talvez se você não estivesse perdendo tempo olhando sua irmã com nojo, tivesse mais tempo para conhecer Verena melhor! - exclamei. Ele não respondeu.
– EU conversei com ela, Verena é uma pessoa boa, virou minha amiga, não vou deixar que desconfie dela à toa! - prossegui.
– Ela é MINHA irmã, Astrid, não sua! Eu preciso defendê-la! Mas minha defesa precisa ter fundamentos! - Soluço retrucou. Enraiveci completamente, que diabos ele tinha naquela cabeça teimosa?
Não respondi nada, virei-lhe as costas e voltei para o Grande Salão. Ouvi meu namorado bufar atrás de mim, bufei de volta, ainda mais alto. Sentei-me na mesa, todos me encaravam, não ligava, eles deviam ter ouvido os ruídos da nossa discussão, não ligava.
Logo depois, Soluço retomou seu lugar ao meu lado, afastei minha cadeira um pouco mais da dele. Ninguém falava nada, o clima estava tenso, nem mesmo Eret me encarava mais, bom pra ele, não sei o que Soluço faria com o garoto do jeito que estava seu temperamento.


***

Soluço e Astrid haviam discutido, todos sentíamos isso, e não era bom. Conheço-os o suficiente para saber que não são capazes de sobreviver um sem o outro. E se não se resolvessem logo, tudo ficaria um caos.
Ninguém disse nada até todos se retirarem do Grande Salão. Olhei o lugar ao meu redor, parecia que tudo que tinha ocorrido há anos atrás comigo, naquela ilha, tivesse acontecido no dia anterior. O cheiro era o mesmo, a maior parte das casas também, só que as pessoas mais velhas, e meus amigos também.
Mas, mesmo crescidos, todos mantinham suas personalidades, seus trabalhos, suas vidas. Vikings transitavam com sua pescaria fresca, alegres, por terem conseguido muitos e grandes peixes naquele dia, outros vendiam suas mercadorias, riam alto com suas gargalhadas grossas e assustadoras, seus corpos enormes balançavam junto com suas longas e desgrenhadas barbas. Eu me sentia em casa, como se eu tivesse uma casa...
Astrid caminhava ao meu lado, um pouco afastada, mantinha a cabeça baixa e ia chutando as pequeninas pedras que tiveram o azar de estarem em seu caminho. Fui me aproximando dela, lentamente.
– Ei, tá tudo bem? - dirgi-me à ela, óbvio que não estava, mas perguntei mesmo assim. Astrid chutou mais uma pedra, não respondeu.
– Astrid, por favor, quero te ajudar... - ela levantou os olhos para mim e parou de andar, também parei, os outros seguiram, sem notar que estávamos ficando pra trás.
– Desculpa. - ela disse baixinho.
– Você não tem que se desculpar. - falei, ela ficou em silêncio. Olhei para o chão e mudei de assunto:
– Acho que os Grockles iam adorar essas pedrinhas...
– Na verdade eles preferem pedras maiores, que possam mastigar... - Astrid retrucou, sorri.
– Ah, pelo menos agora eu sei disso. - falei e dei uma risadinha, minha amiga abriu um meio sorriso forçado.
– O que que aconteceu, hein? - perguntei bem baixinho, como se a questão fosse proposta para mim mesma. Mas Astrid ouviu e acabou respondendo:
– Soluço deu ouvidos a alguém muito mau e imbecil, colocou coisas rídiculas na cabeça e fica acreditando nelas...
– E de quem se trata?
– Erick, aquele cara que matou Drago. Ele disse para Soluço coisas sobre Verena, e ele acreditou, agora fica desconfiando da própria irmã por causa disso...
– Bem, todos temos segredos...
– Eu falei pra ele! - Astrid exclamou, interrompendo-me.
– ... Mas alguns deles podem sim ter de ser temidos. - conclui.
– Mas...
– Olha Astrid, não estou apoiando a atitude do Soluço, concordo que isso não é motivo para evitar a própria irmã, mas ele está correto em querer saber mais sobre ela, não a conhecem tão bem assim. Olhe pra mim, eu mesma já traí vocês, qualquer pessoa pode passar uma impressão errada, não podemos nos cegar só porque elas aparentam ser perfeitas.
– Bem, é verdade, mas se ela fez algo errado no passado não quer dizer que seja alguém terrível por baixo de uma máscara, Heather!
– Sim, concordo. Mas, de qualquer forma, vale a pena descobrir, não é mesmo? Acredito que Soluço só esteja querendo proteger seus amigos e a irmã, certificando-se de que ninguém apresente perigo à nenhum de nós.
– Olhando por esse lado...
– Só se resolvam! Não vou aguentar vocês dois se evitando por mais um minuto, ok? - Astrid riu.
– Tudo bem. - Abracei-a. Corremos para alcançar os outros, que já estávamos pequeninhos, lá longe à nossa frente.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor :3



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