Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas
Notas iniciais do capítulo
oi meus amados! Amei as reações de vocês no capítulo anterior kkk
Valeu mesmo pelas dicas que vocês tem me dado nos comentários, os conselhos e os pedidos que vocês me fazem me ajudam demais! Como quase todo mundo pediu de novo, coloquei um pouco mais de Soluço ciumento kk Esse cap vai ter segunda parte tá :3
Espero que gostem!
Acordei sentindo um frio congelante, abri meus olhos e, ainda meio sonolenta, vi que acima de mim encontrava-se uma céu nublado, senti a neve caindo no meu cabelo. Então a ficha caiu, eu e Soluço havíamos pegado no sono na noite anterior e dormimos na rua.
– Soluço! Acorda! - exclamei, sacudindo-o e rindo, não sei se de nervosismo ou por achar a situação engraçada, simplesmente.
– Ahn? O que foi? - meu namorado disse esfregando os olhos. - Por que que tá nevando no meu quarto? - ele bocejou, eu ri.
– Dormimos aqui fora. - expliquei levantando. Estendi a mão para ajudá-lo a se erguer, ele o fez.
– Ah, certo. - Soluço respondeu, cansado.
Andamos um pouco, minhas pernas fraquejavam de tão frio que eu sentia, o dia anterior havia sido quente em comparação a este. Não que eu não esteja acostumada ao frio absurdo de Berk, mas este dia em especial estava pior do que todos os outros.
– Astrid? Você tá bem? Está congelando! - Soluço notou, já definitivamente acordado.
– Não, não, e-eu to bem. - menti com os dentes batendo.
– Vem cá. - ele abriu os braços. Entrei no seu abraço caloroso e macio, sem hesitar. Seu peito quente aqueceu meu corpo frio em questão de segundos, senti uma deliciosa onda morna me percorrer, estremeci, ele me apertou ainda mais forte, a neve caindo bruta sobre nós.
Ficamos ali, por alguns minutos, parados, os pés afundados na neve branca e gelada. Ele me beijou e continuamos a andar, abraçados de lado, um mais próximo do outro o possível. Chegamos até a frente do Grande Salão, que já estava quase pronto, sua reforma até que foi muito rápida.
– Ei! Aí estão vocês? Dormiram fora é? - Heather gritou em nossa direção com um sorriso sem vergonha nos lábios.
– Nem vem, Heather! Nós só pegamos no sono, sem querer! - retruquei.
– Uhum, sei. Sem querer... - ela disse sarcástica, apenas revirei os olhos, a morena riu.
– Onde vocês estavam? - Valka falou preocupada.
– Desculpa, mãe. Estávamos conversando e acabamos dormindo, estávamos cansados e... - Soluço ia explicando quando notou a mesma expressão que havia na face de Heather no rosto de sua mãe. Meu namorado bufou e também revirou os olhos arrancando uma gargalhada de Valka.
– Tudo bem, meu filho.
– Ah então essa é sua mãe? - Heather perguntou dirigindo-se a Valka.
– É ela sim. - respondeu ele.
– Prazer, Heather. - a morena apertou a mão dela.
– O prazer é todo meu.
– Ei! É minha mãe também, tá? - Verena exclamou, aproximando-se.
– Nunca vou me acostumar com isso. - admitiu Heather enquanto a minha cunhada abraçava minha sogra e ria.
– O Eret retornou. - Verena comunicou.
– Meus deuses, ele não consegue parar em um lugar só por uma semana! - reclamou Soluço, era verdade.
Eu havia notado que meu namorado olhava estranho para a própria irmã desde que tal revelou que possuía poderes, novamente percebi esse olhar estranho sobre a garota quando ele a respondeu.
Se bem que Soluço estava agindo de forma esquisita desde a viagem para isolar Erick. Ainda mais grudado em mim do que o de costume, desconfiado ao extremo... Pela primeira vez na vida, não sabia como ajudá-lo, depois perguntaria o que o estava incomodando tanto.
***
– Então, para onde você foi dessa vez? - perguntei para Eret. Havíamos nos reunido e estávamos sentados em uma mesa na entrada quase pronta do Grande Salão.
– Bem, dessa vez fui para Alfadur visitar um velho amigo que não via há alguns anos. - ele me respondeu de imediato, observando minha face de forma um tanto incômoda, admito.
– E quanto tempo pretende ficar, dessa vez? - Soluço questionou em um tom não muito simpático, mantendo aquela olhada em um misto de raiva, desconfiança e dúvida.
– Talvez um pouco mais de mês, se não incomodar...
– É claro que não vai incomodar! - Cabeça Quente exclamou, sonhadora. - Pode até ficar lá em casa se quiser... - ofereceu a loira, já se esfregando nele, segurei o riso.
– Muito obrigado, mas já tenho aonde ficar. - Eret respondeu afastando-a.
– Mas se quiser fazer uma visitinha...
– Cabeça Quente, por favor... - exclamei. A loira mostrou a língua para mim e foi sentar-se em seu lugar.
Observei nossa mesa, Perna-de-Peixe e Heather conversavam animadamente (depois tiraria sarro da cara dela), Melequento, Cabeça Dura e Cabeça Quente discutiam por alguma coisa inútil, Valka conversava com Verena, Naldo e Brenna, de vez em quando soltavam altas gargalhadas. A única tensão presente se encontrava no meu lado da mesa, Soluço mantinha os olhos presos em Eret, sua expressão dura, já Eret mantinha o olhar em mim, não conseguia decifrar seu rosto.
– Por que Eret está olhando assim pra você, Astrid? - Soluço sussurrou para mim, pareceu ter lido minha mente. Tudo bem, eu também estava me perguntando a mesma coisa, mas do mesmo jeito, o fato de ele ter me questionado sobre isso me irritou profundamente, se tinha uma coisa que eu odiava era quando as pessoas mudavam radical e repentinamente. O que diabos ele tinha?
– Qual é o seu problema, Soluço?! - eu exclamei um pouco alto demais, todos ficaram em silêncio. Me levantei, arrastando a cadeira de forma bruta, virei as costas sentindo que os outros me observavam, não me importei e sai de lá, precisava de ar, precisava pensar.
Sentei-me nos degrau duro e gelado da escada e pus o rosto sobre as mãos, respirei fundo e bufei alto. Ouvi alguém sentar-se do meu lado e senti uma mão tocar de leve minhas costas, tinha certeza absoluta de quem era. Escutei a voz do meu namorado:
– Ontem, no navio, tive uma conversa com Erick...
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