Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 16
Isolamento - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi meus vikings queridos!!! Estava como saudades de vocês, finalmente troquei o roteador aqui de casa, a internet ainda tá uma bosta mas pelo menos funciona kk
Quero muito ver a nova série Dragons: Race To The Edge, mas não tenho Netflix :( Fico só assistindo os trailers dos eps no YouTube e, genteeee, a Heather volta nessa série * O * to chocada demais, preciso muito assistir. Se vocês quiserem que eu acrescente a Heather na fic me digam nos comentários, tá?
Espero que gostem :3
P.S.:ainda terá uma parte 3



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Novamente, nenhuma palavra saiu da boca de Erick.
– O que houve, Erick? - me agachei ao seu lado e olhei em seus olhos, ele manteve a cabeça baixa. - O dragão comeu sua língua? - provoquei. Erick apenas ergueu a cabeça e me encarou. - Você não vai mesmo falar nada? - ele deu de ombros. - Tudo bem então.
Quando já tinha virado as costas e estava indo em direção ao Soluço, ouvi meu inimigo sussurrar:
– Vadiazinha.
Em um impulso descontrolodo de raiva projetei um enorme tapa estalado na cara de Erick, o barulho foi tão forte que o navio ficou em silêncio, minha mão começou a latejar, e a marca dela ficou, vermelha, na face de meu inimigo. Todos no lugar nos observaram, Erick encarou-me com o olhar mais furioso que já havia visto na vida.
Aconteceu tudo tão rápido que eu mal pude ver Erick voando em minha direção, minha ficha só caiu quando senti que o ar não estava chegando em meus pulmões e que meu pescoço doía demais.
Vários vikings correram em nossa direção, me sentia cada vez mais sufocada, um deles conseguiu desgrudar os dedos de Erick do meu pescoço, finalmente pude respirar, puxei o máximo o possível de oxigênio pela boca e comecei a cair, Soluço meu segurou antes que eu desse com tudo no chão. Só conseguia tossir em seus braços.
– Shiu, shiu, passou, Astrid, passou. - meu namorado tentava me acalmar. Só conseguia ouvir a voz dele, bem baixinha, e ver um tumulto embaçado de vikings enormes tentando segurar um garoto magrela.
– Como ele conseguiu se soltar? - Verena perguntou à Soluço, agachando-se ao nosso lado.
– Boa pergunta. Como ele se livrou das correntes? - meu namorado questionou um dos vikings que observava Erick. Ele se agachou e apanhou os elos de metal que, antes, mantinham preso nosso inimigo.
– Bem, senhor, elas estão... Estão derretidas! - o viking exclamou, estendendo as correntes em nossa direção. Soluço apanhou o objeto e analisou-o, observei-o também. Um dos elos, ou melhor, o que um dia foi um elo, encontrava-se, literalmente, arrebentado, conservado em um formato esparramado, já frio.
– Como? - questionei. Verena franziu as sombrancelhas.
– Não sei, Astrid, só sei que precisamos exilá-lo de uma vez por todas, antes que cause mais estragos. Você está bem? - Soluço falou, tocando levemente meu pescoço com as pontas dos dedos.
– Sim, estou.
– Quer vir comigo interrogá-lo? - meu namorado perguntou, levantando-se e me estendendo a mão. Afirmei com a cabeça, ele ajudou a me erguer.


***


– Você não vai mesmo explicar como fez isso, Erick? - Verena questionava-o, furiosa, estendendo as correntes derretidas, ela estava estranha demais. - Que ótimo. Por que você nunca me contou, seu imbecil?!
– Porque nunca foi da sua conta, sua tola. - Erick respondeu com os dentes cerrados de raiva.
– Olha aqui seu... - Verena já ia partir para cima de nosso inimigo, mas seu irmão a conteve.
– Do que vocês estão falando? - Soluço perguntou. Os dois ficaram em silêncio, encarando o chão. - Verena?
– Poderes mágicos, Soluço. - sua irmã respondeu bem baixinho.
– Como? - questionou meu namorado.
– Poderes mágicos. - Verena repetiu mais alto. Soluço franziu as sombrancelhas.
– Há cada três anos, os deuses escolhem dez crianças no mundo inteiro para adquirirem poderes, os Asgeir. É como um teste, para ver como os humanos lidam com diversos tipos de situação. Mas esses... Esses dons são controlados pelos deuses, não podem ser usados para ferir ou matar e apenas para benificio sem prejudicar ninguém. - Verena ergueu o olhar para o irmão. - Os poderes são entregues aleatoriamente e se divergem bastante entre si. Basicamente isso.
– Tá, mas o que isso tem a ver com você, ou Erick? - perguntei à minha cunhada.
– Desde pequena apresento sinais de dons, dons diferentes. Aos três anos falava com animais e podia controlar a água com as mãos, por isso minha mãe me manteve escondida. Aos seis anos comecei a mostrar meu principal dom, a cura. - Verena começou a explicar.
– Então, aquela flechada que eu levei... - comecei a raciocinar, encaixar as peças do quebra-cabeça.
– Sim, usei meus poderes para curá-la, Astrid.
– E onde Erick entra nisso tudo? - Soluço perguntou.
– Ele também é um Asgeir. Eu sempre suspeitei na verdade, mas não conseguia me convencer. Agora, essa foi a prova que faltava. - respondeu Verena, indicando as correntes com a cabeça. - Ele parece ter poderes relacionados ao fogo ou algo assim.
– Mas ele se soltou com a intenção de enforcar me enforcar ou, pelo menos, atacar algum de nós, não é mesmo? Como pode usar a magia se ela não pode ser utilizada para prejudicar ninguém? - perguntei. Verena se dirigiu para Erick:
– Ele enganou os deuses. Concentrou seus pensamentos em liberdade, fingindo que sua intenção era apenas se livras das correntes que o feriam. - a irmã deu um passo na direção de Erick, ele também passou a encará-la. - Você verá, será punido, os deuses não gostam nadinha de reles mortais que passam a perna neles e não vão deixar barato. Guarde bem o que eu digo, Erick, talvez você mereça mesmo uma punição divina, pra ver se aprende. - nosso inimigo soltou uma gargalhada alta e em seguida disse:
– Os deuses são tolos, Verena, não preciso da confiança deles muito menos preciso acaraciar seus delicados egos. E, para sua informação, não os enganei, apenas omiti um detalhe temporariamente, se eles sentiram-se ofendidos ou problema não é meu.
– Julgue e ofenda os deuses como quiser, Erick, não posso e não quero fazer nada se você duvida da ira deles. - Verena respondeu-lhe e dirigiu-se à proa do navio. - Chegamos.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor! Não esqueçam de dizer se querem ou não a Heather na fic, tá?