You could be Happy escrita por Dizis Jones


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpem a demora era para postar ontem, mas trabalho e sair a noite complicou tudo
boa leitura



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Capítulo 15

A maior intimidade que tive com alguém foi aquele breve instante tocar na pele nua de Tobias em suas costas.

Ele me encarou e eu somente quis beija-lo então me debrucei em cima dele, o beijei com ferocidade, minhas mãos que agora pouco tocava a pele de Tobias delicadamente agora passavam por suas costas de cima a baixo, minhas unhas não eram longas, mas eu as passava com força.

Ele pela primeira vez em nossos beijos ousou deixar sua mão livre em minha cintura passando a meus seios por cima do vestido, sorri entre os lábios enquanto seus dedos enroscavam nas pedras e bordados, mas não ousei em nenhum momento deixar seus lábios.

Eu conseguia sentir o corpo de Tobias se arrepiar a cada tentativa que eu tinha de arranhar a sua pele mesmo inutilmente, mas ele chegava perto de meu ouvido e me dava mordidas leves e logo retornava a meu lábio.

Quando ele mais uma vez mordeu meu lábio inferior, eu abri meus olhos e o encarei, estávamos os dois ofegantes.

— Tobias... Eu quero você...

Ele igualmente ofegante me encarou.

— Também te quero. — e me beijou fortemente, mas ele não estava entendendo onde eu queria chegar.

— Tobias eu te quero agora, faça amor comigo?

Nesse instante senti seus músculos ficarem tensos, Tobias segurou em minha cintura com menos forças.

— Hazel... Não aqui... Não assim.

Neste instante algo doeu em meu peito, não uma dor física, mas a dor da rejeição. Afastei-me imediatamente de Tobias sem palavras para expressar minha indignação.

— Hazel fale comigo, não fique assim, entenda...

— Eu entendo Tobias. — então explodi. — Entendo que eu não te atraia desta forma, que não queira ir além comigo, bem você foi bem claro em dizer que era um namoro sem sexo!

Foi nesse momento que Tobias começou a gargalhar enquanto colocava a camisa novamente.

— Você está rindo do que? Tobias! — eu gritei agora. — Tobias Eaton!

— Hazel você é tão absurda!

— Eu absurda? Ah faça um favor Tobias cala essa boca e me leva para casa!

Pelo caminho até a minha casa eu olhava para a rua, eu não conseguia entender, e às vezes eu arriscava olhar para Tobias e ele estava lá com aquele sorriso idiota.

— Você vai me falar por que estava rindo da minha cara?

— Hazel eu não estava rindo da sua cara, mas da situação e de você não entender as coisas, como pode ser tão inteligente em algumas coisas e tão estúpida em outras?

— Você é tão carinhoso Tobias, primeiro eu sou absurda depois sou estúpida.

Ele parou o carro no acostamento umas duas quadras da minha casa.

— Bem quer explicação eu vou te dar, é isso que você queria para a sua primeira vez? Se agarrar dentro dessa caminhonete e fazer sexo comigo, simples assim?

— E o que tem demais?

— Começando pelo fato de que poderíamos ser flagrados, depois isso aqui é apertado e eu te garanto que não seria confortável.

— E quem liga para conforto Tobias nessas horas?

— Eu ligo e você deveria ligar, e desde quando está desesperada para isso?

— E você não? Quer dizer pelo visto nem me quer...

— Não seja absurda, Hazel olhe aqui. — ele encarou meus olhos, as mãos foram até meu rosto e o acariciou. — Eu estou loucamente querendo você, enquanto nos beijávamos e eu lutei com essas pedras idiotas do seu vestido e a toquei, simplesmente eu fui à loucura, eu poderia ter rasgado a sua roupa ali mesmo, e feito você mulher aqui no aperto da cabine, sem ligar para nada.

— E por que não fez? — fiz um pequeno biquinho.

— Porque não é o certo, Hazel eu não tenho muitas experiências com garotas em sua primeira vez, mas esse pouco me fazem saber que não é bom se perder assim, você precisa estar a vontade, e bem eu também não quero isso, quero ter você, quero te fazer mulher e só Deus sabe o quanto eu me seguro, afinal eu sou um homem e também tenho... Sabe necessidades.

Foi neste instante que eu percebi a burrada que eu estava fazendo, estava ali em minha frente Tobias querendo ser cavalheiro e eu estragando tudo! Enterrei meu rosto em minhas mãos.

— Desculpa Tobias que vergonha!

— Agora se você acha que não tem nada a ver, bem podemos sabe...

Olhei para ele que sorria e arqueava as sobrancelhas.

— Não! Eu estava me deixando levar!

— Pelo momento eu sei como é isso, tento lidar com meu autocontrole a todo o momento com você, é bom saber que posso me sentir mais a vontade.

— O que? — falei assustada.

— Você me mostrou que também quer e que está preparada, isso me deixa, vamos dizer, mais livre, e quando surgir o momento certo pode ter certeza não vou me refrear!

Sorri com isso.

— Nem espero que o faça.

Aquele pequeno desentendimento sem sentido serviu para esclarecer em que ponto cada um de nós estava, eu sabia que Tobias queria sim chegar a uma relação mais íntima, mas ele queria saber se eu tinha esta vontade, e como tinha, então por um lado foi bom.

Aquela noite meus sonhos além de serem preenchidos com Tobias, não foram nada puritanos.

Na manhã de domingo seguida da festa olhando pela janela e a bagunça tradicional seguida de um dia de crianças munidas de açúcar no sangue dos doces se via em toda travessura que elas faziam.

— Hazel!

Minha mãe entrou depois de duas batidas na porta.

— Bom dia mãe.

— Então como foi?

— Muito bom.

— Vi que chegou tarde e aí ficaram somente na festa?

— Mãe!

— Tudo bem invasiva demais, mas filha eu acho que vocês estão fofos juntos.

— É eu acho que estamos bem.

— Você o ama Hazel?

— Mãe, isso é pessoal!

Ela me encarou com aqueles olhos apelativos então eu sentei na cama e ela fez o mesmo.

— Tudo bem, olha mãe eu me sinto bem quando estou com ele, eu me sinto única, longe dele eu só fico arrumando desculpas em minha mente para pensar nele e saber a próxima hora que vou vê-lo, meu coração dispara cada vez que o vejo, ouço sua voz, mas há momentos que eu fico completamente irritada com ele, discordamos de completamente quase tudo, mas no fim o nosso objetivo é sempre o mesmo.

— Que lindo filha!

— Calma eu ainda não terminei! Quando estou o beijando é como todo resto do mundo não existisse e que eu passaria minha vida toda ali com ele sem problema algum. Mãe eu acho, quer dizer, eu tenho plena certeza de que eu o amo.

Olhei para minha mãe que estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Isso... É tudo tão novo para uma mãe, sinto que minha garotinha cresceu!

Abracei minha mãe com toda força que eu tinha.

Depois do almoço em família subi ao meu quarto e peguei meu celular do carregador e para minha surpresa havia umas cinco mensagens, todas de Tobias.

"Hazel vamos dar uma volta à tarde?"

"Hazel ainda dormindo? Espero que possamos sair!"

"Hazel Grace, eu espero que estejamos bem!"

"Hazel, por favor, pode me responder?"

"Hazel, se eu não tiver resposta irei aí exigir uma explicação!"

Sorri com a insistência dele, e quando ia responder minha mãe bateu em minha porta.

— Hazel Tobias está aqui!

— Mãe eu vou me arrumar, vai segurando ele.

— Já sei, tenho bolo de chocolate pronto.

— Isso é uma boa forma de distraí-lo.

Rimos juntas.

Não sabia o que vestir, observei todas as minhas opções, o dia de hoje estava típico de outono, não estava frio, porém não estava quente, então optei por um suéter cor-de-rosa, mas logo desisti, achei que ficava apagada com essa cor, eu era um desastre, até que lembrei de um suéter branco, coloquei um jeans e uma de minhas botas de chuva, sabia que não estava chovendo, porém achei que ficou boa a combinação.

Talvez eu lembre-me de uma revista de moda que disse que as botas de chuva estavam em alta nessa estação, as revistas femininas eram idiotas, mas eu teimava em ler e deixar que elas influenciassem em minhas decisões.

Como sempre passei um rímel e um lápis, um gloss. somente para meus lábios não ficarem secos, inutilmente coloquei aquela mecha teimosa de meu cabelo para trás.

Coloquei um colete de couro, que nunca havia usado em minha vida, e me senti bem, pronto, não ia ficar mais me enrolando, sorri pensando em quantos pedaços de bolo Tobias já havia comido até agora.

Assim que cheguei ao alto da escada escutei risos, entre os sons estavam a risada fina e desengonçada de minha mãe, e a grossa de meu pai, e claro que Tobias estava sorrindo, não tão exageradamente.

— Que piada eu perdi? — falei assim que coloquei os pés no último degrau.

Tobias estava sentado na sala de TV com um prato de bolo, e meus pais estavam em pé segurando um na mão do outro.

— Filha se o seu namorado não continuar na carreira de jogador, pode muito bem ser comediante.

Meu pai falou tentando se recompor, eu até pensei em pedir para eles me contarem a piada, mas estava querendo segurar a mão de Tobias imediatamente, queria estar ao seu lado, e beija-lo e essa vontade era mais forte que minha curiosidade.

— Vamos então...

— Mocinha? Vai aonde?

— Não sei. - dei de ombros não havia combinado nada com Tobias, porém não queria ficar namorando no sofá da sala de TV de meus pais. — Pergunte a Tobias.

— Eu? — ele me encarou.

— Claro, você veio até aqui depois de mil mensagens, não queria sair?

— Ah sim, claro, senhor e senhora Lancaster, me deem licença, e não se preocupem, vamos dar uma volta e não muito longe.

Ele deixou o prato de bolo em cima da mesa, mas vazio, pois pegou a última fatia praticamente engolindo-a inteira, ri com a cena.

— Se cuidem crianças! — minha mãe falou assim que Tobias chegou a meu lado e segurou a minha mão, era imediata a reação que isso causava em meu sistema nervoso, a eletricidade que percorria minhas veias.

— Tudo bem mãe. — falei assim que saímos pela porta da frente.

— Hazel, você está linda! — Tobias falou olhando de cima para baixo, então reparei que realmente o suéter banco delineava as minhas quase nada curvas.

— Obrigada, mas você tem bolo em sua bochecha.

— Oh! — ele começou a passar a mão no rosto então eu fui com meus dedos até sua bochecha e retirei os farelos de bolo e o pouco de cobertura que ainda tinha no canto dos seus lábios, depois coloquei a cobertura em minha boca.

— Muito bom o bolo da minha mãe, e pelo visto você gosta muito, como consegue comer tanto?

— É mesmo incrível esse bolo, não ha nada que tenha comido igual.

— Nem o Flan de sua mãe?

— Bem... O Flan dela fica empatado.

Chegamos à caminhonete e meus lábios já estavam sedentos, parecia como uma necessidade um vício incontrolável, e antes que Tobias desse a partida eu cheguei até ele e dei um beijo em seus lábios, quando eu pensei em me afastar ele segurou minha nuca e aprofundou o beijo, até que o ar nos foi necessário, ele se afastou e sorriu.

— Estava com saudades.

— Mas nos vimos ontem! — falei sorrindo, mas eu sabia o que ele queria dizer.

Tobias deu a partida e logo chegamos à praça, como sempre ele trouxe a manta xadrez e subimos nosso pequeno morro que nos dava a visão do parque todo.

— Podíamos caminhar hoje? — falei, não que ficar ali sentado com ele não fosse maravilhoso, mas eu queria mesmo andar ver o parque de perto.

— Claro Hazel Grace!

Tobias deixou a manta pendurada em um dos galhos da árvore e saímos para caminhar. Ele segurou minha mão entrelaçando nossos dedos passamos pelo lago, e pelo pequeno playground onde as crianças estavam brincando, era simples e tranquilo eu não tinha vontade de falar nada, somente aproveitar a presença dele caminhando ao meu lado.

Para ele isso poderia não significar o mesmo que significava para mim, pois antes do transplante eu não poderia fazer uma caminhada assim, nem ao menos pensar na hipótese desse esforço, e além do prazer de estar ao lado de Tobias, eu estava encarando mais uma de minhas vitórias.

Chegamos novamente ao pé de nossa árvore ele esticou a manta e sentou, eu sentei ao seu lado.

— Satisfeita?

— Completamente. — deitei em seu colo e Tobias alisava meus cabelos.

— Você não ficou chateada ontem, não é mesmo?

— Depois que você explicou seus motivos completamente válidos, eu realmente não fiquei. — ele se referia a nossa quase primeira vez que ele interrompeu e eu me senti mal na hora, mas realmente não importava mais eu entendia os motivos dele naquele momento.

— Isso é bom, não quero te deixar chateada por nada. — ele se debruçou me beijando a bochecha.

— Tobias... — pensei um pouco se entrava nesse assunto naquele momento tão delicado e simples que estávamos tendo, mas realmente eu tinha algumas coisas que me incomodavam.

— Fale Hazel.

— Eu tenho medo sabe...

— Eu entendo por isso ontem eu...

— Não é o medo que você está pensando, sobre isso estou segura, eu quero... — o interrompi para que eu mesma não perdesse a coragem de falar o que estava em meus medos. — Eu tenho medo de outra coisa...

— Do que exatamente?

— De não fazer a coisa certa, e aí você achar que deve ter outra garota mais... Experiente.

Tobias ficou calado por um instante que pareceu longo quase uma tortura antes de enfim falar.

— Hazel não seja boba, não há como fazer a coisa... Errada... É algo natural... Acontece!

— Não é tão natural, você está até gaguejando!

— É mais natural do que você pensa.

— Você tem mais experiências, vamos dizer, e eu tenho nada o que me dá acho que um placar do que? Uns mil a zero?

Tobias explodiu em uma gargalhada.

— Mil? Realmente acha que é um número considerável? — ele falou ainda rindo.

— Sim... Ou não?! Mais? — arregalei meus olhos.

— Depende do que realmente está contando. — Tobias falou sério agora.

Suspirei fundo e encarei seus olhos.

— Então me conte.

— Te contar? — ele ficou espantado.

Sentei o encarando agora.

— Sim, me conte sobre suas experiências, sua primeira vez, sei lá!

— Isso não é algo que se deve conversar com a namorada, eu acho! — ele falou espantado.

— Como não? Namorados trocam intimidade, e essa acho que é uma intimidade, veja eu não tenho realmente o que te contar, mas se tivesse, você não gostaria de contar placar?

— Contar placar? — ele perguntou ainda mais espantado.

— Sim, saber em que pé está? Ou sei lá, saber o que esperar.

— Eu realmente não sei se gostaria de saber isso, não tive nesse lado da situação nunca.

E foi a minha vez de olhar espantada para ele.

— Nunca?

— Bem já que começamos nesse assunto vamos lá, quer realmente saber sobre tudo?

Pensei bem, eu já sabia que Tobias teve uma namorada, ele tinha dezoito anos, saudável lindo e claro que não era virgem, então eu já estava ciente de sua experiência fui eu quem pediu, e comecei esse assunto então respondi convicta:

— Sim tudo!

— A minha primeira vez foi estranha e vergonhosa.

— Como? — perguntei espantada, custando acreditar nisso.

— Acredite, não quero isso a ninguém e jamais farei um filho meu passar por isso!

— Filho? Como assim? — mil coisas vieram a minha mente.

— Calma, não pense coisas antes de te explicar, é que meu pai foi o responsável por eu perder a minha virgindade, acho que ele considerava isso um problema e tratou de arrumar alguém para solucionar a situação.

— Bem ainda não entendi. — falei.

Panic Cord-Gabrielle Aplin

Calma, deixe-me contar tudo então. — somente balancei a cabeça e o deixei falar. — Você conheceu Marcus viu como ele é vamos dizer, prático ao entrar em certos assuntos, então um belo dia depois que eu estava terminando meu ensino fundamental, finalmente entrando no tão esperado ensino médio e para um time de futebol que era o seu sonho, meu pai me pergunta se eu sou virgem.

— Assim do nada?

— Bem ele me chamou um dia e perguntou sobre garotas e eu realmente não era muito bom com garotas, aliás, nunca fui.

— Eu sei. — falei rindo.

— Você percebe a situação, eu sempre fui quase a cópia de Marcus na questão e delicadeza com a pessoas isso me afastava, então ele achou uma solução, meio vergonhosa.

Tobias parou de falar, mas agora a curiosidade me tomava.

— Pode contar Tobias.

— Ele me levou a um lugar que tem mulheres pagas sabe, aquelas que se dá dinheiro para elas fazerem o "serviço". — ele falou fazendo aspas no ar.

— Oh! — foi só o que saiu de minha boca, mas Tobias continuou a falar.

— Ela me levou a um quarto, mas eu realmente não queria aquilo não assim, mas meu pai disse que eu tinha que descarregar e teria de fazer um hábito antes das concentrações para o jogo ou não iria relaxar para jogar e ser o melhor, a mulher foi muito gentil, mas sabe, eu estava com medo, e vergonha no dia seguinte era como se meu pai fosse me encarar diferente, afinal ele saberia o que eu fiz. A mulher ainda disse que eu poderia não fazer nada que ela não contaria a meu pai que eu era gay. — Tobias caiu na gargalhada. — Eu perguntei por que ela falava isso, ela disse que muitos pais faziam isso com garotos gays para mostrar o lado macho de ser, ela disse que achava uma idiotice, mas que mentiria se eu quisesse.

— E aí você?

— Eu não sou gay Hazel! — ele falou me encarando.

— Eu sei! — retruquei. — E daí? Conte mais!

— Eu ri, e contei a ela o que realmente estava acontecendo, sei que depois de muita conversa ela conseguiu sabe usar seu charme, e aí realmente perdi a virgindade nesse dia, para o homem é diferente acho, nada de dor, ou algo do tipo, mas foi bom, mas não a melhor.

O encarei por um tempo.

— E aí seu pai te deixou em paz?

— Bom se deixasse, mas eu me tornei alguém de quem eu não gostei, sabe eu comecei a usar algumas garotas, não iludir nenhuma longe disso, mas sabe garotas que querem isso, que deixam ser usadas. Eu me odiava, mas eu estava sendo homem segundo meu pai, eu me tornei capitão do time e cobiçado, mas nada sério, não muitas vezes. Eu saía para beber e com uma garota por diversão.

Então a pergunta crucial me veio a mente.

— Por que você disse que não tem experiências com comparação?

— Eu só tive uma namorada, a Tris, e agora você, e ela também não tinha experiências anteriores, e as garotas com que saí, eu nem queria saber da vida delas, sequer o nome eu sabia muitas vezes.

— E com a tris?

Vi que Tobias hesitou, mas ele me olhou firme.

— Ela me odiava, depois nos amamos, e um dia aconteceu, e te digo foi ali que descobri que para vocês a primeira vez é complicada, pode doer, vocês podem ter um surto psicótico e chorar, gritar. — Tobias riu.

— Por quê? Aconteceu tudo isso?

— Quando meu pai conheceu Tris não foi diferente de como foi com você, ele é daquele jeito e pronto, mas Tris diferente de você se sentiu intimidada por ele.

— Por quê?

— Meu pai não queria que o namoro atrapalhasse meus jogos e ela simplesmente fazia tudo que ele exigiu, me deixar treinar espaço para a concentração, e até para meus amigos, meu pai dizia que isso era importante a relação que eu tivesse com o meu time até fora do campo, isso ‘’sair e beber’’, por isso naquele dia eu estava...

Seu semblante decaiu sabia que noite ele estava falando.

— Tobias não precisa falar disso.

— Não, tudo bem, olha, a primeira vez foi em um dia que eu estava muito irritado com meu pai, se eu soubesse antes como tratar uma garota, se meu pai tivesse me ensinado a ser gentil e me explicado isso ao invés de me mandar a um puteiroperder a minha virgindade, talvez a primeira vez dela tivesse sido especial, mas depois ficou diferente, mas eu sinto tanta raiva de imaginar que ela só teve um homem na vida dela e foi esse grosso aqui.

— Não se culpe, vocês namoraram por muito tempo isso mostra que ela te amava e você também!

— Sim dois anos, completávamos naquele dia do acidente, mas eu não dei o valor que ela merecia, sabe mesmo que ela estivesse viva e hoje eu talvez estivesse com ela ou não, ou se eu acabasse te conhecendo e eu tivesse com você, eu sempre seria o primeiro dela entende onde eu quero chegar?

— Não se culpe Tobias, a prostituta lá pode pensar a mesma coisa. — falei descontraindo, mas não tive resultado.

— Para vocês é diferente, hoje eu sei, depois da morte da Tris minha mãe tem conversado mais comigo, ela viu como eu fiquei, tudo que passei, e por isso Hazel, eu tenho a certeza de que te amo, amo mais que tudo, amo mais do que um dia eu amei Tris, e por isso eu penso que quero te dar algo especial algo que mesmo se no futuro não estiver comigo, vai poder lembrar com carinho.

Naquele momento eu amei mais Tobias, naquele momento eu soube que ninguém jamais seria tão perfeito do que meu Grosso Tobias Imperfeito.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
até semana que vem beijos



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