Capítulo 29-Passeio de cavalo

–Ai Maxon, você tem certeza?-Perguntei apavorada.

–Você confia em mim? – Ele perguntou, me olhando.

–Em você sim, mas não no cavalo. – Falei.

Ele riu.

–Fica tranquila Meri, eu escolhi o cavalo mais manso. – Ele falou enquanto acariciava o cavalo todo marrom.

Respirei fundo e assenti.

–Tudo bem então, se você está dizendo. – Falei avaliando o cavalo.

–Este é o Coronel, é bem manso você não vai ter problemas, não é amigão? – Falou Maxon dando dois tapinhas no cavalo

E saiu para pegar o outro cavalo.

Olhei para o Coronel, ele era grande, todinho marrom, era bonito também. Vendo por esse lado ele nem parecia tão horrível. Cheguei mais perto e estendi minha mão para fazer carinho nele, Coronel pareceu ter gostado do carinho. Fiquei mais um tempo ali o acariciando.

–Acho que vocês vão se dar bem. –Maxon falou chegando.

–É você tem razão, ele é muito fofo. – Falei sorrindo.

Olhei para o lado e vi o outro cavalo, este era totalmente preto, chaguei mais perto.

–E qual é o nome desse?

–Esse é o Lordy, está comigo desde pequeno.

Um homem chegou mais perto, e colocou cela no Lordy, virei para o Coronel e ele também já estava com cela. Colocamos as coisas do piquenique no Coronel. O homem que se chamava Lorenzo me deu umas instruções junto com Maxon.

–Tá certo, agora é hora de irmos. – Falou Maxon.

Assenti e olhei para a cela que tinha que alcançar.

–Maxon como eu subo nisso? – Perguntei.

Ele riu.

–Vem cá, - Eu cheguei perto, Maxon passou os braços pela minha cintura- Fica tranquila que a viagem é curta, vou estar do seu lado. – Ele deu um beijo na minha testa e me ergueu.

Eu sentei e me arrumei, Maxon deu as ultimas instruções e fomos.

No começo fiquei com medo, mas despois fui gostando. Maxon andava sempre perto de mim.

–Está gostando minha querida? – Ele perguntou eu revirei meus olhos.

–Não sou sua querida, mas por enquanto sim, só tenho medo de do nada ele sair correndo.- Falei.

–Ele não vai fazer isso, nem se ele quisesse Coronel já está um pouco velhinho.- Maxon informou sorrindo.

Assenti, então do nada o cavalo dele começou a correr.

–Eii Maxon!- Gritei, no começo achei que era brincadeira dele, mas então vi que ele estava tentando parar o cavalo, entrei em desespero.

Fiz o que Maxon tinha me ensinado para tentar fazer Coronel andar mais rápido, mas nada de ele correr.

–Vai Coronel! – Gritei desesperada – Droga!

O cavalo estava velhinho mesmo, o máximo que ele fez foi andar um pouco mais rápido. Lá na frente avistei Maxon caído do cavalo, e o Lordy correndo para longe. Desci do cavalo desesperada, e corri o pedaço que ainda nos separava.

–Maxon! – Gritei me ajoelhando do seu lado. – Você está bem?

Ele assentiu e riu como se aquilo não passasse de uma brincadeira, sorri aliviada e fiz carinho no seu rosto.

–Você me deu um baita susto. – Sussurrei para ele.

Ele sorriu e passou a mão por trás da minha nuca senti seus lábios tocando nos meus e acabando com o pouco espaço que tinha entre nós. Continuamos ali deitados na grama nos beijando por um tempo. Até que Maxon falou.

–Vamos, se ficarmos aqui não vou conseguir te levar lá. – Concordei, ele se levantou e estendeu a mão para mim. Me levantei.

–Acho que perdemos seu cavalo. – Falei olhando para o horizonte.

–Tudo bem, já perdi as contas de quantas vezes o perdi. – Ele falou batendo na roupa para tirar a terra.

–Você está bem? Tem certeza? - perguntei o avaliando.

–Sim, estou bem. – Falou sorrindo e depois me beijou.

–E agora para onde vamos?

–Bom, o riacho é aqui perto deve faltar uns 5 minutos para chegar.- Maxon falou.

–Riacho? Tem riacho aqui? – Perguntei empolgada.

–Sim, é para lá estávamos indo. – Maxon falou pegando as rédeas do coronel.

Andamos um pouquinho, eu segurando a mão de Maxon e ele guiando coronel pelas rédeas a pé, para não sair correndo, o que eu acho bem difícil. Até que chegamos.

–Que lindo Maxon!- Falei olhando. Era o lugar mais bonito que já tinha ido, deixava o jardim do palácio no chinelo. Já estava quase no por do sol e a luz se infiltrava pelas arvores de maneira encantadora, muitas borboletas voavam, o riacho estava no meio com uma água cristalina, tudo ali era bonito e acima de tudo intocado, parecia que nenhum homem nunca tinha tocado naquilo.

Maxon me abraçou por trás.

–É lindo, né? – Falou ao pé do meu ouvido.

Arrumamos as coisas do piquenique de baixo de uma árvore perto do riacho, nos sentamos ali.

–Nossa Maxon nunca poderia esperar por esse lugar. – Falei ainda abismada.

–É ele é pouco visitado é a nossa propriedade mais longe do castelo, costumava vir aqui quando era mais jovem, minha mãe adorava isso daqui.

–É lindo! Pretendo voltar aqui muitas vezes. –Falei olhando o lugar ainda admirada.

Em um passe Maxon me puxou para o colo dele me envolvendo.

–A senhorita não vai a lugar nenhum sem ninguém, principalmente agora que está grávida.– Disse.

–Sim senhor! – Falei batendo continência de brincadeira.

Ele ficou sério.

–É sério America não quero que nada de mal aconteça a nenhum de vocês, já é arriscado cavalgar, mesmo comigo e um cavalo como o Coronel, não quero que faça isso sozinha. – Falou acariciando meu rosto.

–Eu também não quero que nada de ruim aconteça. – Assegurei.

Maxon sorriu, e beijou minha barriga.

–Você acha que vai ser menino ou menina?- Perguntei acariciando seu cabelos loiros.

–Não sei, mas vou ficar feliz com qualquer uma das opções. – Falou se debruçando em cima da sacola que tínhamos trazido.

–Já pensou se forem gêmeos? – Falei sorrindo com a ideia.

Maxon riu.

–Iria ser incrível ...Achei! – Falou ele satisfeito por ter achado o que tanto procurava.

Maxon virou para mim e tirou uma foto inesperada.

–Tinha que ser a câmera...-Resmunguei.

Maxon olhou para mim e levantou uma sobrancelha.

–Mas como reclama....-E me puxou para ele começando a fazer cocegas em mim.

O resto da tarde se passou assim, até que já era tarde e tínhamos que ir.

Colocamos as coisas no coronel e ajeitamos ele para a volta.

–Tá e agora que você está sem cavalo?- Perguntei.

–É simples – Ele disse terminando de arrumar a cela do Coronel – Eu vou com você.

Ele subiu no cavalo e me deu a mão para subir com ele. Maxon sentou e eu me ajeitei atrás dele, envolvi sua cintura para me segurar. E começamos o caminho de volta. Angeles estava quente como sempre, mas a noite que ia caindo trazia uma brisa fresca que era um consolo. Apoiei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos sentido a brisa bater no meu rosto.

–A gente podia ter vindo assim, é muito melhor - falei.

Maxon riu e com uma mão segurou as rédeas e com a outra colocou em cima da minha mão que o abraçava.

– Também concordo.

O abracei mais forte e enterrei minha cabeça no seu ombro.