Capitulo 27- Uma boa notícia

– Meri acorda, acabou.

Levantei em sobressalto. Olhei e vi que o dono dessa voz era o Maxon.

–Calma amor. – Ele ele me acariciou e logo em um pulo levantou estendendo o braço.

–Obrigada.

–Vamos, sua mãe e Nicoletta já saíram desesperadas, indo procurar os dois.

Assenti, e saímos, no abrigo ainda tinha algumas pessoas dormindo, logo alguém as acordaria. Segui Maxon para fora e fomos com os guardas procurar por eles.

Ficamos nós 5 procurando, o guarda geral, mamãe, Nicoletta, Maxon e eu. Acompanhamos os guardas abrirem cada abrigo. E lá pelo sétimo o encontramos. Quando a porta foi se abrindo consegui ver May dormindo no colo de Nicholas e ele acordado acariciava a cabeça dela, abri um sorrisinho, mas a cena se fez rapidamente acredito que tenha sido só eu que a vi, May acordou por causa da luz da porta e se sentou.

–Graças a Deus. – Sussurrei.

Abri um sorriso de alivio, mamãe correu até lá dentro para abraçar minha irmã, e Nicoletta foi ver como estava Nicholas olhei aliviada para a cena. Entrei no abrigo também e depois de um bom tempo dela abraçada na minha mãe consegui abraça-la.

–Nossa May fiquei tão preocupada.

–Eu também – Ela falou durante o abraço.

Depois de mais um tempo lá, subimos e cada um foi para o seu aposento.

Eu andava de mãos dadas com o Maxon.

–Graças a Deus ela está bem Max.

–É eu não falei.

–Odeio dizer isso, mas você estava certo, e não só na questão do abrigo, mas também de eles estarem juntos.

Maxon me olhou atento.

–Como assim Meri?

–Bom, acho que só eu vi, mas os dois estavam deitados juntos e o Nicholas estava fazendo carinho na May, em fim eles estavam juntos. – Falei – Mas o que me deixa mais abismada é eles terem se dado tão bem e tão rápido... Acho que eles já se conheciam.

–Pode ser possível, ambos frequentam as mesmas festas principalmente as do castelo. Pensando bem até faz sentido, por que não era para o Nicholas ter vindo agora, só no sábado...

–Então ele deve ter vindo para encontrar a May. – Falei concluindo o pensamento dele. – Maxon o que acontece se eles quiserem ficar juntos?

–Bem nada, isso depende da vontade deles, supondo que a coisa fique séria a May provavelmente iria se mudar para Itália.

Assenti, mas logo dei um suspiro.

–Não era para eles terem aparecido hoje.

Maxon assentiu.

–Meu palpite é que vieram de propósito, provavelmente achando que ia ter muito mais diplomatas aqui do que hoje.

Assenti.

–Ainda bem que a Silvia mudou a data para sábado, só Deus sabe o massacre que teria acontecido.

Entramos no quarto, olhei para o relógio, 2 da manhã. Estava acabada, triste e com raiva, não podia compreender a natureza deles, só estávamos ali para tentar ajudar não só todos, mas eles também, e tudo que eles faziam era destruir, tudo e todos.

Tirei meu sapato e meu vestido, estava calor e por estar tão cansada nem coloquei o pijama fui deitar só de roupa íntima. Me deitei com Maxon e ele me puxou para ele.

–Não fica assim Meri – Ele sussurrou no meu ouvido.

O abracei forte, ele beijou minha testa, logo peguei no sono.

*****

Acordamos sedo, mesmo tendo ir dormir tão tarde, e logo fomos á uma reunião sobre o ocorrido, decidimos suspender minha festa maior, o que foi um alívio. Discutimos formas de prevenir e combater o problema, mas cada um tinha uma opinião diferente da outra, no fim não deu em nada. Saí da reunião á tarde frustrada, mas mesmo com o fim da reunião August, Maxon e eu continuávamos a discutir o assunto.

–Não queria ter que chegar a esse ponto...Mas acho que já tenho uma ideia sobre como detê-los. – Falou apreensivo.

–A essa altura estou disposto a aceitar quase tudo. – Falou Maxon.

–Tudo bem, sentem-se a história é longa. – Nos acomodamos ele começou – Acho que nunca falei para vocês, mas tenho um irmão e quando tinha por volta dos 15 anos, ele brigou com meu pai, falando que tínhamos que agir mais duramente quanto à monarquia de Illéa, não só ficar atacando em busca de um livro que talvez não existisse. Bem, meu pai não deu o braço a torcer, então ele fugiu do acampamento para se aliar aos sulistas, na época meu pai ficou tão horrorizado que disse que ele já não era mais seu filho, meu irmão jurou nunca mais voltar.

August parou e respirou fundo. Não esperava por isso, mas também não sabia como aquilo poderia nos ajudar. Logo ele prosseguiu.

–Bom ele volto uma semana a trás, me disse que se arrependia amargamente do que ele fez, e que esse ato lhe trouce muita tristeza, disse que se eu quisesse ele me ajudaria a acabar com eles, não sei ao certo o que aconteceu, mas ele parecia estar com sede de vingança.- August prosseguiu – Ele possui informações valiosas que podem nos ajudar contar os sulistas.

Respirei.

–Mas você acha ele confiável? - Perguntei.

–Não sei, mas acho que ele é a nossa melhor saída.

Maxon assentiu lentamente.

–Talvez você esteja certo, mas irei pensar cautelosamente. De qualquer jeito nos falamos amanhã.

August assentiu e saiu da sala. Ficamos um tempo em silêncio.

–Você acha uma boa ideia? – Perguntei.

–Não sei – Ele suspirou.

Olhei para ele, que estava sentado na sua cadeira e eu do outro lado da mesa de frente para ele, estendi a mão e ele fez carinho nela. Estávamos um pouco tristes com isso, mas acima de tudo um pouco perdidos. Levantei, dei a volta na mesa e sentei no colo dele. Ele me apertou e me beijou. Ficamos um tempo ali e logo saímos, para a ala hospitalar.

Queria fazer uma consulta com o doutor, e já que nos deram uma folguinha aproveitamos.

–Olá majestades – Falou o doutor.

Nós o cumprimentamos.

–Bem, o que a senhora tem?

–É que doutor, já faz um mês que estamos tentando e bem eu queria saber se tem algo de errado. – Falei um pouco confusa em explicar isso.

O Doutor soltou uma leve risada.

–America, você acabou de completar 18 anos, ainda é muito jovem, seu corpo ainda deve estar se recuperando do trauma de perder um bebê tão cedo. Acho que logo mais estará gravida se continuar as tentativas.

Assenti.

–Mas se te deixar mais tranquila podemos fazer uns exames.

–Eu prefiro assim. –Falei e Ele concordou.

–Vamos fazê-los agora, deite aqui.

Ele fez alguns exames. O médico fez uma cara estranha.

–O que foi? – Perguntei preocupada.

–Você pode ficar para fazer mais exames?

–Sim. – Respondi preocupada, olhei para o Maxon que me deu um sorriso tranquilizador.

Depois de mais um tempo os resultados saíram.

O médico entrou na sala com eles.

–Como eu esperava... – Falou anotando alguma coisa na minha ficha.

Apertei a mão do Maxon.

–Bem America parece que você não terá mais que esperar. – Ele falou abrindo um sorriso.

–Você quer dizer que...

–A senhora está grávida.

Olhei para o Maxon feliz.

–Eu não acredito – Falei eufórica.

Nos abraçamos.

–E o bebê está em ótimas condições. – Olhei para o Maxon sorrindo ainda mais ele também sorria.

*****

Eu estava tão feliz a ponto de dar piruetas. Íamos subir Maxon parou e me pegou no colo.

–O que você está fazendo? – Perguntei soltando uma risada.

–Você e as escadas não terão nenhum contato durante um bom tempo – Ele falou, e eu ri.

–Mas o que vou fazer quando precisar descer?

–Receio que tenhamos que escolher um dos andares para você ficar, tenho uma inclinação a ficar com o terceiro já que tem o nosso quarto, e eu quero te amar agora, então acho melhor ficarmos com a cama. – Eu soltei uma risada e comecei a beijá-lo.

Chegamos no quarto e fizemos amor como nunca fizemos antes. Quase não acreditava, estava tão feliz que mal conseguia me conter.