Capítulo 25- Ataque repentino

–Ames, você... – May se interrompeu vendo minha cara de choro – Você está bem? Aconteceu alguma coisa? – Ela perguntou.

Forcei um sorriso e falei.

–Claro que não, - me distanciei de Maxon e fui na direção dela – O que você ia perguntar?

Dei uma olhadinha para trás e vi Maxon ali observando.

–Ah bem... – Ela parou e continuou – Você se lembra do que te pedi?

–Hum seja mais específica – Falei.

–Sobre conversar mais tarde, e também antes, sobre apresentar novas pessoas.

Ah claro, no dia do meu casamento, isso parecia muito distante, me segurei para não rir, May não só queria conhecer pessoas aleatórias, mas sim garotos da idade dela, por isso o papo de crescer fez ela quere falar comigo.

Dei uma leve risada.

–Eu adoraria te ajudar, mas acho melhor sábado vai ter mais gente da tua idade.

– Eu sei, mas não será preciso, achei um garoto... bem você podia nos apresentar? – Ela perguntou um pouco envergonhada.

Achei estranho não tinha ninguém da idade dela aqui, o mais perto era Gerald, mas tenho certeza que não era dele que ela falava. O será que não?

–Você sabe o nome dele? – Perguntei franzindo a testa.

–Humm...acho que é Nicholas, ele veio com as italianas. – Ela falou.

–Não sei, não conheço nenhum Nicholas... – Me virei para trás e Maxon ainda estava lá, só que não prestava atenção na gente, mas sim na paisagem. – Pera um pouco. – Falei.

Me aproximei de Maxon.

–Oi amor –Falei. – Você sabe se tem algum Nicholas aqui?

Ele pareceu pensar.

–Sim, tem o primo da Nicoletta, ele deve ter um quinze ou dezesseis anos. – Falou – Por que?

–May quer que eu os apresente – Maxon soltou uma leve risada.

–Vamos lá - ele falou.

Eu dei a mão para ele e May veio logo atrás. Maxon falou com Nicoletta, chamou o Nicholas, e os dois pareciam ter gostado um do outro. Eu observei melhor ele, tinha olhos de um azul claro, com os cabelos escuros um quase preto, aparentava ter uns 16 anos.

–Meu Deus, a May não é boba não, que garoto é esse? Se ele já é assim imagina quando crescer. – Olhei para o lado e percebi Maxon com cara de bravo, e ri – Mas ninguém é melhor que o meu majestoso marido.

Depois que falei isso o puxei para um beijo, Maxon deu um sorrisinho. E puxou de volta para a varanda onde ficamos sozinhos de novo. Depois de uns 10 minutos, resolvemos entrar de novo, para cumprimentar mamãe, Gerald e companhia. Mas no meio do caminho uma estridente sirene tocou, olhei para Maxon assustada, e ele me retornou esse olhar.

Os guardas entraram em massa para guiar todos ao abrigo, e o caos se fez, fiquei totalmente desesperada. Maxon me puxava com força em direção ao abrigo, eu me debatia contra ele para tentar voltar, e chamar minha família, eles eram os mais despreparados para um ataque como esse, tirando eles todos já tinham suas experiências, tanto as selecionadas como a comitiva da Itália. Eu continuava tentando me soltar de Maxon que só apertava mais meu pulso, eu estava desesperada!

–America! - ele gritou – Pare de se debater de mim!

–Minha...minha família... – Falei já com lágrimas rolando.

Ele me puxou, mas dessa vez não para me arrastar para o abrigo, mas sim, de encontro ao seu corpo, me envolveu com seus braços.

–Meri eles vão ficar bem, já devem estar chegando no abrigo, não vai adiantar nada você ir na direção do fogo cruzado – Ele sussurrou, o mais rapidamente possível.

Assenti, e dessa vez corremos juntos na direção do abrigo.

Chegando lá estavam todos nos esperando, e uma onde de alívio me invadiu. Respirei fundo, eu e Maxon fomos circular para ver como todos estavam. Falei com as selecionadas nos primeiros minutos, mas parei, olhei para o lado, e dei por falta de uma pessoa. Olhei para Maxon que não entendeu nada, e por fim olhei na direção da minha mãe, ela e Nicoletta estavam discutindo, ambas tinham um olhar aflito.

Corri na direção delas e fiz a pergunta que tanto me incomodava.

–Mãe, cadê a May? – Perguntei totalmente apavorada.

Minha mãe fez cara de choro.

–Não – Sussurrei – Não pode ser...

Mas não era só May...

–E o Nicholas? – Perguntei entrando em desespero.

–Nicholas e May tinham saído do salão para dar uma volta na hora do ataque.- Me informou Nicoletta.

–Meu Deus...

–Calma America, na Itália também têm ataques, Nicholas sabe o que fazer, ele é mais velho e com certeza May deve estar bem com ele. – Aquilo me tranquilizou, mas mesmo eu podia ver a aflição e incerteza escondidas nas palavras de Nicoletta.

Minha mãe se tranquilizou um pouco e ficou num canto abraçada á Gerald chorando, era triste pensar que ele era tudo que tinha sobrado a ela, afinal eu e Kenna(que estava sentada perto dela, totalmente abalada, e tentando com a ajuda de James acalmar Astra) Já estávamos casadas e Kota nem se fala.

Me sentei sozinha e deixei as lágrimas rolarem. Senti braços fortes me abraçarem, Maxon me puxou para sentar entre suas pernas, encostei minha cabeça em seu peito.

–Não fica assim, os dois devem estar em um abrigo juntos. – Ele sussurrou no meu ouvido.

–Isso me faz lembrar, de quando ficamos presos juntos em um abrigo, quem sabe se eles não tão... – Ele deixou a frase no ar. Consegui soltar uma leve risada.

–Não acho que May seja tão rápida assim. –Eu ri.

–Nunca se sabe, se ela não for igual a irmã chataaa – Ele falou e eu mostrei a língua pare ele. –É vai ser assim? – Maxon me puxou um pouco bruscamente para um beijo que acabou rápido. Olhei para o lado e vi Kriss e Elise nos olhando e rindo, mandei um sorriso para elas.

Me acomodei e deitei minha cabeça no colo de Maxon que ficou fazendo carinho nela até eu pegar no sono, e era tudo que eu queria, queria acordar e ver minha irmãzinha bem, por que se algo de ruim lhe acontecesse eu nuca me perdoaria.