Nirvana escrita por Soufis


Capítulo 15
Jude - Memórias


Notas iniciais do capítulo

Fiquei quase duas semanas sem postar! OMG! Mas era por pura birra galera :v desculpas. Um cap do gostoso do Jude pra vcs ~♥

Ah, não sei se já avisei para vcs mas estou em um projeto de Sneak Peek de cada personagem mostrando a "historia" deles e é claro um spoilerzinho disfarçado ai no meio de cada vídeo. Quando acabar um, eu vou disponibilizar no youtube e o link aqui :v

♥ Beijos de paçoca ♥



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Dois dias depois:

–O cabo que liga o motor ao automóvel que está frouxo - Eu disse. Estava apoiado sobre o carro, explicando para todos o que havia acontecido com a caminhonete. Arrumei o tal cabo e logo conseguimos ouvir o ronco do motor - Viu, fácil assim

– Certo... E se acontecer de novo... - Dilan perguntou, coçando a cabeça.

–Você fica com a gente né? - Sparks perguntou.

– Louise, eu tenho família e..

– E você estava sendo perseguido por dracaenaes! - Sparks soltou.

– Deixa Sparks... - Dilan abraçou-a de lado - Ele precisa seguir a vida dele.

Observei os dois. Dilan parecia estar gostando de abraçar Louise, que retribuía com uma careta. Quase imperceptível mas estava ali: uma careta. Eu a conhecia demais. Sabia quando ela estava com nojo.

– Na verdade, Louise está certa. É melhor eu ficar. Qual nosso próximo destino?

– Mcdonalds! - Tony disse.

– Certo, eu passei por um vindo para cá. Devia ter uns dez quilômetros ainda mas dá para a gente ir.

– Yay! - Alexy disse e entrou na caminhonete de Dilan. Dilan, Tony e Zoey entraram logo a seguir. Mas não começaram a andar, acho que queriam que eu fosse na frente.

–Okay, okay! Venham comigo - Andei até a porta do passageiro da caminhonete e abri-a. Fiz uma reverencia para Louise antes dela entrar. - Milady.

–Obrigada Sr. - Ela riu e fechou a porta.

Mais duas pessoas entraram na caminhonete. Uma delas foi a que lutou comigo e que desmaiou, ela parecia ser poderosa. E o outro tinha cara de bobalhão.

Entrei na caminhonete e sentei na cadeira do motorista. Liguei a caminhonete, mudei a marcha e abri um sorriso antes de pisar no acelerador.

– Vamos lá.

(...)

–Você só tem essas músicas antigas? - O garoto do banco de trás perguntou. Acho que se chamava Kurt.

–Aham. Beatles é a melhor banda do mundo - Concordei, ainda mantendo o olho na estrada.

–Mas... São tão chatos. - Ele falou baixinho.

Parei a caminhonete. Louise e eu viramos, encarando o garoto.

–Oi?! - Os dois gritaram. Ela estava com uma camisa dos Beatles, alias. O que a deixava linda.

–É que... São tão chatas as músicas.... -Ele disse quase gaguejando.

–Quer que eu coloque Spice Girls? - Perguntei. - Talvez você ache menos chato.

–Spice o que? - Kurt perguntou e todos rimos.

Chegamos no Mcdonalds logo a seguir. Era uma lanchonete antiga. Tipo, bem Antígona mesmo.

Parei a caminhonete e todos descemos do automóvel. A outra caminhonete chegou logo em seguida. Alexy foi a primeira a descer, ela tinha colocado um moletom branco e os lábios dela estavam brancos. Ela parecia com frio, mas decidi não comentar. Zoey, uma das garotas que lutou comigo saiu da caminhonete e parecia aborrecida, eu entendi o motivo quando um garoto – Tony creio eu, desceu do automóvel, ele ria como uma criança.

Dilan foi o último a descer. Algo nele me irritava. Não sei se era o jeito dele andar, de conversar, ou simplesmente o jeito que tratava a Louise. Ele tinha cara de babaca e fazia jus à afirmação.

Ele caminhou até Louise e por todo o processo me encarava. O que ele procurava em mim? Eu era perfeito. E cheiroso. Não esquece essa última parte.

E ah, constando: eu não sou gay. Sou um partidão.

–Vamos? – Ele pronunciou. Dei meia volta e entrei na lanchonete.

–Vamos.

(...)

–Na boa, qual a necessidade desse palhaço? – Alexy apontou para a imagem do Ronald McDonald. – Palhaços são aterrorizantes. – Dito isso, deu um gole na sua coke.

–Acho que as crianças gostam – Tony pronunciou.

–Parecem que eles estão falando tipo: coma o McLanche feliz ou eu vou te matar a noite – Alexy disse.

–Não sei porque tem medo deles, até o Tony assusta mais do que eles. – Zoey pronunciou fazendo todos rirem.

–Ei! Eu não assusto tanto assim – Tony se manifestou. Ele abriu a tampa de seu milk-shake de baunilha e enfiou uma batatinha lá, retribuindo com uma mordida.

–Qualquer pessoa que ache que batatas fritas com milk-shake combinam assusta sim – Disse Alison.

–Ei! São deliciosas sim! – Tony protestou.

–Du-vi-do – Zoey sorriu, provocando Tony.

–Quer apostar Hades Little Princess? – Tony sorriu de forma travessa.

Zoey pegou uma das batatas fritas de Tony e mergulhou no milk-shake, dando uma mordida em seguida. Todos encaravam ela enquanto ela pegava outra.

–O que é? É bom mesmo! – Ela riu fazendo a mesa descontrair.

–Então Jude... – Louise disse após dar uma mordida em um nuggets. – Quando você descobriu que você é um...

–Semideus? – Respondi. – É uma longa história.

–Temos todo o tempo do mundo – Louise sorriu da mesma maneira que sorria quando criança. Tirando os dentes de leite que tinha quando pequena o sorriso continuava o mesmo.

–Desde pequeno eu viajava muito, como você deve se lembrar. Eu causava problemas nas escolas, normalmente envolvendo pequenos incêndios e coisas do gênero - Dei uma pausa e analisei a reação dos outros, eles pareciam acostumados a problemas na escola e estarem sentados com pequenos incendiários – Então um dia, eu fui perseguido por mulheres-vampiras quando voltava da escola. Eu me escondi numa loja de ferramentas onde um homem com um macacão sujo de óleo estava construindo algo. Ele tinha o rosto meio deformado e suas mãos eram gigantes, ele sorriu e me deu essa belezura – Disse apontando para o meu cinto de ferramentas, que fez um barulho de metal batendo um nos outros, provavelmente era a chave de fenda com os parafusos mas... Isso não vinha ao caso.

–Seu pai falou com você? – Alexy olhava para mim boquiaberta – Uou, nunca tinha ouvido uma história como essa. E ai, o que aconteceu?

Continuei a história de quando vi meu pai pela primeira vez e, à medida que as palavras iam saindo da minha boca, a cena voltava a se tornar realidade.

(Flashback)

–O que diabos você espera que eu faça com uma chave de fendas? – Balancei o instrumento na frente do rosto do homem – Concertar uma estante?!

–Ah Jude... Como você cresceu. Tem os olhos de sua mãe. – Ele disse depois de bagunçar meu cabelo com suas enormes mãos e voltou ao trabalho.

–Como... Como você sabe meu nome? – Eu me virei para ver onde o homem estava mas ele havia sumido.

–Certo – resmunguei para mim mesmo, segurando a chave de fenda. A porta que impedia as mulheres-vampiras ou seja lá o que sejam quebrou e duas delas entraram no local. Elas olhavam para mim como se fosse um lanche. Um lanche gostoso, pelo menos.

Eu só queria que essa chave de fendas idiota virasse uma espada, desejei quando a primeira mulher-vampira veio em minha direção. Ela sorria maldosamente e abriu a boca, revelando presas afiadas.

Fechei os olhos e movimentei a chave de fendas na minha frente, como quisesse me defender e esperei a dor de ter o pescoço mordido.

Esperei alguns segundos, meu corpo estava rígido mas não sentia nada. Será que tinha morrido? Abri os olhos e mulher-vampira não estava mais lá e a chave de fendas tinha se transformado em uma espada.

As coisas estavam começando a ficar interessantes.

Olhei para a segunda mulher-vampira que saiu correndo logo em seguida.

(Flashback)

–Mais tarde daquele dia, Hefesto apareceu no meu quarto e contou toda a minha história de ser um semideus e eu me senti um super-herói. Ele me disse para esperar que um sátiro viria a minha procura para me levar para um lugar seguro e até lá tinha que ficar na estrada, nunca no mesmo lugar. – Acabei a história – Então, aqui estou eu. Fugindo de monstros e vivendo a vida com o pé na estrada.

–Uou eu nunca esperava que você fosse um semideus, Jude – Louise soltou. – Mas agora que está com a gente está mais seguro.

–Ou não. Mas tudo bem, uma vida sem emoção não é vida. – Dei uma piscadela para ela que riu.

(Flashback)

Naquela mesma noite, Hefesto tinha me visitado e me contado sobre minhas origens olimpianas. Ele também me explicou que u sátiro iria me buscar mas, se ele demorasse mais um mês, era para eu cair com o pé na estrada

Eu também tinha notado algumas cicatrizes no seu rosto. Meu pai era um homem grande. Grande em todos os setidos, ele era alto e musculoso e conforme falava mostrava ter um coração grande.

Os melhores homens eram assim.

–Mas pai... – Disse sentando ao lado dele, em minha cama – Os semideuses que eu aprendi na escola usavam espadas, arcos e flechas e lanças. Por que você me deu uma chave de fenda?

–Bom – Hefesto sorriu – Os grandes heróis receberam armas de fato. Mas você, meu filho, eu te presentei com uma coisa muito mais significativa: uma chave de fendas. Você tem o mundo em sua mão, pode concertar qualquer coisa, não machuca-las. Ela tem o poder de se transformar no que você mais precisa. Mas use com sabedoria.

Abri um sorriso travesso para meu pai e ele deu uma piscadela.

–Hey Jude! Hey Jude! – Pedrinhas batiam contra minha janela e a voz abafada de Louise passava pelo vidro semiaberto.

–Vejo que tem companhia meu filho – Hefesto sorriu e bagunçou meu cabelo – Até mais.

–Tchau papai – Eu abracei ele com força, que retribuiu do mesmo jeito e logo desapareceu.

–Com quem você estava falando? – Louise apareceu no parapeito da janela. Ela estava com o cabelo preso em duas marias-chiquinhas e me olhava com um olhar travesso.

–Ninguém. E ei, o que você está fazendo aqui? – Abri a janela, ajudando-a entrar no quarto. Ela estava inteiramente vestida de preto, tirando suas pantufas de ursinho roxas.

–Vou te levar para uma aventura – Ela sorriu, travessa, mostrando os dentes de leite.

(Flashback)

–Hey Jude! – Louise estava na porta da lanchonete – Vamos?

–Certo, certo – Levantei da mesa meio desengonçado e corri ao seu encontro – Para onde vamos?

–Vou te levar para uma aventura – Ela sorriu e, de repente, a menina de onze anos que conheci voltou a estar comigo.


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Notas finais do capítulo

Shipando esses dois olê olê olá



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