As irmãs Parkinson e a viagem no tempo escrita por Spooky Nurse
DOIS
Perfeitos Estranhos
“Pois ninguém nunca disse que o amor era fácil, perfeito, lindo e alegre. Ele fere, machuca e dói, mas ainda assim é amor, e ninguém jamais conseguiu fugir dele. O destino traça caminhos engraçados e tortos e você só entenderá se entrar de cabeça nele.”
Hermione e Pansy entraram na sala iluminada pela luz solar dez minutos atrasadas. Uma senhora de capa verde esmeralda e expressões severas estava com a varinha na mão dando uma explicação sobre a transfiguração de um porco espinho em almofada de alfinetes, o que significava que elas já haviam ficado para traz.
A noite foi longa e cansativa e apesar de terem dormido a manha inteira ainda estavam cansadas. A aula era uma breve mistura de grifinoria, lufa-lufa e sonserina, e só dois lugares estavam vagos. E pelo olhar de repreensão da professora elas se adiantaram a se sentar nelas. Hermione acabou sentada próxima a Sirius Black, rapaz que ela havia sido apresentada ontem. Pansy acabou sentada com um garoto branco de olhos azuis, o cabelo negro e ondulado caia em seu rosto.
– Prazer, Regulo Black. – disse ele.
Ela o encarou, o garoto era da sonserina, o que a assustou mais ainda, ele estava falando com ela por livre e espontânea vontade, uma Grifinoria. Apesar da confusão, ela se apresentou e juntos voltaram a prestar atenção na aula.
No almoço a surpresa constante de todos no grande salão foi quando Regulo Black, ao aceitar o pedido da linda garota Atria – Pansy – se se sentou à mesa da grifinoria junto a Hermione e os marotos, a aceitação foi até fácil, mas Sirius ficou parcialmente intrigado com o irmão, que até dias atrás pregava fielmente as palavras de seus pais e com isso odiava o irmão.
– o que faz aqui, ate ontem odiava os grifinorios. – disse Sirius.
– Não é bem assim... – começou Regulo.
– não é bem assim, você me chamou de traidor de sangue há dois dias e agora esta sentado aqui. – ralhou Sirius.
– ao contrario de você, eu amo meus pais, e quero que eles tenham pelo menos um motivo de orgulho. – disse Regulo.
– e para isso prefere ser partidário de você-sabe-quem? – perguntou Sirius.
– olha, não devo explicações a você irmão. Estou aqui porque Atria me convidou, não preciso tratar todos vocês com carinho e muito menos dar a mão para um trouxa por ai para provar que não sou tão ruim quanto você faz parecer. Só ajo como fui criado e ensinado a agir.
– mas... – começou Sirius, mas foi cortado por Hermione.
– mas você pode aprender outro caminho. – disse a garota. – não precisa viver sobre a sombra de seus pais, seja você mesmo, sei que ai no fundo você é uma boa pessoa, só precisa de uma chance para provar. Você não é um assassino ou um comensal, é só alguém querendo dar orgulho aos pais, eu entendo, mas tente fazer isso de outra forma.
– É isso que estou tentando fazer. – disse Regulo.
– então daremos essa chance a você. – disse James entrando finalmente na conversa, todos os outros assentiram.
– e você Rosa me conquistou com esse discurso para meu irmão. – disse Sirius arrancando risos dos amigos na mesa.
Pansy estava conversando com Regulo e não pode deixar de olhar para a irmã a espera de sua reação.
– É Dragomir, Black. – resmungou ela. – não me chame de Rosa.
– não, Dragomir Black é depois de nos casarmos, Rosa. – disse ele.
– Caso com um cachorro antes de casar com você Black.
– não seja por isso. – disse Remo fazendo os marotos rirem.
Só nesse momento Hermione notou o que havia falado, Sirius era um cachorro. Ela bufou e se levantou para sair, mas assim que saiu pelo portão uma mão a segurou.
– porque ficou tão nervosa? – perguntou Sirius.
– e porque não me esquece e vai atrás das garotas que adoram se jogar em você? – retrucou ela.
– por isso mesmo, você é diferente, gosto disso. – disse ele. – Gosto de você.
– pois não deveria. – disse ela.
– e por quê? Somos jovens, bonitos e desimpedidos. Por que não nos dar uma chance?
– porque sabemos que jamais daria certo.
Sirius ia dizer mais alguma coisa, mas Pansy e o irmão chegaram.
– Vamos mana. – disse Pansy a Hermione.
– Vamos. – respondeu a garota.
E juntas saíram em direção a próxima aula sem olhar para trás, deixando as suas costas dois Black’s com expressões bobas e com sorrisos tortos.
– Elas têm algo diferente não é? – disse Regulo. – algo que conquista rápido.
– é verdade, eu a conheci ontem e já nem sei mais como ficar longe dela. – disse o Black mais velho.
Eles realmente não entendiam, mas elas eram diferentes de tudo que já viram, engraçadas, sarcásticas, inteligentes, com opiniões próprias, e acima de tudo não se jogavam aos pés deles por eles serem Black’s, ricos e bonitos. Isso era realmente frustrante e ao mesmo tempo atrativo para eles.
Pansy e Hermione tinham que confessar que eles eram atraentes, mas sabiam que não dariam certo, elas tinham um mês e depois teriam que ir embora, aquele não era o tempo delas, nada ali era a favor de um romance com alguém.
E com esse pensamento juraram para elas mesmas que fariam o possível para não deixar um sentimento ser criado.
O dia passou rápido e a tarde correu no relógio logo chegando a hora do jantar. Hermione e Pansy estavam fugindo a todo o momento de seus novos amigos e em meio a essa fuga acabaram trombando em uma pequena turminha da sonserina que estava parada em frente o portão que levava ao grande salão.
– olha por onde andam. – disse um garoto loiro e de cabelos longos. Sua expressão as lembrou de Malfoy.
– Não mandei ficarem feito estatuas na porta. – disse Hermione.
– Está o que, esperando os namorados? – perguntou Pansy.
– ora suas traidoras do sangue nojentas. – disse ele.
Na mesma hora as duas bruxas puxaram a varinha para ele e no mesmo instante com um floreio simples lançaram um feitiço de transfiguração avançada transformando Malfoy em doninha. Os outros colegas olhavam aquilo assustado demais para fazer outra coisa.
– olha mana que fofura. – disse Hermione.
– é da vontade de apertar. – disse Pansy sorrindo de lado e pegando uma doninha branca e assustada no chão.
– O devolvam. – disse um garoto moreno.
– não. – responderam simplesmente e caminharam ate o salão com uma doninha incontrolável no colo.
– que bichinho lindo. – disse Lily.
– não é? – disse Pansy e Hermione gargalhando.
– Meninas, me entreguem ele. – disse uma voz severa a suas costas. – Homorfo. – disse a professora e o bichinho voltou a ser Malfoy.
Todos no salão riram.
– estão de detenção. – disse ela as duas garotas e se retirando do salão.
As duas se olharam e deram de ombro, como se uma detenção fosse fazer diferença.
– vão se arrepender. – disse o Malfoy.
Ele estava vermelho de raiva, mas seus olhos estavam grandes e assustados.
– então vem garotão, vamos ver do que é capaz. – disse Hermione com desdém que não se agüentava de rir.
Ele olhou para os lados e notou que estava sozinho e saiu correndo do salão.
– vocês são demais. – disse James rindo.
– vocês ainda não viram nada. – disseram as duas juntas.
– ai, será meu aniversario daqui três semanas, e darei uma festa para os íntimos na sala - precisa. – começou Pansy.
– e precisamos da ajuda de alguns marotos para nos ajudar a entrar no Castelo com algumas bebidas e diversões. – terminou Hermione.
– como sabem da sala - precisa? – perguntou James visivelmente interessado.
– Ora querido. – começou Hermione.
– Temos nossos meios. – disse Pansy.
Apesar da desconfiança ninguém mais ligou em querer descobrir como elas sabiam. Ninguém a não serem dois Black’s que se entreolharam, alguma coisa dizia que elas escondiam algo.
As irmãs continuaram uma conversa tranqüila até que a hora de dormirem chegou, elas saíram e seguiram em direções opostas e pela segunda noite deitaram em suas novas camas e dormiram.
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