Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 16
Eu sempre te amarei


Notas iniciais do capítulo

Fugindo das leitoras....



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– Dias?

– Sim, não irão hoje, algumas coisas estão sendo ajustadas ainda. Ele é muito esperto.

– Você... o conhece?

– Sim e não.

– Temos negócios em comum. Só que evitamos contatos ou relações. Por Isabella entende? Sou muito próximo dela.

– Hum...

– Estamos jogamos xadrez agora e ele é quem dá o próximo passo. Vamos ter que esperar.

– Esperar ele matar ela?

– Não.. não faz o feitio dele morte assim. Ele vai querer alguma coisa antes, foram anos de espera, ele vai saber esperar mais um tempo. O momento exato.

– Vamos fugir agora e deixar esse lunático!

– Quando agimos de maneira precipitada, pessoas se machucam Edward. E Charlie vai evitar isso a qualquer custo, ele a ama demais e você é o que ela mais quer, vocês precisam de um tempo ainda. Tudo ficará bem.

Edward não entendia a calma de Jacob. Era para ele estar chorando! Só que era ele quem queria se debulhar em lágrimas. Jacob depois de algumas horas desceu e demorou para voltar, ele percebeu que Isabella estava de camisola, dormindo em outra posição. Ele deveria saber que Jacob não teria deixado ela dormir de qualquer jeito. O fiel amigo voltou com uma bandeja cheia.

– Coma, não fará bem a ninguém ter fome nessas horas.

Edward olhou para ele com um olhar confuso, quem era aquele homem na sua frente?

– Espera outra coisa não é? – ele riu – Você não me conhece direito Edward. Vim de uma família tradicional de negociadores, sei jogar muito bem o jogo. Fui criado para isso. Sei ser calmo quando preciso, sei ser firme para conseguir o que quero e sei principalmente fingir. Fingir que meu gosto é o mesmo que o seu e que acredito naquilo que meus pais querem que eu acredito. Sou assim, Isabella me faz ser diferente. Isabella sempre despertou o melhor em mim. Assim que nos conhecemos senti uma confiança e uma afeição por ela quase tão forte quanto a sua. Ela é especial, ela desperta o melhor em nós. Acho que é graças a nossa amizade e conversas que não nenhum revoltado pela opressão que sofri de meus pais. Ela sempre tentava acalmar as coisas na minha vida, já se passou por minha namorada, já conversou com minha mãe para fazê-la entender que o que sou é muito diferente disso. – ele apontou para ele – ela já até me salvou de umas boas surras de meu pai! Acredite perdê-la é muito doloroso, mas serei forte até o final. Já precisei dela, todos já precisamos dela. Claire é prova viva disso, ela foi a primeira a saber, ela procurou os médicos, ela foi nas primeiras quimos com ela. Foi forte para todos nós quando precisamos, agora não é hora de fraquezas.

Não teve como Edward não lembrar de Tânia e seu apoio. Não teve como ele não lembrar de suas palavras e de tudo o que ela fez por ele. Mesmo quando estava quieta, era um silêncio cheio de palavras e suporte. Isabella precisava de forças, seus medos e traumas estavam ali, vindo atrás dela e Jacob estava agindo como ele deveria agir. Sentou- se perto da cama, olhou para ela dormindo e deitou do seu lado. Quando acordasse encontraria alguém em quem se apoiar.

Isabella ainda demorou umas horas depois, seu corpo pesado e mole, uma pequena dor de cabeça. Poderia jurar que tinha bebido, mas ela lembrou de Jacob e um copo de água suspeito. Abriu os olhos e viu Edward do seu lado, adormecido, estava escuro.. tinha dormido por quanto tempo?

– Boa noite raio de sol. – Jacob percebeu que ela tentava não se mexer para não acordar Edward.

– Ainda lhe dou uma surra por me dopar.

– Você estava ficando histérica.

– E eu não sei? O que foi aquilo? Não conseguia respirar... – ela tentava se lembrar da sensação, mas sentiu uma calma muito grande, estava tranquila. A droga do remédio ainda no organismo. – Você não vai me dopar novamente... uma hora isso vai passar.

– Até lá você saberá lidar melhor com as informações.

Isabella se sentou e Edward se ajeitou na cama.

– Você o dopou também?

– Não, ele se cansou de esperar. Dormiu depois de brigar com o sono.

– E você? Não foi dormir?

Jacob se aproximou com a bandeja. Ainda estava com muita comida. Coisas leves, frutas, suco e algumas coisas que ela não conseguiu identificar.

– Coma, Charlie disse para você descer quando acordasse.

– Eu não quero isso agora.

– Vocês vão precisar conversar sobre isso Isabella. Aproveita o efeito do remédio e conversa com ele, sabe, quando tudo voltar você não vai ficar tão calma para decidir.

– Não enche meu saco! O QUE VOCÊ ME DEU?

–Algo que meu pai toma, só que duas doses.

– Eu... olha... – a raiva era demais para pronunciar todos os xingamentos que ela queria.

– Coma, Edward precisa descansar também.

Depois de enrolar tudo que pode, Isabella se trocou e foi conversar com Charlie. Eram dez da noite. Ele estava no escritório.

– Charlie..

– Isabella, como você está?

– Um pouco tonta.

– Jacob disse que você tomou algo. Foi melhor assim.

– Qual o plano?

– Ele cercou os aeroportos. As estradas.

Isabella ficou assustada.

– O que vamos fazer?

– Brechas Isabella, tudo na vida tem uma brecha. Já estamos estudando algumas boas.

– Ele não vai me deixar viver...

– Não fale assim! Mato o desgraçado antes!

– Não mate ninguém, seremos iguais ou pior!

– Estamos lutando para sobreviver se você ainda não notou isso.

– E VAMOS LUTAR JUSTO!

–Não é justo ele me tirar aquilo que mais amo! MATO ELE ANTES!

– Pai... – Isabella foi abraçar Charlie. Como uma menina indefesa que acabou de acordar de um pesadelo.

Ele alisou seus cabelos, sentindo as lágrimas rolarem e sua respiração irregular. Charlie sofreria com cada segundo longe dela, com cada plano que a faria sobreviver por mais alguns anos.

– Vai dar tudo certo.

E os dias se passaram sem novidades. Charlie estava sendo cauteloso, não daria passos em falso. É claro que cartas e telefonemas começaram a assustar a todos. Claro que Sue pediu proteção para conseguir seguir aquilo que era de longe uma rotina. Todos estavam assustados, ele tinha feito um cerco bom. Conhecia cada passo de Isabella e amigos ligavam para dar recados esquisitos, segundo eles, como quando um amigo de infância ligou perguntando porque seu pai tinha mandado ele dizer que estava esperando por ela. Claro que soou estranho, mas ela entendeu, ela entendia tudo. E estava nervosa a principio, mas depois de exatas quarenta e oito horas depois, não estava mais. Ela ficava muito no quarto, Edward não largava do pé dela e Jacob precisou voltar rapidamente. Sua mãe sofreu um acidente, estava no hospital. Ela desconfiou do acidente, mas não deixou transparecer. É claro que Esme tinha ido lá, uma hora em que Edward não estava. A conversa foi mais devastadora do que a bala que via na sua cabeça quando fechava os olhos. Charlie tinha falado que descobriram um atirador de elite perto da casa.

– Podemos conversar? É só um minuto. – a voz desesperada de Esme. Isabella olhou com um certo distanciamento. Ela não sabia como tinha ficado assim.

– Sente-se.

Estavam no escritório.

– Edward te contou que eu fiz tratamento para engravidar?

– Não.

– Sim... – Isabella percebeu que ela queria chorar, mas Esme continuou. – Durante cinco anos eu tente e não consegui. Depois, quando estava desistindo desses tratamentos eu me descobri grávida. – ela riu numa lembrança. – Edward...seria Vitória se fosse menina. Minha vitória pessoal contra as estatísticas, contra a falta de esperança...

Isabella ainda estava um pouco fria.

– Eu não posso abrir mão dele Isabella. – ela chorou, soltando o que prendia dentro do peito. Isabella se aproximou e a abraçou. – Eu... ele... entenda, eu sinto muito por você... eu te amo... só que...

– Você é mãe. E eu entendo. – ela estava com a cabeça quando disse isso.

Esme chorou mais.

– Fico com medo de vocês não avisarem sobre a fuga... de perdê-lo da noite para o dia... de não ter notícia... Isabella é meu filho! Minha vida!

– E não vou tirar isso de você. – ela falou isso olhando nos olhos vermelhos de Esme.

Era impossível depois dessa conversa ter outras conversas. Isabella se tornou ainda mais distante, só que era algo sutil. Edward não percebeu nada, só a tensão normal que toda aquela situação exigia. Uns dias depois Charlie veio com um plano perfeito.

– Podemos tirar você daqui. Vai ser a noite. Fácil e simples.

Edward sorriu com aquilo. Isabella também.

– É arriscado mais tem muitas chances de dar certo. – era a notícia mais animadora até aquele momento. – o plano deveria ser perfeito ou Charlie nunca o teria aceito. Sua agencias trabalhavam dia e noite para conseguir aquilo.

– O que precisamos fazer? – ela perguntou sabendo qual seria a resposta.

– Nada, acho que já estão prontos? Partiremos essa noite.

Isabella se enrijeceu nos braços de Edward.

– O que foi? – ele perguntou.

– Seus pais...

– Isabella não se preocupe eu estou me despedindo deles a mais de uma semana. Acho que não preciso de mais nada!

– Edward eles são...

– Meu passado. – aquela frase assustou ela – e preciso do meu presente e futuro.

– Mesmo assim.

– Não podemos perder tempo, arrumem uma mala pequena para cada um. Vamos hoje!

– Charlie..

– Pode ser uma única oportunidade Isabella.

Ela foi abraçar Charlie.

– Eu te amo. Sempre amarei.

– Vamos nos reencontrar um dia menina. Sou bem paciente e estarei aqui quando você voltar – ele olhou bem nos olhos dela – e você vai voltar.

Isabella sorriu com a confiança do pai, queria dizer a ele que sentia sua vida escapar pelas mãos, que morreria e estava certa. A morte dela era aceitável, a de seus amores não. Nada machucaria ninguém ao seu redor, jamais.

– Edward.. – ela olhou para ele quando estavam no quarto. – Posso te pedir uma coisa?

– Sim.

– Me ame.

– Eu já te amo.

– Então... – ela se aproximou dele. Beijando e acariciando.

Eles foram para cama e Edward a despiu devagar, apreciou seu corpo, se deleitou nos seus seios, ouviu seus gemidos e se encantou com o amor que ela exalava. A sentiu querer mais e mais a cada beijo e toque, a sentiu pronta para a penetração, a sentiu pronta o orgasmo e totalmente entregue a ele nos seus braços quando finalmente a levou ao clímax. Foi uma tarde agradável, foram momentos inesquecíveis. Isabella se permitiu esquecer da fuga e ele entendeu a pausa que ela precisava. Riram e se amaram mais uma vez, sem pressa, somente o desejo os conduzia. Quando anoiteceu, arrumaram as malas, Edward ligou para os pais e saíram depois de uma janta silenciosa. Podia se sentir a tensão, podia se sentir o medo em cada segurança que os acompanhava. Edward achava que nem os terroristas tinham tantos seguranças. Entraram num SUV preto. Alec fez questão de dirigir, e Isabella foi atrás com Edward. Ela estava calma e deitou nos ombros de Edward, como dois namorados que estivessem simplesmente saindo para jantar fora.

– Eu vou te amar para sempre. Você é o amor da minha vida. A pessoa mais especial que entrou nela e eu quero que você me prometa que continuará assim... esse homem lindo e cheio de caráter. – ele podia dizer que ela chorava sem lágrimas naquela hora.

– Vou continuar como você quiser, estaremos juntos, para sempre. – ele alisava os cabelos dela

– Te amo. – ela disse quase sem forças.

Ele não pode responder, uma explosão atingiu o carro e depois outra. Quando Edward conseguiu visualizar algo novamente, sem conseguir entender direito ainda viu Isabella, seu rosto sem vida jogado entre algumas pedras... e depois foi tudo muito confuso. Gritos, seguranças, vultos, ora estava numa ambulância, ora num hospital e ora com ela numa praia. E ela ria, ela brincava com ele, provocava ele.

– Eu te amo! – ele gritava para ela enquanto ela fugia dele. – volte para mim...

Mas Isabella somente corria e desaparecia.

Acordou e viu sua mãe do seu lado.

– O que aconteceu?


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Notas finais do capítulo

Bom meu recado final é simples: não acabou.



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