Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 15
Ela me salvou


Notas iniciais do capítulo

Amores eu amei os comentários! Muitos lindos e obrigada pela presença! Veiga esse capítulo é para você minha linda que disse que gostava de capítulos maiores e para vocês leitoras lindas que esperaram um século pela postagem! Obrigada lindas...



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Isabella sabia os planos de fuga quase de cor, ela sabia que não poderia mais ver Edward.

– Quero ter certeza de tudo antes de deixar o país, ninguém vai me arrastar para fora do país sem motivo.

Edward olhou furiosamente para ela.

– Você só pode estar brincando. ISSO É UMA CONFIRMAÇÃO! Você vai embora no primeiro avião que essa gente te arranjar.

Ela segurou a mão de Edward como se estivesse perdendo ele, ele estava escorregando de suas mãos, só que ele não sabia disso. Os planos... as fugas... tudo real demais. Jacob sentiu o clima de tensão, ele entendeu tudo sem precisar de tradução.

– Você precisa ir. – ele disse numa voz calma. – isso não vai ajudar ninguém. Eu fico com Edward até...

– Você conhece os planos. – a voz dela era triste, quase devastada Edward percebeu.

– E conheço seu coração. Não deixe ele decepcionar pessoas que lutaram tanto por você.

Todos ficaram em silêncio, não havia mais nada a ser dito. Não havia mais o que pensar. Eles se sentaram no sofá da sala, acabados de tanto pensar. Não havia o que fazer. Eles passaram a noite praticamente em claro, Charlie chegou pela manhã. Eles estavam tomando café sentados na mesa.

– Bom dia. – ele olhou para Jacob e o cumprimentou.

– Bom dia. Alguma notícia?

– Ele fez a conexão. Ela comentou e ele investigou.

– Você não tem dúvidas?

– Nenhuma, ele já sabe. Isso é um fato.

– Charlie... se você está mentindo para mim sair do país eu lhe digo que isso agora não é hora.

Ele andou tranquilamente até Isabella.

– Isabella, eu nunca te afastaria dos que você ama por prazer. Ele sabe.

– O que vamos fazer agora? – Edward perguntou enquanto Isabella olhava para Jacob.

– Depende. Vocês agora precisarão tomar uma decisão muito séria. Isabella...Edward... O plano vai incluir dois ou um?

Um silêncio se instalou. Os dois se olharam assustados. O que era aquilo? Um casamento? Uma fuga a dois? O que...

– Como assim? – Jacob perguntou assustado pelas caras.

– Ele quer saber se podemos ir nós dois ou só eu.

Jacob acompanhou a todos na surpresa.

– Eles precisam decidir isso agora? Alguém já informou a Edward sobre os planos?

– Não e desculpa Edward, tempo nesse caso é precioso.

– Quais planos? – ele perguntou sem entender.

Charlie sentou na mesa, olhou calmamente para as opções e se serviu um café.

– Isabella precisa sumir ou desaparecer. Temos uns planos de fuga bons e acho que ela tem uma chance. Trocaremos o nome, a identidade, será preciso uma transformação no visual e... provavelmente é algo sem volta. Não haverá volta se ela cruzar essa linha.

– Você está entendendo o que ele está dizendo? – Isabella perguntou numa voz tensa, o coração não tinha desacelerado nenhum minuto, suas mãos nervosas debaixo da mesa se mexiam freneticamente. Uma pausa nos pensamentos, mais desespero. Ele teria que largar tudo que ama para ficar com ela. – Acho melhor não envolvermos ele nisso. – Mas essa frase veio acompanhado de um choro descontrolado, de emoções fortes demais para serem domadas. Ela colocou a mão no rosto, tapando de vergonha da reação histérica. Os soluços e tudo mais vieram para atormentar mais Edward, vê-la assim o deixava transtornado. Ele a abraçou forte olhando para Charlie. Ele parecia abatido agora vendo-a desse jeito.

– Não precisam tomar decisões agora. Vamos ver como as coisas ocorrem. – Charlie disse e se levantou.

Só depois disso eles perceberam, a casa estava cheia. Muitos homens entravam e saiam da casa, Alec falava com cada um deles. Aquilo iria parecer um forte do exercito em poucos momentos. Jacob ajudou Isabella a ir para o quarto, ele fechou as janelas, deitou na cama com ela e deixou ela chorar. Deixou ela se acabar naquela cama. Edward ficou sentando perto de uma poltrona na janela, ele estava pensando. Isabella estava com Jacob, ela estava sendo atendida, ele pensou quando a viu e voltou para seus pensamentos.

– Acabou Jacob, acabou.

– Shhhh... não fale nada. Coloque para fora. – ele olhou para Edward, ele estava distante. Jacob pegou um comprimido e deu com um copo de água que a empregada havia trazido. Ela nem parecia ter percebido o que estava fazendo. Só depois de uns minutos compreendeu, mas adormeceu em seguida. Jacob a ajeitou na cama delicadamente.

– Edward, Isabella vai dormir por umas horas.

– O que aconteceu? – ele ficou assustado, não havia percebido que a choradeira havia passado. Olhou para Isabella, ela parecia tranquila demais. Só o rosto vermelho, mas ficando rosado já.

– Dei algo para ela dormir, algo forte. Ela vai dormir por pelo menos umas quatro horas. Ou seis, depende do corpo.

– Jacob! Você enlouqueceu de vez!

– Não, só sou mais perceptivo. Essa decisão depende mais de você do que dela, lhe dei um período de tempo para pensar, comunicar seus pais se for o caso. Isso é algo sério demais. Ela vai estar bem, ninguém vai jogar uma bomba na casa, não enquanto estivermos aqui, então faça um favor e vá para casa.

– Nada disso!

– Vá para casa. – ele disse cada palavra devagar e tranquilamente. – Pense e depois volte.

– Se ela acordar e eu não estiver aqui...

– Eu vou estar aqui, vou explicar tudo.

– Eu não posso abandoná-la agora.

– Você está ajudando ela, aqui não é lugar para isso. Pense no que vai fazer, abandonar sua família, amigos, referências... em casa você terá uma percepção melhor das coisas. Ela vai dormir, quando acordar te ligo.

Não tinha como discutir com aquilo. Jacob tinha razão. Ele se despediu dela com um beijo na testa. Ela já estava mais normal, a pele não estava mais vermelha ou rosada, os cabelos caídos e o corpo confortável na cama davam a impressão de um sono profundo. Ele foi para casa, triste e confuso. O que ele realmente deveria fazer? Qual a melhor decisão? Iria perdê-la para sempre.

Entrou em casa e foi para a sala, tinha ouvido vozes. Estavam todos vendo um filme. Alice confortavelmente entre os dois, atrapalhando qualquer tipo de clima entre os pais e rindo, rindo muito de alguma brincadeira que o pai fazia. Ele observou a cena por uns minutos, nunca mais ter aquilo, aquilo nunca passou pela cabeça.

– Preciso conversar com vocês.

E foi o começo do fim, quando ele terminou de contar toda a história ninguém pronunciou um som, poderia se dizer que não estavam respirando. Isabella, filha de James, protegida por Charlie e agora namorada de Edward. As palavras fugas, perigo e sem volta assombravam os pensamentos de Esme. Ela se recuperou de longos minutos, vendo o filho jogado no sofá, desolado.

– Não vá, deixe isso para lá. Isso não é coisa sua.

– Esme. – repreendeu Carlisle – acho que isso não é tão simples assim.

– Não é. Eu quero ir. – a voz firme de Edward assustou a todos. – Eu vou. Nunca fui tão feliz com ninguém e sei que não serei com mais ninguém.

Esme estremeceu aquela frase, no fundo, e ela nunca admitiria isso, era verdade. Ela poderia sentir a verdade em cada palavra dele. Não haveria mais ninguém. Só que aceitar ver seu filho ir embora assim não era opção.

– Olha não vou aceitar isso. Não vá, fique longe disso pelo amor de Deus, ela foi criada para isso. Você não entende? Ela já esperava por isso! Não se envolva nisso.

– Não posso. Se ela for eu vou. Não estou pedindo permissão, estou comunicando.

Todos ficaram olhando Edward olhando para baixo, sem coragem de ver a expressão dos pais de horror e tristeza.

– Quando? – Esme perguntou desesperada.

– Não sei, eles ainda vão decidir pode ser a qualquer hora.

– E se um dia você não a quiser mais, se não der certo? Ela vai simplesmente seguir com a fuga e te deixar para trás largado nas mãos dele? – era uma opção, Esme pensou.

– Isso não vai acontecer.

– Mas pode você sabia? – Esme estava quase gritando agora. Levantou porque achou que não conseguiria mais ficar sentada olhando aquilo – NÃO PENSE QUE TUDO É FLORES PORQUE NÃO É! ELA VAI CANSAR, VOCÊ VAI CANSAR E NÃO TERÁ MAIS VOLTA!

– Se acalma Esme! – Carlisle gritou.

– Você está calmo por quê? Estamos falando do nosso filho saindo feito um fugitivo pelo mundo!

– Estou calmo porque sei que isso não vai ajudar. Senta e se acalma. Vamos até lá Edward, eu quero conhecer.. qual o nome?

– Charlie.

– Dois homens, dois pais vão se entender melhor.

Tudo estava mais tranquilo quando eles chegaram, a casa estava aparentemente normal, Margarida abriu a porta com um sorriso tenso e foi indicando que estavam todos na sala. Não teve como Edward quase deixar o pais para trás pensando em Isabella acordada, não tinha se passado nem três horas. Mas ela não estava lá, Jacob e Charlie estavam sentados com alguns seguranças.

– Charlie, meu pai quer te conhecer.

Charlie se levanta calmamente e vai até Carlisle.

– Prazer em te conhecer. – ele lembra do copo na sua mão. – Quer uísque? Acho que precisamos de algo assim hoje não concorda?

– Sim. – e enquanto Charlie vai até um pequeno e improvisado bar perto da janela Carlisle toma coragem para resolver aquilo. – Edward me pôs a par da situação, bem incomum isso.

– Sim, mas reversível.

– Olha, eu não sei quais são os planos...deixei minha mulher aos prantos em casa... sabe como são elas...

– Já tive duas, sei bem. Elas são muito emocionais e descontroladas.

Carlisle ri sem vontade, aquilo era de longe uma péssima explicação sobre o comportamento feminino.

– Bom... e qual é o plano?

– Sumir, desaparecer do mapa, não olhar para trás. – Charlie achou que aquilo bastaria. Ele não poderia dar detalhes sobre a operação.

– Mas... – ele entregou o copo nas mãos de Carlisle.

– Edward vai? – ainda perto olhou fixamente para nos olhos dele.

– Ele quer ir, mas...

– Não temos tempo para drama, se ele vai precisa logo vir para cá. – ele se afastou, indo em direção a algum lugar longe da sala.

– Não pode sumir com meu filho e achar que vamos ficar em casa seguindo normalmente com nossas vidas!

– Eu não espero nada, é minha filha lá em cima, é minha filha que ele quer. Se ele vai junto, menos mal. Ela vai ter companhia na viagem.

– E para onde eles vão? Com quem vão?

– Isso é confidencial.

– Estamos falando do meu filho e eu tenho o direito de saber.

– Como eu posso te falar uma coisa que nem eu sei! Um grupo especializado está cuidando disso e eles não vão dizer onde eles estão.

– Mas olha, eles são apenas crianças.

– Não mais. Precisarão ser mais que isso para superar e vamos precisar apoiar. Sem querer te desrespeitar, se ele quiser ele vai e acho que vocês deveriam aproveitar o tempo se despedindo.

– Como assim?

– Não sou homem de muitas palavras, se Edward vai, ele sumirá no mundo com Isabella.

– Você acha isso certo?

– Só acho que eles precisam encarar os fatos.

Edward subiu as escadas sem nenhum cuidado, pulando degraus para vê-la mais rápido. Abriu a porta do quarto e a viu dormindo. Já tinham se passado no mínimo duas horas.

– O que você deu para ela?

– Algo forte, ela vai dormir ainda mais duas horas pelo menos.

– Ela vai acabar com sua vida quando souber disso.

– É melhor que um ataque histérico. Ela já estava descontrolada o suficiente.

Jacob parou e olhou nos olhos de Edward.

– Você vai?

– Claro que vou!

– Bem, menos mal. Sentirei falta de vocês. Minha única amiga, minha única e verdadeira amiga. – ela disse com os olhos brilhando. Edward achou que ele estava se despedindo.

– Jacob... ela... ele vai conseguir achar ela depois?

– Bom, as agencias de proteção particulares de Charlie são as melhores do mundo. Se tiver um buraco no plano eles não vão agir. Esse país é muito grande, mas é meio obvio que ela queria ficar. Por você... Pelos laços que ela formou. Sair é a melhor opção, aqui ela sempre estaria em perigo. Ela sempre teve medo desse dia... achávamos tão improvável...

– Eu estraguei tudo, eu a levei para ela.

– O que aconteceu, aconteceria de formas diferentes se você não entrasse na vida dela. Você deu a ela algo lindo Edward. O amor. Ela descobriu isso nos seus braços, ela abriu a guarda, se entregou, aprendeu a perdoar, a superar... Edward, você salvou Isabella de uma vida vazia e cheia de futilidades que colocamos quando não temos amor. Aprenda isso de uma vez.

– Ela me salvou!

– Salvaram-se então! Só não se culpe. Ela precisa de alguém forte, tenha essa força. Serão dias nublados.


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