I Belong To You escrita por Mari Barros, DramioneFanClub


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hello hello, mais um capitulo novinho e lindo pra vocês hehe! Espero que gostem :)



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Cap. 14 – “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.”

A luz do sol entrou forte pelas janelas do quarto, iluminando todo o ambiente e deixando a temperatura agradável. Draco finalmente havia ido pra casa. Seu rosto ainda estava machucado, mas tudo ia ficar bem, bom, era o que ele esperava.

Mesmo seu rosto coberto de hematomas, ainda havia lugar para as profundas olheiras causadas pelas terríveis insônias. Desde que Hermione havia lhe contado sobre o encontro dela com alguma coisa maligna, ele não conseguia dormir em paz.

Tinha pesadelos todas as noites e a sua preocupação com Hermione crescia cada dia mais, porém, ela parecia não se importar com isso. Pra falar a verdade, Draco achava que Hermione estava ficando louca. Como ela não estava com medo? Como ela poderia reclamar da preocupação dele? Ele pensava essas coisas noite e dia.

Draco abriu os olhos, levantou-se e foi tomar um banho. A água escorreu por seu corpo o deixando relaxado. Após alguns minutos ele saiu do quarto. Enrolou a toalha em sua cintura, enquanto procurava o celular.

— Alô? - após discar o número, logo atenderam a chamada.

— O que foi Draco? Já lhe disse, está tudo bem. - Hermione respondeu mal humorada.

— Bom dia Hermione, aonde foram parar seus bons modos?

— Você está me sufocando, já lhe disse isso quantas vezes? Dez? Vinte?

— Você deveria agradecer sabia? Somos amigos ou não? Estamos vivendo situações insanas, é normal que eu me preocupe.

— Você está ficando obcecado Draco, só você que não percebe.

— Por que você não para de ser tão teimosa Hermione? Que coisa.

— E você? Por que não vai procurar algo mais interessante pra fazer e me deixa em paz? Não aguento mais ouvir sua voz. Eu sei me cuidar.

Um silêncio se instalou. Hermione calou-se por que sabia que havia sido grossa e Draco... Bom, ele havia ficado ofendido.

— Draco, desculpa, eu não queria ter sido grossa contigo.

— Agora quem não quer mais ouvir a sua voz sou eu. Passar bem, Hermione.

O loiro desligou a chamada e logo ligou para outra pessoa:

— Pansy, posso passar aí?

— Draquinho?

— É, sou eu.

— Bom, meus pais vão sair daqui a duas horas e só voltam amanhã, pela tarde.

— Certo, então eu vou passar aí.

— Até daqui a pouco. - a garota falou com uma voz melosa.

— Até.

Draco vestiu uma bermuda e desceu as escadas atrás de sua mãe.

Encontrou-a na sala de música. A mulher elegante estava sentada ao piano, tocando. Ela parecia alheia a tudo. Seus dedos se moviam com suavidade. Draco parou perto da porta e ficou a observando. Fazia anos que sua mãe não tocava.

Alguns minutos de pura admiração até que Narcisa percebeu que estava sendo observada:

— Draco! - ela exclamou com a mão no peito - Que susto.

— Você voltou a tocar. - o filho disse maravilhado.

— Senti saudades do piano. - ela sorriu nostálgica - Mas enfim, o que você quer?

— Posso ir à casa da Pansy?

— Nem pensar.

— Qual é mãe. - Draco começou a protestar - Por que não?

— Por que da ultima vez que você saiu daqui pra ir a uma festa você voltou todo arrebentado, quase morto.

— Mas eu não vou à festa nenhuma. Só vai ter eu e ela.

— O que?

— Você não quer que eu explique como as coisas funcionam, quer?

— Ora, não seja ridículo, claro que não. - ela disse horrorizada - Mas... Sua namorada não é a Hermione? O que você vai fazer na casa da Pansy?

— Hermione não é minha namorada, que inferno. Pra ser sincero, ela não é nada minha.

— Mas...

— Vai me deixar ir ou não? - Draco cortou a mãe num tom de voz irritado.

— Tudo bem, você pode ir. - ela foi até um relógio - Mas quero você aqui antes do almoço está me entendendo?

— Certo.

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Hermione estava deitada em seu quarto. A consciência lhe acusava a todo instante. O que ela havia feito com Draco não tinha sentido, ele não merecia tamanha grosseria. Mas o fato de está sendo controlada a deixava irritada, porém, mesmo assim ele não merecia ouvir o que ouviu.

Ela ligou para Draco, queria se desculpar, mas ele não atendia de modo algum. Então decidiu ir até a mansão dos Malfoy, ela precisava falar com o garoto. Pedir-lhe desculpas e ficar numa boa com ele.

Tomas havia saído com os amigos, Alicia e Morgana estavam na casa da Luna, apenas sua tia Helena e o marido dela estavam em casa.

— Tia Helena? Tia Helena? - Hermione desceu as escadas chamando-a.

— Estou na cozinha, querida.

Ela terminou de descer as escadas e foi até Helena.

— Tia, preciso ir até a casa do Draco.

— Agora? Está quase na hora do almoço.

— Eu não vou demorar. Só preciso falar uma coisa com ele.

— E por que não liga?

— Já liguei, mas ele não me atende.

— Então...

— Eu sei, ele não quer falar comigo. Por isso que eu preciso ir lá, tenho que me desculpar.

— Tudo bem, pedirei à que Roberto te leve.

Hermione assentiu.

E logo eles estavam indo para a mansão Malfoy. Roberto deixou Hermione e foi embora. A garota se encaminhou até a entrada, respirou fundo e bateu na porta.

Maria veio recebê-la com um sorriso no rosto:

— Como vai? - ela cumprimentou Hermione e logo a convidou para entrar. - Quer falar com o Draco?

— É... Eu preciso conversar com ele.

— Quem é Maria? - uma voz doce perguntou. A mulher loira desceu as escadas, a procura da visita.

— É a senhorita Hermione, Senhora Malfoy.

— Querida! - a loira disse sorrindo e abraçou Hermione assim que chegou perto - Como está?

— Estou bem. Estou com algumas dores no corpo, mas estou bem, obrigada.

— Que bom. Você e Draco nós deram um susto.

Hermione sorriu tímida.

— Maria, traga um suco para Hermione.

A criada se retirou e Narcisa puxou Hermione para o sofá.

— Muito bem, o que a traz aqui?

— Vim falar com Draco, ele está?

Narcisa engoliu em seco.

— Ele saiu, tem quase duas horas.

— Saiu? Pra onde ele foi? - Hermione perguntou, não conseguindo esconder o ciúme em sua voz.

— Ele foi... - Narcisa calou-se, suspirou e então continuou - Ele não deve demorar.

— É impressão minha ou a senhora não quer me dizer pra onde ele foi?

Hermione perguntou, mas outra pessoa respondeu:

— Eu estava na casa da Pansy e pelo que eu me lembro você não tem nada a ver com isso.

Hermione e Narcisa levaram um susto.

— Draco, não fale assim com ela. - a loira interviu.

— Ela faz muito pior comigo.

Narcisa balançou a cabeça e então se levantou.

— Vou deixar vocês a sós, parece que precisam conversar não é mesmo? - ela saiu da sala os deixando sozinhos.

— O que você veio fazer aqui?

— Eu vim lhe pedir desculpas, mas parece - ela apontou para algumas marcas roxas no pescoço de Draco - que eu não deveria nem ter saído de casa.

— Está com ciúmes, Hermis?

— Cala a sua boca.

Draco riu.

Hermione levantou e foi até a porta, mas Draco impediu a passagem:

— Ei, pra onde você pensa que vai?

— Eu vou embora.

— Que eu me lembre você me deve desculpas.

— Você não as merece.

— Você me insultou Hermione. Fez pouco caso da minha preocupação com você.

— E você me traiu. - Draco levantou a sobrancelha esquerda e Hermione se embolou nas palavras - Digo... Bom, é que... Você não deveria sair com essa garota.

— Nós não temos um relacionamento, então eu não lhe trai. Pansy é só uma amiga.

— Ah, sei bem que tipo de amiga ela é. - Hermione emburrada, prosseguiu - Você me deve explicações, Draco. Quero dizer, você saiu sem me avisar nada. Você poderia ter sido atacado.

— Por favor, Hermione, não fique inventando coisas para o óbvio.

— Do que você está falando?

— Estou falando que você está com ciúmes e por isso está dando esse showzinho aqui, na minha frente.

Os olhos de Hermione encheram-se de lágrimas e ela saiu correndo para fora da mansão. Draco foi atrás e ela corria que nem uma louca para longe dele. Nem ela mesma sabia por que estava chorando, mas as lágrimas lhe escapavam os olhos.

Draco conseguiu alcançá-la e logo a segurou pelo pulso e a puxou para si. Os olhos de ambos fixaram-se um no outro. Azul no castanho.

— O que está acontecendo, Hermione?

A garota descansou a cabeça no peito de Draco e o abraçou. Ele se assustou um pouco com o gesto, mas a abraçou de volta.

— Eu não quero lhe perder.

— Você quer dizer que... Que gosta de mim?

— É claro que eu gosto de você. Você é meu amigo.

Draco empurrou Hermione e ficou olhando pra ela com raiva.

— QUER DIZER ENTÃO QUE VOCÊ FEZ ESSA CENINHA TODA PRA DEPOIS ME DIZER QUE GOSTA DE MIM COMO AMIGO?

— E VOCÊ QUERIA QUE EU DISSESSE O QUE, MALFOY?

— NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDA, GRANGER.

— EU NÃO SOU QUE NEM SUAS AMIGAS VADIAS ESTÁ ME ENTENDENDO? NÃO VOU CEDER A VOCÊ. VOCÊ É PATÉTICO.

Hermione saiu correndo outra vez, mas Draco não foi até ela.

Um taxi passou e a garota sem pensar duas vezes entrou. Seu corpo queimava em ira. "Quem ele pensava que era?" era esse o pensamento em sua cabeça.

Draco voltou pra casa. O que havia em sua frente ele derrubava, estava irado. "Como ela podia ser tão idiota?" ele pensava.

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Hermione chegou em casa enraivecida. Abriu a porta e foi direto para o quarto ignorando todas as vozes que a chamaram.

— Hermione querida, não vai almoçar? - Helena perguntou docemente, mas Hermione não fez questão nenhuma em responder a tia.

— Brigou com Malfoy. É sempre assim. Eles conversam, brigam, se entendem, então brigam outra vez. - Tomas disse emburrado.

— Malfoy? Quem é? - Fred Weasley, assim como Harry Potter, Jorge e Rony Weasley que estavam dentro da casa, perguntou.

— É um "amigo" - Tomas fez aspas no ar - de Hermione.

— Como assim?

— Você é lesado ou o que Fred?

— Não deixava Fred, metia logo um murro. - Rony disse rindo.

— Para de palhaçada. - Jorge deu um tapa no pescoço do irmão mais novo.

Os meninos riram e então começaram a almoçar. Após terminarem, foram para o quarto de Tomas jogar vídeo game. Enquanto todos estavam entretidos no jogo, Fred saiu do quarto e foi até o quarto de Hermione.

A porta estava trancada.

— Mione! Ei, sou eu. Fred! - ele disse sussurrando.

— Vai embora! - ela disse com a voz embargada pelo choro.

— Me deixa entrar. Eu só quero falar com você.

— Não.

— Por favor. - ele disse com uma voz mansa.

Depois de um tempinho, ela abriu a porta.

O rostinho dela estava inchado. Seus olhos estavam vermelhos.

— O que aconteceu, Mione? - Fred disse sorrindo de um jeito acolhedor. Abraçou a garota e fez carinho em sua cabeça. Eles entraram no quarto e sentaram-se na cama da garota. – Pode falar comigo, sobre o que houve.

— Não quero falar sobre isso Fred, até por que nem eu mesma sei o que foi tudo aquilo.

— Você e o seu amigo brigaram?

— É... Mas por favor, não me pergunte nada.

— Ok, ok! - Fred disse levantando as mãos conseguindo então tirar um sorriso de Hermione. - Você não deveria ficar chorando por um cara que não te merece, Mione.

Ela ficou calada. Não sabia o que falar. Ele se virou para ela e lhe fez um carinho na orelha.

Hermione estava sensível, o toque do ruivo a fez ficar arrepiada.

Os dedos longos de Fred se firmaram em seus cabelos e logo trouxeram o seu rosto para mais perto do dele. Então, o beijo... Os lábios de Fred eram mornos. Delicados. Eles acolheram os de Hermione com ternura, carinho, respeito.

Por um instante o mundo parecia está girando do lado correto. Bom, por um instante. Afinal, como disse William Shakespeare, “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.”.


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Notas finais do capítulo

Bom, quero dizer que estava um pouco desanimada pra continuar a escrever aqui, mas então a linda da Hirime Salvatore me deixou uma recomendação perfeita e tudo ficou melhor! Obrigada pelas palavras ta? Por isso, esse capítulo foi dedicado a você!!!