Pov. Bella

9 meses. Minha princesa logo estará nos meus braços, confesso estar feliz e ao mesmo tempo nervosa com o parto que estava se aproximando cada vez mais. Hoje estou aqui no consultório da minha médica para a última consulta pré-natal antes do parto. Edward suspendeu uma consulta só para me acompanhar, como todas as vezes, no último ultrassom.

– Bem, estou vendo que essa princesa está ótima e ansiosa para conhecer os papais – dizia a médica para nós dois.

– Graças a Deus – disse e Edward beijou minha testa.

– Pode se limpar, Bella. Gostaria de falar com vocês em seguida – disse ela desligando o aparelho e me estendendo a toalha. Limpei o gel todo que estava na minha barriga, abaixei a minha batinha e Edward me ajudou a sair da maca.

Fomos até a sala da minha médica e nos sentamos de frente para ela. Edward todo carinhoso, começou a acariciar a minha barriga já quase explodindo de tão grande que está. Falando assim até parece que estou grávida de gêmeos. Coloquei a minha mão em cima da dele e sorrimos um para o outro.

– Pois bem, foi a última ultrassonografia antes do parto. Gostaria de dizer que apesar da bebê estar saudável, ela também já se encontra em posição para nascer – explicava a médica – Então, a qualquer momento pode ocorrer o trabalho de parto. Recomendo que evite: subir escadas, estress, emoções fortes, nervoso e comidas não saudáveis. Bastante repouso daqui por diante.

– Certo, Dra. Heidi – disse Edward atento a tudo que a médica falava. Com certeza ele vai pegar no meu pé até o dia do parto.

– Por hoje é só, meus queridos. Nos vemos no dia do parto – ela levantou da cadeira e a acompanhamos. Nos despedimos dela, saindo de seu consultório.

Edward me abraçou de lado, com a mão novamente na minha barriga e andamos pelo corredor do hospital. Conversávamos sobre o meu último mês de gestação, ansiando para finalmente vermos o rostinho de nossa filha e dar-lhe todo o carinho do mundo.

– Vou falar para o meu chefe adiantar a minha licença. Quero estar em casa cuidando de vocês – disse ele e uma alegria enorme pintou em meu peito. Estar com ele em casa, recebendo os cuidados por conta do parto prestes a acontecer, será maravilhoso.

– Gostaria mesmo de ter você lá para me ajudar em algumas coisas e cuidando de nós – disse e ele sorriu. De repente seu nome foi anunciado pelo alto-falante em situação de emergência.

– Tenho que ir. Ficará bem indo embora sozinha? – perguntou ele visivelmente preocupado.

– Sim. Fique tranquilo, ligarei para minha mãe e irei pedir para ela ir ao apartamento passar o dia comigo – disse e ele suspirou aliviado.

– Tudo bem. Até mais tarde, anjo – beijou a minha testa e selou nossos lábios levemente. E não deixou também de beijar a minha barriga, ele voltou para dentro e em seguida avistei um táxi parado.

Fui até ele e pedi para me levasse para casa, passando-lhe o endereço.

[...]

Meus pés estavam esticados no sofá e logo escutei a campainha tocar. Levantei com um pouco de dificuldade, minha filha estava pesando muito e fui até a porta para abri-la.

– Oi meu bem – disse minha mãe e nos abraçamos.

– Oi mamãe. Que bom que veio – disse e dei espaço para ela entrar no apartamento. Fechei a porta e nos sentamos no sofá.

– E a minha netinha? – perguntou ela acariciando a minha barrigona. Renesmee se mexeu levemente – Olha só, ela mexeu.

– Ela está espoleta ultimamente – disse e rimos – Está tudo bem, graças a Deus. E a médica disse que ela já está na posição para nascer.

– A qualquer momento você entrará em trabalho de parto – disse mamãe, como se confirmasse o que a doutora me disse. Ficamos conversando mais um pouco, até que decidimos ver um filme juntas e estourarmos pipoca. Eu sentia saudades dos meus pais e lógico, da companhia maravilhosa da minha mãe. Somos muito ligadas uma com a outra, melhores amigas desde sempre e eu dividia tudo com ela.

O filme que escolhemos era de comédia, rimos bastante e minha mãe chegou a rir até ficar sem ar. Cada cena que passava era uma palhaçada atrás da outra, o filme chama “Gente Grande” e na minha opinião é o melhor filme de comédia que já vi.

Olhai no relógio, já passava das 16 horas da tarde. Provavelmente, Edward chegaria na hora do jantar.

– Mãe, a senhora se incomoda de ficar comigo para jantar? – perguntei. Quero estar acompanhada pela minha mãe até Edward chegar.

– Bem, hoje seu pai ficará de plantão na delegacia. Não me incomodo de ficar aqui, filha. – disse ela e sorri feito criança. Minha mãe riu.

Pov. Edward

Finalmente estava em casa, já passava das 9 horas da noite. O dia foi muito agitado e tenso lá no hospital, com cirurgias de emergências e um parto super delicado que acompanhei.

– Oi Edward – cumprimentou Renée.

– Ah, oi Renée – retribui e trocamos um abraço carinhoso.

– Como está, querido? – perguntou ela.

– Cansado demais, o dia no hospital foi muito agitado. Mas tirando isso estou bem – disse e ela sorriu – Cadê a Bella?

– Está dormindo. Ficamos o dia todo conversando e ela pediu que eu ficasse para jantar com ela, enquanto você estava trabalhando. Logo jantou, tomou banho e dormiu – disse Renée. Pois é, esse último mês é mais cansativo para as mulheres – Bem, agora eu vou indo para casa.

– Tudo bem. Quer que eu a leve embora, Renée? – perguntei e ela balançou a cabeça em negação.

– Não irá precisar, Charlie já saiu da delegacia e está vindo me buscar. Mas mesmo assim obrigada, querido – disse ela e me deu um abraço de despedida – Até mais, Edward. Cuide-se e tome conta das meninas – trocamos um sorriso.

– Pode deixar e muito obrigado por ter feito companhia a Bella – agradeci e a acompanhei até a porta. Logo ela foi embora e fechei tudo no apartamento.

Guardei meus materiais de trabalho e segui para o quarto. A porta estava encostada, entrei sem fazer barulho para não acordar o meu anjo e vi que o quarto estava iluminado pela luz fraca do abajur ao lado da cama. Bella estava deitada de lado com a mão na barriga, instinto de proteção maternal, mesmo dormindo parecia um verdadeiro anjo e ela ressonava serena.

Deus! Eu amo tanto ela, que seria capaz de dar o meu ar só para ela respirar. Sentei ao seu lado, acariciando sua barriga e percebi que a nossa filha estava quietinha, como se acompanhasse o sono com a mãe. Beijei a protuberância suavemente e minha mão foi para o seu rosto, fazia um carinho suave pela sua bochecha sorrindo feito um bobo apaixonado e beijei sua testa.

– Oi – disse ela ao abrir os olhos.

– Oi – retribui sorrindo

– Está tudo bem? – perguntou ela grogue pelo sono e acariciou meu rosto. Meu coração se aquece ao saber que ela se preocupa comigo.

– Está sim. Agora, volte a dormir anjo e a nossa também está te acompanhando – falei e ela sorriu fechando os olhos novamente. Peguei sua mão e fiquei acariciando com o meu dedão, beijei a dobra de seus dedos e continuei por mais alguns segundos velando seu sono.

Levantei com cuidado e fui até o banheiro. Tirei as minhas roupas e tomei um banho relaxante e demorado, eu andava muito tenso devido ao árduo trabalho no hospital. Mas agora ficaria de licença para cuidar de Bella até chegada a hora do parto, desliguei o chuveiro e peguei a minha toalha e enrolei na cintura. Aproveitei para escovar meus dentes também, pois havia jantado lá no hospital mesmo.

Sai do banheiro e fui até o closet, me enxuguei e vesti uma cueca samba canção. Voltei ao banheiro para guardar a toalha no lugar e logo estava deitando ao lado de Bella, que estava deitada com o rosto virado para mim.

– Durma com os anjos, meus amores – disse referindo a ela e nossa filhinha. Beijei seus lábios de leve – Eu te amo, Bella – fui adormecendo olhando para o seu rosto.