Never Let Me Go escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 1
Capítulo 1




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- Que tal estou, Dorothy? - perguntou Pâmela, vestida com um belo vestido branco. Ela estava em frente ao espelho, e sorria com os olhos brilhando - Acha que o Marra man irá aprovar?

- Of course que sim, my dear. - respondeu Dorothy, tomando um drink, sentada com toda elegância em um sofá azul turquesa. - Acho até que Jonas will die ao vê-la assim.

Pâmela sorriu agradecida para amiga, e dando alguns passos em sua direção, segurou-lhe as mãos - Thanks, dear! Por ter vindo comigo para o Brazil. Sei que você hates esse país. Muito obrigada mesmo.

Dorothy retribuiu o sorriso - Oh, darling! Não sabe que faço tudo por você. - declarou, com os olhos marejados e puxou-a para um abraço. - But, agora chega! Vamos acabar estragando a nossa maquiagem!

- It’s true! - respondeu Pâmela, enxugando com cuidado o cantinho dos olhos com um lenço. Olhou para o lado em direção a Murphy, que estava em pé presenciando tudo. - Murphy, onde está a Megan?

Murphy arregalou os olhos, engoliu a seco e limpou a garganta - A sen-senhorita Megan? - Pâmela assentiu com a cabeça - Ela… Ela… Saiu!

- What?! Como assim, Megan saiu? - quis saber Pâmela em um tom de completa indignação. - Ela sabia muito bem que hoje é um dia very important para Jonas! Oh, my god!

- Ow dear, fique calma! - Dorothy disse puxando a amiga para o sofá - Vamos, sit down. Vai ver, a Megan só foi dar uma volta.

- Ai Dorothy, eu só queria saber quando é que Megan Lilly irá criar juízo?

- Megan?! Criar juízo?! Impossível! - intrometeu-se Murphy, atraindo os olhares fuzilantes das duas. - Desculpa!

- Impossível é um lugar que não existe! - Afirmou Brian entrando na sala.

Ao vê-lo, sua mãe correu ao seu encontro - Brian, my baby, já estava ficando preocupada!

Brian segurou as duas mãos de Dorothy, tascando um beijo singelo em cada uma - Mummy, don’t worry! Só estava meditando. E tenho ótimas news para a Pâmela.

Os lábios de Pâmela se curvaram em um sorriso animado - What news?! Fale Brian!

Brian lançou um olhar misterioso para ela. Então, colocando a mão na testa começou a falar de forma transcendental - Haverá uma colisão na vida de Megan e a partir daí nada fará sentido e tudo fará.

Pâmela arregalou os olhos e pousou a mão sob o peito, assim como Dorothy. Enquanto, Murphy olhava de uma pra outra coçando a cabeça sem entender absolutamente nada.

As duas se entreolharam e sorriram. Contudo, apesar de tudo, Megan continuava desaparecida e o evento estava preste a começar. Pâmela pegou o Marra-phone e discou o número da filha que atendeu no quinto toque.

- Megan Lilly, cadê você?

***
- Keep calm, mom! - disse Megan tevirando os olhos - Me dê twenty minutes que chego aí. Ok?! Bye! - despediu-se e desligou o celular.

Ela estava na cama, enrolada em um lençol de seda. Ao seu lado, um rapaz que havia conhecido na noite anterior quando bebeu um pouco além da conta.
Esticou os braços a fim de espreguiçar-se tentando ser o mais silenciosa possível para não acordar o seu peguete. Em vão. Ele acordou.

- Hum… - gemeu, e chegando bem perto dela, tascou um beijo em seus lábios - Já te disse que sou louco por morenas?

Megan deu um sorriso de lado - Not yet. But, foi muito bom saber disso. - deu um suspiro profundo, e colocou os pés para fora da cama, contudo foi puxada de voltada.

- Ei, pra onde a senhora pensa que vai?! - perguntou o peguete abraçando-a por trás.

Megan revirou os olhos e deus um sorriso malicioso - Game over pra você. Tenho que ir agora! - segurou o queixo do peguete, com a mão em alicate e deu um beijo de tirar o fôlego. Então se levantou, mas antes de entrar no toillete virou o rosto uma última vez - Bye! See you later! - piscou um olho e entrou no toillete.

Alguns minutinhos, depois de pagar a conta do hotel, Megan se dirigiu até o estacionamento onde estava o seu carro. Olhou de um lado para outro verificando se não havia nenhum paparazzi, apertou o alarme e abriu o carro. Lá dentro, ajeitou o retrovisor, e mirando-se nele pôde enfim retirar a peruca preta que usava. Costumava fazer isso sempre que saía com rapazes de uma noite só. E aquele era o caso. Pegou uma escova em sua bolsa, penteou os cabelos dourados, se maquiou, e ajeitando as meias que vinham até o meio das coxas, deu partida no carro e saiu em disparada para casa.

No caminho, parou em um sinal vermelho e ligou o som do carro.

"Só nos últimos cinco meses🎶
🎶Eu já morri umas quatro vezes
Ainda me restam três vidas
Pra gastar”🎶

Colocou os óculos escuros e começou a balançar a cabeça ao ritmo da música. O sinal abriu, e ela só percebeu o que aconteceu quando escutou o barulho e a bicicleta sendo jogada longe. Arregalou os olhos. Seu coração disparou. Parou no acostamento a alguns metros de distância e ficou observando através do retrovisor interno. Sentiu um enorme alívio ao perceber que o acidentado havia se levantado e aparentemente estava bem. Pensou em descer, entretanto, viu quando um outro rapaz se aproximou dele e o ajudou. Teve medo. E se eles quisessem fazer alguma coisa com ela? Eles eram dois e ela só uma. Estava em desvantagem. A situação exigia medidas não tão educadas, afinal, o que era a educação quando era a sua vida que estava em jogo?! Pisou no acelerador e saiu cantando pneus. Que se danasse! Nunca mais iria vê-lo mesmo!

***
- Davi, você tá bem, cara? - perguntou Matias ajudando o irmão a se levantar.

- Tô, mas não graças a patricinha ali. - resmungou ele, limpando o short.

- Como cê sabe que era uma patricinha?

Davi fez uma careta - Cê num viu o naipe do carro dela, não?!

- Vi sim. Carrão heim?! Acho até que num deve ser daqui.

- Num deve ser mesmo. - respondeu Davi se baixando para olhar se a bicicleta havia sofrido algum tipo de problema mais grave - Ainda bem que foi só a corrente que saiu! - disse já tratando de colocá-la no lugar - Por isso, tô fora desse tipo de garota! É chave de cadeia!

- Cuidado irmão, a gente costuma pagar a língua de vez em quando, tá ligado?!

Davi fez careta para o irmão e montando na bicicleta seguiu caminho, sendo seguido por Matias que vinha logo atrás.

Ao chegar em casa, como de costume, Davi foi direto para garagem a fim de terminar um de seus projetos.
Ele estava concentrado na tela do computador quando sentiu dois braços deslizando de seus ombros até seu pescoço.

- Ah, qual é, Luene! - retirou os braços da peguete do peito - De novo? Quantas vezes eu vou ter que repetir que esse projeto é muito importante pra mim e que eu tenho que terminar ele pra ontem?

- Ai campeão, para de ser assim! Nerds também precisam de descanso, sabia?! - disse ela enlaçando o pescoço dele.

- Luene, o que você quer pra me deixar em paz por pelo menos uma semana?

- Hum… Agora ficou interessante. Deixe-me ver… Eu quero que você vá hoje pra boate me ver de dj. E… Que por três dias você deixe a janela aberta. É pegar ou largar, campeão?

Davi mordeu o lábio inferior, pensativo - Feito.

Ela sorriu, e puxando a nuca de Davi seliu seus lábios com um beijo - É isso aí, campeão! Vai ver que em dois tempos eu te faço esquecer a garota dos véus! - disse e saiu rebolando.

- Ei, peraí, quem te contou sobre a… Matiaaaaaas! - gritou Davi, indignado.

***
- Dad, please! - apelou Megan para Jonas. Eles estavam sentados em uma mesa reservada para família no evento que homenagearia Jonas.

- No away, Megan! Você não vai pra Califórnia e ponto final.

- Mas, a Ashlay e a Mary Kate vão dar uma festa em Vegas. Dad, eu já comprei a passagem. Eu vou e volto. I promissed!

- Não, Megan Lilly! Forget! Quero você ao meu lado na inauguração da Marra Brasil! Assunto encerrado!

Megan fez bico e cruzou os braços, então sentindo que de seu paí não conseguiria nada, resolveu apelar para sua mãe, que estava do outro lado conversando com Dorothy. Entretanto, sua mãe, assim como seu pai, foi irredutível. Dizendo um sonoro: ” A gente colhe o que se planta, Megan Lilly”.

- A Associação de empresários de tecnologia do Rio de Janeiro tem a honra de entregar a medalha de honra de melhor investidor do ano ao nosso querido Jonas Marra! - Disse a apresentadora fazendo com que todos no salão aplaudissem Jonas que se levantou e se dirigiu até o palco. Com excessão, de Megan que permaneceu com os braços cruzados e a cara emburrada.

- Muito obrigado! Mas, esse prêmio não é só meu, mas de todos os acionistas da Marra international que confiaram no meu plano de trazer a Marra para o Brasil e… - Jonas parou de falar abruptamente ao perceber os olhos arregalados da platéia que olhavam fixamente para tela atrás dele.

Virou e mal pôde acreditar no que viu. Era um protesto que dizia: ” JONAS MENTE! FAZ 20 ANOS QUE JONAS NÃO PISA NO BRASIL! e outras atrocidades mais que deixou Jonas furioso e envergonhados ao mesmo tempo. Quem fizera isso se intitulava no fim com o nome de Golias.

Ao se deparar com aquilo, Pâmela correu a fim de consolar e dar força para seu marido ao contrário de Megan que ficou encantada com aquilo, e olhava para aquele protesto, fascinada.

- Megan, o que você está esperando para ir dar uma força para seu pai? - perguntou Dorothy.

Megan sorriu de forma debochada - Quer mesmo saber?! Eu tô super fã desse Golias! Só dele enfrentar meu pai like that, ele já me ganhou like forever! - disse e pegando a bolsa em cima da mesa, saiu sem dar satisfações, deixando Dorothy a ver navios.

- What?! Eu sou Megan Lilly Marra! Of course que posso entrar aí! - disse Megan aos seguranças que barravam a porta de entrada dos computadores da empresa. - Murphy, será que você pode explicar a eles esse pequeno detalhe, please!

Murphy sabia que ia se meter em encrenca, mas contrariar Megan era suicídio, resolveu atender seus caprichos - Abram a porta para senhorita Marra!

- Thanks! - Agradeceu ela, que entrou e foi direto para o computador principal.

Chegando lá, conectou os cabos a um aparelhinho que carregava para cima e para baixo. Um segredinho dela muito bem guardado. Ela mesma o tinha inventado.

- Não entendo a senhorita. Por que não diz para seu pai que entende de tecnologia? - petguntou Murphy

- E perder minha liberdade? No away! Sou muito jovem! Ainda tenho muito o que aproveitar. My dad não me deixaria em paz.

Murphy revirou os olhos com desdém.

- Consegui - Disse Megan, quando seu aparelho deu um sinal - Locate Golias! - ordenou para o aparelho que fez um barulho, então de repente, apitou - Gambiarra?! Conhece, Murphy?!

Murphy balançou a cabeça em
negativa.

- Ele não, mas eu sim. - respondeu uma voz vindo de detrás deles.

Megan virou, surpresa - Who are you? E como entrou aqui?

O garoto sorriu e chegando perto dela, tomou uma de suas mãos e beijou. Megan franziu a testa - Eu sou o Danilo, seu primo, filho do Sílvio, irmão do seu pai.

Os olhos de Megan brilharam e um sorriso exuberante se formou em seus lábios - Sério?! So… Você disse que conhece a Gambiarra?

- Conheço sim. É o bairro que eu moro.

- Great! Será que você pode me levar até lá?

- Claro, priminha! Mas, eu preferia te levar pra uns lugares maneiros que…

- I prefer Gambiarra, ok?! - interrompeu Megan, decidida - Se você não quiser me levar, eu vou sozinha!

- Tá certo! Se é a Gambiarra que você quer… É a Gambiarra que você terá! Vamos?! - passou o braço volta dos ombros de Megan.

- Não precisa disso! Sei o caminho, garoto sticky! - disse e saiu na frente sem esperá-lo.

Danilo saiu atrás correndo - Garoto o quê?! Espera priminha! Essa já tá na minha!

***
Alguns minutinhos depois, o carro de Megan chega na Gambiarra.

- Então, priminha, quer conhecer a minha casa?!

- No! Eu digo onde parar, ok?! - olhou para o aparelho que indicava a direção exata de onde Golias estaria. O sinal desapareceu no momento em que o carro passou em frente a uma boate - Here! Stop! Pode parar! É aqui que a gente vai ficar!

Danilo olhou pela janela - Aqui?! Tem certeza, priminha?! Eu conheço umas boates bem mais legais do que essa!

- Danildo, shut up and get out que eu preciso fazer uma coisa! Vamos! Num entendeu?

- Mas… O que… - tentou falar Danilo, entretanto pelo olhar de Megan, ela falava sério, então saiu do carro.

- E você também, James, get out!

- Meu nome não é james, senhorita Megan! - respondeu o motorista

- Todo motorista de filme é James, portanto não discute e… Get out!

O motorista franziu a testa, indignado, mas em seguida, também saiu.

Alguns minutinhos depois, a porta do carro se abriu, mas de dentro não saiu um loira e se um ruiva com olhos esverdeados.

- Hi, Danildo! - Megan cumprimentou.

- Caraca, meu irmão! Se você num tivesse falado, eu não reconheceria nunca!

- Esse é o objetivo. Let’s go! - Megan falou entrando na boate com Danilo seguindo-a de perto.

Lá dentro, Megan foi ela, dançou de forma sensual atraindo os olhares de todos principalmente dos rapazes. Danilo tentou investir por diversos momentos em sua priminha, mas ela não deu trégua. A boate estava lotada. E a bebida estava correndo solta, tanto que muitos já demonstravam estar mais soltinhos. Megan aproveitou para ficar com um e outro. O problema é que um deles não gostou de vê-la ficando com o outro, e quando Megan se deu conta, estava no meio de uma briga. Ficou apavorada. Olhava para os lados a procura de Danilo. O covarde havia fugido. O pânico começou a tomar conta de seu coração, foi quando sentiu uma mão masculina puxando a sua com violência. Tentou protestar, mas algo lhe dizia que ali estava sua tábua de salvação. Optou por ser conduzida por aquela mão.

- Vem comigo! - Disse o rapaz a sua frente. Ela escutou, mas ainda não conseguia vê-lo, devido ainda estarem em meio às pessoas na boate. Continuou permitindo que ele a conduzisse.

Quando os dois atravessaram a porta dos fundos, entraram em um corredor e só aí seus olhares se cruzaram pela primeira vez.

- Você tá bem?! - perguntou o rapaz, intercalando o olhar entre os lábios e os olhos da garota.

Megan balançou a cabeça assentindo. E não entendeu o porquê de não conseguir dizer uma só palavra. Logo ela que era acostumada a ter todo tipo de cara aos seus pés. Sentia-se totalmente vulnerável diante daquele.

- Que bom. - disse ele e sorriu de lado, iluminando todo o rosto.

Ela se aproximou, e tocou o rosto dele delicadamente. Ele não entendeu aquele gesto, mas sentiu uma sensação estranha. Então, ela levou os lábios até os dele bem de leve. Ele fechou os olhos, sentindo o toque suave.

Megan era acostumada a fazer isso, mas não daquela maneira. Geralmente, ela precisaria de umas bebidas antes e definitivamente não teria esse carinho todo.

Afastou os lábios esperando que ele tomasse alguma iniciativa. O rapaz abriu os olhos e quando viu ela morder o lábio inferior, enlaçou sua cintura e puxou-a com violência para si, se apossando de seus lábios, e entrelaçando sua língua na dela. Ela correspondeu a cada investida e o empurrou até a parede, imprensando-o contra ela. Depois ele virou, e era ele quem a inprensava, e eles ficaram nessa brincadeira até que…

- Davi! Davi!


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