Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 21
Preocupação


Notas iniciais do capítulo

Hoje não é dia de postagem maaaaas foi um marco para a minha pessoa e eu resolvi fazer esse agradinho pra vocês.
Vocês são 50 leitores (não sei o número de fantasmas pq não sou médium) e tenho 100 reviews *-*

Não sou boa lidando com sentimentos, mas estou muito feliz e orgulhosa e acima de tudo GRATA a vocês por estarem aqui comigo. Muito obrigada.


Observem que eu não estou mais colocando música nos capítulos. Minha playlist não anda me ajudando muito ç.ç



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Depois de ter sido "sequestrada" por rebeldes, fiquei na ala hospitalar por algumas horas fazendo exames. O médico viu a sutura na minha cabeça mas não falou absolutamente nada enquanto me examinava minuciosamente.

Uma enfermeira realmente fez o teste de virgindade em mim. Sério, que ódio negro que eu senti de Pietra naquele momento!

— Eu disse que estava tudo bem — resmunguei quando voltei à parte principal do escritório onde Caleb estava conversando seriamente com o médico.

— Totalmente bem? — perguntou o príncipe com uma expressão intensa.

— Sim, Caleb. Posso correr a maratona de Londres com um pé amarrado nas costas.

Ele sorriu tenso. Sério, qual era a dele?

— Fico feliz.

— Não parece. Você está bravo pelo que eu te disse no outro dia? Sobre não poder me envolver?

— Na verdade eu estou furioso com você por aquilo.

Por quê?

Ele olhou em volta.

— Vamos conversar em outro lugar.

Como se eu tivesse opção.

— Como quiser.

Ele estendeu o braço dobrado para mim, eu o peguei em silêncio.

Caleb me levou até meu quarto onde Diana, Gabe e Marcie estavam a postos. As três pareciam ainda piores que as meninas da Seleção.

— Moças! — cumprimentei feliz. — Como vocês estão?

— Senhorita. Estamos tão felizes por vê-la bem — disse-me Diana tentando soar profissional apesar da voz trêmula ao mesmo tempo em que fazia uma reverência. — Vamos deixá-los a sós. Se precisarem de algo...

Sorri.

— Não se preocupem, estou ótima.

Elas saíram fazendo mais reverências.

Me virei para Caleb.

— Então?

— Como você está?

— Estou ótima. Meu Deus, você acha que se ficar perguntando minha resposta vai mudar?

Ele colocou as mãos para trás.

— Não é isso. Eu me preocupo com você! Desculpe se estou sendo irritante, mas todos ficaram dizendo que você provavelmente estava... — Caleb engasgou.

— Morta. É, eu sei.

— Você faz ideia de como eu me senti? Esse foi um dos piores dias da minha vida.

Suspirei e peguei sua mão, puxando-o para a cama.

— Lamento, eu não sabia.

Não lamente por algo que você não pode mudar — citou como uma nota ácida e ao mesmo tempo carinhosa.

— Hilário. Sobre o que você quer falar?

Caleb me olhou com uma expressão intensa.

— Sobre nós. Eu e você.

— Agora?

Ele assentiu.

— Eu sei que você tem medo de se magoar, mas quero que saiba que planejo mantê-la aqui por muito tempo porque sou capaz de ver uma história brilhante para nós e não estou disposto a abrir mão disso. Não agora, não depois e nem nunca.

— Mas você também é capaz de ver uma história com as outras, não é?

— Poucas delas me cativam como você.

— Aí é que está! Essas poucas que são o empecilho!

Frustrado, Caleb passou a mão pelo cabelo deixando-o arrepiado.

— Se eu disser que acabo com toda essa palhaçada quando você quiser se você jurar que seu coração é apenas meu, qual seria sua resposta?

Eu apenas o olhei.

— Vê? — continuou. — Essa é a razão pela qual eu vou manter a competição. Eu preciso de uma certeza. Eu espero que você a dê, mas não posso só esperar, Alexia.

— Eu não...

Ele pegou minha mão.

— Algo me diz que essa é a melhor coisa que já senti, no entanto...preciso ter certeza — Caleb me olhou pensativo. — É engraçado, não é? Minha mãe me disse uma vez que quando você se apaixona não tem certeza de nada. Até então eu nunca tinha entendido, mas agora com você... eu não tenho certeza nem de qual é o meu próprio nome.

Quando você está apaixonado não tem certeza de nada. Com você eu não tenho certeza nem de qual é o meu próprio nome.

Ele estava apaixonado por mim?

Joguei-me eu seus braços, eu queria transmitir com a pressão em lábios o que aquelas palavras haviam significado para mim. Acho que ele entendeu, seus braços estavam me segurando firmemente contra si e mesmo quando o beijo acabou Caleb continuou me abraçando.

Perguntei-me sem interesse real se ele planejava me soltar algum dia. Eu não me importaria de ficar ali para sempre.

Depois do que poderiam ter sido minutos ou horas Caleb se afastou sorrindo.

— Preciso ir, tenho um monte de compromissos — ele fez careta. — Não saia do quarto hoje.

— Eu não estou doente — reclamei.

Caleb me encarou.

— Você passou por uma experiência traumática e precisa de repouso — ele beijou minha testa. — Não seja teimosa.

— É a mesma coisa de pedir para a água não ser molhada, sabe disso, não é?

Ele sorriu.

— Sei. Faça um esforço por mim, sim? Não quero ter que me preocupar ainda mais com você enquanto supostamente deveria estar me preocupando com as leis.

Suspirei.

Eu sabia que ele só queria o melhor para mim, mas sinceramente eu fiquei apagada e deitada por quase um dia inteiro. Eu queria ir lá fora ouvir os pássaros cantando e sentir o sol na pele.

— Não quero ficar aqui. Prometo me comportar, não fazer esforço e qualquer coisa mas eu quero poder andar por aí. Vou ficar maluca parada aqui feito uma criança doente sendo que estou perfeitamente bem.

Caleb me analisou e por fim cedeu.

— Pode sair, mas sinceramente eu prefiro que fique aqui.

— Sem problemas, pai.

Ele fez outra careta.

— Não se esqueça de que eu… gosto de você, certo?

Senti o biquinho se formando na minha cara mas não me importei.

— Eu também gosto de você, Caleb. Muito mesmo.

Ele beijou minha mão e saiu. Pensei ter visto o vislumbre de um sorriso antes de ele fechar a porta.

Cinco minutos depois de Caleb ter saído, Georgie e Paige apareceram como mágica no meu quarto trazendo com um jogo de tabuleiro para nós.

Chamei minhas criadas e elas se divertiram jogando conosco de vez em quando alguma delas perguntava como eu estava me sentindo. Era como se depois da minha mãe ter morrido eu tivesse ganhado logo três pra compensar. Apesar de eu tentar, não consegui ficar irritada com elas.

Mas irritante era o fato de as palavras de Henry não saírem de minha cabeça "Eu sou seu irmão" "Sempre estive lá, cuidando dos meus irmãos". Eu não duvidava de mais nada do meu pai, mas ter usado uma mulher e depois descartá-la… eu não podia imaginar que ele fosse tão baixo e mesmo odiando a ideia eu me maravilhava imaginando como seria para variar ter um alguém que cuidasse de mim de verdade e que tivesse o meu sangue.

— Senhorita, você está prestando atenção? — Diana me olhava estranho.

Pisquei um pouco.

— Desculpem-me. Estou sim. Apenas cansada, acho.

— Nós a deixaremos, então — disse Paige se levantando e ajeitando o terninho de Georgie. — A senhorita precisa de descanso.

— Não, tudo bem. Eu não consigo dormir de tarde.

Minha criadas sorriram gentilmente.

— Trarei um calmante. A senhorita precisa de repouso — disse-me Gabe já saindo do quarto.

Ela voltou alguns minutos depois com uma pílula em uma bandeja.

Peguei a pílula enquanto Georgie me abraçava com força, a cabeça aninhada no meu coração.

Não adiantava recusar, apesar de não estar de fato sofrendo de estresse pós-traumático eu precisava descansar. Entre a enxurrada de coisas que Henry me disse e a quase declaração de Caleb, minha cabeça estava quase explodindo.

Tomei o remédio e me preparei para dormir.


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Notas finais do capítulo

Sério, só segunda agora.



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