Who Owns My Heart? escrita por Lauren Grace


Capítulo 18
Why Won't They Talk To Me


Notas iniciais do capítulo

whatssssss up! Então pessoal, primeiramente desculpem a demora para postar, mas tenho cada vez mais coisas pra estudar e etc, então tenho cada vez menos tempo disponível para escrever. Enfim, é um saco. E também devo demorar para responder os comentários, mas vou respondê-los, prometo. Enfim, infelizmente teremos que nos acostumar a isso haha (a nota tá ruim mas o capítulo tá melhor). Boa leitura!



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Minha breve sensação de felicidade esteve presente durante todo o final de semana, mas acabou na segunda-feira. Não saí no final de semana, mas conversei bastante com Apolo. Ele era legal, extrovertido, engraçado e fazia eu me sentir bem. Mesmo sem nada de beijo e etc, ele fazia eu me sentir única, de um jeito bem diferente que o Percy fazia. Na segunda-feira, na escola, minha vida voltou a ser o mesmo inferno de um mês atrás (ou ainda pior). Na porta da escola do lado de dentro, tinha uma foto de um casal, ambos loiros, se beijando dentro de um carro. A foto foi tirada á noite, pois estava bem escuro, e dava para distinguir vagamente o casal. Abaixo da foto, escrito em negrito lia-se: “Todos pensam que ela é uma santa, mas na verdade, ela é uma vagabunda completa”. O casal era eu e Apolo. Senti minhas mãos ficarem trêmulas e o sangue subir para a minha cabeça. Não, não pode ser, não pode ser. Ninguém poderia ter feito isso, isso não podia estar acontecendo, eu não podia ser humilhada de novo. Eu não conseguia acreditar.

Pelo corredor várias cópias da mesma foto estavam espalhadas pelo chão e coladas na parede. A escada estava repleta dos mesmos papéis, e na porta de cada sala via-se o nosso beijo, e abaixo o que pensavam sobre mim. Que eu era uma vagabunda.

Na minha sala a situação era ainda pior. Tinha uma foto em cada mesa, e várias coladas na parede, no quadro, na mesa do professor e espalhadas pelo chão. Naomi, Emily e Thalia estavam na sala, olhando a foto. Elas me olharam com uma expressão de desprezo, e aquilo foi como um soco no meu estômago. Lágrimas quentes subiram aos meus olhos e saí correndo dali. Eu não conseguia acreditar, aquilo não podia estar acontecendo comigo, simplesmente não podia. Eu estava me recuperando, e agora isso acontece, ninguém tinha o direito de fazer isso comigo. Comecei uma corrida frenética para o banheiro, mas acabei escorregando em um papel que estava jogado no chão e caí, batendo meu rosto com força no piso gelado.

O corredor estava bem cheio de alunos, e todos olharam a minha queda. De repente ouvi alguém dizendo:

– Ela é a garota da foto.

Uma explosão de gargalhadas soou nos meus ouvidos, e lágrimas de vergonha rolaram pelo meu rosto. O tempo pareceu andar mais devagar enquanto eu corria até o banheiro e todos riam e apontavam para mim. Algumas pessoas gritavam “vadia” enquanto eu passava, e tudo que eu queria era sumir no tempo, no espaço, desaparecer para sempre.

Por fim cheguei ao banheiro, que por incrível que pareça também estava cheio de fotos minhas. Duas garotas estavam lá, e lançaram olhares repressivos para mim quando passei. Entrei em uma das cabines, me sentei na privada e deixei as lágrimas jorrarem.

Por que, meu Deus, por quê? Porque fizeram isso comigo? Eu não conseguia entender. Eu nunca havia feito nada a ninguém, e agora fizeram isso. Fui humilhada duas vezes na frente de todos, uma humilhação pior do que a outra. Lá fora todos riam de mim, eu não podia voltar para lá, todos me odiavam agora. Eu não conseguia pensar, eu não conseguia raciocinar, tudo o que eu sentia era vergonha de mim mesma. Eu chorava com cada vez mais força, e cada vez mais alto, até que perdi o fôlego. Um enjôo começou a subir pelo meu estômago, e acabei vomitando ali mesmo, parte do vômito caindo na privada, parte no chão, parte na minha roupa. Eu estava derrotada, completamente derrotada. Em meio a lágrimas, soluços e vômitos, acabei perdendo a consciência.

Acordei ainda no mesmo banheiro, na mesma derrota. O lugar fedia a vômito, e eu me sentia fraca e trêmula. Meu rosto doía devido á queda, e minha blusa de frio tinha o mesmo cheiro horrível da privada.

Senti as malditas lágrimas vindo de novo, e como uma luz no fim do túnel, um pensamento surgiu em minha mente. Eu sabia quem tinha feito isso tudo. E sabia que podia puni-lo, eu podia processá-lo, eu podia transformar a vida dele em um inferno assim como ele transformou a minha. Tudo isso foi feito por Percy Jackson.

Eu iria encontrá-lo, e começaria a destruí-lo ainda hoje. Eu iria mostrar a ele o quanto ele era um filho-da-puta que não valia nada, iria humilhá-lo na frente de todos assim como ele fez comigo.

Joguei minha blusa de frio no chão do banheiro e peguei minha mochila. Antes de saí do banheiro me olhei no espelho. Meus olhos estavam inchados por causa do choro, e tinha um machucado roxo no meu queixo. Minha boca ainda estava suja, e meu cabelo desarrumado. Joguei uma água fria no rosto e penteei o cabelo com os dedos. Me olhei no espelho novamente, e vi que eu não estava bem, mas estava melhor.

Saí do banheiro rumo ao jardim da saída do colégio. Nos corredores ainda se via algumas fotos, mas bem poucas. O resto deve ter sido tirado pelos diretores do colégio (que por milagre ainda não tinham me procurado) e pelos outros alunos.

Com alguns minutos cheguei no jardim, que para minha sorte estava completamente vazio. Me escondi atrás de uma árvore e olhei as horas. Ainda faltavam 45 minutos para o fim da aula, mas eu esperaria de qualquer forma.

Os minutos pareceram horas, mas por fim, vi os alunos saindo. Continuei escondida atrás da árvore, esperando. Percy saiu alguns minutos depois, acompanhado de Effy, Thalia e Nico. Espera: será que ele estava pegando a Effy agora? Ele era um completo canalha.

Quando ele estava quase se aproximando da minha árvore, me levantei e apareci. Ele me olhou com uma expressão de completo espanto, misturado com um pouco de alegria e tristeza. Nico e Thalia me olharam intrigados, e Effy tinha o mesmo sorriso sarcástico de sempre (deuses, essa garota nunca mudava de expressão).

– Annabeth – ele disse. Eu não conseguia dizer nada, tudo o que eu queria era socar ele até a morte.

Mas ao invés disso, resolvi manter a conversa em um nível racional.

– Percy, por que você fez isso? Por quê? O que você ganha me humilhando assim? – perguntei, com a voz vacilando um pouco. Droga, eu não podia chorar agora.

– Isso o quê, Annabeth? Se tem uma pessoa que me humilhou aqui essa pessoa é você. Você que saiu agarrando o primeiro amigo meu que viu pela frente, e agora todo mundo do colégio está falando sobre mim – ele disse, com um tom de irritação.

O quê? Eu é que estava sendo chamada de vagabunda pelos quatro cantos da Goode, eu que havia se traída e era ele que vinha pagar de vítima? A racionalidade foi por água baixo. Dei um tapa forte no rosto dele, deixando uma grande marca vermelha. Quando fui dar o segundo, Effy me parou e disse:

– Annabeth, espera! Essas fotos não foram tiradas pelo Percy. Ele não tem nada a ver com isso.

– Escuta aqui Effy: se o Percy está te comendo agora e você quer defendê-lo, o problema não é meu. Eu vou lutar pelos meus direitos e vou processá-lo por danos morais, ele vai ter que...

– Quem espalhou essas fotos foram o Luke e a Bianca – Effy me interrompeu – não me pergunte como eu sei, eu simplesmente sei. A Bianca quer te humilhar na frente de todos porque ela te odeia, e o Luke quer a Thalia de volta, que está com o Nico agora, então decidiu colaborar com a Bianca para foder sua vida.

O que ela dizia fazia sentido, na verdade muito mais sentido do que Percy ter espalhado as fotos. Ela podia estar certa. Se ela estivesse certa, meu plano de acabar com o Percy não daria certo, pois no fundo ele não era o culpado. Respirei fundo para aplacar a raiva crescente dentro de mim, e simplesmente disse:

– Não me interessa quem fez isso, se foi o Percy, a Bianca, o Luke ou outra pessoa. Eu vou voltar para San Francisco, e vou viver como se esse tempo em Nova York jamais tivesse existido. Todos vocês vão me esquecer para sempre, e eu farei o mesmo. Tudo isso se reduzirá a um pequeno pesadelo.

Saí andando para fora da Goode, deixando os quatro lá, olhando para o espaço.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu não gostei desse capítulo, achei ele bem merdinha e tals. Mas infelizmente foi o melhor que eu consegui fazer, o próximo vai estar melhor, eu juro. E ah, eu estou em dúvida entre dois finais para a fic, então preciso da opinião de vocês: um final é mais dramático e o outro terá mais ação. Qual vocês preferem? Mas podem confiar que os dois serão lacradores e vão deixar vocês extremamente chocados kkkk. Mas comentem, dizendo o que vocês acharam ok? Amo vocês, bjs