Sei que vamos melhorar.. escrita por Caruliss
Acordamos tarde, 3 horas da tarde. UHAHAU, levantei, escovei os dentes, pra preparar o almoço e o Rapha veio me ajudar. Ele me abraçou por trás e deu um beijo no meu pescoço, eu sorri.
– Bom dia.
– Boa tarde, amor. - nós rimos.
O Rapha se encostou no balcão e abaixou a cabeça.
– Tá sentindo algo? - eu perguntei.
– Falta ar... - ele disse em uma respiração ofegante, tentando puxar ar. Fiz carinho no tórax dele, e ele se recuperou dps de um tempo.
Jantamos e fomos pro meu curso. A peça era daqui a 2 dias, e era um romance, eu era a personagem principal. O Rapha tava me assistindo, e percebi que as vezes ele respirava mais forte. Não tava aguentando ver ele assim.
Fomos pra casa andando mesmo de mão dadas, olhando as estrelas e conversando, até que a Mávya para em minha frente.
– Oi, Victória.
– O que você quer? - olhei pro Rapha e depois desviei o olhar pra ela de novo.
– Pedir desculpas pelo o que eu fiz. Eu tava junto com o Vinícius por que ele tinha uma parada que eu precisava, e tinha que ser cúmplice... e exatamente, fui cúmplice de muita coisa dele. Se a polícia vier atrás de mim, não quero ser presa sem te esclarecer isso.
Só dei um abraço forte nela e sorri. Ela foi embora e continuamos andando.
[...] [...]
Raphael narrando:
Era o dia da peça dela.. ela tomou um banho demorado, fez cachos no cabelo e tava tão linda. Fiquei a olhando se arrumar, e ela sorriu. Fomos para a teatro, sentei na frente junto com os meus pais e a família dela, e começou. Ela tava realmente incrível, tão linda, a melhor de todas. Claro, pra mim só tinha ela no palco.
Levantei e comecei a bater palma e eu fui o único do teatro todo que fiz isso, ela ficou rindo. Assoviei e a olhei com mais orgulho impossível. Ela veio até a mim e olhei fundo naqueles olhos verdes e disse: você estava linda, me surpreendendo a cada dia. Parabéns, meu amor. - Ela sorriu e foi abraçar a família.
Fomos todos pra um restaurante e comemos juntos para comemorar.
– Mas eu não tava tão bem assim, eu estava nervosa. - ela disse.
– Você estava perfeita. - a minha mãe disse e os olhos dela brilharam.
– Sim, filha, a cada dia que passa você me dá mais orgulho, foi maravilhoso!
– Pra mim só tinha você ali em cima - eu disse, ela riu e me deu um soco no braço de levinho.
[...] [...]
Victória narrando:
– AMOR, AMOR, ACORDA! - eu disse - A BOLSA ESTOUROU!
Passaram-se quase um ano e eu estava tendo o bebê agora. As dores da gravidez, os desejos, o mau humor o Rapha teve que aturar, UHAUH, e o Rapha estava piorando... Passei uma semana inteira dando oxigenador pra ele conseguir respirar direito, e ele sentia muitas dores. Não foi um ano fácil, mas agora o nosso Gabriel está por vim... sim, é um menino, e vamos aproveitar o tempo que nos resta.
Ele me colocou dentro do carro e fomos correndo ao hospital.
– A gente ja sabe esse trajeto de cor. - ele me olhou e sorriu de lado decepcionado.
– Agora tudo está bem, não vamos pensar nessas coisas, o nosso Gabriel está vindo. - ele disse.
Raphael narrando:
Ela foi direto pra sala de parto e eu liguei pra nossas famílias e entrei junto com ela. Segurei forte na sua mão, e fiz carinho em seu cabelo. A emoção veio em saber que finalmente o nosso bebê estava nascendo. Algumas lágrimas caíram dos meus olhos e ela sorriu de felicidade.
O médico entregou a ela o Gabriel, e ela me olhou com lágrimas nos olhos e eu também... "você é tão lindo... que coisa mais linda... parece com você, Rapha. Meu filho..." ela dizia emocionada, e foi o melhor dia da minha vida. Valeu a pena viver esses anos ao lado dela, só isso.
[...]
Toda a família foi ver o Gabriel na encubadora pela janela, e geral começou a chorar. Eu ri disso. A mãe e o pai da Victória entrou no quarto para vê-la.
Victória narrando:
– Mesmo depois de você ter se casado, só agora eu percebo o quanto nossos filhos crescem rápido. - meu pai disse, emocionado. Eu ri.
– Eu te amo.
– Estou orgulhosa de você, Victória.
– Obrigada, mãe. A senhora não esteve presente sempre, na verdade, nunca esteve presente, mas nesses últimos anos conseguiu ser a minha mãe... obrigada mesmo, eu te adoro. - ela esperava um 'eu te amo', eu sei, mas não dava... foram 19 anos sem ela, mas ficou feliz mesmo assim.
O Rapha entrou no quarto e sentou-se do meu lado e ficou me olhando sem dizer nada.
– Oi? - eu disse, ele riu.
– Oi... to procurando palavras pra dizer que ficar do seu lado valeu a minha vida inteira.
– Você sempre diz as melhores coisas, você é tão você. - ele riu de novo - Eu gosto do seu senso de humor.
[...]
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