O reflexo da Princesa escrita por Lola


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi! Postei esse capítulo pelo celular então a formatação ta uma grande merda. Quando tiver com meu computador, eu ajeito.



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Há duas horas tento convencer a médica a me deixar ver Felipe. Faço de tudo: grito, choro, me esperneio, ameaço me matar, ameaço mata-la. Eu preciso vê-lo. Acontece que eu acabei dormindo mais uma vez e sonhei que Felipe morria, não preciso nem dizer que foi terrível. Preferia ter sonhado mil vezes com aquela vidente a sonhar com a morte dele. No sonho, eu pude ver a vida se esvair dos seus olhos sem que eu pudesse fazer nada para impedir e essa foi a pior parte. Eu só vou me acalmar quando eu mesma checar os pulsos dele. Apesar de todo o meu “show”, a médica permanece irreversível na sua decisão. Jogo-me no chão do hospital e fico fazendo plantão lá. Passa uma hora e minha bunda começa a doer. Duas horas depois, eu nem sinto mais minha bunda, espero que ela ainda esteja aqui. Várias vezes durante esse período de tempo, pessoas vieram me oferecer comida, recusei a todas. Só como depois de ver Felipe. A médica vem até mim.
“Você está muito fraca, precisa comer.”
“Só como quando eu vir com meus próprios olhos que Felipe está bem!”
“Ok, ok. Só dois minutos. Ele está muito fraco, tem que descansar.”
Levando em um salto e vou correndo para o leito dele. Meu coração acelera quando vejo seu rosto sereno, porém pálido. Checo os pulsos dele e respiro aliviada ao constatar que está tudo bem. Passo exatamente dois minutos com ele até guardas virem e me arrastarem. Pensei que eles fossem me largar assim que eu atravessasse a porta do hospital, mas eles me carregaram até a cozinha, lá uma senhora simpática me guia até um balcão cheio de comida e diz que se eu não comer, ela vai enfiar a comida pela minha boca. Ela nem precisava me ameaçar, porque assim que sinto cheiro da comida, meu estômago se contorce e eu não só como, mas também peço para ela embalar um pouco para mais tarde. Pretendo fazer uma pequena viagem essa noite.
(...)
Visto as calças que minhas criadas costuraram para mim e a sensação de usar algo sem precisar me preocupar se minha calcinha vai aparecer é maravilhosa. Escolho um suéter de lã quentinho e o visto. Termino de colocar a comida em minha mochila e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, depois enfio-o dentro de um gorro. Verifico se o mapa está na minha bolsa e saio sorrateiramente do meu quarto. A luz do pôr-do-sol entra pela janela deixando tudo mais bonito aos meus olhos. Tenho que aproveitar o pouco de luz que ainda resta para ir à casa da vidente. Não quero ir àquele lugar a noite. O vilarejo onde ela mora não é tão distante.
Pego um cavalo no estábulo (depois de subornar o homem que toma conta do local para que ele não fale a ninguém que eu estive ali) e inicio minha viagem com o coração batendo a mil tanto por medo do que pode acontecer na viagem quanto por expectativa das respostas que ela pode me dar. Atravesso os muros dos castelo, não foi difícil convencer o guarda de que eu era uma empregada e meu turno tinha acabado e eu precisava ver minha filha que estava doente.
Sou tomada por uma sensação estranha de liberdade, pela primeira vez na vida sinto que sou dona do meu próprio nariz. É como se o castelo fosse uma prisão e agora eu estou solta.
Ando por uma estrada de terra, com suas margens repletas de pinheiros. Aos poucos, as árvores da margem esquerda vão se tornando escassas e a estrada cada vez mais estreita e logo consigo ver o precipício ao meu lado. Engulo em seco, respiro fundo e prossigo, ignorando meu medo de altura.
Logo a noite caí e eu chego a um vilarejo que fica na metade do meu percurso, a estrada fica escura iluminada apenas pelas estrelas, o céu está bonito, mas começa a esfriar muito o que me obriga a fazer uma parada em um pequeno restaurante para me esquentar. Amarro o cavalo em um tronco de árvore e entro no restaurante. O calor do local é bem recebido pelo meu corpo. Sento a uma mesinha em um canto afastado do recinto. O lugar parece uma casinha de boneca, todo rosinha e com flores. E, apesar do horário, está lotado. Uma garçonete logo vem me atender, peço um chocolate quente e um sanduíche. Ela volta pouco tempo depois com meu pedido e eu aproveito para perguntar a ela se tem algum lugar onde eu possa passar a noite.
“Você está no lugar certo! Funcionamos como pousada também!”
Olho para fora, me lembrando do cavalo.
“Ah não se preocupe, temos um estábulo.”
Ela fala, seguindo meu olhar. Como, pago a conta depois levamos meu cavalo para o estábulo, ela me mostra o quarto onde passarei a noite. É pequeno e aconchegando, nada comparado ao luxo do castelo, mas vai dar para passar a noite. Agradeço a ela a ajuda e assim que ela sai, me enterro debaixo das cobertas, sem tirar a roupa nem nada. Quanto mais pano melhor, não sabia que essa noite seria tão fria.
Acordo antes mesmo de o sol nascer, ajeito os fios de cabelo rebeldes, como um bolo que trouxe na mochila, pago a hospedagem e parto. Quanto mais próximo chego do vilarejo, mais meu coração acelera. Avisto ao longe a mesma casa do meu sonho e meu estômago se revira de medo e ansiedade. Amarro o cavalo em uma árvore e bato na porta, espero até que ela se abre. Uma velhinha que aparenta ter uns setenta anos sorri gentilmente para mim. Ela é baixinha e tem olhos amigáveis. Ondas de cabelos prateados caem em cascata sobre seus ombros. Ela pede para eu entrar. Ao contrário do meu sonho, o interior do ambiente é iluminado. Nada de velas. Nada de fumaça tóxica roxa.
“Princesa, não pensei que viria tão cedo. Chamo-me Amélia, sente-se.”
Sento em um sofá encostado na parede.
“Então, foi você que entrou no meu sonho?”
“Sim. Assim que soube do assassinato no castelo, decidi que era a hora de te contar a verdade.”
“Pra que toda aquela fumaça e coisas sinistras?”
“Ah, aquilo foi só para te assustar um pouco e saber se sua vontade de saber a verdade era tanta que você estava disposta a enfrentar tudo o que enfrentou no sonho novamente.”
“Agora que estou aqui, será que você pode me contar?”
Ela ri com minha ansiedade, se serve de chá e olha para a janela aberta do outro lado da sala com o olhar perdido. Dá um pequeno gole no chá e diz:
“Eu sou uma Vidente, como você sabe. Alguns consideram isso um dom, para mim é uma maldição. Há dezesseis anos, Steven veio aqui, tomamos um chá e de repente eu senti uma força tomando conta de mim, a magia queima dentro de mim, implorando para sair. Sem poder evitar, acabei recitando uma profecia. A mais curta e mais perigosa profecia que já recitei. Na época não sabia os riscos que isso traria, mas agora posso perceber a imensidão do problema que causei. A profecia dizia basicamente que um bebê nascido no décimo segundo dia de julho traria mudanças para o reino e acabaria com o sofrimento e exploração de grande parte da população.” Estremeço ao perceber que se trata de mim. “O problema é que essa profecia caiu nos ouvidos errados. Existem pessoas que não querem mudanças. Pessoas que têm a mente fechada e querem continuar vivendo do mesmo jeito. Pessoas que estão dispostas a tudo, até mesmo matar um bebê inocente.” Fico tensa. “Esse grupo de pessoas se autodenomina de ‘Conservadores’ já que segundo eles, eles vieram para a terra com a missão de conservar nossa ‘sociedade perfeita’. Então, para te proteger, eu e Steven bolamos um plano. Você pode não saber, mas ele te ama muito. E eu também. Fizemos tudo isso para o seu bem. Te observamos todos esses anos, vimos você crescer e se tornar essa menina maravilhosa que é hoje.”
Minha cabeça começa a rodar com tantas informações.
“Espere um minuto, acho que me perdi. O que você e Steven fizeram? E como assim vocês ficaram me observando? Isso é o que? Espionagem?!”
“Nós te mandamos para um lugar onde você não corre riscos. Outra dimensão onde os Conservadores seriam incapazes de te achar. E enquanto você estava em segurança, eu me passaria por você.”
“Eu não quero ofender, Dona Amélia, mas você não é um pouco velha para se passar por mim, não?”
Ela ri.
“Não com um poção que Steven fez. Mais alguma pergunta?”
Respiro fundo e faço a pergunta que está entalada em minha garganta desde que cheguei aqui.
“Como eu volto?”
Ela solta um longo suspiro.
“Eu também gostaria de saber, minha querida. Só tome cuidado para não criar laços tão fortes aqui que te impeçam de voltar. Agora acho melhor você volta antes que o pessoal do palácio sinta sua falta.”
Subitamente, minha mente viaja para aqueles maravilhosos olhos azuis. Levanto do sofá, atordoada. Agradeço por tudo e vou atravessando a porta quando ela me chama. Ela me entrega um pequeno pote de vidro com um líquido transparente dentro.
“Você vai precisar disso. Uma poção para purificar o coração.”
Não tenho tempo de questionar nada, porque ela fecha a porta me deixando do lado de fora. Monto no cavalo e inicio minha viagem de volta com a mente repleta de informações. Agora tudo faz mais sentido. “Só te digo uma coisa: você corre perigo”, “Isso é só um aviso. A próxima será a Princesa.” Imagens passam como um flash na minha mente. Tudo parece se encaixar como peças de um quebra-cabeça. Ao contrário do que eu pensava saber as tão preciosas respostas não me acalmou, apenas me deixou mais apreensiva. Inicialmente culpei Steven por me afastar da minha verdadeira vida, mas depois percebi que eu devia agradecê-lo por me manter viva durante todo esse tempo.
(...)
Chego ao castelo em menos tempo do que eu esperava. Sempre tive a impressão de que a viagem de volta é mais rápida que a de ida. Entro sorrateiramente pelos fundos no castelo depois de deixar o cavalo no estábulo. Vou para o meu quarto e assim que entro nele, tiro o suéter e fico apenas de sutiã. O suéter foi uma boa opção para o frio da noite, mas não para o terrível sol de meio-dia. Todo um banho gelado, para refrescar e torço para que a água leve minha dor de cabeça pelo ralo junto com a sujeira. Saio do banheiro vestindo apenas um roupão. Encontro as criadas e minha mãe sentadas na cama conversando animadamente sobre qual vestido eu vou usar.
“Vestido pra quê?”
Pergunto chamando a atenção de todas para mim.
“Para o baile de hoje! Vem muita gente importante, você tem que estar linda!”
Nesse momento, Lucy entra no quarto sorrindo animadamente. Apesar do meu cansaço e sono, é impossível deixar de sorrir.
“Vim te deixar irresistível!”
Rio, mas logo percebo que ela está falando sério. Depois de fazer uma leve reverência à Rainha, ela começa a trabalhar nos meus cabelos com a ajuda das criadas. Minha mãe sai do quarto e vai se arrumar. Lucy enrola os fios e os prende com grampos. Enquanto espera meu cabelo cachear, ela parte para a maquiagem. Ao contrário da outra vez, ela faz uma maquiagem “pesada”, usa uma sombra preta que me deixa com o olhar provocante e um batom vermelho que deixa meus lábios “atraentes”. A maquiagem combina perfeitamente com o meu vestido azul escuro, cheio de pedras e com um decote nas costas. Lucy tira os grampos do meu cabelo deixando os cachos caírem soltos sobre minhas costas. Ela bagunça meu cabelo dando mais volume a ele. Calço os saltos agulha e me preparo para enfrentar meu primeiro baile.
(...)
Olho para a escada que terei que descer até o salão de bailes e meu estômago se contorce. De repente os saltos agulha não me parecem uma boa opção. Minha mãe desce junto com meu pai. Ela tem sorte porque pelo menos pode segurar nele. As pessoas os aplaudem. E ambos sorriem. Chega minha vez. Respiro fundo e desço o primeiro degrau. Consigo sentir centenas de olhares encima de mim. Tento sorrir, apenar da minha vontade de dar uma de avestruz e enterrar a cabeça no chão. Eu sou a pessoa menos apropriada para ser princesa, odeio ser o centro das atenções. Vejo Felipe no meio da multidão, ele está lindo, um pouco abatido por causa de ontem, mas mesmo assim lindo. Isso me acalma um pouco. Agora, em vez de sorrir para as pessoas, eu sorrio para ele. Isso deixa as coisas mais fáceis. Antes que eu perceba, chego ao fim da escada. Respiro aliviada por não ter caído, porém meu alívio é apenas momentâneo. Várias pessoas começam a me cumprimentar e a puxar assunto, pessoas que eu não faço a mínima ideia de quem são. Procuro Felipe ou alguém conhecido. Quando finalmente consigo acha-lo, a cena que vejo não é nada agradável e sou tomada por um ciúme que não me pertence. Ele está conversando animadamente com uma morena muito bonita. Enquanto fala, ela se inclina sobre ele de maneira que seu devote vulgar fiquei ainda mais visível. Minha vontade é de ir até ela e arrancar cada fio de cabelo e tirar toda a maquiagem dela usando um ralador de queijo em vez de algodão. Entretanto Eduardo aparece e me chama para dançar. Apesar da minha vontade de dizer não, seria indelicado da minha parte e tem muita gente olhando.
Infelizmente, Eduardo foi só primeiro de muitos com quem eu danço. Depois de uma hora, eu preciso descansar. Assim que a música acaba, me despeço do Duque com quem eu dançava e vou para o canto do salão. Fico atrás de uma planta encostada na parede enquanto recupero o fôlego. Meu esconderijo não é tão bom assim e uma pessoa me acha. Felizmente, essa pessoa é Felipe. Sorrio para ele, porém meu sorriso se desfaz quando eu vejo aquela vadia atrás dele.
“Bia! Está é Joana, uma feiticeira italiana!”

Felipe me olha de cima a baixo e seu queixo cai. Enrubesço.

“Uau, Bia você tá tão...”
Ele para e fica vermelho.
“Eu tô tão o que?”
“Nada não, esquece.”
“Fale!”
Sua expressão se contorce e ele fecha a boca como se não quisesse falar, mas a palavra pula da boca dele.
“Sexy.”
Fico sem reação. Isso é um elogio?
“Hm, obrigada. Eu acho.”
Eduardo chega e me abraça, sou pega de surpresa, mas assim que me recupero, afasto-me dele e lanço lhe um olhar de nojo. Um garçom passa por nós e oferece alguma coisa a Felipe, ele recusa dizendo que está cheio.
“Coma! Está tão gostoso!”
Eduardo fala sorrindo de uma maneira sinistra. Felipe trava uma luta com seu braço e o braço pega um salgado e coloca na boca dele. Ok, o que acabou de acontecer aqui?
A Rainha se próxima sorrindo.
“Filhinha, eu estava de procurando! Fez uma amiguinha nova, foi?”
Não importa se sua mãe é engenheira, gerente, advogada, médica, dona de casa, rainha, qualquer coisa. Ela nunca vai deixar de ser mãe, por isso vai ter a habilidade natural de te envergonhar em público.
“Venha comigo, quero te mostrar uma coisa.”
Ela segura minha mão e vai me guiando até centro do salão. Lá tem um piano. A Rainha pega uma taça e bate nela com uma colherinha chamando a atenção de todos.
“Chegou o momento mais especial da noite. A Princesa vai cantar e tocar uma música para nós!”
Vou?! Suspende a bebida da Rainha, ela já tá delirando!
Sorrio timidamente enquanto o salão aplaude. Quero que o chão se abra e me engula! Caminho lentamente até o piano, sento no banquinho pensando em qual música cantar. Encontro Felipe do outro lado do salão me olhando com um sorriso divertido nos lábios. Sem pensar duas vezes, começo a tocar Nightingale de Demi Lovato.

I can't sleep tonight
Wide wake and so confused
Everything's in line
But I am bruised

I need a voice to echo
I need a light to take me home
I kinda need a hero
Is it you?

I've never seen the forest for the trees
I could really use your melody
Baby, I'm a little blind
I think it's time for you to find me

Can you be my nightingale
Sing to me I know you're there
You could be my sanity
Bring me peace
Sing me to sleep
Say you'll be my nightingale

Somebody speak to me
'Cause I'm feeling like hell
Need you to answer me
I'm overwhelmed

I need a voice to echo
I need light to take me home
I need a star to follow
I don't know

I've never seen the forest for the trees
I could really use your melody
Baby, I'm a little blind
I think it's time for you to find me

Can you be my nightingale
Sing to me I know you're there
You could be my sanity
Bring me peace
Sing me to sleep
Say you'll be my nightingale

I don't know what I'd do without you
Your words are like a whisper, come through
As long as are with me here tonight
I'm good

Can you be my nightingale
Feel so close, I know you're there
Ohh, nightingale
Sing to me I know you're there

'Cause baby you're my sanity
You bring me peace
Sing me to sleep
Say you'll be my nightingale


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Notas finais do capítulo

Sei que traduções são bufadas mas aqui está a dessa música: [Rouxinol]
Não consigo dormir esta noite
Acordada e tão confusa
Tudo está em ordem
Mas estou ferida

Preciso de uma voz para ecoar
Preciso de uma luz para me levar para casa
Eu meio que preciso de um herói
É você?

Nunca vi o bosque ao invés do mato
Eu poderia realmente usar sua melodia
Baby, sou um pouco cega
Acho que é hora de você me encontrar

Você pode ser meu rouxinol?
Cante para mim, eu sei que você está aí
Você poderia ser minha sanidade
Me traga paz
Cante para eu dormir
Diga que você vai ser o meu rouxinol

Alguém fale comigo
Porque estou me sentindo péssima
Preciso de você para me responder
Estou sobrecarregada

Preciso de uma voz para ecoar
De uma luz para me levar para casa
Preciso de uma estrela para seguir
Eu não sei

Nunca vi o bosque ao invés do mato
Eu poderia realmente usar sua melodia
Baby, sou um pouco cega
Acho que é hora de você me encontrar

Você pode ser meu rouxinol?
Cante para mim, eu sei que você está aí
Você poderia ser minha sanidade
Me traga paz
Cante para eu dormir
Diga que você vai ser o meu rouxinol

Não sei o que eu faria sem você
Suas palavras são como um sussurro, atravessando
Enquanto você está aqui comigo hoje à noite
Estou bem

Você pode ser meu rouxinol?
Sinto você tão perto, eu sei que você está aí
Oh rouxinol
Cante pra mim, eu sei que você está aí

Porque, baby, você é minha sanidade
Você me traz paz
Cante para eu dormir
Diga que você vai ser o meu rouxinol