Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 24
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Olá ... Aqui vai mais um capitulo este especial para Dreamy girl que recomendou a fic, adorei a recomendação.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508063/chapter/24

É incrível como tudo pode virar de cabeça para baixo em poucos segundos. Uma das primeiras coisas que soube sobre Pietro em uma das conversas que tive com Peeta ainda no distrito Dois foi sobre a alergia grave que ele tinha a amendoim, ironicamente ou não assim como Prim amendoim era algo que eu não gostava o que tornou as coisas muito mais fáceis de administrar dentro de casa, mas jamais esqueci esse detalhe principalmente na hora de fazer as compras, já que qualquer coisa diferente que fosse comprar principalmente doces era preciso olhar e ver se continha amendoim.

Eu já tinha presenciado uma reação alérgica quando criança de um dos jovens que morava em um dos lares temporários, e tinha sido horrível ninguém sabia o que estava acontecendo na época e por sorte a alergia não era tão grave e conseguiram leva-lo ao hospital a tempo. E embora eu soubesse que a epinefrina injetável para casos de emergência ficava na caixa de primeiros socorros, além de ter sempre uma na mochila dele eu nunca quis pensar na possibilidade de ter que usa-la um dia.

Eu definitivamente não estava preparada para vê-lo assim, o suor em seu rosto vermelho, os lábios inchados e principalmente ver ele naquela luta para respirar, confesso que no primeiro momento agradeci por Peeta estar lá, por mais nervoso que ele estivesse ele agiu rápido e com precisão e assim que Nathan entregou a epinefrina ele aplicou rapidamente e em seguida o pegou no colo.

– Temos que ir para o hospital – entramos no carro rapidamente chegamos ao hospital do distrito cerca de dez minutos depois e sem a menor duvida aqueles foram um dos piores minutos da minha vida.

Olhei Peeta por um momento e pude ver o quanto suas mãos tremiam logo após colocar o filho na maca para ser levado para o atendimento, minhas próprias mãos ainda não haviam parado de tremer, olhei Nathan ao meu lado Prim estava grudada nele, ambos estavam assustados por mais que meu coração estivesse a mil eu precisava acalma-los, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa Clove entrou na sala de espera na correria eu havia me esquecido completamente dela e eu não sei como Peeta chegou tão rápido na frente ex-mulher.

– O QUE VOCÊ FEZ? – eu nunca tinha visto Peeta gritar, mas naquele momento ele estava transtornado – VOCÊ DEU AMENDOIM PRA ELE, EU AVISEI QUE ELE NÃO PODIA QUE ELE É ALÉRGICO, VOCÊ QUERIA MATAR MEU FILHO? – não tinha uma única pessoa que não tenha olhado na direção dos dois, eu sabia que ele estava possesso e não poderia julga-lo a possiblidade de perder Pietro era assustadora, parado na minha frente estava um pai que a minutos tinha segurado nos braços o filho quase sem respirar, Clove não disse nada, mas pude ver seus olhos marejados apenas olhando Peeta sem mover um único músculo.

– Peeta por favor não é hora – me aproximei dele e apontei as crianças com a cabeça e ele pareceu entender, seus olhos estavam ligeiramente marejados também e eu sabia que ele estava a um instante de desmoronar.

– Desculpa – ele saiu rapidamente pelo corredor e pude vê-lo parado do lado de fora, provavelmente para se acalmar, eu queria muito segui-lo e acalma-lo dizer que nosso filho ficaria bem, mas Nathan e Prim estavam assustados demais e precisavam de mim.

– Vem aqui – peguei a mão dos dois e os levei ao sofá mais próximo – Vai ficar tudo bem ele vai ser medicado e vai ficar tudo bem – falei com a maior segurança possível, embora meu coração estivesse apertado.

– Mamãe o que o Pietro tem? – Prim perguntou olhando diretamente para mim, ela nunca tinha visto nada assim.

– Lembra quando a mamãe explicou que ele não podia comer nada com amendoim se não ele ficaria doente? – ela concordou com a cabeça – Então ele acabou comendo um amendoim sem querer por isso ficou doente, mas o medico esta dando remédio pra ele agora e ele vai ficar bem.

– A culpa é minha – Nathan falou de repente e naquele momento não havia qualquer traço do jovem confiante e cheio de muros de proteção, na minha frente estava uma criança de onze anos com medo.

– Não, não é – eu não sabia de onde ele tinha tirado essa culpa, mas ele não precisava dela.

– Eu tinha que ter visto, eu tinha que ter prestado atenção, eu nem olhei para o chocolate.

– Nathan escuta, não é culpa sua, não é culpa de ninguém – olhei para Clove sentada próximo tão pálida quanto um papel sussurrando baixinho algo que não conseguia entender de onde eu estava - Foi um acidente e você agiu muito bem, como tinha que ser, ele vai ficar bem – passei os próximos minutos abraçada aos dois, quando Peeta voltou ele não olhou para Clove apenas se abaixou na nossa frente e pediu desculpa pela atitude dele e garantiu aos dois que Pietro ia ficar bem.

Não tenho ideia de quanto tempo ficamos esperando o medico, mas sem duvida pareceu muito mais do que realmente foi, mas o alivio de ouvir que ele estava bem não tem descrição, segundo o medico havia sido muita sorte já que a alergia dele causava anafilaxia.

– Peeta – Delly chegou como um furacão um pouco depois que o medico trouxe noticias e passou por Clove sem nem olhar para a mesma – O que aconteceu? Como ele esta? – eu sabia que a preocupação dela era verdadeira, ela era madrinha do Pietro e eu sabia que tinha ajudado Peeta nos últimos anos em tudo.

– Ele esta bem, a medicação esta fazendo efeito, mas vai passar essa noite em observação, logo vai ser levado para o quarto – eles se afastaram um pouco e continuaram a conversar, Peeta estava explicando o que havia acontecido e eu não tinha a menor ideia de como a noticia havia chegado até Delly – Katniss, você devia ir para casa esta tarde, você precisa descansar – ele sugeriu assim que se aproximaram de novo – Eu vou passar a noite aqui, mas ligo dando noticias.

– Eu vou ficar – ele estava prestes a contestar mais não deixei – Eu vou ficar Peeta, em casa eu só ficaria pior eu garanto, não quero passar a noite ao lado do telefone, quero estar aqui com ele – eu precisava vê-lo com meus próprios olhos e não tinha nenhuma pretensão de sair daquele hospital sem ser ao lado do meu pequeno.

– Eu vou levar os dois para dormirem lá em casa, Thresh ficou com a Rue, mas está preocupado também.

– Obrigada – meus sogros não estavam no distrito Delly e Thresh eram sem duvida as únicas pessoas que ficaria tranquila em deixar as crianças naquele momento, Prim teria Rue para se distrair e Delly saberia lidar com Nathan naquele momento.

– Eu vou ficar – Nathan disse determinado – Quero ver meu irmão.

– Filho seu irmão tomou muitos remédios, provavelmente vai dormir até amanhã, vai com sua tia, em breve ele vai estar em casa – ele não pareceu concordar completamente mais assentiu, nos despedimos dos dois.

– Qualquer coisa que precisar a qualquer hora liga e quando ele acordar deixa meu beijo e avisa que ele só vai comer chocolate depois de uma inspeção meticulosa a partir de agora.

– Pode deixar eu aviso – Nathan passou apressado em direção a saída sem nem olhar para Clove que se levantou quando viu que ele estava saindo.

– Delly – Clove chamou assim que ela passou por ela em direção a saída, segurando as mãos de Prim.

– Eu não tenho nada para falar com você Clove, mas eu espero que você entenda a gravidade disso.

Assim que as crianças saíram Peeta quis que eu passasse com o medico para garantir que estava tudo bem e que o estrese não tinha afetado em nada o bebê e ironicamente ou não ele achou uma enfermeira muito simpática que se juntou a ele me fazendo ter uma rápida consulta com o medico de plantão que constatou que estava tudo bem somente minha pressão que havia subido um pouco, mas que devido ao que havíamos passado era aceitável. Meia hora depois Pietro foi levado para o quarto e após muita conversa e a compreensão do medico que havia estudado com Peeta permitiram que nós três ficássemos aquela noite, Peeta queria que Clove fosse embora, mas ela bateu o pé dizendo que não sairia e ele estava exausto para iniciar uma discussão, dessa forma Peeta passou as próximas horas sentado em uma cadeira próximo a janela enquanto Clove e eu ficamos sentadas no sofá ao lado da cama.

Devido a medicação realmente foi dito pelo medico que ele só acordaria pela manhã, ver Pietro deitado naquela cama era desconcertante, por mais que o inchaço tenha passado bastante e ele estivesse respirando por conta própria me vi concentrada a cada respiração que ele dava , algumas horas depois Peeta foi até a lanchonete e assim que ele saiu Clove se levantou e foi até a janela.

– Eu não sabia que tinha amendoim no chocolate – ela disse baixinho sem olhar para mim – Criança gosta de chocolate e eu pensei que seria algo legal de dar para eles, algo que não parecesse que eu estava tentando comprar afeto deles sabe, o vendedor disse que era o melhor chocolate da loja, eu não queria que ele se machucasse.

– Foi um acidente – ninguém faria algo assim propositalmente com uma criança e por mais que eu não gostasse dela não acredito que tenha feito isso propositalmente.

– Peeta nunca vai me perdoar eu não sei se eu vou me perdoar, eu quase matei meu filho – foi então que eu percebi, na minha frente estava a mulher por traz da mascara, Clove não estava atuando naquele momento, não havia aquela confiança que ela demonstrou no dia que a conheci, a mulher que fingia que estava tudo bem.

– Ele sabe que foi um acidente, ele só estava nervoso – ficamos em silencio por alguns minutos quando Pietro começou a se mexer, ele olhou para Clove na janela e em seguida para mim.

– Mãe – a voz estava rouca e fraca e por um segundo pensei que era Clove que ele chamava e meu coração ficou apertado até que ele se virou para mim – O que aconteceu? - eu senti um certo alivio no peito, eu era a mãe que ele chamava não ela, me aproximei da cama e passei a mão levemente em seu cabelo.

– Esta tudo bem querido, você teve uma reação alérgica, como você esta se sentindo?

– Minha garganta dói – Clove se aproximou da cama, mas nada disse.

– Vai melhorar, o medico disse que a dor na garganta é normal já deram medicação para ajudar.

– Cadê o papai? – ele estava visivelmente sonolento ainda

– Ele foi na lanchonete, já esta voltando, dorme mais um pouquinho – ele concordou com a cabeça enquanto eu ajeitava sua coberta e beijava levemente sua cabeça e em alguns minutos voltou a dormir. Ouvir sua voz, mesmo que fraca e com sono foi um alivio sem tamanho eu amava tanto aquele pequeno, não importava se ele tinha nascido de mim ou não eu era a mãe dele e faria de tudo para que nada nem ninguém o machucasse de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, o capitulo foi um pouquinho tenso, pelo menos para escrever principalmente por machucar o Pietro. Bom na hora de escolher minha formação eu passei bem longe de medicina então tudo que foi escrito sobre o a alergia e uso de epinefrina (ter em casa e na mochila dele) foi de uma rápida pesquisa na net. Eu espero que vocês tenham gostado do capitulo, obrigada pelos comentários até o próximo. Beijos