Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 23
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá, hoje Amor Por Contrato faz um ano, e de certa forma foi por isso que postei esses três dias... Quero agradecer a cada um que leu, comentou mesmo quando passei um tempinho sem postar, ao pessoal que manda MP e também aos leitores que acompanham quietinhos. Fe, Fabi, Justalover, Ana catarino, Jujuba Gleek, MariaSchreave e Enthralling Books ( que também fez uma capa linda pra fic) obrigada por recomendar a fic.



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Peeta realmente optou por conversar com os meninos e deixar que eles decidissem ver a mãe ou não, dessa forma ele ligou para Clove explicando a situação e pedindo um tempo para conversar com eles, já que segundo ele ela era impulsiva e ele temia que ela aparecesse novamente na porta dessa vez com os meninos em casa, uma semana depois ele ainda não tinha achado a melhor forma de falar com eles, eu havia sugerido sair com Prim e deixa-los sozinhos para conversarem, mas ele me pediu para estar presente então pedimos a Delly para ficar com Prim enquanto conversávamos com os dois.

– Aconteceu alguma coisa? – Nathan perguntou curioso, mas pude notar uma ligeira preocupação na sua voz.

– Eu não fiz nada – Pietro se defendeu e não pude deixar de achar graça.

– Vocês não fizeram nada, e não aconteceu nada grave também – garanti olhando Peeta sentado ao meu lado, era obvio que ele gostaria muito de adiar ainda mais essa conversa.

– Meninos, a alguns dias eu recebi uma visita um tanto inesperada – ele olhou os dois sentados no sofá a nossa frente – Clove me procurou querendo ver vocês – as palavras saíram de uma vez e ambos ficaram estáticos por alguns segundos.

– Clove, aquela que foi embora a anos? – o tom na voz de Nathan era cortante e Peeta apenas confirmou com a cabeça.

– Nathan a sua mãe ...

– Ela não é minha mãe – ele se apressou em dizer – Ela foi embora, ela deixou a gente ela não é minha mãe.

– Eu sei – observei Peeta se aproximar deles – Olha não estou pedindo para vocês perdoarem ou vê-la, mas não era certo omitir que ela procurou vocês entende, não vou obrigar vocês a nada, eu quero que vocês pensem sobre isso e se quiserem ligar para ela, mandar uma carta, e-mail ou até mesmo vê-la não vamos impedir.

– Ótimo porque eu não quero nada disso, não quero saber nada dessa mulher – Nathan se levantou e subiu para o quarto correndo.

– Eu preciso dar minha resposta agora? – Pietro parecia surpreso.

– Não filho, pode pensar o tempo que quiser – ele concordou com a cabeça e subiu lentamente para o quarto.

Dois dias depois Pietro nada tinha dito sobre a volta da mãe e Nathan apenas se manteve desinteressado, havia passado aquela noite trancado no quarto e nos outros dias apenas manteve a rotina sem conversar sobre o assunto.

– Mãe, posso falar com você – Pietro perguntou.

– Claro, o que foi – ele se sentou do meu lado no sofá e pensei no que ele poderia ter aprontado.

– Sobre a minha ... – ele parou e se corrigiu – Sobre a Clove, se eu decidir ligar para ela ou vê-la você vai ficar triste? – a pergunta me pegou de surpresa, Pietro é sem duvida uma criança adorável, o modo como se preocupa com as pessoas ao seu redor chega a ser algo único e se eu fosse sincera comigo mesma e com ele diria que não queria que ele a visse, que não queria dividi-lo com a mulher que embora tenha colocado ele no mundo o deixou para traz, mas eu não tinha o direito de fazer isso.

– Claro que não, Pietro a escolha de falar com ela é sua, se aqui – apontei o coração dele – Diz que você deve falar com ela, é o que deve fazer, se você tem perguntas se quer conhece-la ninguém, vai ficar triste por isso – a verdade é que eu sentia medo, de certa forma eu sabia que ele iria querer vê-la, meu pequeno que se aproximou de mim facilmente, que buscava de certa forma uma mãe, que me aceitou iria conhecer a mulher que esperou por anos e isso me assustava demais.

– O Nathan não quer vê-la e eu não sei se quero fazer isso sozinho.

– Você pode falar com seu pai, tenho certeza que ele pode ver a melhor forma de vocês fazerem isso, se for o que você quiser fazer – Peeta perto dela era a ultima coisa que eu queria, mas Pietro não podia passar por isso sozinho.

– Você não vai ficar triste mesmo? – ele olhou diretamente em meus olhos, aquele azul idêntico ao do pai não apenas no tom, mas também na bondade refletida neles.

– Não – sorri para ele, tentando passar uma confiança que eu não sentia – E filho, não tem problema dizer que ela é sua mãe – ele concordou com a cabeça.

– Vou pensar um pouco mais, posso brincar lá fora? – concordei com a cabeça e ele correu para o quintal, olhei para a escada e pude ver a sombra do Nathan subindo e o segui, talvez fosse a hora de entrar no santuário, por mais que ele tentasse mostrar que não sentia nada e que estava bem ele não estava e eu sabia disso.

– Nathan estou subindo – bati a porta e disse alto suficiente para que ele me escutasse assim que cheguei no quarto pude vê-lo sentado na cama olhando pela janela a rua – Você quer conversar – ele não fez qualquer movimento – Nathan eu não vou julgar você – me aproximei com certo receio e assim que cheguei perto pude ver uma fotografia um tanto amassada em cima no colchão nela pude ver um Peeta mais jovem segurando o loirinho de no máximo três anos ao lado da versão mais jovem da mulher que conheci a alguns dias, eles pareciam felizes.

– Nunca entendi o por que ela foi embora, eu quase não me lembro dela é quase como um borrão de lembranças confusas e sem sentido, eu acho que não consigo vê-la hoje em dia não quero ouvir explicações ou desculpas por ela não ter estado lá, isso não vai mudar ela ter ido embora, eu também não quero sentir raiva, mas é exatamente isso que eu sinto, tenho raiva por ela ter mentido, raiva por não ter sido um motivo para ela ficar, raiva dela e de mim mesmo por sentir qualquer coisa ligada a ela – sentir raiva era tão fácil, é um sentimento ruim que não queremos sentir, mas que aparece tão de repente e eu havia sentido tantas vezes.

– Não tem problema não querer vê-la agora.

– Minhas escolhas estão afetando na decisão do Pietro, eu não lembro direito mais sei que a conheci ele não, eu sei que ele quer conhece-la olhar para ela uma vez pelo menos e sei que ele tem direito de querer isso assim como eu tenho de não querer chegar perto dela, mas sei também que não é justo deixa-lo sozinho nessa.

– Isso é algo que você precisa decidir sozinho, se o Pietro quiser vê-la seu pai vai dar um jeito para que tudo corra bem.

– Você ia querer vê-la sua mãe?

– É complicado, passei por momentos que o que eu mais queria era vê-la de novo e ouve momentos em que ela era a ultima pessoa no mundo que eu queria ver, é diferente Nathan, são situações diferentes sentimentos diferentes, é diferente até mesmo entre você e o Pietro, e você sempre pode mudar de ideia – ficamos em silencio por um momento.

– Você quer tentar fazer bolo de chocolate ? – ele perguntou mudando de assunto

– Quero, mas você sabe que corremos o risco de sair horrível – ele riu

– Sei sim

Ele não voltou a falar sobre Clove até o dia em que Pietro decidiu que queria encontra-la pouco mais de uma semana depois e ele disse que não queria vê-la, na semana seguinte Peeta marcou em um restaurante próximo um almoço onde ele levaria Pietro, naquela tarde ele surpreendeu a todos dizendo que havia mudado de ideia e estaria ao lado do irmão no encontro. Confesso que meu coração ficou apertado durante o tempo em que os três estiveram fora naquela tarde.

Segundo Peeta o almoço tinha sido como o esperado Nathan não tinha falado nada e Pietro havia falado pouco, mas segundo ele Clove demonstrou ser paciente e tentou uma conversa embora não tenha falado nada sobre o tempo que esteve fora e tinha pedido para conversar com eles em um lugar mais particular, dessa forma eles tinham combinado um dia para ela vê-los em casa.

Então um pouco mais de um mês depois de vê-la pela primeira vez na porta de casa fiquei observando pela janela da cozinha enquanto lavava a louça do café da tarde Clove conversar com Pietro no jardim dos fundos, enquanto Nathan apenas olhava o céu com sua mascara de indiferença, se comigo as coisas tinham sido difíceis com Clove ele agia muito mais indiferente e hostil, Pietro por outro lado se mostrou um tanto tímido perto dela, mas agia com educação e parecia bem mais receptivo a ela nesse segundo encontro. Quem parecia que iria pirar era Peeta que a cada minuto estava em um lugar, ele estava inquieto e eu não conseguia entender o motivo.

Meu primeiro pensamento foi que minhas suspeitas estavam certas e a volta dela havia abalado seus sentimentos, talvez ele a quisesse de volta, talvez ele visse nesse retorno a chance de ter a família completa de volta, Clove era linda, elegante e o conhecia bem eles tinham todo um passado haviam se amado e talvez ainda se amassem era obvio que seria algo complicado Nathan não facilitaria, mas não havia sido assim comigo? E no fim as coisas começaram a se ajeitar e ele a abrir espaço para a madrasta não havia motivos para não perdoar a mãe, ele havia até mesmo mudado de ideia sobre vê-la nas ultimas semanas, esse pensamento me deixava imensamente magoada, mas eu sabia que não poderia julga-los no fundo eu mesma tinha esperado que minha mãe voltasse um dia. Pensar nisso me trouxe lagrimas nos olhos aquela era minha família ou o que achei que era e eu estava a um passo de perde-la.

– Papai vamos desenhar? – Prim entrou na cozinha com seu caderno de desenho e estojo de lápis em mãos, Peeta olhou para a pequena e pensou por um minuto.

– Filha deixa o papai, assim que eu terminar aqui eu desenho com você.

– Não tudo bem – ele sorriu para ela – Vem aqui vamos desenhar – ele chamou ela até a mesa e começaram a desenhar, embora ele continuasse olhando de relance o que acontecia no jardim, eu estava terminando a louça quando ouvi o grito do Nathan. Peeta correu no instante seguinte e assim que alcancei a porta da cozinha meu coração parou, Pietro estava deitado no chão tossindo como se tentasse respirar me aproximei rapidamente – Nathan pega a epinefrina rápido – as palavras do pai fizeram com que ele saísse do transe que estava ao lado do irmão e corresse e foi nesse momento que eu vi ao lado dele a embalagem de um chocolate importado com amendoim.


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Notas finais do capítulo

A situação ficou complicada agora, mas lembrem–se que eu adoro o Pietro e não tenho planos de tira-lo da fic. Espero que apesar desse final vocês tenham gostado do capitulo, vou fazer o possível para postar no próximo final de semana, mas não é certeza porque embora o capitulo já esteja todo planejado na minha cabeça não sei se vou conseguir escrevê-lo. Beijos até o próximo.