Pov Jaime Cole

Meu plano era não revelar meu nome, e depois de resgatar a minha irmãzinha sumir, mas antes mesmo de sairmos na missão Colin me forçou a falar meu nome. (Ele pode ser bem persuasivo quando usa a força). Mesmo assim dei meu jeito de não revelar meu sobrenome, mas agora não havia jeito de fugir, pois Anastácia tinha me reconhecido, soube disso momentos depois da explosão que ela olhou para mim, e desmaiou.

Mesmo sabendo que ela tinha me reconhecido pensei em ir embora e nunca mais voltar, mas algo me impedia, talvez fossem os choros de todas as garotas daquele grupo que se abraçavam e consolavam por causa da morte daquele garoto. Eu estava lá quando eles fizeram o enterro simbólico, já que não existia corpo para ser sepultado. Após a cerimônia onde apenas Colin, uma garota de cabelos pretos e Michael falaram, ouve uma reunião, o ar da sala de estar parecia pesado. Uma garota de olhos puxados, e cabelos extremamente liso estava tentando aumentar o astral de todos, mas não conseguia.

–Bem, acho que vou indo!- eu disse me levantando do sofá, mas antes de dar um passo Anastácia segurou meu braço, me forçando a virar para ela, nossos cabelos e olhos eram iguais, assim como os nosso traços, a única coisa diferente entre nós dois eram que eu era um pouco mais alto.

–Você vai ficar aqui e me explicar tudo. Quero saber por que meu irmão nunca me procurou!

–Eu acho que te devo satisfações- me sentei e passei a mão pelos cabelos um habito que adquirira ao longo dos anos, suspirei melancólico.- Quando você fugiu tudo mudou lá.

–Fugiu de onde?- perguntou Rebecca, os cabelos castanhos estavam todos emaranhados e os olhos castanhos estavam parecendo achocolatado.

–Do quartel general- disse minha irmã, quanto todos, menos Colin, a olharam espantada ela sorriu fracamente e explicou:- Os militares mataram meus pais, depois levaram Jaime, meu outro irmão e eu para um quartel.

–Enfim, as coisas mudaram no quartel, a primeira coisa foi que eles nós separaram por idade, e começaram a nós trinar, a cada dia as coisas eram piores.Nosso irmão, nas raras horas que o via, chorava e lamuriava dizendo que não era justo. Isso durou por três anos, até que me levaram de lá. Eu fui trinado e me tornei um soldado, enquanto Julio, bem ele não tinha porte, nem energia para ser soldado, mas era inteligente. Foi mandado para a central.

–O que é a central?- perguntou Valentine.

–Onde todos os planos , informações e estratégias dos militares são arquivadas- disse Colin me olhando de cima a baixo.

–Se você é um militar por que nós ajudou?- perguntou um cara muito grande abraçado com a garota de olhos puxados.

–Primeiro por que era pela minha irmã, segundo por que eles mataram meus pais na minha frente, e terceiro por que eu fugi.

Todos me olharam como se processassem o que eu dissera, a garota de cabelos pretos que tinha falado na cerimônia se levantou e sussurrou algo no ouvido de Colin, ele olhou para supresso e móvel a cabeça negativamente, quando virei para minha irmã vi que ela estava vermelha, sentia a raiva dela se espalhar pelo meu corpo, mesmo depois de tantos anos que ainda era muito contado as emoções dela. A garota andou em minha direção, Colin pegou a mão dela e a disse:

–Não, isso é arriscado demais.

–Eu preciso fazer isso- ela disse seria, se soltou dele e andou até ficar de frente para mim, ela era bem baixa, então eu não precisava olhar para cima estando sentado.- Os militares raptaram a minha irmã, preciso acha-la.

–Não existe nada que eu possa fazer, ele nunca devolvem ninguém- eu disse dando de ombro, se eu pudesse fazer alguma coisa eu faria, mas sabia que era um batalha perdida.

–Você não entende, ela é apenas uma criança inocente, tem apenas sete anos- ela disse chorando, mesmo assim não desviou os olhos dos meus.

–Eu vou resgatar Lana, eu não prometi, Rosangela? Não preciso da ajuda dele- disse Colin abraçando, senti magoa, resentimento, angustia, e raiva emanarem de minha irmã, mas eu estava ocupado demais pensando em algo.

–Qual é o nome da sua irmã?- eu disse me levantando e agarrando os ombros da garota, ela me olhou assustada, mas logo se recuperou e disse:

–Lana Santos, por que?

–Eu vou te ajudar a salvar ela.

–Por que?

–Porque eu sei onde ela está, esta na maior e mais forte prisão dos militares, mas para fazer isso temos que falar com meu irmão.- Senti todos me olhando sem entender nada, eu até podia entender porque, a um minuto atrás eu disse que não podia ajudar, e agora eu quero ajudar, mas eu sabia que havia mais sobre essa garota e a irmã dela, algo que eu não me deixava desistir de ajudar.

....

Pov Carrie

Eu estava na minha sala esperando alguma noticia de Colin, a duas semanas, desde o dia do baile, que ele não me contatava mais, alguma coisa tinha acontecido, eu estava realmente impaciente, e tão ocupada com meus pensamentos que nem percebi que Gerard adentrara a sala.

–Como vai?- disse ele me tirando do torpor, estava todo de pretos tirando a blusa azul que usava embaixo do paletó.

–Acho que bem, mas por que todo esse preto?

–E por que todo esse pouco comprimento?- perguntou ele malicioso apontando para o meu vestido vermelho que ia até a metade da coxa.

–Gostou?- sorri maliciosamente para ele me sentando na mesa, mas logo me arrependi quando ele percorreu meu corpo com os olhos, devo ter enrubescido pare ele ter rido.-Acho que você veio para coisas mais importantes do que ficarmos analisando a roupa um do outro.

–Acho que sim- ele disse se sentando na cadeira em frente a minha mesa, sem tirar o sorriso malicioso do rosto.-Então você ouvi alguns passarinhos dizendo que Colin planeja em suas costas.

–Que tipo de passarinhos?

–Eu te contaria, mas o que ganharia em troca?- ele perguntou com o mesmo sorriso, enrubesci totalmente.- Você enrubesce como uma princesinha antes na noite de núpcias, talvez devesse se vestir de branco!

–Muito engraçado- eu disse irônica, sai de cima da mesa e andei até da sala de Mickaila, ciente que Gerard me seguia.Quando entrei na sala encontrei minha amiga chorando, contornei sua mesa a abracei com força.- O que foi?

–Romeu morreu!

–Vocês estavam saindo, não é mesmo?- disse Gerard encostado no batente da porta com seu sorriso malicioso, Mickaila chorou mais ainda, soltei ela, fui até a porta e a fechei na cara de Gerard.

Pov Joan

Krystal e eu andávamos de mãos dadas, ainda era estranho nosso compromisso, nenhum de nós queria realmente perguntar o que éramos, até agora era o que se diz “amigos com benefícios”, mas por alguma razão isso não bastava.Ver o jeito que todos os caras olhavam para ela, e como as vezes ela flertava com ele me deixava realmente irritado, por isso naquela manhã eu tinha decidido pedi lá em namoro. Meu único receio era ela dizer não, talvez ela não me achasse pronto, mas desde o nosso primeiro beijo eu me sentia enfeitiçado pela garota de cabelos pretos e olhos puxados.

Antes daquele beijo, depois de sairmos do bar, eu nunca tinha percebido quanto ela era importante para mim, mas ela era. Depois que tudo entre nós se resolveu, tínhamos tentando ficar juntos, mas sem os outros perceberem, mais isso não rolara muito bem. A fofoca rolava solta, e logo todos sabiam que Krystal e eu estávamos saindo.

Nessa relação eu era o desesperada, era eu que a puxava pelo braço e juntava nossos lábios, eu que a beijava todas as manhas na frente de todos, mesmo sabendo que ela odiava isso. Podia ter sido ela que unira nosso lábios, mas era eu que precisava implorar, acho que ela até se divertia com isso. Ela sempre achar uma desculpa para acabar os nosso encontros quando estávamos nós divertindo, como para me deixar louco por ela.

Agora eu só precisava de um bom plano para pedi-la em namoro.