Um mundo - INTERATIVA escrita por Cupcake Docinho


Capítulo 17
Nós tentamos esquecer o passado, mas ele sempre volta


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou meio diferente dos outros, mas eu gostei da ideia de mostrar um pouco do passado de alguns personagens. Ainda falta de alguns então talvez eu faça mais um capitulo assim antes de publicar o resto da história.



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2 anos atrás:

–Tem alguém ai? Eu preciso de ajuda- falou a garota, suas palavras ecoavam pelo corredor vazio e escuro a sua frente, seus olhos estavam marejados e sua camisa suja. A garota deu mais alguns passos antes de começar a perder a força nas pernas, ela se apoiou na parede a procura de força, mas está parecia ter a abandonado. Sentia-se fraca pelas horas de corrida, dor pelo tornozelo machucado e medo pelos homens que tinham acabado de tentar assalta-la, sentia o sangue gelado nas veias com a probabilidade de eles a seguirem até ali, ela estava tão fraca que não tinha como se defender ou se esconder, então apenas respirou fundo e aguardou.

–Princessinha?- disse uma voz familiar, Gerard apareceu no meio da escuridão, trazia uma lanterna em uma mão e na outra uma sacola cheia. Quando viu o estado que Carrie estava colocou tudo no chão e segurou a garota que parecia prestes a desmaiar. Segurou o corpo de Carrie perto de seu peito, sentindo o cheiro floral do cabelo dela. -O que aconteceu?

–Eu fugi de casa- disse ela fracamente, sentia que lentamente se perdia em um mundo de sonhos e pesadelos, de luz e trevas, de silencio e som, era um mundo cheio de opostos, de coisas boas e ruins. Mas ela não tinha medo de nada disso por que sabia que as sobraças somente significam que a luz esta por perto, que os pesadelos são apenas invenções da mente, e que o bem e o mal somos nós que fazemos.

–Por que?

–A revolução- ela disse bem baixinho, apertou a mão dele, com ele ali seu corpo parecia pronto para descansa, mas antes de deixar o sono a levar completou mentalmente a frase “e por você”.

O garoto ficou olhando a garota adormecida por algum tempo, tentando decorar cada traço dela, como as sobrancelhas dela eram curvadas, e os cabelos jogados para todos os lados, e os lábios eram uma perdição, pareciam ternos e macios. Quando percebeu que seus olhos estavam focados nós lábios da garoto ele apenas sacudiu a cabeça tentando abandonar aqueles pensamentos, deu um jeito de pegar as suas coisas sem soltar Carrie e a levou consigo para o prédio da revolução.

......

No outro lado da cidade na mesma hora:

–Você está bem?- perguntou uma garota de cabelos pretos, seu olhos estavam plantados na ruiva chorando naquele beco, a garota começou a tremer mais e se fechou como uma bola.-Eu não vou te machucar.-A morena se aproximou e se sentou ao lado da garota ruiva.- Vai ficar tudo bem, qual é o seu nome?

–Valentine- disse a garota ainda desconfiada, seu pulsos estavam roxos onde seu pai tinha apertado muito forte e sentia o sangue escorrer pelas costas onde o mesmo homem havia batido com a vara até que ficasse em carne viva.

–O meu é Rose- ela se levantou e estendeu a mão para a garota- vem, eu vou cuidar desses seus machucados.- Valentine a olhou desconfiada, mas estendeu a mão, Rose a puxou e abraçou.- Está tudo bem agora.

.......

Mais três anos atrás:

Você sente o sangue correr por suas veias, o seu coração pulsar cada vez mais forte, depois de um tempo o chão parece não existir mais em seus pés, tudo isso parece ser parte de um sonho, mas não é isso é ser livre. Você nunca achou que seria, você sempre se sentiu preço, engaiolado, pela sua família, amigos, pela sociedade, mas agora isso não existe mais. Agora você pode mudar tudo, pode fazer as regras, a única regra que já existe é: não morra. Só tem um problema toda essa responsabilidade vem com um preço, se você não tomar cuidado você pode ser preço pelo regime, torturado e morto, você é o erro que eles te que consertar, o problema que o regime não pode deixar que existisse. Você é uma anomalia, e você pode acabar transmitindo isso para os outros, mas se depender deles você não vai fazer isso.

“Mas eu não vou deixar me peguem”, pensou Michael, “sou mais esperto e rápido que eles”.

Você é tudo o que eles lutam para que não seja, você foi um erro, toda sua vida é um erro, você deve deixar sua família, mas não para protegê-la, mas para ser livre, por que eles também te impedem, sim, sua família te prende, ela vai tentar te alienar, ela vai tentar te prender, ela é parte regime, mas você não vai deixar, você não pode deixar, você é preciso, você precisa chegar lá, você tem um papel a desempenhar, você é parte da rebelião.

Michael finalmente parou, depois de horas suas penas estavam bambas de tanto correr, mas ele não podia se dar ao luxo de ser capturado, por que a morte não era uma opção, respirou fundo e bateu três vezes na porta de madeira a sua frente, esperou, mas não obteve resposta. Verificou o endereço anotado no papel, mas estava certo. Aquele era o lugar certo, mas onde estavam todos.

–Esta procurando os revolucionários?- perguntou um homem ao seu lado, os cabelos eram pretos como carvão, e o sorriso era cheio de dentes brancos.

–Sim.

–A primeira regra é dizer não- o homem disse fechando a cara-, qualquer pessoa podia ouvir o que estamos falando.

–Desculpe.

–Tudo bem.- O homem abriu a porta e deu passagem para Michael, o garoto entrou admirado, aquele lugar era perfeito, como sempre imaginou, enquanto olhava para as maquinas ao redor o homem andou até uma mesa, se sentou e chamou o garoto com um aceno.- Bem vindo a revolução, meu nome é Colin, estou tentando começar um grupo, se quiser lugar de alto poder nessa revolução se junte a mim.

.....

Mais dois anos no passado:

–Não- gritou Anastácia se debatendo, sentia o homem que a segurava apertar seu braço cada vez mais forte, mas não se importava, aquele homem tinha acabo de matar seus pais, o que podia fazer além de gritar.

–Cale a boca garota- gritou o homem que acabara se matar seu pai-, eu posso muito bem te matar, mas não como seus pais com apenas um tiro, ou esfolar você, fazer com que chore, grite, que deseje a morte, e depois vou deixar você viva só para sofrer por dias perdendo sangue das feridas, desejando por um corpo de água. É isso que quer?

–Não- ela disse baixinho, as lagrimas escoriam pelo seu rosto, os homem levaram seus dois irmãos e ela para um furgão, e fecharam a porta.-O que vamos fazer,Jaime?

–Não sei- disse o irmão mais velho, ele tinha o mesmo cabelo castanhos claro da irmãs, e o mesmo olho azul, mas a pele era ainda mais pálida.

–O que eles vão fazer conosco?- perguntou Julio chorando.

–Eu não sei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Estou tão feliz consegui 100 comentários nessa fanfic, pulinhos de alegria pessoal.Se todos mundo estivesse comentando seria bem mais, mas acho que muita gente cria personagens para depois abandonar, triste né?
Um beijo para todos você, e fui.