Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 48
Um Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Uffas, último capítulo da terceira temporada. Espero que gostem e, acho que já deu para se ter uma idéia do que está vindo na quarta temporada, né?! Espero que gostem e tenham uma boa leitura.



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Um helicóptero descia do céu e pousou bem no centro da cidade, onde a maior guerra acontecia. Dele, saiu o prefeito da cidade, George Glinston e seus companheiros.

–Parem a guerra, imediatamente. – Gritou.

O helicóptero do prefeito, pousado no centro da cidade, faz com que os seres sobrenaturais ficassem de um lado, e os caçadores do outro. Entretanto, ainda havia alguns brigando entre si. Os robôs foram desligados, e as pessoas olhavam tudo pelas janelas de suas casas. Outras, com as casas destruídas, olhavam de longe.

–Essa guerra está finalizada. –O prefeito começou á falar em um microfone, para que todos pudessem escutá-lo.- Não vamos expulsar esses seres da cidade. Eu estava em minha casa, assistindo toda a luta e pude ver claramente, que eles estavam, não apenas, se esforçando para sobreviver, como também estavam salvando vidas das pessoas dessa cidade, que eram colocadas em risco, graças aos caçadores. Meus amigos, eu vi seres sobrenaturais sacrificando-se para salvar os morados. Eu vi a Srª Collins, uma mulher que conheci ambiciosa e que ligava apenas para ela mesma, morrendo para salvar sua irmã. Eu vi vários deles chorando, pelas perdas que tiveram. Vi, inclusive, uma garotinha, que não aparentava ter mais de 10 anos, chorar pela sua amiguinha que morreu, em sua frente. Graças á essa guerra, eu pude perceber que esses seres, não são os nossos inimigos. Eles são pessoas como nós. A única coisa que eles sempre quiseram, era serem aceitos pela sociedade. Pararem de se esconder. A partir de hoje, eles viverão conosco. Viverão junto a nós. E nós os trataremos, como verdadeiros heróis, que eles são. Como prefeito da cidade, declaro que o grupo dos caçadores, está desfeito.

Os seres sobrenaturais se aliviaram. Alguns moradores da cidade ficaram contentes com a notícia, enquanto outros se enraiveceram. Contudo, agora os seres haviam conseguido a liberdade. Patrick, que estava escondido nas sombras, esconde o rosto com um capuz e caminha do local. O presidente, caminhou de volta ao seu helicóptero, sorrindo.

–Obrigado, pai.

–Não há de que, meu filho. Eu nunca, poderia negar um pedido seu. Eu te amo.

–Agora eu sei disso.Mesmo que eu seja... Um monstro.

–Nunca diga que é um monstro. Veja, em meio aquele grupo, existe vampiros como você, e eles, provaram que não são monstros. –Disse o prefeito. – Então, da próxima vez que achar que é um monstro, lembre-se deles.

O helicóptero do prefeito foi embora. Os seres voltaram para suas casas. Iran, caminhou até sua residência, mas percebeu que a porta já estava aberta. Entrou com lentos passos, para não fazer barulho. Percebeu que havia alguém na cozinha e caminhou ate ela. Ao entrar, encontrou uma garota de costas, e sabia muito bem, quem era ela.

–Nathalie.

A ex-vampira virou-se rapidamente. Ela se mostrou assustada, mas logo se acalmou quando viu o bruxo.

–Iran, você me assustou. Não o vi chegar.

–O que está fazendo na minha casa?!

–Eu não tenho para onde ir. Tenho muitos inimigos, e se eles souberem que eu sou uma humana, eles vão vir atrás de mim.

–Isso não é problema meu. –Disse Iran

–Para com isso. Você não pode negar abrigo á uma antiga amiga.

–Amiga?! Você me enganou. E além disso, matou a Hiendi. Duas vezes.

–Calma aí. Da primeira vez ela ressuscitou e me matou. E agora, ela se sacrificou pela irmã e ainda por cima, injetou a cura em mim. Você sabe como é difícil se acostumar com a vida humana?! –Perguntou Nathalie.

–Está bem, pode ficar aqui. Hoje é lua cheia, você vai embora mesmo.

–Obrigada.

Fora da cidade, na mesma caverna onde Raven, Ana Júlia e Hanna ficaram, Ana Júlia tentara fazer o feitiço para trazer Raven de volta. Ela estava acompanhada de Levi e Hanna.O rapaz coloca o corpo da vampira no chão.

–Por que é preciso das duas para fazer o feitiço de ressurreição?! – Pergunta Levi.

–O feitiço de ressurreição é um feitiço muito poderoso e eu sozinha, não tenho forças para fazê-lo. Se eu tentasse, eu poderia morrer ou perder meus poderes. –Explica Ana Júlia.

–Mas você conseguiu fazer sozinha, para ressuscitar os mortos para a guerra.

–Mas eu usei a energia da lua cheia. Que, inclusive, é hoje. Mas se você quiser esperar até o anoitecer...

–Não. Não, pode ser agora.

–ótimo. Só lembrando que um feitiço de ressurreição pode ter complicações e sempre tem alguma conseqüência. Como no caso dos mortos para a guerra, a conseqüência deles é voltarem para o outro lado na próxima lua cheia, mas no caso da Raven, não sabemos qual será a conseqüência dela. –Diz Ana Júlia.

–Entendi.

–Podemos começar?! – Pergunta Hanna, recebendo um ‘’sim’’ de Levi e Ana Júlia. Então, as duas bruxas, começam o feitiço de ressureição.

No cemitério, Ana estava usando um enorme chapéu, o mesmo que Hiendi usara, para se proteger da luz do sol. A garota se agacha e joga algumas rosas no túmulo de sua irmã.

–O que foi?! – Pergunta Tyler.

–O prefeito mandou enterrar todos que foram mortos. Inclusive, minha irmã.

–Você está muito triste, não é?!

–Sim.Mas nada que o tempo não cure.

–Olha, eu queria ficar aqui com você, mas minha irmã vai voltar ao outro lado hoje e eu a prometi que a levaria para ver nossa vó.

–Ta legal, eu vou ficar bem.

–Sério?!

–Sim. –Diz a vampira. – Eu to legal.

Tyler fitava Ana, que não consegue conter e o abraça fortemente, deixando lágrimas caírem de seus olhos. O vampiro retribui o abraço.

–Tyler, por favor. Prometa que você nunca vai me deixar.

–Eu prometo Ana. Eu nunca te deixarei.

Jack estava sentado, em frente á sua antiga casa, antes dos caçadores entrarem em ação, observando os estragos que haviam sido causados pela guerra. Em um piscar de olhos, ele conseguiu ver Angeline, correndo em sua direção e pulando sobre ele, para o abraçar. O rapaz, se levanta de imediato.

–Jack, você está vivo. –Diz a anjinha.

–É, Ange. Eu estou. E fico feliz que você também esteja. Onde você esteve?!

–A Krystal me levou para a casa dela e fechou todas as cortinas. A gente te viu pela televisão e voltamos para cá assim que o prefeito deu o comunicado dele. – Krystal caminhava na direção deles, sorrindo para o rapaz. Os dois trocavam olhares. – Ah, e ela escutou você dizer que era apaixonado por ela.

Jack colocou Angeline no chão, enquanto Krystal se aproximava. Os dois se olhavam. Antes que o lobisomem pudesse falar, a garota o beijou. Angeline tampou os olhos, enquanto eles apreciavam o momento.

Já estava escurecendo e o dia parecia ter passado rápido. Alexia caminhou até Diana, que a observara.

–E então, pra onde você vai agora?!

–Bom, já que não posso voltar para o meu reino,vou ir para outro lugar. Conhecer melhor esse mundo. –Respondeu Diana.

–Se você quiser minha opinião, fique aqui. Ainda podemos sair para as baladas e ficar com uns gatinhos.

–Obrigada pelo convite. Mas tenho que ir mesmo. Mas quem sabe algum dia eu volte?! –Disse Diana. – Não irei dizer adeus, por que sou péssima em despedidas, mas um até mais. Alexia.

–Até mais, Diana; -Sorriu-.

E Diana caminhou para longe dali. Para longe de Alexia e para longe de Collsville. Rin corria rapidamente, até se esbarrar com a garota.

–Ei, cuidado comigo aqui. –Disse Alexia.

–Desculpe Alexia. Você viu o Jhonathan?!

–Jhonathan?!

–É, o meu namorado.

–Bom, quem deve saber isso é a Ana Júlia.

–E onde ela está?! – Pergunta Rin

–Não sei, ela foi com outro rapaz para uma caverna...

–Obrigada. –Rin correu em direção á caverna.

Enquanto isso, Tyler levou Hanna até a casa de sua avó. O rapaz chamou a mulher, que correu para abraçá-lo assim que ouviu sua voz. Depois de ver pela TV, que eles haviam vencido, e que Tyler estava vivo, Mary fez o jantar e já havia colocado os pratos. De trás dele, Hanna saiu,deixando-a espantada.

–Hanna?! É você mesmo?!

–Na verdade é um fantasma meu. Irei voltar para o outro lado daqui a pouco, mas tinha que te ver.

–Minha filha, você está tão linda. –Mary abraçou Hanna.- Como é bom te ver. Acho que terei que colocar mais um prato na mesa.

Jack estava sentado no sofá, com Krystal de um lado e Angeline do outro. Finalmente, estava tendo a vida que sempre queria. Alguém bate em sua porta e ele vai atender. Ao abrir a porta, se depara com dois antigos amigos.

–Pierre, Amanda. -Disse o lobisomem.

–Descobrimos seu endereço. -Disse Pierre.-Viemos aqui te agradecer, por ter lutado naquela guerra e conseguir a nossa liberdade. Eu e minha irmã estamos voltando para o Kansas e queríamos te visitar.

–Eu não teria conseguido sozinho. Vão em paz e que tudo der certo nessa sua viagem.

–Obrigado. Vamos Amanda.

Então, Pierre e Amanda voam dali. Quando Jack estava fechando a porta, alguém o impediu.

–Não quer que eu entre?! - Perguntou Alberto.

A lua cheia cobriu o céu, e junto dela, os seres mortos voltavam para o outro lado. Alberto, que fazia companhia á Angeline, Jack e Krystal, desapareceu do lugar, enquanto á Hanna, deixava um lugar vazio na mesa de jantar. Na casa de Iran, Nathalie caminha para a sala comendo um pote de sorvete, e senta-se ao lado do bruxo. O rapaz observa o céu e percebe que a lua já estava brilhando, mas por que Nathalie não desaparecia?! Então, ele decide ligar para Ana Júlia.

–Ela vai demorar para acordar?! – Perguntas Levi.

–Não sei, mas é melhor a levarmos para a minha casa. –Disse Ana Júlia, quando sente seu celular tocar. Ela atende. – Alô. Oi Iran. Sim, a lua cheia está no céu e todos já deviam estar voltando para o outro lado.

–Só que por algum motivo ela não está voltando. O que está acontecendo?!

–Espera. Ela tomou a cura durante a guerra, não foi?! – Perguntou Ana Júlia, recebendo um ‘’sim’’ de Iran.- Então esse é o motivo. Iran, ela morreu quando era uma vampira e eu a trouxe de volta assim, se ela tomou a cura significa que...

–Ela está viva. – Completa Iran.

–Exato. Estou indo para aí. E vemos o que podemos fazer. –Ana Júlia desliga o telefone, quando Rin entra na caverna.

–Ana. – Abraça a amiga. – Preciso ver o Jhonathan, onde ele está?!

–O Jhonathan?!

–É. Cadê ele?!

–Eu não sei como te dizer isso.

–O que?! Como assim?! Não me diga que... Ana, o Jhonathan morreu?! – Perguntou Rin. Ana Júlia assentiu, fazendo a garota se ajoelhar no chão e começar a chorar. Sendo abraçada, pela amiga.

Pelas ruas de Collsville, andava Patrick, agora vampiro. Ele estava fraco e quase caindo. Ao atravessar a rua, era quase atropelado. O antigo caçador caiu no chão, de tão fraco que estava. Nesse momento, um garoto de 12 anos tenta ajudá-lo.

–Moço, está tudo bem?!

O vampiro, rapidamente, empurra o garoto contra a parede e prende seu pescoço com uma das mãos.

–Não. Mas vai ficar.

Tirando suas presas para fora, Patrick morde o pescoço do jovem, sugando seu sangue, até a última gota. Um assassino perigoso, estava á solta.


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