[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 4
Dúvidas, reconciliação e mais brigas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso meus amores.
Eu estou doente e passei o dia inteiro de cama. Não cheguei perto do computador o dia todo mas lembrei de vocês então fiz esse esforço. Espero que gostem do capítulo, eu particularmente não o achei muito bom.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505307/chapter/4

Dúvidas, reconciliação e mais brigas

Pov Narradora.

Draco passou um bom tempo pensando nas palavras de Theodore e não conseguiu encontrar uma resposta. Ele sabia que amava Hermione, mas não conseguia se imaginar uma pessoa diferente do que era. Era mimado, orgulhoso, teimoso e por vezes bastante arrogante, mas da maneira que Hermione falava era como se quisesse que ele virasse uma cópia do Santo Potter. Draco não era o mocinho, ele havia sido ensinado a ser superior, e em alguns aspectos ele o era. Sabia disso, e por esse motivo recusava a rebaixar-se.

Hermione também pensava muito. Deitada no sofá de sua sala ela procurava maneiras de fazer Draco se dar bem com seu melhor amigo. Mas Draco não era a única coisa que rodeava em sua mente. Se pegou pensando muito em Ronald, ele também era seu melhor amigo, e sabia que embora ele a amasse ela jamais corresponderia. Seu amor por Draco era algo que chegava a sufocar de tão intenso. Ela nunca entendeu como havia se apaixonado por ele, apenas tinha acontecido. Ver a fragilidade dele a afetara tanto que ela chegara a se perguntar se já não sentia algo por ele desde antes.

Depois de uma tarde na casa de Theo, Draco resolve voltar para a Mansão Malfoy e se trancar em seu quarto. Ignora Narcisa, e pede a Greek que lhe leve whisky de fogo e cigarros. Hermione cansada de tentar achar maneiras para resolver as coisas procura se distrair ouvindo músicas de bandas trouxas. Ela sente saudade dos pais, mas o Ministério ainda não tem notícias sobre seu paradeiro.

Dezembro começa com um clima estranho entre os dois. Embora Draco seja orgulhoso, Hermione também o é. E orgulho não é algo que combine com relacionamento. Nenhum dos dois quer ir atrás do outro pra resolver a discussão que tiveram e ambos sofrem com o afastamento enquanto se perguntam “Se com um dia de namoro foi assim, imagine daqui pra frente”. O dia primeiro passa lenta e dolorosamente e quando Draco finalmente cria coragem para ir atrás de Hermione, ela não está em casa.

Pov Draco Malfoy

Eu não aguentei. Precisava ver Hermione e resolver as coisas. Sentia falta dela, o que chega a ser ridículo devido ao tempo que ficamos sem nos falar. Apenas um dia e eu já quase morri de angústia. Eu sabia o porquê daquilo, eu já havia passado mais tempo sem ela, só que antes eu não tinha permissão para ficar perto. Agora era diferente, era por algo imbecil, uma briga boba.

Quando voltei da casa do Theo me tranquei em meu quarto. Minha mãe tentou falar comigo assim que viu minha cara irritada, mas eu apenas ignorei. Pedi whisky e cigarros ao elfo e assim acabei passando o resto do dia. Quando percebi que estava ficando meio bêbado saí e fui até a cozinha comer alguma coisa, voltando a me trancar logo em seguida. Não consegui dormir direito e quando acordei esperei que Hermione fosse me procurar. Ela não deu as caras o dia inteiro e já não aguentando mais aparatei em frente a casa dela.

Toquei a campainha mais de dez vezes e nada de ela aparecer para abrir a porta. Não havia nenhuma luz acesa, o que podia indicar duas coisas: ou ela não queria falar comigo; ou não estava em casa. Dei meia volta e resolvi andar pelo bairro trouxa. Eu esperaria por ela, nem que precisasse passar a noite sentado nos degraus da porta de entrada.

Pov Hermione Granger

– MERDA!

– Calma Mione.

– Essa droga de vestido. Não fecha.

– Custa pedir ajuda? Aqui.

– Obrigada Gina.

– Porque toda essa irritação? Ainda por causa do Malfoy?

Suspirei derrotada e me joguei sentada na cama.

– Sim. Ele ainda não veio me procurar Gina.

– Já passou pela sua cabeça que é você quem precisa ir atrás dele?

– Porque eu? – disse fechando a cara – Ele é o errado.

– Será mesmo?

– Não ouse defendê-lo Ginevra.

– Não estou. Estou sendo sua amiga. Esse seu orgulho bobo vai piorar as coisas entre você e o Malfoy. Ele não está errado Hermione, você sabe que não.

– Tanto faz. Depois vejo isso. Preciso me concentrar em apenas um problema de cada vez.

– Seu problema atual seria meu irmão?

– É. Ele me odeia. – disse fazendo bico.

– Não odeia. Ele só está magoado. Ele descobriu que a mulher que ele ama não o corresponde.

– E que ainda prefere ficar com seu inimigo.

– Hermione, isso vai passar. E acredite, Ron pode estar com raiva mas vai adorar ver você lá. Talvez vocês consigam até conversar.

– Acha mesmo?

– Se Rony estiver de barriga cheia eu não duvido.

Caímos na gargalhada, o que chamou a atenção de Harry que nos aguardava do lado de fora do quarto onde eu e Gina estávamos nos arrumando. Ele bateu na porta e Gina foi atendê-lo. Levantei-me da cama e dei uma conferida no espelho. Eu usava um vestido preto de noite, longo e simples, mas elegante. Havia colocado um colar e um par de pequenos brincos, ambas as peças prateadas. Fiz uma maquiagem leve e saí para encontrar Harry e Gina na sala.

Harry convenientemente havia feito a ligação da lareira do Largo Grimmauld pela rede de Flu até o Ministério. Então todos nós nos enfiamos lareira adentro apenas para perdermos de vista a pequena sala da casa de Harry e segundos depois avistarmos o imenso saguão de entrada do Ministério.

Harry havia dito que seria apenas uma festinha mas eu sabia que algo desse tipo não poderia passar despercebido. Harry ainda era, talvez sempre fosse, o Menino-Que-Sobreviveu, aquele que derrotou o maior bruxo das trevas de todos os tempos. Vê-lo virar um Auror era algo grandioso, e seria noticiado e coberto pela mídia. E não era só Harry, Ronald era parte do Trio de Ouro, uma das pessoas que ajudou Harry em sua tarefa, aquele que o apoiou nas partes mais difíceis da jornada. Nós três éramos as pessoas mais famosas do mundo bruxo.

Foi uma fração de segundo até que as pessoas notassem nossa chegada, mas assim que perceberam fomos cercados de fotógrafos, Gina estava de braços dados com Harry a sua direita e eu vinha os acompanhando, andando pela esquerda. Rony já estava lá, conversava animadamente com Kingsley, mas se distraiu ao nos ver. Nos livramos dos fotógrafos e fomos para o lugar onde os dois estavam.

– Olá Harry, Gina, Hermione. Como estão?

– Bem Kingsley. E eu achando que seria apenas uma festinha.

– Não seja bobo Harry. Você e Ronald tem um futuro brilhante como Aurores, e tem o fato de vocês terem derrotado Voldemort. Muitas pessoas levam isso em conta.

– Não derrotei Voldemort sozinho, Hermione e Rony e muitos outros me ajudaram, inclusive Dumbledore. Se não fosse por ele eu não teria feito tudo isso.

– Dumbledore era um verdadeiro gênio. Sua presença faz muita falta, mas isso não diminui seus esforços. Essa festa é em homenagem a vocês dois rapazes. Aproveitem.

– Obrigado Kingsley. – disse Harry apertando a mão do ministro.

– É, obrigado mesmo. – Rony disse o cumprimentando.

– Agora preciso ir. Devo dar atenção a todos. Até logo, moças. – fez uma mesura e foi em direção aos chefes de departamento.

Assim que Kingsley se afastou o suficiente, o clima ficou estranho entre nós quatro. Rony estava claramente tão desconfortável quanto eu. Harry e Gina pareciam querer que as coisas se resolvessem só de ficarmos ali, nos encarando.

Como que para provar minha teoria, os dois deram uma desculpa e se afastaram, deixando Rony e eu em nosso momento constrangedor. Eu fiquei ali, na esperança de que Ron falasse comigo mas ele se limitou a pegar um copo de whisky de fogo que um garçom trouxe em uma bandeja e virar o rosto para o outro lado do átrio. Ele realmente ainda estava magoado demais para falar comigo. Me afastei e segui para um canto qualquer onde havia uma mesa de buffet mas fui interrompida no meio do caminho.

– Será...*pigarro* Será que podemos conversar?

Era Rony, ele havia vindo atrás de mim e me puxou pelo braço. O olhei meio surpresa e então fiz um sinal positivo com a cabeça.

– Obrigado. Vem comigo? Prefiro um lugar mais reservado.

Segui Rony até os elevadores, entramos em um deles e Rony apertou o botão do segundo nível. Ele nos guiou pelo andar até chegarmos no Quartel General dos Aurores, entramos e eu pensei que ficaríamos ali mesmo, mas ele continuou andando até uma porta nos fundos. O segui e assim que ele abriu a porta eu pude ver um pequeno escritório.

– Esse é o seu escritório?

– Sim. Quer entrar, por favor.

– Claro.

Passei por ele e fui me sentar em um pequeno sofá que havia ali. Rony fechou a porta e ficou parado me encarando. Passou a mão pelos cabelos e a deixou descansando na nuca. Ele parecia não saber como começar o assunto, e devia estar bem mais nervoso do que aparentava. Resolvi dar um empurrão.

– Rony. – dei um tapinha no lugar ao lado do meu – O que queria falar comigo?

– Eu queria, fazer uma pergunta. – disse vindo se sentar ao meu lado.

– Faça. – engoli em seco.

– Não sei bem como... Bem, na verdade eu sei o que quero saber. Mas tenho medo da sua resposta.

– Ah Ron. – o abracei e ele afundou o rosto em meu pescoço.

– Porquê Mione? Porque o Malfoy? – sua voz saiu tão dolorida que não pude conter minhas lágrimas.

– Eu não sei Ron. Eu apenas me apaixonei por ele. Me desculpe. Desculpe não poder corresponder seus sentimentos. Eu não queria magoar você, nunca quis.

– Eu amo você Hermione. – Ele afastou-se e olhou em meus olhos. – Eu amo você.

– Eu também amo você Ron. Mas não da maneira que você gostaria. Vejo em você um amigo e um irmão.

– Mas você já me amou antes não foi? Você gostava de mim.

– Sim. Eu amei você por um bom tempo.

– Quando tudo mudou?

– Eu não sei. Acho que no sexto ano depois de ver você com a Lilá. Pensei que você nunca sentiria o mesmo. E depois, quando percebi, já estava afim do Malfoy.

– Porque justamente ele Hermione? Ele nunca te tratou bem, só humilhou você e te botou pra baixo. Quantas vezes você chorou por causa das idiotices dele?

– Eu sei. Eu sei de tudo isso. Mas eu vi o quanto ele sofreu durante o sexto ano. Você estava preocupado com o Quadribol e se agarrar pelos cantos com a Lilá e o Harry só conseguia ver o lado ruim dele. Eu vi ele chorando no banheiro feminino, com a Murta. Tem ideia de como ele devia estar se sentindo sozinho e acuado para ir se esconder no banheiro da Murta, chorar e ser consolado por um fantasma? Eu percebi que ele não era tão ruim assim, que ele provavelmente não era aquilo que sempre aparentou ser. Sofri tanto quando ele e Harry duelaram lá. Quando percebi que ele poderia ter morrido foi que notei o quanto gostava dele.

– Chega Hermione! – disse Ron se levantando de súbito. – Acha que ouvir você dizendo essas coisas me ajuda?

– Eu sei que magoa. Mas não posso mentir para você Ronald. Eu realmente amo o Malfoy. E acredite eu sinto muito, muito mesmo por fazer isso com você. Mas não posso mudar o que sinto.

– Nem eu posso. Sabe, nunca cheguei a acreditar que um dia teria coragem suficiente para falar com você sobre sentimentos. Você mesma já disse que eu tenho o emocional de uma colher de chá. Eu concordo em certo ponto, eu realmente era um babaca. Mas eu mudei. Eu tinha medo de você me rejeitar como me rejeitou. Eu via você e o Harry tão próximos e sentia ciúmes. Achei que vocês tinham algo, ou que você gostasse dele. Quando eu finalmente criei coragem você me deu um fora.

– Me desculpe Ron. Eu não queria... – disse abaixando a cabeça e chorando ainda mais.

– Não queria me magoar. Eu sei. Mas eu não chamei você aqui para ouvir desculpas. – Ron agachou-se perto de mim, levou sua mão até meu queixo e ergueu meu rosto. – Eu só quero que você saiba que eu te amo e que jamais vou desistir de você. Eu preciso saber se ainda há alguma chance de você gostar de mim de novo. Mesmo que não haja, eu vou lutar por você Hermione. Eu te amo.

Ron segurou meu rosto tão delicadamente, secou as lágrimas que teimavam em continuar caindo e me beijou. Foi um beijo breve, casto. Ele queria apenas mostrar o quanto se importava.

Assim que ele se afastou eu sequei as últimas lágrimas do meu rosto e me levantei, Ron já estava de pé e me encarava com um pouco de medo no olhar.

– Ron, eu não posso prometer nada.

– Eu sei. Não se preocupe com isso. E, desculpe pelo beijo. Não quis deixar você desconfortável.

– Não deixou. E não precisa se desculpar.

– Acho que já estamos aqui tempo suficiente. Podem estar sentindo nossa falta.

Dei um riso leve.

– Sua falta. Você e Harry é que são as estrelas da noite.

Ron também riu. Pegou minha mão e saímos de seu escritório. Corremos na direção dos elevadores feito duas crianças e assim que chegamos ao saguão do Ministério percebemos os olhares de Gina e Harry procurando em meio à multidão. Nos aproximamos e os tranquilizamos.

O restante da noite correu maravilhosamente bem. Rony e Harry estavam transbordando felicidade durante o brinde em sua homenagem. E ambos ganharam uma medalhinha, que simbolizava a entrada oficial de ambos para o esquadrão de Aurores. Confesso que bebi demais para alguém que não tem esse costume e acabei ficando um pouco tonta. Harry quis me levar até me casa, mas Rony se ofereceu. O que foi bastante engraçado. Rony não fazia ideia de onde eu morava e ele não conhecia a Londres trouxa. Acabamos por ir de metrô até a estação mais próxima e de lá nós fomos caminhando. Eu vinha me apoiando em Rony, com a cabeça em seu ombro, o que eu achei estranho, ele era muito alto e tinha que ficar um pouco torto para que eu fizesse isso. Ri da situação e Ron me olhou inquisitivo. Apenas balancei a cabeça e continuamos caminhando até chegamos em minha casa. Rony me levou até a porta.

– Obrigada Ron. Desculpe pelo inconveniente, juro que nunca mais bebo tanto assim.

– Você quase nem bebeu Hermione. Deve ser só um pouco fraca para bebidas. – rimos juntos.

– Mesmo assim. Não queria incomodar.

– Não é incômodo nenhum. E agora já sei onde sua casa é. Nunca vim pra esses lados de Londres.

– Porque será não é? – rimos novamente - Bem, obrigada Ron. E parabéns mais uma vez. Acredito que você vai ser um dos melhores aurores que o Ministério já viu.

– Não serei um Moody ou uma Tonks, mas darei meu melhor e vou honrar a memória deles.

Ficamos em silêncio por um tempo e então Rony me abraçou. Eu o abracei de volta. Era bom ter meu amigo de volta. Apesar de ficar um pouco triste pela situação dele. Eu não queria dar falsas esperanças, mas não sabia como fazer isso sem magoá-lo ainda mais. Ouvi o som de passos e de repente uma voz inconfundível se fez ouvir vinda do jardim.

– O que significa isso Hermione? – disse o loiro com fogo no olhar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Está horrível né? Podem dizer.
Enfim, prometo melhorar nos próximos.
Comentem meus amores, amo todos os comentários de vocês.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.