[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 3
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus amores. Eu pensei que passaria o dia em casa mas fui convidada pra ir comer uma Paella na casa do meu avô, e comidinha preparada pelo vovô é sempre uma delícia!
Cheguei faz pouco tempo e vim diretinho postar o capítulo pra vocês.
Espero que gostem e nos vemos nas notas finais.
Enjoy!



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Conversas

Pov Hermione Granger

– Eu mudei Hermione, mudei bastante por você. Porque eu te amo e não suportaria não te ter ao meu lado. Mas eu não sou outra pessoa. Ainda sou Draco Malfoy. Se você não percebeu isso não sei o que está fazendo comigo.

Vi Draco se afastar e aparatar enquanto eu apenas ficava ali, parada, o peso daquelas palavras me deixando sem ação. Me virei e fui até a passagem para o Caldeirão Furado, falei com os funcionários e saí na Charing Cross . Resolvi caminhar um pouco, então me dirigi ao Green Park, ficava um pouco longe para ir a pé e havia outro parque mais próximo, mas eu gostava de lá então não me importei.

Enquanto caminhava para lá, ia pensando no que Draco me disse. Ele realmente havia mudado, já não se importava com pureza de sangue e ele realmente se sentia mal pelas coisas que teve que fazer enquanto era um Comensal da Morte. Draco estava disposto a ser uma pessoa melhor. Eram grandes mudanças, mas além disso tudo ainda era o mesmo. Draco continuava sendo teimoso, mimado e embora não tão arrogante quanto antes, esse ainda era um traço dele. Seu orgulho sonserino estava intacto e a única coisa da qual ele não fazia mais questão era do sobrenome.

Ser um Malfoy não era mais uma coisa para se orgulhar. Lúcio havia jogado o sobrenome da família na lama, e mesmo com todo o dinheiro que eles tinham ele sabia que as pessoas virariam as costas. Ia ser muito difícil se reerguer depois de algo como isso.

Eu realmente não podia esperar que ele fosse mudar do dia para a noite não é? Draco já fizera muito declarando seu amor por mim e mostrando que realmente não se importava se eu era uma sangue-ruim ou não. Esperar que ele e Harry se dessem bem de imediato era idiotice minha, uma inimizade de anos não acaba do dia para a noite.

Eu sabia que Harry tentaria, por mim ele faria isso, creio que Draco também, mas se eu não me mexesse para fazer algo nenhum dos dois tentaria nada. Resolvi que começaria a agir o quanto antes, afinal dezembro estava na porta e eu não iria querer ter que escolher entre passar as festas com Draco ou passar com Harry e os Weasleys na Toca. E assim que o nome Weasleys passou em minha mente, me lembrei do meu outro problema: Ronald Weasley.

Rony estava irado com meu relacionamento com Draco, ele não aceitava de maneira nenhuma, Harry havia dito que ele gritou um bocado depois que saiu do tribunal, e quando finalmente se acalmou e os aurores foram embora os deixando a sós ele chorou um bocado. Tentei falar com ele, mas ele não quer me ver. Sei que ele precisa de um tempo, afinal descobrir que a garota de quem você gosta está apaixonada pelo cara que é seu inimigo e que sempre humilhou sua família é no mínimo chocante. Não é algo que você resolve depois de uma boa noite de sono. E Draco e eu éramos oficiais há menos de 24 h, quer dizer, não exatamente oficiais. Nem Draco, nem eu queríamos uma exposição da nossa vida particular, e se os jornais soubessem do nosso relacionamento, iríamos virar a atração.

Como ele mesmo dizia: A Heroína de Guerra e o Ex-Comensal da Morte. Realmente era notícia. E de primeira página! Esperaríamos até as coisas se acalmarem um pouco e eu acertar as coisas com Rony para poder contar para todos.

Dei umas voltas no parque e então resolvi começar meu plano logo. Aparatei até Grimmauld Place e fui falar com Harry. Monstro abriu a porta.

– Senhorita, que bom vê-la. O mestre está lá em cima com a senhorita Weasley. Entre, entre. Vou chamá-los. – e enquanto eu me dirigia para a sala de visitas Monstro estalou os dedos e sumiu, voltando não muito depois. – O mestre já está descendo. Gostaria de tomar alguma coisa? Chá talvez?

– Café, Monstro. Muito obrigada.

Sentei-me em uma das poltronas e só então percebi que devia estar sendo inconveniente, se Harry estava com Gina eles provavelmente deviam estar ocupados no quarto. Senti meu rosto ficar vermelho de vergonha e já havia me levantado, quando Harry e Gina entraram na sala de mãos dadas.

– Oi Mione, tudo bem?

– O que te traz aqui amiga?

– Harry, Gina. Perdão, não quis ser inconveniente nem nada, é que eu nem me liguei. Monstro disse que estavam lá em cima e...

– Calma Hermione, nós não estávamos fazendo nada demais... ainda. – disse Gina dando um sorriso de canto totalmente travesso.

– Por Deus, Gina. Onde estão seus modos? Desse jeito você vai deixar a Hermione constrangida. – Harry veio em minha defesa.

– Obrigada, Harry. Minha inocência agradece. – disse rindo ainda meio vermelha de vergonha.

– Então Mione, a que devemos tão agradável visita? – perguntou Gina sentando-se no sofá ao lado de Harry e indicando a poltrona para que eu me sentasse novamente

– Bem, eu vim falar com o Harry.

– Se é sobre o Rony eu sinto muito mas ele ainda não quer falar com você.

– Não, não é sobre ele. Sei que o Rony está magoado comigo e precisa de um tempo, vou dar espaço a ele. Não, na verdade eu vim aqui para falar sobre o Draco.

– O que foi que ele fez Hermione? – disse Harry se irritando – Juro que se ele fez alguma merda...

– Harry, não. Quer ficar quieto e me escutar? – ele se acomodou novamente no sofá e eu continuei – Draco não fez nada demais. Na verdade eu fiz, por isso estou aqui.

– Não estou entendendo Mione. Aconteceu alguma coisa? – disse Gina demonstrando preocupação.

– Eu meio que briguei com ele hoje.

– Explique-se.

Comecei a contar tudo que acontecera desde o começo da manhã em minha casa. Monstro chegou com café, chá e biscoitos. Servi-me de uma xícara pequena de café e continuei falando, omitindo apenas os núcleos gêmeos, até contar sobre a pequena discussão que tivemos próximo a passagem do Caldeirão.

– Francamente Hermione, Draco tem razão. Ele não pode simplesmente mudar tudo do dia para a noite. – Gina me repreendeu.

– Não quero que ele mude. Se ele mudar não vai ser o Draco.

– Exatamente, aprenda a conviver com isso.

– Ora, Gina. Não posso querer que meu namorado e meu melhor amigo se deem bem? É pedir demais por acaso?

– Quando seu namorado é Draco Malfoy... talvez seja.

– Harry, pare com isso. Pensei que você me apoiaria.

– E apoio, mas não vou virar amigo dele.

– Não estou pedindo pra vocês virarem “BFF’s”. Queria que vocês pelo menos se tolerassem, que aguentassem ficar no mesmo recinto sem que um ofenda o outro. Uma trégua se preferir, enquanto vocês se conhecem e se acostumam um com o outro. Eu amo Draco, Harry e quero ficar com ele para o resto da minha vida. Isso vai ser difícil se você não o aceitar.

– Mione, o cara me infernizou por seis anos. Sei que ele não é má pessoa, mas é meio difícil ver o Malfoy como um amigo. Prometo a você que vou tentar, pode ficar tranquila quanto a isso.

– Já é um começo. Obrigada Harry.

Conversamos amenidades por um tempo. Gina disse que os resultados de seus testes para o Chudley Cannons e Holyhead Harpies sairiam em breve e Harry não poderia estar mais feliz em seu trabalho. Ele e Ronald já haviam feito o treinamento e agora seriam nomeados oficialmente como Aurores do Ministério em uma cerimônia simples que seria no dia seguinte. Harry insistiu para que eu fosse, mas com Rony lá eu fiquei na dúvida. Por fim eu resolvi ir, mas iria só, afinal era um dia importante para meus amigos e eu não poderia perder, mesmo que Ron me odiasse agora.

Despedi-me e aparatei direto para casa. Entrei, joguei a bolsa no sofá e fui até a cozinha para tomar um copo de água. Eu queria conversar com Draco, ele simplesmente aparatou sabe-se lá para onde e me deixou só. Eu sabia que ele não teria voltado para mansão, seria óbvio demais, mas eu não fazia ideia de onde ele poderia estar. Nessas horas é que eu ficava imaginando porque bruxos não têm celulares.

Pov Draco Malfoy

Subi as escadas da mansão até o quarto de Theo e bati na porta.

– Não estou afim Grell. Volte para a cozinha e me deixe em paz. – anunciou a voz um tanto abafada de Theo.

– Não sou seu maldito elfo. Abra a porta Theodore.

– Draco? – ouvi passos e então o rosto conhecido de meu amigo aparece pela porta entre aberta – O que faz aqui?

– Vai me deixar entrar?

– Claro – disse abrindo a porta para que eu passasse e fechando-a logo em seguida. – Aconteceu alguma coisa? Eu ia te visitar hoje já que nem eu nem o Zabini pudemos ir ver o julgamento.

– Aconteceu. Mas você precisa saber de algumas coisas antes para poder entender.

– Ok. Sou todo ouvidos. Senta em qualquer canto aí. Quer alguma coisa?

– Tem whisky de fogo aí?

– Claro que tem. E pra você querer beber a essa hora da manhã é porque a coisa tá feia. – fez uma pausa e chamou o elfo - Grell.

Um estalo e o elfo apareceu dentro do quarto.

– Chamou senhor?

– Sim, traga uma garrafa de whisky de fogo. – olhou para mim – Quer cigarros também?

– Sim. Seriam muito bem vindos. Saí de casa sem minha carteira.

– Traga minha carteira de cigarros também, não demore.

– Sim senhor. Imediatamente.

Um leve estalo e o elfo havia desaparecido, retornando meio minuto depois com uma bandeja com uma garrafa, dois copos e o maço de cigarros.

– Aqui está senhor. – disse depositando a bandeja em uma mesinha um canto do quarto - Deseja mais alguma coisa?

– Não. Se retire e não me incomode pelo resto do dia. E não deixe que ninguém venha ao meu quarto hoje. Quero privacidade. Avise ao Blás que não vamos mais sair, diga a ele que eu estou com Draco e mando notícias depois.

– Com toda certeza senhor, Grell vive para servir. – fez uma mesura e sumiu em mais um estalo.

Theo se dirigiu para uma poltrona que ficava ao lado da mesinha onde o elfo havia colocado a bandeja. Eu estava em pé na janela, olhando os jardins da mansão Nott, me dirigi a outra poltrona que também ficava ao lado da mesinha e me sentei. Theo serviu meu copo e me ofereceu um cigarro, aceitei e traguei para acendê-lo. Esperei até sentir a fumaça passando por meus pulmões, soltei-a e comecei a contar a história.

Disse a ele tudo sobre Hermione, sobre meu amor por ela e sobre ser correspondido. Contei sobre minha visita na casa dela, sobre o julgamento e sobre como estávamos juntos agora, apesar de ainda não termos oficializado nada. Contei sobre nossa visita ao Olivaras para comprar novas varinhas e sobre nossa pequena briga. Theo ouviu tudo atentamente, mostrando interesse e me dando apoio. Quando terminei havíamos bebido uns 3 copos cada um e eu já havia fumado uns cinco cigarros, enquanto Nott havia fumado dois.

– Hermione Granger hã? Confesso que se ela não fosse uma sangue-ruim eu mesmo teria tentado algo com ela durante a escola.

– Theo!

– Desculpe. Nascida trouxa.

– Não é só isso Nott.

– Ok. A garota é sua. Eu estava apenas brincando.

– Não gostei da sua brincadeira.

– Draco, acalme-se. Veja bem, você já fez o que eu achava impossível. Você está namorando Hermione Granger. Tem noção do que é isso? Considerando toda a educação que tivemos e todo o ódio que fomos ensinados a ter pelos nascidos trouxas isso é uma coisa imensa. Você admitiu gostar dela, é mais do que eu faria.

– Eu sei. Mas ela não parece entender isso. Quer que eu seja algo que não sou.

– Eu quero te fazer uma pergunta.

– Faça.

– Vale a pena? Se ela continuar tentando fazer de você algo que você não é, você faria isso por ela? Deixaria de ser o Draco Malfoy que sempre foi apenas pra deixá-la feliz?

Fiquei calado e comecei a pensar em tudo isso. Eu faria? Eu mudaria ainda mais por Hermione? Valeria a pena?


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Por favor não se esqueçam de comentar. Amo ler os comentários de vocês e é através deles que eu descubro se a fic está no caminho certo. Afinal, só porque ela está pronta não significa que não posso alterar. Se vocês não estiverem gostando de algo me digam e eu farei meu melhor pra deixar a fic perfeita pra vocês.
Até o próx fim de semana