Amando escrita por marihc


Capítulo 5
Capitulo 4 – 5 anos atrás – Verdades


Notas iniciais do capítulo

Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer.



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Falar sobre o que aconteceu depois daquilo é meio difícil, tudo foi meio confuso. No dia seguinte Angie foi a minha casa e passou o dia comigo, eu não achava forças em lugar algum, passei o dia deitada no meu quarto. Ela e minha mãe devem ter conversado, mas não me falaram nada o dia todo, apenas se faziam presente. Era como um luto, um luto por algo que nunca existiu.

O dia seguinte foi começou melhor, mas depois...

Melhor porque minha mãe foi ate meu quarto logo cedo, e falou algo que me fez reagir, ela se deitou ao meu lado e me abraçou.

- Deixo livre as coisas que amo, se elas voltarem para mim foi porque as conquistei, se não voltarem foi porque nunca as tive. – falou  em um sussurro e me beijou no rosto – erros fazem parte da brincadeira minha querida, os anos vão te ensinar isso. Não se deixe levar Bella, o tempo vai te ajudar.- Depois saiu do quarto.

Eu fiquei por mais uma hora lá deitada. Então, finalmente, eu emergi, ela estava certa, não podia me deixar abalar daquela forma, o tempo me ajudaria, quando somos jovens tudo parece o fim do mundo, e eu estava indo para a universidade, uma nova fase. E foi pensando dessa forma que eu desci e almocei com meus pais, que eu liguei para a Angie e avisei que a fase gótica havia passado.

Eu e Angie conversamos um pouco, o assunto Edward não foi mencionado, não em relação a mim. Ela me falou que a Jéssica tinha ligado para ela, falando sobre o fim do namoro, mas ela parecia bem, e tinha falado que ele voltaria para ela. Nós combinamos de ela vir aqui em casa mais a noite e então o assunto Edward seria citado.

Algumas horas depois Jéssica chegou a minha casa, e foi aí que as coisas pioraram.

Ela estava chorando, desesperada, não parecia a garota de quem Ângela havia falado. Eu a sentei no sofá.

-  você tem que falar com ele – Ela me dizia – tem que pedir para ele voltar para mim.

- Jéssica se acalme – eu pedia – por favor.

Minha mãe, que escutou a entrada dela, trouxe um copo com água e açúcar para ela.

- Bella, por favor, fala com ele, liga pra ele, diz que ele tem que ficar comigo. Por favor.

- Jéssica eu não posso fazer isso. A decisão é dele querida, eu não mando nele. Ela estava desesperada, meu coração doeu ao vê-la assim.

- por favor, Bellinha, faz por mim, pela a nossa amizade.

- eu não posso. Sinto muito, mas não está ao meu alcance.

- lógico que está! – ela gritou – ele sempre faz o que você quer!

Eu me assustei – Jéssica...o que você.....

- ele nunca te negaria nada – as lágrimas já haviam sumido – ele não consegue - senti um tom de desdém – ele te ama demais para te negar algo.- Seu rosto era sério e frio.

Eu parei alguns segundos e de repente eu notei, eu entendi tudo, todo o peso das palavras dela, como um tsunami aquela revelação me chegou. Ela sabia, ela sempre soube dos meus sentimentos, dos sentimentos dele. E minha descoberta parece ter transparecido no meu rosto.

- desculpe lhe dizer isso, mas você foi uma tola. Abrir mão de um cara daquele, sentindo o que ele sentia, ou melhor, sente, por você em nome de uma amizade de colegial. Tola.

- mas...você...nós somos amigas.

- Colegial Isabella.  E você é muito boa em literatura, eu precisava de ajuda.

 Eu não reconhecia a pessoa em minha frente – Como você soube? – perguntei com a voz falha.

- só um cego não notaria os olhares dele para você. Ah, e a iluminação. – ela riu sem humor – acho que quem estava de fora conseguia notar, vocês se iluminavam quando estavam um perto do outro.

 - por que só agora?

- ele terminou comigo. Eu achei que talvez... Se eu implorasse a você, aí você falaria com ele. E ele voltaria. Mas depois que eu cheguei aqui, sua relutância, sua inocência em relação a mim. Sabe, eu cansei, eu realmente cansei. O ano acabou, o colegial acabou e tirar isso das minhas costas é realmente um alivio, assim eu vou poder aproveitar melhor as férias. Eu só sinto pena de você... Porque eu aproveitei o momento, e você vai viver sabendo que não o teve e que a culpa é apenas sua, esse seu altruísmo exacerbado, deixar os outros sempre felizes. E provavelmente nunca vai tê-lo, ele agora está em Havard, vai seguir a vida dele, e não vai ser difícil. Para um cara como ele, sendo aquilo tudo que ele é.

Ela silenciou, me observando. Meu rosto deveria estar com uma expressão aterrorizada. Eu mal podia crer que estava ouvindo aquelas palavras. Eu não sabia o que pensar. Eu comecei a notar pequenas mudanças nela, a postura era diferente da que eu conhecia, me lembrava a Lauren, o rosto, o olhar, aquela não era a minha amiga, aquela era a garota que fingia ser minha amiga.

Ela suspirou pesadamente  - Bem...acho que já vou indo. Meu plano original não era esse, mas ainda bem que aconteceu. Eu espero que com o tempo você possa me desculpar. Tchau Bella.

Ela foi levantando e eu não sei o que foi aquilo que me tomou uma raiva, uma fúria, as coisas aconteceram bem rápidas, muitas coisas ao mesmo tempo. Jéssica se dirigindo até a porta, alguém tocando a campainha, e eu avançando, ou melhor, pulando em cima daquela garota e a levando ao chão, gritando e a esbofeteando.

 - Sua Vadia!!! Piranha!! Filha de uma Puta!!!! – eu gritava descontrolada, enquanto ela gritava de dor e tentava se proteger com as mãos. Alguém adentrou na minha casa e eu senti mãos me tirando de cima de Jéssica. Minha mãe me segurava com força, Ângela me olhava com um misto de terror e satisfação.

- você é louca garota – Jéssica gritava para mim  - completamente pirada.

Ângela a segurava, pois ela parecia que também queria avançar em cima de mim.

- vem até aqui vem sua traira, eu te mostro a louca. Dá só um passinho a frente. Por favor. – eu falava enlouquecida.

Ângela soltou ela e disse: - vai Jéssica eu não te impeço mais.

Ela olhou de Ângela para mim, que ainda estava sob os braços fortes de minha mãe.

- duas malucas, ainda bem que o ano acabou.

Eu bati o pé forte no chão, ela se assustou e saiu correndo da minha casa. Ângela fechou a porta em seguida. A minha mãe me soltou e foi buscar um copo com água para mim.

 - Bella...o que houve?  Angela me perguntou em seguida.

- ela sempre soube, desde o inicio. Sempre. Ela não respeitou nossos sentimentos, enquanto a imbecil aqui abri mão dele para ela.

- querida, vai devagar tá.

Minha mãe chegou em seguida e me deu a água, enquanto eu bebia ela soltou tudo.

- Jéssica chegou aqui e pediu pra Bella falar pro Edward voltar pra ela. Bella disse que não podia. Ela se chateou e soltou na cara da Bella que sempre soube o que ela e Edward sentiam um pelo outro, mas que tinha ficado com ele mesmo assim, por que a Bella havia sido tola o suficiente em abrir mão dele por uma amizade que nunca foi real. Ela só era amiga de vocês por interesse.

- ah tá. - Ela apenas disse – eu vou atrás daquela filha de uma mãe boa agora mesmo e descer o cacete nela. – ela levantou, mas minha mãe a impediu.

- querida não desça ao nível.

Ficamos em silêncio um bom tempo digerindo o que tinha ocorrido. Até que eu lembrei.

- ah meu deus – eu suspirei.

- o que foi? Ambas me perguntaram.

- ela deve ter falado tanto de nós pelas costas. O Edward havia me dito uma vez que eu estava fazendo um favor muito grande para alguém que não merecia, ela deve ter falado tanto de nós.

Elas apenas me encararam.

- eu tenho que ligar para ele. Falei de repente e um telefone já estava na minha frente. Minha mãe me entregava.

Disquei o numero rapidamente. Tocou três vezes antes de atenderem.

- alô?

- é...eu gostaria de falar com o Edward?

- ah, ele não este. O Edward se mudou ontem para Havard, mas você pode tentar o celular dele. Você tem o número?

- tenho sim, obrigada.

Desliguei e em seguida disquei o numero do celular. Minha esperança estava renovada. Não era possível que ele tenha me esquecido tão rapidamente. Eu o teria finalmente. Ele me desculparia por minhas burradas.

O telefone tocou duas vezes.

- alô? Uma voz feminina atendeu.

- alô...é do celular do Edward? – perguntei receosa.

- é sim, quem fala?

- ele está?

- ele está no banho. Quem é?

- eu sou uma amiga dele... eu queria..

- olhe amore o Ed não está disponível tá. Ele é um homem apaixonado, então não liga mais para ele não.

E o telefone foi desligado na minha cara. Eu olhei o aparelho.

- a Jéssica estava certa. Não foi difícil para ele seguir em frente. Murmurei.

- ah Bella.

- não, eu estou bem. É melhor assim. Você mesmas disse mão. O tempo vai curar isso. Apenas mostra que não tão forte quanto eu imaginava.- eu suspirei – eu...estou  cansada,  abriga e essa coisa toda acho que eu vou me deitar um pouco. – falei e subi as escadas.

Ao me deitar na cama outra onda de tristeza avisou que estava chegando, mas eu não a deixei entrar. Eu havia sido uma tola em todos os aspectos, fiz algo pela Jessica e ela nunca me foi amiga, amava um cara que já estava com outra. Mas o que eu esperava, a culpa era toda minha, eu o tinha desprezado e ele também precisava me esquecer. Uma tola. Naquele momento eu prometi que uma nova Isabella iria chegar ao campus de Dartmouth. Eu não seria uma louca egoísta, eu claramente não conseguiria, mas eu pensaria duas, três vezes, antes de fazer algo que eu não quisesse apenas para agradar alguém. Eu iria me fazer feliz em primeiro lugar. E foi nesse espírito que eu vivi os últimos cinco anos.


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Notas finais do capítulo

desculpa a demora, eu sei que prometi para ontem. mas minha net pifou ontem.
eu espero que vocês gostem do capitulo.
proximo capitulo tem gente nova na area. acho que dá pra imaginar quem seja.
Quero Reviews!!! gente qualquer comentario ajuda e muito.
e quero a DiCullen,lalazita,lery07 pelos reviews que mandaram.



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