Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 24
Capítulo vinte e quatro - Acerto de contas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! Já me adianto! Mil perdões.



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Capítulo vinte e quatro – Acerto de contas.

POV Edward Cullen.

A porta giratória travou, Emmett estava logo atrás de mim, e seu olhar estreitou. Tentei sorrir, tranquiliza-lo, não funcionou muito bem. Um dos seguranças se aproximou, provavelmente perguntando o porquê do alarme de magnetismo estar apitando.

— Chaves e celulares devem ficar no suporte — Apontou o homem para o suporte ao lado da porta, eu assenti — Você está usando cinto?

Fiz que não com a cabeça, enquanto tirava do meu bolso minha carteira. A abri, até achar o distintivo e a carteira de identificação. Coloquei no vidro da porta giratória, onde o segurança estava provavelmente lento meu nome ali. Ele assentiu, mas me lançou um olhar desconfiado.

— Delegado? — Questionou ele, eu assenti — Tudo bem. Tem mais amigos policiais com você?

— Mais dois — Ele assentiu, liberando a porta. Eu passei por ele, apertando sua mão — Desculpe, mas o senhor sabe me dizer em qual andar fica do escritório da i9produções?

Emmett e Jasper adentraram, sendo liberados também. Nós estávamos ali para um acerto de contas. E para entrar armados em um prédio comercial, precisamos de uma ajuda de certos colegas policiais. Não era muito crime, se tudo se tratava de uma pequena brincadeira.

O segurança nos indicou o andar, pegamos nossos celulares e fomos. Eu sei que na verdade deveria estar em casa, mas algumas dúvidas me levaram até ali. Jasper, na verdade, me convenceu de que deveríamos. Seu faro de detetive não falhava. Mas algo dizia que isso o ajudaria mais do que a mim mesmo. O que não fazíamos pelos amigos? Ele sempre fizera tudo por mim.

— Eu odeio a sensação de que seremos presos — Emmett ralhou preocupado, enquanto entravamos no elevador e apertávamos o botão de número 31.

— Não seremos presos. Não fica com medo, bichinha — Jasper debochou.

— Eu tenho uma proposta de emprego interessante, você sabe que isso acabaria com minha carreira, não sabe?

Ele tinha muito que perder. Todo prestigio e sucesso que alcançara ao longo dos anos. Mas agora ele tinha recebido um convite excelente, seu time estava estudando a hipótese de vendê-lo ao Real Madrid por alguns milhões de dólares. E ele, obviamente, animado com a possibilidade de ser estrela de um time grande. Nós que não estávamos preparados para perde-lo.

Minutos depois a porta de aço nos revelou um andar repleto de pessoas. Esse era um tipo de prédio onde cada andar ocupava a sede de alguma empresa. E essa é justamente a empresa que Jacob Black trabalha. Meus irmãos tiveram a ideia de questioná-lo, mais Jasper. Saber como um vídeo que a presença deve constava fora parar na mão de Alice. Por mais que sua explicação tivesse convencido Esme e Rosalie, não convencera o resto de nós.

“Eles deixaram no meu escritório, no shopping” ela disse. Então Esme pressupôs que isso fora armado por Jacob e que mais uma vez, sua pobre filha, não arquitetara um plano para me separar de Bella. Pobre Esme...

— Vocês estão procurando alguém? — Uma moça de estatura mediana e óculos de grau nos perguntou, Jasper rapidamente tirou o seu distintivo falso do bolso, apresentando para ela. Talvez com Jacob essa desculpa não colasse, mas com qualquer pessoa que nos desconhece, funcionaria perfeitamente.

— Jacob Black — Jasper lhe respondeu. Observamos a menina ficar completamente desconcertada — Ele está aqui?

— Sim... Na sala dele. Eu vou anuncia-los. Seu nome?

— Inspetor... Molina — Mentiu Jazz, ela assentiu, se distanciando para uma mesa e pegando um aparelho de telefone. Jasper e eu nos encaramos, enquanto a mulher pequena, de costas para nós, falava com Jacob.

Ela pediu para que a seguíssemos, passamos por um corredor estreito e ao final dele, ela bateu em uma porta e a abriu em seguida. Nós passamos por ela. Jacob estava lá, mantinha seu rosto atrás de uma tela enorme de um computador. Jasper pigarreou, Jacob finalmente nos olhou. Por algumas segundos – que pareceram horas – ficamos em um silêncio confortável. Bom, confortável para nós.

Jacob Black se levantou, nos encarando e levou a mão até seu telefone. Bastou um gesto de Jasper para ele se deter. Enquanto isso, Emmett trancava a porta. Jasper continuou com sua blusa suspensa, mostrando uma pequena parte do revolver em sua cintura. Isso parecia uma cena de filme antigo. Jasper era o cowboy forasteiro na terra do novo xerife da cidade. Mas a única lei da sala éramos nós e Jacob Black era o vilão, que invadia a cidade em busca de mulheres alheias.

Observei Emmett puxar uma das cadeiras disponíveis em frente à mesa enorme, que protegia Jacob de nós. Meu irmão cruzou as pernas e esperou que o show começasse.

— Isso pode acontecer do jeito fácil... — Ele disse, encarando fixamente o Black.

— Ou do jeito difícil. Eu adoraria que fosse do jeito difícil... — Completei e cerrei os punhos quando Jacob riu sarcasticamente.

— Soube do acidente, espero que Bella esteja bem — Ousadamente pronunciou — Posso saber o que os cavaleiros fazem aqui?

Eu tentei segurar Jasper, mas ele foi bem mais rápido, contornou a mesa e segurou Jacob pelo colarinho, o homem tentou recuar, mas Emmett logo o segurou pelo ombro. E por mais covarde que fosse, deixei com que meu cunhado socasse a cara do crápula. Não interferi, apenas calculei quantos socos ele aguentaria antes de desfalecer na nossa frente. Jasper deve ter pensado a mesma coisa, após o quinto ele parou.

— Você quer saber o que a gente está fazendo aqui? — Jasper rosnou — Você não faz as perguntas aqui.

A cabeça de Jacob tombou para o lado, antes que Emmett o colocasse sentado em sua própria cadeira. Jasper, que tinha mais jeito para isso, inclinou-se sobre o apoio dos braços e encarou o Black, que apesar de tudo, tinha um sorriso presunçoso nos lábios. Assim eu soube: Jasper não conseguiria fazer aquilo. Ele socou Jacob mais uma vez, que nem se quer tentava reagir.

— Eu vou perder a paciência com esse desgraçado — Jasper rosnou para mim, que o afastei de Jacob, nós fomos para o canto inferior da sala, enquanto Emmett iniciava uma discussão com o homem.

— Você não pode socar o cara assim, Jazz. Vai estar morto antes de nos dizer o que queremos saber — Disse em voz baixa, ele encarou a discussão entre Jacob e Emmett.

— Por que você está tão tranquilo, Edward? Ele ajudou Alice em tudo isso! — Respirei fundo.

Eu queria derrubar a última gota de sangue do homem na sala. Eu queria mesmo. Há uma semana, tudo que eu queria era vê-lo morto pelas minhas próprias mãos... Mas depois...

— EU ATÉ MERECIA ISSO! — Jacob gritou, chamando nossa atenção — Tudo bem cara. Comi sua mulher, mereci! Mas morrer por causa daquela vadia?

Eu tive que segurar Jasper outra vez, enquanto ele tirava a arma da cintura. Destravava e puxava o gatilho. O tempo pareceu congelar nesse momento, principalmente as feições de Jacob Black. O sorriso cínico havia desaparecido. Ele parecia entrar em pânico. Jasper puxou seu ombro e deu dois passos largos, eu continuei ao seu lado, segurando seus braços, ele estava mirando para a cabeça do bastardo. E eu não conseguia dizer para que ele parasse.

— O que você disse? — Jasper grunhiu friamente — O que você disse sobre minha esposa?

Não houve resposta.

— FALA! — Gritou.

— Jazz, cara... — Eu sussurrei, para que só ele ouvisse.

— Você deveria estar apontando essa coisa para ela — Grunhiu Jacob em voz baixa — Eu só queria grana... Ela queixou-se de não ser bem tratada na cama. O que você queria que eu fizesse?

Jasper atirou na mesa. O impacto do tiro nos fez andar dois passos para trás. Não houve nenhum barulho. O longo cano na saída da bala fazia com que isso não acontecesse. Jasper pensara em tudo.

— É melhor você começar a falar direito sobre isso! — Emmett exclamou — Ou você vai morrer e ninguém vai ouvir!

Jasper dessa vez não destravou, nem puxou o gatilho, mas continuou mirando bem na cabeça de Jacob, que parecia analisar toda a questão antes de começar a falar.

— Minha empregada estava me roubando... — Emmett socou a cabeça dele, Jacob grunhiu com força — Isso faz parte da história, porra! Minha empregada estava me roubando e eu coloquei uma câmera em todos os cômodos! Quando levei uma Isabella desesperada para minha casa, nunca imaginei que ela fosse dizer às coisas que disse...

— E o que você imaginava? — Eu rosnei para ele, soltando Jasper, Jacob não riu como imaginei — Substitui aqui, Emm.

Troquei com Emmett, que tentava controlar Jasper e me coloquei em frente a Jacob Black, pronto para soca-lo com qualquer insulto contra minha mulher, ele desviou os olhos do meu.

— Você não pode negar que ela é uma mulher bonita... — Ele disse em voz baixa — Depois dessa revelação, ela cortou qualquer tipo de contato. Eu mal a via. Então... Eu juntei o útil ao agradável. Bella não gostava da cunhada, que sabia o que ela escondia, eu precisava de grana...

Eu o soquei, ouvi um estalo e Jacob suprimiu um grito, o nariz estava totalmente ensanguentado.

— Se você gritar, eu mesmo enfio uma bala no seu crânio, desgraçado — Ele nada disse, mordeu os lábios com força.

— CONTINUA! — Rosnou Jasper, Black recuperou o ar.

— Procurei Alice. Disse que tinha algo para ela... Mas... Ela precisaria me dar algum em troca. Eu mostrei o vídeo a ela. E disse quanto eu queria. Mas, era muito, ela não tinha de onde tirar...

— Quanto você pediu? — Emmett não parecia surpreso como eu, Jacob agora conseguiu rir.

— Só alguns milhões... — Como? Milhões? — Eu recebi meio milhão... E umas noites inesquecíveis... Com todo respeito.

Jasper destravou o gatilho. Jacob arregalou os olhos.

— Não me leva a mal, cara... A sua mulher está doente. O jeito como ela fala do irmão. Ela conjecturou matar Bella.

— Você está mentindo! — Eu segurei o colarinho da sua camisa, apesar de tudo, Alice, minha irmã nunca mataria alguém. Como poderia?

— Você acha mesmo que eu estou mentindo? — Ele respondeu em resposta. Fácil assim. Eu o joguei com toda força na cadeira.

Devemos ir. Foi o que eu pensei. Tínhamos todas as respostas. Mas Jasper não queria sair assim, ele não sairia assim. Nós nos encaramos, eu respirei fundo.

— Ninguém vai morrer, Jazz — Eu disse, segurando em seu ombro, colocando-me em frente a sua mira — Jacob fará um cheque, agora mesmo, dará o dinheiro de Kate. E nós iremos embora. Se ele se quer contar uma vírgula do nosso pequeno dialogo, eu vou mata-lo. Ele e todas as pessoas com quem ele se importa.

Jasper não respondeu, mas baixou sua arma, travando-a novamente.

Nós observamos Jacob preencher um cheque e Emmett puxou o pedaço de papel da mão dele, ambos praticamente carregamos Jasper até a saída, destrancando a porta. Quando nos abrimos, a pequena mulher estava próxima, tinha seus olhos arregalados e parecia bem assustada.

— Seu chefe pediu para não ser incomodado — Eu disse, a menina assentiu.

Emmett e eu caminhamos para a saída, mantendo Jasper no meio.

POV Bella.

Rosalie estava sentada ao meu lado, apoiando docemente em minha perna, enquanto eu alisava meu ventre. Fazendo um milhão de planos, e dividindo meu olhar com o rosto magoado e ressentido da minha irmã. Aqueles olhos caídos me diziam muita coisa, eu conseguia me lembrar de quando tinha 14. Rosalie estava chegando a casa, do trabalho, tinha seus olhos igualmente como estão agora. Cheios de lágrimas.

— Espero que você nunca saiba o que é amar... — Eu disse para ela a mesma frase que ela me dissera aquele dia. Rosalie levantou seus olhos da minha perna imobilizada por uma bota ortopédica e me encarou — Lembra?

Ela sorriu com a lembrança, assim como eu. Não era nada demais, naquele dia ela só tinha tido uma boba discussão com o namorado da época. Sam não queria que ela trabalhasse fora, quando Rosalie sempre fora tão independente e dona de si. Ela tinha aquele nariz em pé, um olhar e andar superior. Apesar disso, um coração arredio que obedeceria qualquer ordem do homem que realmente amasse. Que realmente amasse... Esse homem era Emmett. E ele exigiu que ela ficasse longe de sua irmã. De acordo com Emm, Alice estava doente. Doente mesmo e eu concordava. Mas Rosalie não pensava assim, e mesmo que Alice estivesse doente, ela não achava que ser ignorada a faria melhorar.

Logo Rosalie estava aos pés da minha cama, queixando-se do noivo, foi então que eu percebi que ela faria o que ele lhe pedisse. O que tinha com a família Cullen que deixava qualquer pessoa aos seus pés? Prontos para agirem como lhe fosse ordenados? Prontos a receber qualquer ordem, sorrir imediatamente e cumprir. E depois fazer-te indagar o motivo de estar fazendo, mas nunca cogitar a hipótese de ter sua própria opinião. Era como um feitiço. Sem volta.

— Você acha mesmo que é doença? — Ela perguntou em voz baixa, despertando-me dos devaneios.

— Você acha que é normal? Ela não vive a própria vida. Ela não fica com a filha, ela só se dedica a cuidar... Da minha vida. Da vida do irmão.

— Eu acho que essa história não deveria estar girando em torno da Alice — Rosalie indagou sendo completamente sincera — Edward falou algo sobre casamento?

Eu ri, Rosalie agora arfava esperançosa.

— Ele está mais animado em determinar para todos que teremos uma filha — Suspirei, Rosalie também — E também me sinto uma invalida, sem conseguir levantar dessa cama.

— Sabe o que eu acho? — Fiz que não com a cabeça — Que ele só está esperando você conseguir ficar de pé para te arrastar até o altar.

Eu ri e ela também, achava aquilo improvável. Talvez Rosalie se casasse primeiro que eu. Mas não importava, não mais. Eu estava completamente feliz com tudo que eu tinha. Era suficiente.

Desviei os olhos para o criado mudo, onde meu celular vibrava. Um sms de Edward.

“Rosalie ainda está com você?”

Minha irmã me encarou, tentando disfarçar a curiosidade.

“Sim, tudo bem?”

“Não... Rosalie deve ir para casa da minha mãe, agora mesmo. Eu explico quando chegar em casa”.


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Notas finais do capítulo

Olha gente... Cês deviam saber como eu tô empolgada pra terminar CCUM. MASS, eu tô travando demais na hora de escrever. ): me perdoem por isso e desculpe a demora.