Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 23
Capítulo vinte e três - Em casa.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Como está o final de semana, doces?



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Capítulo vinte e três – Em casa.

POV Bella.

Edward me colocou na cama... Nossa cama. Eu não podia acreditar que estávamos na nossa casa. Após uma longa semana no hospital, ainda fazendo exames, atualizando-me sobre meu próprio quadro e agora cuidado inclusive da vida da minha própria vida. A criança que carrego em meu ventre. Fruto do meu amor com o homem que carinhosamente ajeita as almofadas atrás de mim, só para eu ficar o máximo confortável possível. Existe um homem mais carinhoso com esse? Ainda consigo me lembrar de cada sorriso seu, também cada bronca que levei por querer levar isso como “surpresa”.

Você deveria ter me contado desde o inicio” ele disse. Mas eu sabia que no fundo ele agradecia. Eu estava chata demais, vomitando a vida e sendo uma terrorista pela manhã. Renée dizia todos os dias “tirem o café da mesa” ninguém entendia, mas era uma ordem obedecida. O cheiro que eu sempre amei, embrulhava meu estomago. E eu conseguia senti-lo de qualquer canto da casa, então ele deixou de ser fabricado. Dois meses intensos e estressantes, mas então eu já não me sentia terrivelmente estressada, louca para liberar todos os hormônios que há pouco tempo estavam sendo acumulados. Tudo pelo bem da pequena ervilha crescendo em meu útero. Pequena ervilha que em pouco tempo teria mãos e pés, olhos e boca. Um pequeno nariz, cabelos ruivos. Cresceria, e me daria dor de cabeça. Sendo menino ou menina. Mas ainda assim seria meu. Eu tinha a minha família.

Alice não venceu... Eu dizia para mim mesma, afinal, Edward evitava qualquer assunto sobre “vídeo de casamento”, aliás, qualquer assunto sobre o casamento. Ele disse: essa é a nossa casa. Nós deveríamos estar nela. Nada disso deveria ter acontecido. Por mais que as coisas tenham saído do roteiro, nós voltamos a seguir. Sim, por mais que algumas coisas não tivessem mais como o planejado, nós voltamos para o roteiro.

Mas... Eu ainda tinha em minha mente um dos meus últimos pesadelos vívidos... Os em que eu me perguntava como minha vida seria se eu não tivesse me acidentado? Para onde eu teria ido? O que eu iria fazer? Ainda estava me recordando do mais recente...

— Você está mesmo... Grávida — Constatou o óbvio.

Queria me manter firme, mas estava prestes a me desfazer em lágrimas. Ele estava lindo, apesar de ter um rosto cansado e atordoado, o smoking estava perfeitamente arrumado em seu corpo. A gravata borboleta o deixava com o ar sensual de sempre. É engraçado que só depois de perdermos é que damos valor. Eu queria abraça-lo com força e fazê-lo acreditar que dentro de mim havia um pedacinho dele, do nosso amor.

Nós dois ficamos em silêncio durante vários minutos. Ele me encarava e dividia os olhares entre meus olhos e minha barriga, mexi na cama desconfortável.

— É o que parece. — Quebrei o silêncio, ele deu um sorriso irônico.

— Você deu uma tapa na cara da minha irmã. — Essa fora minha vez de rir, mas ele se mantinha sério. — Por quê? O que Alice lhe fez?

— Ah, ela não falou? — Não queria discutir, mas percebi que iriamos acabar nesse ponto, então eu me coloquei de pé e andei até a janela do quarto, abri. A brisa gelada da madrugada entrou. Estava me sentido sufocada, mas então percebi que não era de ar e sim de sentimentos.

Me veio a mente as últimas memórias. Casamento de Rosalie e Emmett, onde eu olhava a espreita no último banco da grande Igreja. Com a sorte que tenho, Alice conseguiu me ver. Me reconhecer. E me perseguir até me questionar sobre a gravidez. Sobre tudo.

— Ela não quis dizer, Rosalie que deixou soltar que você estava grávida. Alice queria me esconder isso e eu quero saber por que você e ela querem me esconder isso. — Apesar de ter um tom calmo, parecia perigosamente nervoso. Respirei fundo.

— Você não vai gostar de ouvir. Ela não gostou.

— Tenho certeza que nada mais que vir de você poderá me machucar. — Sua frieza me feriu, ele sim podia me machucar. — Com quantos meses você está? — Quis saber, uma faísca de esperança passou por seus olhos. Engoli seco. Teria que mata-las.

— Sete. — Ele abriu e depois fechou a boca diversas vezes, provavelmente fazendo as contas em sua mente.

— Dois meses antes do casamento... — Murmurou.

Fora quando aconteceu, dois meses antes do nosso quase casamento eu descobri que estava grávida. Menstruação atrasada, náuseas pela manhã, enjoo ao sentir o cheiro de café, que era a coisa que eu mais amava pela manhã. Agora não posso ouvir falar. Edward tinha percebido o quanto eu estava enjoada e chata, mas achou que fosse a tensão pelo casamento, ele nem percebia. Mas eu tinha um bebê no ventre. E queria dizer só quando chegasse o grande dia, ele nunca chegou.

— É, dois meses antes do “casamento” eu descobri.

— Por que você não me contou? — Seu tom mudou, estava nervoso.

— Porque não é seu. Fora esse o motivo de eu bater na sua irmã. Ela ofendeu MEU filho. Eu não admito isso. Já não bastasse o que ela... — Não conclui, seria patético se concluísse. Edward apertou os punhos.

— Ora Bella, não venha com essa de que o bebê não é meu. — Ignorou o que eu disse sobre sua irmã. — Você não tinha tempo para uma amante, quando não estava no trabalho, estava comigo. Se não, em casa, seus pais nunca lhe apoiaram a me trair. Você está mentindo! — Tremi. Seria tão mais fácil se ele continuasse a me odiar.

— Não meta meus pais nisso. — Aumentei a voz, ele riu em escarnio. — Você pode ou não acreditar, mas a verdade é essa. — Negou e se aproximou de mim tão rapidamente que gelei. Em um instante suas mãos estavam nos meus braços, e seus olhos petrificados nos meus. Ele estava raivoso.

— Para de mentir pra mim! — Rosnou baixo. — Você sabe que um exame de DNA resolveria isso? — Eu estava assustada, não tinha o que dizer. Seria melhor assumir? Sutilmente ele escorregou uma de suas mãos que estava localizada em meu braço direito e a direcionou na minha barriga, eu mal podia sentir o toque devido ao meu vestido de algodão grosso, mas ele parecia tão... Maravilhado com aquilo. Como eu poderia prosseguir com a mentira então?

— Sua irmã... — Tentei dizer, ele me encarou curioso — Ela... Referiu-se ao meu filho como bastardo. — De repente sua feição mudou, ele estava raivoso. Sua mão permaneceu na minha barriga, mas seu rosto parecia estar em outro lugar — Graças a ela, meu filho será mesmo um bastardo... — Ele negou com a cabeça. Tirei sua mão de mim. Ele seria, não adiantava. Um dia Edward se casaria, teria sua família, e meu pequeno bebê seria apenas o filho da golpista.

— Alice não sabe o que diz, Bella. — Eu não podia ver seu rosto, mas sua voz era torturada. Queria consolá-lo. — Nosso filho jamais será um bastardo, por Deus...

— Você não sabe o que está dizendo. — Houve silêncio entre nós — Teve um tempo que eu só queria dar a minha família o que nunca tivemos. Um marido rico poderia me proporcionar isso. E eu lhe proporcionaria outras coisas, mas então... Eu me apaixonei. — Uma lágrima escorreu por meus olhos — E engravidei. Então já não era mais por conveniência. Era por amor. Mas...

— Alice destruiu tudo. — Ele concluiu. Parecia ter o mesmo ódio que eu tinha pela a irmã, não queria que ele se sentisse assim, ela era seu sangue, sua família, mas me orgulhei por ele está defendendo nosso bebê. — Então você se foi para longe de mim, levando nosso filho... Só deveríamos ter conversado. Só isso. Você fugiu, Isabella. Eu nem disse o que decidiria ao nosso respeito e você pegou o primeiro avião e se escondeu em uma cidadezinha no interior, você nem sabia o que eu resolveria. Você acha que sou burro o bastante para não perceber que você sentia algo por mim? Você sentia. Mesmo interessada no meu dinheiro, você sentia. Eu estava disposto a arriscar, eu daria tudo a você. Eu já disse! Mas você se foi. E levou meu coração junto com você, mas esse bebê muda tudo. Completamente tudo, você é uma mulher de família, Bella. Seu pai é o chefe da polícia da nossa cidade. Sua mãe uma ótima professora, eu vou me casar com você. Nosso filho não será um bastardo como Alice acusou.

O que ele estava falando? Casamento, como assim?

— Como assim? — Não estava entendo.

— É isso mesmo. Vamos fazer isso agora. Eu sei que você precisa dormir e comer. Sua mãe disse que não comeu nada, então tome um banho. Coma algo, eu vou a casa trocar de roupa e depois seguiremos para Las Vegas. Vamos nos casar ainda hoje, você tem seu magnata, Isabella. Eu estou e estarei preso a você pelo resto de nossas vidas.”

Deixei o pensamento de lado quando ouvimos uma batida na porta, Edward estava colocando uma almofada no meu pé imobilizado, ele disse alegremente para nossa visita entrar. Esme apareceu com um pacote em suas mãos. Ela estava sorrindo, era a primeira vez que eu a via desde aquela tarde... A do não-casamento.

— Eu espero não estar atrapalhando seu descanso, mamãe! — E pelo visto ele tinha contado para sua família. Eu sorri constrangida, querendo me esconder. Ela deveria me achar uma vaca que estava de olho no seu dinheiro — Eu trouxe um presente para o meu neto. Tenho certeza que será um menino.

— Eu não apostaria nisso, vovó! — Edward brincou. Esme se aproximou de mim, e deu um beijo em minha testa.

— Como está querida? Sinto muito pelo acidente. — Em seguida ela afagou meu ventre plano.

— Bem, obrigada Esme... — Vovó Esme perguntou se poderia abrir o presente e eu disse que sim, então ela tirou uma linda peça de moletom azul que estava escrito “sou da vovó” e meu coração aqueceu.

— Esme! — Foi tudo que eu consegui dizer. Edward abraçou sua mãe.

— Obrigado, mãe. É muito fofo, mesmo para uma menina. — Insistiu ele.

— Será um menino. — Discordou a mãe.

— De jeito nenhum. Nós já conversamos, não foi amor? — Ele perguntou. Aquilo soava perfeitamente... Natural. E eu ainda me sentia sufocada. Queria conversar sobre tudo que aconteceu, eu simplesmente não conseguia ser eu sem que ele pensasse que eu estava sendo uma falsa mentirosa.

— Ele e o bebê tiveram uma conversa de pai e filho... Filha. Ele acha que o bebê pode escolher o que quer ser. — Esme não segurou o riso, e Edward deu de ombros.

— É uma menina. E já temos um nome... Anna. — Assenti novamente. Era a decisão dele. A culpa não me permitia questionar.

— E se for um menino? — Questionou Esme. Edward a ignorou.

— Mason... — Eu respondi a ela — Se for menino, será Mason.

— Mason... — Esme saboreou o nome — É perfeito.

Eles me trouxeram almoço depois disso. Sopa, e eu quis jogar o prato na cara de Edward que me obrigou a comer. Recebi mais visitas ao longo do dia, Emmett, Jasper e Kate.

— Tia Bella tá dodói! — Kate disse, enquanto sua pequena mãozinha passava pela bota ortopédica — Dói, tia Bella?

— Oh, não meu bebê! Vem aqui! — Eu a chamei, Kate correu e eu beijei suas bochechas quando ela estava próxima o suficiente.

— Kate, a tia Bella terá um neném! — Emmett lhe confidenciou, a menina me olhou esperando uma afirmação.

— Onde ele tá?! — Ela gritou procurando e nós rimos.

— Ainda está na barriga, Kate! — Sua feição foi a mais engraçada possível, Edward e Jasper caíram no riso, enquanto Emmett tentava – inutilmente – explicar a vinda dos bebês ao mundo.

— Ele chegará... A tia Bella vai ficar uma bola muito redonda... — Ele se perdeu no meio da história — Ora, Kate, o bebê vem das cegonhas. De onde mais viriam?

Nós explodimos em mais risadas, enquanto vozes femininas supriam as nossas. A porta do quarto se abriu, e logo o rosto animado de Rosalie surgiu. Mas atrás dela... Eu apenas olhei para Edward, que encarou Jasper, que encarou Emmett, que encarou sua noiva... Que automaticamente se deu conta da merda que acabara de fazer. Alice se encolheu na porta do quarto, eu virei o rosto para uma direção oposta da dela.

— Alice quer falar com a Bella — Rosalie disse. Eu não queria nem vê-la.

— Por favor. — Edward pediu em voz baixa — Por favor.

— Eu só quero me desculpar. De verdade. — Kate havia corrido e gritado animadamente para sua mãe, falando sobre o bebê da tia Bella. Alice sorriu para a filha, enquanto a menina falava de onde vinham os bebês.

— Nós somos uma família... — Rosalie. Impertinentemente chata. Eu encarei Edward, impaciente. Eu queria as duas fora.

— Hora de a mamãe descansar — Edward disse.

— Mais do que certo. É muito bom vê-la bem, Bella. Você é da família mesmo. Edward tem sorte por ter você. — Emmett disse, depois trocou um olhar intenso com sua irmã.

— Parabéns pelo bebê. A vocês dois! Aproveitem em quanto podem dormir. — Jasper disse em um tom animado.

— Agradeço a visita. Emm! — Emmett me encarou — Obrigada.

POV Edward.

Fechei a porta assim que meu cunhado e Emmett passaram por ela, antes pisquei para Bella, que me fuzilava com seus olhos castanhos brilhantes. Encarei Alice. Acaso ela estava louca? Não tinha entendido que agora, como Caim e Abel, nós não somos mais irmãos? Será que precisaríamos matar um ao outro?

Rosalie, minha cunhada me encarava como se eu estivesse enlouquecido. Quem deveria estar louca, certamente era ela. Alice deu o braço à cunhada, e as duas cumplices caminharam a jato para as escadas... Eu as segui, admirando o curto corredor. Quando Bella e eu escolhemos esta casa, pensamos nos filhos que teríamos. Seriam três, e então nós temos quatro suítes no segundo andar. Todas amplas e claras. Com banheiros espaçosos. Se meus filhos fossem como eu e meus irmãos, iriam querer dividir o mesmo quarto, só para enlouquecer os pais com suas bagunças... Mas nesse momento eu prefiro que eles sejam como eu e Emmett.

Encaro minha sala de estar agora. Já no primeiro andar, totalmente decorada por Bella e Esme. Ambas tem um ótimo gosto. Tudo tem um tom delicado de cinza, verde e areia. As cortinas venezianas agora encobrem o tempo nublado de Seattle. Observo Alice se jogar no sofá, bufando. Ela e Rosalie cochicham algo. Como eu posso manda-la sumir daqui sem ser indelicado com Jasper e Kate?

— Vou dizer só uma vez. Não se aproxime de Bella. Essa é a casa dela e vocês não se gostam. — Soei no tom mais natural possível, Kate parecia atenta a tudo.

— Eu já entendi. Só quero me desculpar. — Alice respondeu no mesmo tom, observei Rosalie segurar sua mão.

— Eu acredito que Bella e Al ainda possam ser grandes amigas. Como nós somos — Interviu a loira, Emmett praticamente rosnou, eu sabia que ele se controlava por Jasper e Kate.

— Jazz... Você e Kate serão sempre bem-vindos... Mas, por favor,...

— Eu entendo e concordo — Jasper, sensato como sempre, me cortou — Vamos Alice. O combinado era você nos esperar em casa.

— Mas Jasper...

— Mas nada. — Jasper disse — Você não se cansa de complicar a vida do seu irmão? O que você fez não tem perdão. Bella nunca vai perdoar você. Não se faz de sonsa, todos nós sabemos que não há sinceridade por detrás desse gesto.

Alice se levantou, em silencio, pegou Kate em seu colo. Assim que ela se dirigiu para a saída, Rosalie se levantou e correu atrás dela. Emmett respirou fundo.

— Agora ela vai estragar o meu noivado — Desabafou meu irmão, Jasper estava visivelmente envergonhado. Mas ele deveria? Ela era nossa irmã. Coitado, ele estava aturando ela há pouco tempo se comprado a nós.

— Deixe Rosalie, Emm. Depois ela volta. Espero que ela tenha bom senso, Isabella é a sua irmã.

— Ela não vai voltar mais aqui, Edward. Nosso casamento já está difícil, ela não seria capaz de me desafiar assim...

— Você acha? — Emmett perguntou, depois gargalhou — Alice está descontrolada. É visível. Ela está obcecada em Edward e Bella. Eu pensei que Kate teria esse tipo de comportamento... Faria mais sentido.

Nesse momento minha mente trabalhou como mil máquinas em uma usina. Aquilo... Bom, o que Emmett estava insinuando era a maior loucura de todas.


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Notas finais do capítulo

Eita lelê!!!!! Mais uma vez: OBRIGADAAA MENINAS! Estamos na reta final! Aleluia! Ou não ): vou sentir faaaaaalta dessa fic.. E vocês??? Deixem um comentário sobre o que acharam do capítulo e digam qual é o final que vocês gostariam de ver.